O Perfume Da Lua escrita por Secret, Malu


Capítulo 3
Novo casal?




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Rapidamente, seus lábios tocaram os meus, dessa vez de forma doce, doce e agradável. Sentia-me cada vez mais envolvida por aqueles lábios quentes. Logo, o beijo foi se aprofundando de tal forma que ele fosse descendo até o meu pescoço. Pouco a pouco fui sentido suas presas penetrarem meu pescoço. Já não sentia mais dor, e sim prazer, algo diferente. De repente Catherine entrou na sala.

– MAS O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! ATÉ ONDE EU SEI SE COMER EM PÚBLICO É ESTRANHO.

– Catherine!! Não é o que você está pensando!! - Comecei a entrar em pânico.

– Eu penso em muitas coisas. Definitivamente essa é uma delas!

– Isso é apenas um mau entendido - Jayden aproveitou para tirar rapidamente suas presas do meu pescoço. - O que aconteceu foi que... - Fui cortada por Jayden.

– Sim isso é exatamente o que você está pensando.

– Pode deixar que eu pago o Motel. - Disse Catherine dando umas "risadinhas".

– Parem com isso vocês dois. - Comecei a ficar vermelha igual a um tomate.

– Estou apenas brincando, Rahzel. Mas é sério evite esse tipo de comportamento.

– Ok... - Disse entredentes.

– Espero. - Catherine pegou sua apostila que havia esquecido - Até amanhã.

Ela abriu a porta e saiu.

– E-Eu t-te m-ma-mato s-seu i-idi-idiota!!! - Peguei o apagador e taquei em Jayden - Olha só o que você me fez passar seu idiota!!! Pra começo de conversa por que você veio estudar aqui?!

– Eu senti a presença de outro vampiro nesses arredores. - Ele começou a passar os dedos entre uma mecha do meu cabelo - E eu não quero que ninguém toque no meu brinquedo.

– Outro vampiro? - Perguntei me afastando um pouco dele.

– Sim. - Ele colocou os braços atrás da cabeça. - Esse é o meu território, não posso deixar que o invadam.

– Quer dizer que vocês são territorialistas...

– Sim, todo vampiro tem o seu território, e tem uma lei que diz que os vampiros não devem entrar em território alheio, caso um vampiro entre em um território, ele deve desafiar o chefe do local, ele tem duas opções, se ele conseguir derrotá-lo ele assume o posto de "chefe", ou se ele for derrotado ele deve ser tornar subordinado do atual dono do local e... - Jayden foi cortado por um grito.

– SOCORRO!! POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDE!!!

– Essa voz... Catherine!!! - Comecei a correr desesperadamente pela escola - Onde será que ela está?!

– SOCORRO, RAHZEL, SOCORRO!!

– Catherine!!! - Senti algo afagar a minha cabeça.

– Onde você pensa que está indo? Isso é perigoso.

– Me solta Jayden!! Tenho que ir salvar a Catherine!! - Empurrei seu braço e corri em direção aos gritos de Catherine.

– Tsc! Que garota problemática. - Resmungou Jayden.

Continuei correndo até que me deparei com um garoto baixo, loiro e com olhos verdes, ele estava agarrando Catherine.

– Solte ela agora!!! - Me aproximei e dei um chute nas suas partes íntimas.

– Ugh!! Quem você pensa que é?!

– Huhuhuh, não acredito que você realmente chutou ele. - Jayden estava atrás de mim.

– O que você está fazendo aqui? - Perguntei furiosa.

– Só vim impedir seu suicídio. - Disse Jayden com umas risadinhas.

– EU AINDA ESTOU AQUI.

– Nanicos não merecem minha atenção. - Disse Jayden com uma voz sacana.

– Não me subestime.

– Vai fazer o que inseto? Solte a garota agora mesmo.

– Quem vai me obrigar? - Ele pegou Cath e fugiu.

– Cath!!! - Gritei em pânico.

– Tsc! Que inseto irritante.

Catherine PoV's

Um pesadelo. Tudo que estava acontecendo naquele momento não passava de um pesadelo. Um pesadelo ruim que logo iria acabar. Eu vou acordar a qualquer momento, então vou continuar a minha vida de estudante normalmente. Tentar se acalmar numa ocasião como aquela era complicado (tanto que acabei apagando no meio de tudo aquilo). Eu sentia dor, medo e desespero. Minha cabeça doía enquanto aos poucos recuperava os sentidos. Vou tentar me lembrar do que aconteceu até que eu chegasse aqui. Fui embora mas tive que voltar porque dei pela falta de minhas apostilas, Rahzel e aquele cara estavam fazendo e falando coisas estranhas, enquanto eu descia as escadas, um garoto da minha idade se aproximou de mim, ele era bonitinho, aí que as coisas começaram a ficar estranhas. Sem motivo algum ele começou a mexer no meu cabelo e se aproximou de mim, cada vez mais perto... até que uma hora senti uma dor terrível. Agora estava nos braços daquele garoto. Ele não parava de correr. Me sentia confusa. Como isso acabaria, no final de contas? Passei a mão no pelo local onde a dor ainda estava presente. Sangue. Sangue escorria na ponta de meus dedos.

– Uhm?! - Deixei uma exclamação escapar.

– Ah, você acordou. Fique quietinha aí. - Ordenou ele. - Aquele babaca ainda pode me alcançar.

– COMO QUER QUE EU FIQUE QUIETA? O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! - Me esforçava para engolir o choro.

– Como você é irritante. Quando chegarmos eu explico. - Resmungou.

– CHEGAR AONDE?! - Lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

Estávamos próximos de uma vila de casas, mas um lugar pouco movimentado, com umas casas acabadas, eu conhecia aquele lugar mas não me lembrava de onde.

– Pronto. Chegamos.

Olhei para frente. Uma casa pequena, por incrível que pareça, não tinha as mesmas características das outras casas das proximidades, estava bem tratado. Eu conheço esse lugar de algum lugar.

– Você vai ficar aqui até as coisas se acalmarem. - Disse ele enquanto abria a porta da casa. - Nesse exato momento, o idiota deve estar aguentando a namoradinha mortal dele dando pitacos porque te trouxe comigo. Hahah, é tão divertido.

– Você é idiota ou o que? - Perguntei secando as lágrimas com a manga da blusa. - E-Eu quero ir pra casa!

Fui para o canto e puxei o celular do bolso. Senti uma força me empurrando contra a parede e segurando os meus pulsos. Estava me sentindo fraca.

–M-Me solta, por favor!! - Não conseguia mais conter o choro, queria que tudo aquilo acabasse.

– Não posso. Preciso de você para executar os meus planos. - Ele disse enquanto tomava o meu celular.

Olhava diretamente para ele. Olhos verdes, cabelo loiro, um pouco mais alto do que eu. Ele era... bonito. Involuntariamente comecei a corar enquanto olhava para ele.

– E-EH?! - Ele ficou tímido e logo, seu rosto ficou como um tomate. Fofo. Extremamente fofo. Não resisti, comecei a rir. Foi automático ele me soltou. Meus pulsos estavam marcados e doloridos.

– Me desculpa.

– Ahn? Eu não ouvi direito. - Caçoei.

– D-Desculpa. Eu não faço nada disso por mal. É a minha natureza, afinal, vampiros vivem de sangue... - Disse ele.

– Vampiros? Boa piada. - Disse forçando um sorriso.

– Não estou mentindo. Vampiros existem e você sem saber convive com eles. - Disse ele focado.

– E... você... me... mordeu? - Perguntei com os olhos arregalados enquanto passava a mão sobre o local da suposta mordida.

– Sim. Bom, não pude evitar. Seu cheiro... me... - Ele fez uma pequena pausa. - atraiu.

Fui me aproximando pouco a pouco dele, logo, estávamos a um palmo de distância um do outro. Meu coração acelerou, comecei a suar.

– E-Eu nem perguntei, mas... qual é seu nome? - Perguntei acanhada.

– Luke. Você é a... Catherine? - Ele disse olhando as minhas apostilas jogadas no chão. - Catherine Miller.

Acho que não era mais um pesadelo, e se fosse, queria que não acabasse. Estávamos nós dois, sentados em um sofá quase grudados, ambos com as maçãs dos rostos coradas. Uma garota tem que ter atitude, não é? Então é atitude que pretendo ter. Virei-me para ele e coloquei uma de minhas mãos em seu rosto virando-o para mim. Fechei meus olhos e provavelmente Luke deveria ter feito o mesmo. Senti sua respiração cada vez mais próxima. Mais... próxima...

– CATHERINE!! - Ouvia barulhos de chutes na porta.


Rahzel PoV's

– Droga!! Com tantos lugares porque logo a minha casa. - Resmungava. - E o pior, logo no dia em que eu perdi as minhas chaves.

– Ninguém mandou você ser tão lerda. - Disse Jayden com risadas.

– Lerdo é você. - Dei um super mega chute e acabei machucando o pé. - Ai!!

– Rahzel?!

– Catherine!! - A essa altura eu já estava mancando. - Droga isso não abre!!

– Com licença. - Jayden me empurrou de leve. - Conhece este objeto? Ele se chama maçaneta.

– Boa sorte gênio, com certeza deve estar trancada e..

Clic

A porta havia sido aberta.

– Hump, eu poderia ter feito isto sozinha. - Eu entrei na casa e vi Catherine e corri em direção dela. - Catherine!! - Lágrimas rolaram pelo meu rosto.

– Rahzel! Não precisa chorar, eu estou bem.

– Quem está chorando aqui? - Secava as minhas lágrimas com a manga do casaco.

– Quem diria, até alguém como você tem a capacidade de chorar. - Disse Jayden com risadas.

– Cala a boca idiota, se você soubesse correr ela não tinha sido levada.

– Calma, calma... está tudo bem agora. - Disse Catherine.

– Ah! Vejamos quem está por aqui! - Ele se dirigiu a Jayden e a mim.

– O que você quer seu inseto? - Perguntou Jayden

– Seu fim.

– É o que vamos ver - Jayden deu um sorriso enquanto o garoto ia pra cima dele.

De repente começaram a surgir grandes placas de gelo.

– O que é isso?! - Abracei Catherine e a afastei.

– E-EU NÃO FAÇO IDEIA!

– Huhuh, é o melhor que você tem? - Grandes labaredas começaram a aparecer. - Você é um inseto insignificante.

– Kayh, o que significa isso?!

As labaredas começaram a derreter o gelo.

– Vocês querem parar com isso?! Eu ainda não quero virar uma sem teto e... - Fui cortada pelo garoto.

– Maldito!! - Gritava o garoto - Mas eu ainda não lhe mostrei o meu trunfo!!

Uma criatura de gelo gigante apareceu e quebrou o telhado da minha casa.

– Patético...

Labaredas ainda maiores apareceram e começaram a queimar algumas paredes da minha casa.

– Minha pobre casinha. - Disse quase chorando.

– Érr Catherie... acho melhor a gente sair daqui...

– M-Mas...

– Vem, anda logo!! - Eu puxei Catherine pelo braço. - Eles sabem se virar.

– KYAAAAAAAAAAH!!

Nós conseguimos sair da casa, e ficamos observando tudo de longe.

– Cacete. - As labaredas queimaram monstro de gelo e a minha casa, minha pobre casa. - Ok, ok, eu me rendo, eu me rendo. Senhor fogueira, até que você não é tão ruim assim.

– Mas já? Que patético... - Disse Jayden com risadas.

– Érr... Rahzel... sua casa foi destruída... - Disse Catherine

– É, eu percebi. - Disse em choque.

– Hum, Rahzel podia morar com Jayden, aquela casa é enorme tem espaço de sobra lá. - Disse Luke com um sorriso sádico.

– NEM PENSAR! POR QUE EU DIVIDIRIA MINHA CASA COM ESSA IDIOTA?!

– Porque eu estou sem teto? - Disse com uma cara mega fofa.

– De jeito nenhum sua idiota. - Ele colocou o dedo na minha boca.

– P-Por favor... só te pedimos isso. - Catherine fez aquele olhar que poucos conheciam, o de uma criança prestes a chorar. Esse olhar era capaz de deixar qualquer um sem defesa. - Por... favor...

– Aff, está bem, eu faço isso.

– Ahh, por que essa diferença de tratamento?! - Comecei a resmungar. - Realmente..




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