Mudar Por Quem Você Ama - Amor Doce escrita por Magic


Capítulo 18
Capítulo 18 - 12 rosas




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POV Magic
( Yeah,me too!)

Se passaram alguns meses...
Telefonemas e Cartas até então foram muitas,
Não vou escrever todas aqui..
Mas posso dar alguns trechinhos.

"- Você me aceitou pelo que sou e não pelo que eu queria que fosse. - Castiel dizia isso na maioria das cartas. Isso fazia ele suar pelos olhos porque lembrava de tudo,do primeiro "Oi,eu sou nova aqui" ao "Te vejo por ai".

- Só queria que fosse feliz. - Ridley chorava escrevendo todas as cartas,escondida na madrugada.

- Não estou feliz agora.

- Eu também. Mas acho que todos devemos recomeçar."

" - Apenas volte para mim.

- Não saio com estranhos que eu amo do nada.

- Não é do nada,você me amava até mais do que ama o Ken.

- Mas eu não me lembro e mesmo assim te amo,como pode isso? Eu não posso aceitar isso."

"- Eu te odeio por ter entrado na minha vida. Eu te odeio por ter tentado algo comigo. Eu te odeio por simplesmente me fazer lembrar de ti todas as noites que passo em claro, sem conseguir dormir direito, só pensando no “nós” que a pouco tempo... - Eles tentavam se convencer que se odiavam,mas não conseguiam.

- E sabe o que eu mais odeio em você? Odeio seus olhos, que me fazem sorrir todas as vezes que os vejo. Odeio sua boca, que me faz perder o fôlego sempre que me lembro dela. E eu te odeio mais ainda por me fazer te amar cada dia mais."

E no dia 7 de Julho,que eles estariam completando um ano.
As cartas foram muitas mas todas elas tinham poucas palavras,
Porém muito significado.

" Eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo,eu te amo e eu te amo,Castiel! Entendeu isso? Eu quero estar com você mas não posso querer!"

"Foge comigo então? Você tinha prometido que quando fizesse 18 iria morar comigo.
Eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo muito mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo muito mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo muito mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo muito mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo muito mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo muito mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo mais sua boboca,eu te amo muito mais e então volte pra mim. Eu preciso de você aqui."

É...
O amor muda as pessoas.
Pode parecer que eles estavam loucos,
Mas não estavam.
Estavam lutando pela unica coisa que realmente valia a pena:
Um amor que supera tudo,
Algo que os unia, algo difícil de definir, um sentimento que podíamos deixar em uma gaveta durante anos sem nunca duvidar de que ele continuaria lá
E nunca se esquece.
Mas não se pode voltar atras.
O tempo anda pra frente.
E as coisas ainda iriam piorar.
Porque como todas as tristezas,essa começou com uma felicidade.

A pedido da minha queridissima leitora Imortal,vamos colocar as cartas da Rid e os outros garotos. Por que não,né?

Ridley e Nathaniel:

"É impossível te substituir, e eu não penso de maneira alguma mudar teu “cargo” na minha vida. Mesmo você estando longe,Ridley. Eu sempre vou estar aqui quando você precisar."

"Se ser sua amiga é o mais próximo do que posso chegar para demonstrar o quanto te amo e o quanto desejo seu bem, aqui estou eu, tua amiga, para o que der e vier, para sempre torcendo que a Ambre não te mande para um hospicio!''

Ridley e Lysandre:

“São das pequenas coisas que eu sinto falta.” Ele falava,lembrando de cada risada,besteira que ela já tinha dito. Cada pequeno momento.

"A cada batida do coração" Ela também nunca esqueceria.

POV Ridley


Tudo continuou na mesma,
Nada certo,
Nada errado.
Estavamos em Julho...
Para ser mais exata 11 de Julho.
23:33 o telefone toca.
Saio do do conforto do abraço do Ken e da minha cama e vou atender.

- Alo?

- Ridley?

- Yeah... - Eu ainda estava meio sonolenta.

- É o Lysandre.

- Ah,Oi Lys,o que houve? Clarisse tá comendo as pessoas já?

- Na verdade ela está em trabalho de parto agora.

- Deuses! O que diabos você tá fazendo aqui falando comigo? Vai lá com ela! Vou tentar chegar ai o mais rapido possivel,ok?

- Ok! Eu precisava de alguem para me orientar.

- Já pegou tudo necessario? Roupas para ela e pro bêbê?

- Eu esqueci...

- Aaaah,Lys! Liga para o Castiel e pede pra ele ir pegar. Já falou com a Tia Agatha?

- Ainda não...

- Puta merda. Deixa que eu ligo! Agora você tem que ligar pro Castiel e ir ficar com ela,entendeu?

- Entendi,tchau e obrigado.

- Não é nada,tchau.

Esse Lys não esquece a cabeça em casa porque tá grudada.
Liguei para a Tia Agatha que entrou em panico.

- JÁ? OH MEU DEUS,EU ESTOU INDO!

E desligou na minha cara.
Dessa vez eu entendo.
Voltei para a cama e o Kentin já tinha acordado.

- O que houve?

- Clarisse tá dando a luz.

- Oh,meu deus... Você quer ir pra lá agora?

- Não,ela consegue,o Lys,o Castiel e a Tia Agatha vão estar lá. Ela vai ficar bem. Amanha de manhã nos vamos.

- Ok... Sabe se é menino ou menina?

- Nem ela sabe eu acho... Queria fazer surpresa.

- Huum... Você não vai dormir.

- Claro que não.

Ele riu.

- Eu fico aqui com você então.

POV Clarisse.

Querem uma dica,meus amores?
Um conselho para levarem para o resto da vida?
Eu ouvi um sim,meus queridos?
Então aqui vai...
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NUNCA TENHA UM FILHO,DOI PARA CARALHO!
USE O CASSETE DA CAMISINHA E SEJA FELIZ!
EU NÃO RECOMENDO,
NÃO APROVO.
É BOM ESSA CRIANÇA CONSEGUIR A PAZ MUNDIAL,
UM PREMIO NOBEL,
CURAR O CANCER E A AIDS
E ME DAR SORVETE E BOLO DE CHOCOLATE INFINITOS!

Enfim,espero que levem essa dica para o resto da vida,gatosos.
Porque agora eu estou numa cama de hospital,
Com uma enfermeira segurando uma mão minha,
Lysandre segurando a outra
E um medico olhando para o meio das minhas pernas.

- Força,Clarisse! - Ele falava. - Só mais um pouco! Você consegue!

- Pelo menos tem alguem torcendo por mim.. - Eu resmunguei.

Depois de mais ou menos uns 30 minutos chegaram a minha mãe (Tia Agatha para vocês) ,meu tio (Pai da Rid) e o Castiel ( Ex-namorado mal chutado da Rid)
E aquela linda criaturinha que está no meu utero ainda não tinha nascido.

- Quer saber? Esse ser humano que nasça sozinho! Alguem me traga um balde de frango frito,pelo amor dos deuses!

- Clarisse,até nessas horas você não consegue ficar seria? - Disse Castiel,rindo. - Vamos lá,faça uma força e você consegue!

Lysandre me olhou,também segurando um riso.
Ok,vamos botar essa criatura para fora.
...
Depois de um tempo... Talvez horas,sei lá.
Aquela desgraça nasceu!
EVERYBODY DANCE NOW! TUTS TUTS TUTS TUTS! QUERO VÊ!
A criança deu aquele chorinho basico...

- Aqui está nosso milagre! - O Medico enrolou o ser humano num cobertorzinho e me entregou. - É uma menina,não valeu a pena?

- Oh,santa Afrodite,que linda. - Ela tinha poucos cabelinhos ruivos e abriu os olhos para mim,olhos de cores diferentes,um verde outro amarelo.Conheçam a curadora do Câncer e da Aids! - Eii,Bem vinda ao mundo,Amy! É uma droga mas você se acostuma. - Ela colocou a mãozinha em volta do meu dedo. Fez tudo valer a pena.

- Amy? - Perguntou a minha mãe.

- Sim,Amy! Não é,Lys?

- Parece perfeito para mim. - Lysandre sorriu.

- Agora,temos que levar ela,mamãe... - A enfermeira pegou ela.

Tinha acabado,ufa.
Madrugada de 12 de Julho,
Um momento perfeito.
...

POV Ridley

O resto da noite eu passei em claro.
Lysandre só voltou a ligar lá para as 4 da manhã.

- NASCEU? - Eu devia estar mais doida que a Clarisse.

- Siim!

- Com saude? Tudo bem?

- Perfeita!

- É uma menina?

- Sim!

- Nome?

- Amy.

- Amy? Não tinha nome pior não?

- Clarisse viu numa musica e cismou que seria esse o nome.

- Ah,imagino. E como a Clarisse está?

- Está tão bem ao ponto de ainda conseguir debochar da situação.

- Tipico dela. - Eu ri. - Bom,vou pegar o proximo avião assim que amanhecer.

- Ok! Até mais então...

- Até!

Desliguei o telefone,muito mais tranquila.

- E ai? - Perguntou Kentin.

- Está tudo bem,a menina já nasceu.

- Uma menina? Do jeito que essa familia toda é linda essa ai vai ser miss universo.

- Também acho! - Eu ri. - Vou avisar minha mãe,espere ai.

...
Entrei no quarto da minha mãe. Completamente escuro.

- Mãe?

- Sim? - ela tinha sono leve. - O que houve?

- Clarisse teve o bêbê.

- Menino ou menina?

- Menina,se chama Amy.

- Que nome horrivel.

- Não acho... Mas enfim,eu e o Ken vamos pegar um avião e ir pra lá hoje mesmo. Vai junto?

- Vou né? Só espere o sol nascer pelo menos.

- Ok.

Sai do quarto. Tropeçando em algumas coisas no caminho.
...
Quando deu 8:00 já estavamos no aeroporto.
Conseguimos embarcar as 10.
Eu tenho que confessar,tinha um pouco de medo de aviões.

- Está tudo bem? - Ken segurou a minha mão. Ele parecia saber tudo o que eu sentia.

- Estou... E você?

- Também. Não está com medo,não é?

- Só um pouquinho...

- Não precisa ter medo. - Ele sorriu. Um sorriso confortador.

Uma mulher de cabelos negros num coque,uniforme de aeromoça azul e olhos cinzas passou com um carinho cheio de comida e bebida. Olhou para mim.

- Querem alguma coisa?

- Um refrigerante. - Falei.

- Aqui está..- Ela me entregou um refrigerante de uva. Um dos meus favoritos!

- Obrigado!

Ela sorriu. E o sorriso foi desaparecendo aos poucos e então nos duas estavamos nos encarando. E então ela balançou a cabeça e voltou para a terra.

- E você? Vai querer algo? - Ela perguntou ao Kentin.

- Não,obrigado.

Ela continuou andando.

- Que mulher estranha,não é? - Falou Ken.

- É,ela ficou me encarando. Doida.

- É cada uma...

...
Quando estavamos quase chegando a mulher estranha voltou.

- Me desculpe,mas seu nome é Ridley?

- Sim... - Respondi,assustada.

- Você conhece meu filho,o Castiel?

- Conheço sim! E-Eu não acredito! Que coincidência!

- Ele fala muito de você! Me mandava até fotos,você é linda!

- Ah... - Eu corei. - Muito obrigada,você também é linda! Ele falava bastante de você - Menti,ele quase não falava dela mas não tive coragem de dizer isso...

- Obrigada... Bom,foi ótimo te conhecer. O avião já já vai pousar!

- Igualmente. - Eu sorri. - Ok!

Ela saiu sorridente.

- Esse garoto tem que estar em todo lugar,não é possivel! - Resmungou Kentin.

Eu ri.

- Relaxa,eu namoro com ele ou você?

- Eu...

- Então pronto. - Beijei ele.

...
Porém... Ken estava certo,parecia perseguição.
Mas eu ia esquece-lo,
Pelo menos fingir que esqueci.
Eu amo o Ken,eu sei disso.
Eu tenho certeza disso.
Não tenho certeza nenhuma sobre o Castiel.
Todo nascer do sol,todo pôr do sol vão me ajudar a esquecer o nome,o sorriso,os olhos..
...
Saimos do avião.
Ken segurou minha mão e me olhou bem nos olhos.
Olhos verdes,cabelos castanhos.
É tudo o que eu preciso.
Ele é como meu reflexo,olhando diretamente para mim.

- Você sabe que eu vou te amar até o dia depois do sempre,certo?

- Certo.

- Você sabe que se qualquer idiota chegar perto de você eu não respondo por mim,certo?

- Certo,ciumento.

- Não sou ciumento! Só estou me prevenindo!

- Tá bom,Senhor Prevenido! Você sabe que o tanto que eu te amo é daqui até a lua,ida e volta! - Cheguei mais perto dele,ele segurou minha cintura,nossos narizes se encostaram.

- Sei sim... - Ele sorriu e encostou os labios delicadamente nos meus.

...
Chegamos no hospital.
Encontramos meu pai na recepção.
Meu pai me abraçou.
Meu pai estava como sempre,com umas olheiras a mais apenas.
Vestia a velha jaqueta jeans,que eu sempre achei que ele ficava muito mais bonito com ela.
Eu não o via desde o dia da formatura. Isso era horrivel.
Só ver seu pai por webcam é uma merda.

- Você está bem? Sua mãe já conseguiu te deixar maluca?

- Ainda não... E você? Como está?

- Estou bem... - Ele me soltou. - Clarisse queria ver você.

- Eu vou lá então...Qual o quarto?

- 71

Fui andando pelo longo corredor do hospital.
Paredes verdes e brancas.
70.
71.
Entrei,fazia pouco tempo que eu também estava nessa hospital.
Vi o Lysandre sentado numa poltrona.
Tia Agatha estava na frente da cama.
Será que ficaram assim quando eu estava em coma?
Não tinha como não imaginar isso.

- Oi gente! Saudades? - Dei uma voltinha e abri os braços. Tia Agatha veio na minha direção e me abraçou.

- Pare de crescer,menina! - Ela me soltou e colocou o meu cabelo atras da orelha. - Sentimos tanta sua falta. - E abraçou de novo,só que dessa vez bem mais esmagador.

- Também senti saudades. Mas eu não to conseguindo respirar.

- Ahtá.

Ela me soltou.
Lys já estava esperando a vez dele ao lado dela.

- Vem cá,garoto vitoriano!

Ele revirou os olhos,sorriu e me abraçou.

- Como você está? - Ele perguntou.

- Estou ótima e você?

- Melhor impossivel.

- Dá pra vocês deixarem eu falar com a minha prima,por favor? - Resmungou Clarisse.

- Ok Ok.. - Lysandre levantou os braços como dissesse "Me rendo"

Fui até a cama dela.

- Ficar gravida é um caralho... - Ela suspirou. Estava um pouco palida,é isso que a comida de hospital faz com a gente. - Mas vale muito a pena,você tem que ver como ela é linda.

- Gatosidade em pessoa eu imagino!

- A mais gata que eu já vi,dá até vergonha de si mesma.

Eu ri.

- Mas você está bem? Sobreviveu bem ao parto?

- Não! Aqui não tem frango frito,acredita nisso?

- Nossa,que puta falta de sacanagem! Como não pode ter frango frito num hospital?

- É! Vou processar todos eles!

- Isso ai.

- Mas enfim... Você está bem? A Tia Marcy já te levou a loucura? - Sim,o nome da minha mãe é Marcy. - Seu pai estava contando os dias para te ver! - E se você quiser saber,o nome do meu pai é Viktor.

- Eu estou ótima! Ela está quase levando,sabe? Mas o Ken está sempre lá e me dá uma ajudinha com ela. Minha mãe gosta mais do meu namorado do que de mim,vou ali me matar rapidinho...

- Ele presta para alguma coisa pelo menos. - Ok... A Clarisse não era a maior fã do Ken.

- Idiota. - Mostrei a ligua pra ela,ela retribuiu. - Enfim,vai sair quando?

- Acho que amanha mesmo.

- E a Amy?

- Daqui uns 5 dias.

- Eu vou ir vê-la então... Volto daqui a pouco.

- Ok,tira uma foto e traga para mim!

- Pode deixar

Não tinha ideia de onde ficava o berçario.
Perguntei para a primeira enfermeira que vi.
Ela era ruiva e tinha olhos castanhos. Magra. 28 anos talvez?

- Oi,Desculpe atrapalhar mas... Sabe onde fica o berçario?

- Ah,sim. - Ela sorriu. - Você é parente da Senhorita Clarisse?

- Sim,sou prima.

- Vocês são parecidas. Venha!

Ela foi andando pelo corredor.

- Chegamos. - Paramos na frente de uma janela de vidro. Lá tinham varios bêbêzinhos. Mas uma ruivinha se destacava lá no meio.

- É aquela? - Perguntei.

- Sim,ela nasceu muito saudavel,daqui a pouco poderá ir embora.

- Que bom. Ela é linda...

- É coisa de familia. - Dessa vez não era a enfermeira que tinha falado. Olhei para atras e me deparei com meu Pesadelo/Sonho ruivo. - Você tem que ver os olhos.

- Castiel! - Eu corri e abracei ele. - Você está bem? Senti tanto a sua falta.

- Sobrevivendo... E você?

- Eu estou... - RECAIDA RID,RECAIDA! Só me toco depois que já to agarrada nele,pequepe. Valeu Cerebro. Você serve pra porra nenhuma. - Bem... - Soltei ele na hora.

- Certeza? Acho que esse foi o abraço mais curto que você me deu na vida. Pode relaxar,não vou te sequestrar.

- Nunca se sabe. - Cruzei os braços. Aguenta coração,rim,borboletas e braços.

- Chatinha você,hein? - Ele abriu os braços e veio me abraçar. Vocês estão vendo! Eu tentei! - Vai ficar quanto tempo?

- Não tenho ideia.

- Vamos a praia?

- Você está de brincadeira,né?

- Não,lá eu posso te pedir em namoro de novo. E te comprar um sorvete.

- Huum... Sorvete... Vou pensar no seu caso.


Ele finalmente me soltou,sorrindo mais do que nunca.
E eu também estava sorrindo.
Acho que ficaria sorrindo a vida inteira desde que ele estivesse aqui.
Mas ele não vai notar!
Tentei ficar seria.
E consegui!
Bota carinha feliz aqui: [ ]

- Vou ir ver a Clarisse,vem junto? - Falei.

- Claro.

...

- Vai ficar na minha casa sim e ponto final! - Falou Tia Agatha. - Só até o final das ferias!

- Tia... Não é só eu que decido isso.

- Mas...Mas... Você tem que passar um tempo com seu pai e sua mãe vai adorar!

- E o Ken?

- Bom... Ele pode ficar no mesmo quarto que você mas fique aqui! Clarisse,Lysandre e Castiel falem com essa menina!

Ela saiu do quarto,provavelmente pra falar com a minha mãe.

- Nem vou dizer nada. - Falou Clarisse.- Você TEM que ficar! Vou fazer você largar aquele nerdzinho em 3 dias!

- Eu amo ele! - Nem olhei para o Castiel nessa hora,olhei para o Lysandre e ele balançou a cabeça com desaprovação.- Ok... Eu posso tentar ficar.

Clarisse só levantou um pouco a cabeça do travesseiro,olhou pra mim,sorriu e piscou. Wadea,tava tramando alguma.
...
Se passaram alguns dias.
Clarisse e a Amy já estavam em casa.
E eu na casa da Tia Agatha.
Eu ia todos os dias a casa do meu pai.
A campainha tocou numa tarde que estava fazendo um puta calor. Eu estava fazendo milk shake com o Kentin.

- Quer que eu vá? - Ele perguntou.

- Não,obrigada. - Dei um beijo na bochecha dele e fui.


E para a minha surpresa era a Clarisse. (Eba)
Ela estava sem a Amy e o Lysandre.

- Ridley,venha cá! - Ela me puxou pelo braço e fechou a porta. - Eu não aceito que você fique com esse idiota.

- Por que?

- Porque você AMA o Castiel! Eu lia as cartas! Pelo amor de Deus! Vocês dois estão sofrendo e é tudo tão simples!

- Não posso fazer isso.

- Por que?

- Porque eu amo o Kentin,temos uma droga de uma historia! Vocês só me deixam mais confusa em relação a ele!

- Claro,claro... Foi o Ken que passou dia e noite no hospital com você! O Ken que não dorme direito a noite pensando em você! Pelos deuses!

- Foi o Ken que mudou de cidade por mim duas vezes! Pare,Clarisse! - Eu já estava chorando. - Pare...


Clarisse me encarou por alguns segundos.
Depois colocou a cabeça na porta e gritou:

- Ken,eu e a Rid vamos dar uma saida. Daqui a pouco a gente volta aqui!

- Está bem! - Ele gritou de volta.

Ela pegou no meu braço e fomos andando.

- Estamos indo aonde? - Perguntei. Já temendo a resposta e limpando as lagrimas.

- Na casa do amor da sua vida.

- Clarisse...

- Cala a boca e me escuta! Tem uma ex namorada do Castiel,a Debrah,conhece?

- Não.

- Enfim... Ela voltou para cá,um tempo atras estava tentando fazer contato com a escola,o Nathaniel ficou sabendo e me contou. Mas no ultimo dia de aula ela voltou mesmo e eu acabei esbarrando com ela. Mandei ela a puta que pariu mas ai que ela ficou mais doida ainda para encontrar o Castiel.

- E oque ela quer?

- O Castiel. Ela tem uma banda mas perdeu um membro do grupo dela. Ela antes tinha uma banda com o Castiel.

- Por isso o Lys não deixou eu cantar com eles?

- Exatamente,ela é a maior vadia de esquina. Todo mundo acha ela perfeita mas eu,o Lys e o Nathaniel sabemos a verdade sobre ela.

- Que verdade?

- Quando ela namorava com o Castiel tinha um produtor atras deles,mas a vadiazinha queria carreira solo. Então fez a cabeça do cara pra tirar o Castiel e conseguiu. Ela era burra pra cassete e fez isso por telefone na sala de aula,Nathaniel estava lá e ouviu a conversa toda.

- Deuses...

- Ainda não acabou! Essa ai fez doutorado em piranhagem! Depois que ela viu que o Nathaniel tinha escutado foi atras dele e tentou seduzir. Mas como nessa epoca ele e o Castiel eram amigos então ele não foi na dela! Mas ai o Castiel pegou os dois bem nessa hora,então teve a primeira briga dos dois. Castiel acreditou na Debrah e ela se passou por coitadinha! Terminou com ele e formou essa banda.

- E como você sabe de tudo isso?

- Nathaniel me contou,oras! Ninguem acreditou nele...

- Não conheço essa Debrah ai,mas já odeio.

- Nem queira conhecer... Chegamos.


Estavamos na porta do Castiel.
Morri e continuei vivendo.
Que porra é essa,coração?

- Dê um motivo para o garoto não ir com ela.

- Não posso fazer isso.

- Pode sim.

Ela tocou a campainha.
1 minuto depois ele já estava abrindo a porta.

- Clarisse,eu não vou ir comprar sorvete.... - Ele falou,mas quando me viu atras da Clarisse os olhos brilharam. - Oi Ridley.

- Não quero sorvete. Quero que você fique feliz uma vez pelo menos! - Ela me puxou e me empurrou pra cima dele. - Sejam felizes,crianças! Eu tenho que voltar pra casa antes que a Rosalya comece a colocar roupinhas cor de rosa na Amy!

Ela foi embora vitoriosa.

- Então... Entre.


Castiel me puxou para dentro da casa.
Que estava uma bagunça.
Papel por toda a parte,
Roupas,
Livros
E CDs.

- O que diabos houve aqui? - Perguntei.

- Eu e o Lysandre temos escrito muitas musicas e cartas aqui... - Ele foi até a cozinha.

Peguei alguns papeis do chão.

Em umas tinha a letra do Lysandre:


"Se eu pudesse mudar as correntes de nossas vidas
Para fazer o rio fluir onde está seco
Para ser um prodígio do pai tempo
Então eu a veria hoje à noite"


"Seu corpo junto ao meu"


"For your love is changing me." (Pelo seu amor estar me mudando.)

Outras era a do Castiel:


"E se o certo é ir embora, eu prefiro estar errado
Ela é a luz do sol, e o sol se foi."


"Ontem eu morri, o amanhã está sangrando
Caido em sua luz solar."

Coloquei no bolso do shorts,eles não iam sentir falta.

- Dessa vez... Eu fiz bolo com sorvete. - Ele veio e me entregou um pratinho,bolo de chocolate,sorvete de baunilha.

- Não acredito...

- Ok,eu admito! O bolo e o sorvete são comprados.

- Ahtá! Eu levei um susto aqui! - Eu ri.

Nos dois sentamos no sofá e começamos a comer.

- Huum... Está muito bom. Podemos falar pra todo mundo que você fez. - Falei.

- Ninguem ia acreditar.

- Talvez a Violette acredite.

- Verdade,ela acredita em tudo.

- E como está lá na escola?

- Tudo na mesma. Tirando as brigas da Clarisse com metade da escola.

- Vai ser expulsa antes de você.

- Provavelmente. - Ele sorriu. - E a sua escola?

- Lá é bem parado. Pode botar fogo na escola que ninguem nota.

- Ainda com o Nerdzinho?

- Sim.

- Eu posso te sequestrar e ai problema resolvido.

- É uma boa ideia. - Eu ri. - Ei,eu conheci a sua mãe.

- O que? Como?

- Eu estava no avião e ela me reconheceu.

- Uau, e ai?

- A gente conversou um pouco,ela é muito legal e bonita. Como você pode ser filho dela?

- Muito engraçada você! - Ele revirou os olhos. - Eu já volto.

Ele colocou o bolo na mesinha de centro e foi em direção ao quarto.
Voltou com um livro na mão.

- Clarisse disse que isso me faria ganhar um abraço. - Ele me entregou o livro. - Estou esperando o abraço ansiosamente.


Eu ri e abracei ele.
Foi como se alguma parte do meu coração se preenchesse. Naquele momento, eu me senti inteira. Eu precisava de um abraço, um abraço apertado, um abraço que me livrasse das angústias que eu estava passando. E o abraço dele foi exatamente isso.

- Eu te abraçaria todos os dias como se fosse a primeira vez. - Falei.

- Sabia que o seu abraço é o melhor do mundo? E que eu sinto a maior falta dele?

- O seu também faz falta.

- Agora que tal um beijo? - Ele se afastou um pouco de mim para poder olhar bem o meu rosto.

- Ei,ei, sou uma moça de respeito. - Sai do braços confortantes dele. - Não posso te beijar. Só no rosto.

- Então! Vai ser no rosto. - Ele cruzou os braços. - A boca fica no rosto.

- Ok,só na bochecha então.

- Eu posso te pegar a força.

- E eu posso gritar.

- Ok,aceito o beijo na bochecha.

Segurei o rosto dele para ter certeza que não ia tentar nada e dei o beijo na bochecha.

- Vamos sair daqui? Tá quente,né? - Falei. Eu devia estar muito corada.

- Vamos. - Ele riu.

Ele abriu a porta e lá tinha uma garota,prestes a apertar a campainha.

- Ah,gatinho! Adivinhou,hein?

- Debrah,de novo aqui?

- Até parece que você não está feliz em me ver! - Ela agarrou o pescoço dele.

- Debrah! Não! Não faz isso! Me larga! - Ele tentava soltar ela. - Não na frente dela.

- Dela?


Então a garota me notou e soltou o Castiel. (Aleluia)
Ela tinha cabelo castanho, com uma parte dele preso atrás em um coque frouxo e em algumas tranças finas, e grandes olhos azuis com um ponto rosa na pupila. Ela tem várias tatuagens de pequenas borboletas cinzas em seu ombro e peito direito.
Usava uma blusa com diversos detalhes em azul, rosa e amarelo, além de um tecido branco com pontos pretos. Ela veste uma calça jeans escura, com partes rasgadas e rendas cobrindo-as. Ela tem um piercing dourado na orelha direita e usa um colar de couro preto com uma fivela dourada e outro colar de pérolas rosas, além de par de luvas e um cinto, ambos pretos com detalhes rosas. Ela calça um par de botas pretas de couro que chega até seu joelho.

- Eu sou a Ridley. - Falei,segurando a minha mão que queria loucamente dar uma passada na cara dela. - Cast,a gente se fala depois.

- Não! Ridley,não é o que você pensa. - Ele segurou meu braço.

- Eu?Eu não penso nada. Você tá falando com a rainha que não pensa. Não pensei na hora que a Clarisse me arrastou pra cá. - Tirei a mão dele do meu braço. - Vai ter um futuro brilhante com ela.

- Eii! Eu estou bem aqui! - Falou a tal Debrah.

Me virei e fui andando.

- Ridley! Volta! - Castiel estava gritando. - Debrah,me solta,sua idiota!


Olhei para atras.
Ele viria me procurar.
Sai correndo então.
Que ele me deixe em paz agora.
...
Cheguei em casa e encontrei o Kentin sentado na mesa da cozinha.

- Aonde você foi? - Ele perguntou. Talvez ele estivesse um pouquinho bravo. - Que livro é esse?

- Clarisse e eu demos umas voltas... E ela me comprou esse livro. - Eu nem tinha visto que livro era,quando olhei para capa azul vi que não tinha titulo. - Me desculpe por deixa-lo sozinho,tá? Vou guardar isso e já volto.

- Ok.


Subi correndo e coloquei o livro e os papeis que eu tinha encontrado no chão na caixa das minhas lembranças do passado.
O Anel.
O guardanapo.
A corrente com uma cruz prata.
Guardei de volta na parte mais alta do guarda roupa.
...
Voltei para a cozinha e o Kentin estava com um pequeno buque de flores.

- Para mim? - Perguntei.

- Sim... Comprei quando você saiu. - Ele chegou mais perto,me deu um beijo rapido mas doce e me entregou o buque. - Tudo para não te perder nessa cidade.

- São lindas,mas você não vai me perder. Não importa aonde estejamos.

- Que bom... - Ele sorriu. - Vou te amar até a ultima rosa morrer.

- Nossa... Vou ter que cuidar muito bem delas,morrem tão rapido...

- Você vai ver... - Ele riu,abraçou e me beijou. Aquele momento era perfeito,como todos os momentos com ele.- Eu vou te amar até o dia depois do sempre.

- Eu vou te amar até o dia depois do sempre. - Nos dois sorrimos.


Ele me deu 12 rosas.
Morreram 11 uma semana depois.
1 era de plastico.
Duraria para sempre.
Era ele,sempre foi e tinha que sempre ser.


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