As Aventuras Dos Ruivos-x escrita por Carol Weasley Everdeen Jackson


Capítulo 4
O Show de Zeusa




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Após cinco minutos e várias recusas dos ruivos de tratarem da parede (in)delicadamente derrubada, começaram um diálogo educado com os morenos.

– Então, onde planeiam ir? - Perguntou Hermione, lançando um discreto olhar a Rony, que olhava para a montra dos doces.

– Oh, Zeusa vai dar um show em Londres. - Sorriu George. - O show brilhoso do ano. Pelos vistos, ela recebeu um novo carregamento de glitter feito dos mais laranja fios de cabelo ruivos e de fotografias do Ian Somerhalder sem camisa. Vai utilizar esse glitter no show.

– Mas o que a confecção do glitter têm a ver com o show? - Perguntou Luna.

Caroline sorriu, se inclinando sobre a mesa. O tampo branco fez os cabelos parecem fogo.

– Só de cem em cem anos conseguem extrair todo o brilho de fios de cabelo de ruivos mortos em combate com loiros e da beleza do Ian Somerhalder. O resultado é Glitter, com G maiúsculo. Não o glitter que os morenos e loiros conhecem.

Os morenos ( e a loira Luna ) trocaram sussurros espantados. Os ruivos apenas resmungaram com a garçonete por dizer que não vendiam Coca-Cola feita de sangue de loiro.

– Com G maiúsculo e, provavelmente, laranja? - Sussurrou Diego. - Uau.

– Uau com U maiúsculo e laranja. - Disse Carollyn. - Sempre quis ver ruivos no seu habitat natural. Vamos seguir eles.

– Uuuuuuh, seguir eles. - Murmurou Hermione. - Descobrir factos interessantes sobre ruivos, como agem em ambiente moreno e loiro. Talvez consigamos entender Chuckês e ajudar a decifrar pergaminhos ruivos achados em zonas morenas e...

– Mione - interrompeu Gina - estamos ouvindo todos vocês.

– Oh, certo! - Exclamou Percy, tapando os ouvidos da ruiva. - Podemos continuar, pessoal, estamos em total sigilo agora!

Os ruivos trocaram um olhar.

– Podem vir connosco se quiserem. - Disse Caroline. - São permitidos morenos brilhosos no grande Salão Zeusal, o lugar dos shows da Zeusa.

– Será uma honra. - Sorriu Luna. - Então... O que a Zeusa canta?

Rachel sorriu misteriosamente.

– As músicas sobre pessoas divas e lindas. Ou seja, as músicas sobre ruivos, para ruivos, com mensagens ruivas para ruivos.

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Zeusa dava os seus shows no lugar mais brilhoso de Londres: um grande edifício feito em glitter sólido. A fachada tinha a estátua de Killian Jones com o lema da Casa Jones: I'm Sexy And I Know It.

Quando o grupo de ruivos deixou os morenos na entrada, para confirmarem se não eram morenos retardados, se depararam com a sala ruivamente ruiva. Cabeleiras vermelhas e laranjas, algumas morenas e raríssimas loiras circulavam por um recinto rosa-choque. No centro, mesmo no foco dos holofotes e das luzes que entravam pelas altas janelas cobertas por cortinas, estava um palco, feito da madeira da Árvore Chuck Norris, uma árvore muito famosa em Zeusa City.

– Então, onde fica a mesa da comida? - Perguntou Caroline, com a sua natural e constante vontade de comer.

Fred cheirou o ar, seus sentidos ruivos super apurados sentindo o cheiro de Nutella voando no ar, como uma nuvem de felicidade e doçura.

– Por aqui. - Disse, indicando a zona em frente do palco.

Gina olhou para um relógio cujos ponteiros eram saltos altos de Zeusa: um azul-elétrico para as horas, um vermelho-rosado para os minutos.

– O show está quase começando. - Sussurrou. - E mamãe sempre disse " Zeusa brilha tanto que acontecem coisas más a quem está perto dela enquanto dá seu show ".

– Ah, qual é. - Resmungou Rachel. - Eu estou com fome!

Após algum tempo de profundo pensamento ( tipo, metade de segundo ), seguiu os amigos até a mesa de comida.

Entretanto, o grupo de morenos procurava por um lugar para se sentar no glamoroso salão. Como morenos, não estavam habituados ao brilho que os ruivos lançavam, com seus cabelos ruivos.

– Nossa. - Sussurrou Hermione. - Este deve ser o lugar com mais elevada feromalina de Londres! A descendência celta e irlandesa pode ser vista em coisas como os olhos verdes e os cabelos ruivos. Quantas correspondências de genes devem ter sido precisas para...

– Mione? - Perguntou Carollyn.

– Sim?

– Cale a boca. Estamos aqui para comer, afinal de contas.

Começaram a circular pela sala, vendo os ruivos a falar em Chuckês, a sua língua materna. Falavam de shippes e de como era um saco ser tão brilhoso.

Também tinha alguns dizendo que queriam ser pudins, mas isso é outra história.

– Desisto. - Resmungou Percy. - Podemos ir ao banheiro?

– Quer cookies azuis? - Perguntou Diego.

– Quer parar de fazer perguntar estúpidas a que já sabe a resposta? - Disse o moreno. - Eu quero cookies azuis como quero... uma coisa que quero muito.

– Uau. - Hermione revirou os olhos. - Percy, essa comparação foi tão profunda que provocou facepalms em toda a rua.

Os morenos continuaram a busca por comida azul enquanto os ruivos continuavam comendo. Fred pegou um nacho e o enfiou em guacamole.

– Argh, odeio o guacamole do Salão Zeusal. - Suspirou, vendo sua mão presa. - Parece cimento de arrefecimento rápido, mas verde.

Caroline passou um guardanapo com a cara de Zeusa no guacamole e observou a substância no papel.

– Fred... ISTO É CIMENTO DE ARREFECIMENTO RÁPIDO VERDE, IDIOTA! - Gritou.

– Porque têm cimento num salão? - Perguntou Rony, começando a puxar o braço do irmão. - Sério, alcatrão é bem melhor. Têm aquele gosto a rua que eu amo.

– Vai passar a língua numa estrada e nos deixa puxar o Fred. - Rachel começou a puxar o outro braço do ruivo. Gina e George se apressaram a ajudá-los. Caroline pegou seu celular e começou a ouvir música até notar agitação nas cortinas do palco.

– Pessoal... - Alertou a corvina, ficando mais pálida.

– Não pode levar a travessa consigo? - Inquiriu Rachel, com as mãos nas ancas.

– Que falta de educação. - Bufou Fred.

– Pessoal! - Exclamou Caroline, enquanto as luzes diminuíam e os holofotes vermelhos e laranja se acendiam.

– Tinha mesmo de enfiar os dedos, né? - Resmungou Gina. - Como vamos comer o cimento agora?! Eu tenho fome, sabe?!

– CARAMBA, SEUS RUIVOS SURDOS, A ZEUSA ESTÁ ENTRANDO E ESTAMOS NUMA ZONA ONDE VAMOS PEGAR TODO O GLITTER! - Gritou a herdeira do Ninho da Águia.

George olhou para a silhueta de Zeusa, que aparecia no seu vestido e saltos altos. O ruivo empalideceu.

– Porque não nos avisou antes? - Sussurrou, em pânico.

– Porque... Argh, deixa. - Resmungou a ruiva. - Temos de ir!

– Ajuda! - Uivou Fred, puxando a mão do cimento. - Oh, o que será de mim, aqui sozinho?!

– Não podemos deixar ele! - Gritou Gina. - Ruivos não são assim! Somos unidos, unidos e famintos!

Os primeiros acordes de música começaram e Zeusa começou a cantar uma profunda e linda música, capaz de tocar o coração de um ruivo de uma forma que nada podia.

Dog goes woof, cat goes meow.
Bird goes tweet, and mouse goes squeak.
Cow goes moo. Frog goes croak, and the elephant goes toot.
Ducks say quack and fish go blub, and the seal goes OW OW OW.
But there's one sound that no one knows...
WHAT DOES THE FOX SAY?

Ring-ding-ding-ding-dingeringeding!
Gering-ding-ding-ding-dingeringeding!
Gering-ding-ding-ding-dingeringeding!
WHAT THE FOX SAY?
Wa-pa-pa-pa-pa-pa-pow!
Wa-pa-pa-pa-pa-pa-pow!
Wa-pa-pa-pa-pa-pa-pow!
WHAT THE FOX SAY?
Hatee-hatee-hatee-ho!
Hatee-hatee-hatee-ho!
Hatee-hatee-hatee-ho!
WHAT THE FOX SAY?
Joff-tchoff-tchoff-tchoffo-tchoffo-tchoff!
Joff-tchoff-tchoff-tchoffo-tchoffo-tchoff!
Joff-tchoff-tchoff-tchoffo-tchoffo-tchoff!
WHAT THE FOX SAY?

Big blue eyes, pointy nose, chasing mice, and digging holes.
Tiny paws, up the hill, suddenly you're standing still.
Your fur is red, so beautiful, like an angel in disguise.
But if you meet a friendly horse, will you communicate by mo-o-o-o-orse, mo-o-o-o-orse, mo-o-o-o-orse?
How will you speak to that h-o-o-orse, h-o-o-orse, h-o-o-orse?
WHAT DOES THE FOX SAY?!

Jacha-chacha-chacha-chow!
Jacha-chacha-chacha-chow!
Jacha-chacha-chacha-chow!
WHAT THE FOX SAY?
Fraka-kaka-kaka-kaka-kow!
Fraka-kaka-kaka-kaka-kow!
Fraka-kaka-kaka-kaka-kow!
WHAT THE FOX SAY?
A-hee-ahee ha-hee!
A-hee-ahee ha-hee!
A-hee-ahee ha-hee!
WHAT THE FOX SAY?
A-oo-oo-oo-ooo!
Woo-oo-oo-ooo!
WHAT DOES THE FOX SAY?!

The secret of the fox, ancient mystery.
Somewhere deep in the woods, I know you're hiding.
What is your sound? Will we ever know?
Will always be a mystery what do you say?

You're my guardian angel hiding in the woods.
What is your sound? (A-bubu-duh-bubu-dwee-dum a-bubu-duh-bubu-dwee-dum)
Will we ever know? (A-bubu-duh-bubu-dwee-dum)
I want to, I want to, I want to know! (A-bubu-duh-bubu-dwee-dum)
(Bay-buh-day bum-bum bay-dum)

Enquanto Zeusa cantava, abanando seus quadris cobertos por um vestido de lantejoula, glitter jorrava da sua boca, assumindo a forma de borboletas e voando até os ruivos que tentavam tirar a mão de Fred do cimento.

– Borboletas? - Perguntou Rachel, rindo. - Elas não podem... AAAAAAAAH, ESSA FILHA DA GÓRGONA ME MORDEU!

Sim, as borboletas circulavam entre os ruivos e os mordiam, fazendo-os pular. Soltavam glitter que era absorvido pela pele num processo doloroso e brilhoso.

Caroline deu um passo em frente e uma das borboletas lhe mordeu o pescoço.

– AIIIIIII, ELA MORDEU MEU PESCOÇO, EU VOU VIRAR UMA BORBOLETA DE GLITTER QUE MORDE RUIVOS INOCENTES QUE TENTAM ARRANCAR OS DEDOS DO AMIGO RETARDADO DE CIMENTO VERDE! OH, ADEUS, MUNDO CRUEL E SEM BRILHO! PORQUÊ ESTE DESTINO QUE ME FOI RESERVADO! - Choramingou a ruiva.

– Carol, você não está virando uma borboleta. - Bufou Carollyn, sua cabeça surgindo entre os ruivos. - Mas... está cheia de picadas cheias de glitter.

A ruiva se levantou do chão, onde se deitara tendo uma crise de drama.

– Oh. - Sussurrou. - Então... estamos bem?

– É. - Disse George. - Arrancámos os dedos do Fred do cimento.

Fred acenou com a cabeça, beijando os dedos e jurando que nunca mais tocaria em guacamole suspeito.

– Então... está tudo bem. - Disse Rachel. - Sobrevivemos e estamos normais.

Os ruivos se levantaram e foram para o fundo da sala, rindo e dando tapas uns nos outros. Acharam que estava tudo bem.

Mas tudo mudaria em dias.


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