Hoje era sábado e já acordei indignada, como pode em pleno sábado onde todos só acordam às nove hora e eu poderia enfim dormir sem me preocupar com o horário eu me acordei às cinco da manhã, CINCO da manhã, dá pra acreditar nisso. É indignante! Ainda tentei me virar por outro lado, colocar a cabeça embaixo do travesseiro, mas nada adiantou, simplesmente não tinha mais sono. Então me levantei, fui ao banheiro fiz minha higiene matinal, tomei um banho e troquei de roupa. Escolhi uma blusinha branca de alça, um short jeans desfiado e por cima da blusa branca meu blazer vermelho estilho xadrez. Meu all-star cano curto também no estilo vermelho xadrez. Coloquei meu cabelo em um rabo de cavalo. Depois de pronta sai do meu quarto.

“Cinco e meia da manhã, todos estão dormindo, pra onde eu vou? Acho que vou perturbar o papai!”

Sorri comigo mesma, e sai da torre da grifinória em direção ao quarto do papai.

Abri a porta do seu escritório silenciosamente e me dirigi para porta do seu quarto, era a primeira vez que eu iria entrar lá. Abri vagarosamente e olhei o interior. Um quarto bem bonito por sinal, com um papel de parede verde sonserina com detalhes em prata. De um lado tinha uma lareira e em cima uma prateleira com alguns livros, do outro tinha um guarda roupas de madeira em verniz muito bonito, ao lado tinha uma estante com algumas bebidas, o chão era coberto por um carpete macio e felpudo também da cor verde sonserina. Dava até vontade de se deitar no chão. E no centro uma grande cama de casal com lenções negros.

Papai estava bem no meio da cama, de um jeito todo largado, a cabeça pra um lado, o braço esticado para outro, uma perna dobrada e a outra esticada, o lençol que deveria estar o cobrindo, estava quase no chão. Essa visão do morcegão com certeza ninguém jamais imaginaria.

Eu entrei no quarto e fechei a porta, caminhei até o lado da cama e fiquei observando-o, na dúvida se eu só deitava ao lado dele ou se dava um belo susto. No entanto ele estava dormindo tão bonitinho que fiquei com pena de acorda-lo no susto, por isso me deitei ao seu lado e me aninhei com ele. Quando dei por mim já estava dormindo.

Pov Snape

Estava dormindo tranquilamente, até sentir um peso estranho sobre mim, abri os olhos e me surpreendi. Lohane estava deitada ao meu lado com um dedo na boca dormindo.

– Lohane. – a chamei, mas ela nem se mexeu. – Morceguinha. – chamei novamente. – dessa vez ela só gemeu e se aninhou mais comigo.

“Como essa menina pode ser tão parecida com a mãe. Isso é muito incrível, tem toda a personalidade dela.”

– Coisinha fofa do papai, acorda. – disse com um voz carinhosa tirando o dedo dela da boca e abraçando-a. Era somente com ela que eu mostrava o meu lado carinhoso.

– Nãooo deixa eu dormir. – ela falou com a voz dengosa, colocando o dedo novamente na boca. Eu ri e balancei a cabeça de um lado pro outro. Uma garota de 16 anos que ainda chupa dedo. Olhei pra o relógio ao lado da cama e ainda era sete horas, então me abracei mais com minha filha e cochilei mais um pouquinho.

Pov Lohane

Estava no soninho gostoso, até ser acordada com alguém tirando meu dedo da boca, eu colocava e com segundos depois alguém puxava minha mão. Fiz isso três vezes até acordar de verdade.

– Tá ok, parei. – disse abrindo os olhos.

– Bom dia morceguinha. – ele falou dando um beijo na minha testa. Eu amava esses momentos que eu tinha com meu pai, somente comigo que ele demostrava esses carinhos.

– Bom dia papai. – disse abraçando-o.

– Então posso saber o que a senhorita faz aqui na minha cama?

– Até o senhor me acordar eu dormia ora! – respondi com ironia, e ele bufou.

– Num acha que estar muito cedo não pra suas ironias. – com essa eu tive que ri.

– Hoje eu acordei às cinco da manhã dá pra acreditar, no dia que posso dormir sem me preocupar com horário, eu acordo cedo, indignante. – disse demostrando um pouco da indignação que senti quando acordei as cinco. – Ai eu fiquei sem sono, então me arrumei e vim para cá acordar o senhor, mas quando cheguei aqui que vi o senhor dormindo tão fofinho... – nesse momento ele me olhou sério por ter chamado ele de fofinho. Eu ri muito. – Fiquei com pena de acorda-lo, então me deitei ao seu lado, e acabei foi dormindo de novo. E acordei com um certo irritante tirando meu dedo da boca. – terminei me sentando da cama e cruzando os braços para ele, como uma criancinha.

– Você tem 16 anos e ainda chupa dedo? – ele falou meio divertido.

– E daí! Você tem 40 e dorme como uma criança de 10 anos. – disse rindo, ao lembrar o jeito que ele estava dormindo.

– 38. E eu não durmo com uma criança de 10 anos. – ele disse sério.

– É verdade, dorme como um garotinho de 5 anos. – eu ri muito da cara que ele fez.

– Piralha! – ele me insulto.

– Morcego! – e eu rebati.

– Insolente.

– Velho. – nesse momento ele se sentou na cama e me encarou.

– Eu disse que da próxima vez que você me chamasse de velho você iria se arrepender. – ele me ameaçou e eu fiquei com medo.

Mas não acreditei no que ele vez. Ele me puxou e começou a fazer cocegas em mim.

– Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! Há! – eu já estava quase chorando de rir. – Para.... Há! ... Há... Pai... Há! Há... Paraa!

Depois de mais alguns segundos ele parou, tanto para ele quanto para mim respirar, ele também estava rindo muito de mim.

– Eu já avisei, não me chame de velho. – ele disse ameaçadoramente e depois se deitou. Eu ainda ri um pouco e tentava respirar ao mesmo tempo. Quando me acalmei, sentei perto dele e mexei em seus cabelos.

– Então acho melhor o senhor pintar o cabelo, porque já tem cabelos brancos. – disse reprimindo um risinho.

– Isso é culpa sua também. – ele bufou e tirou minha mão dos seus cabelos.

– Pai, porque você não corta o cabelo?

– Porque não. – foi a resposta.

– Sabe que ficaria mais bonito de cabelo curto né? – disse marota.

– Gosto do meu cabelo assim.

– Lambido. – a palavra voou da minha boca antes mesmo de pensar. Ele me fuzilou com olhar. – Desculpa, não estar mais aqui quem falou. – falei rápido pulando da cama. – Tchau papai nos vemos no café.

Antes de sair parei em frente ao espelho para arrumar meu cabelo e depois sai do quarto dele com um bela ideia na cabeça.

“Ele vai me matar, mas vai ser por um bom motivo.”