Unintentionally Yours. escrita por ElizaWest


Capítulo 4
Never Too Late.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal, como estão? Perdão pela demora tanto nessa quanto nas outras fics, os dias aqui tem sido extremamente estressantes, só agora que estou conseguindo me recuperar dos meus "dark days" que se passaram. Mas enfim, boa leitura, e espero que gostem!

Maybe we'll turn it all around...



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- Bom dia, Rainha – a voz sonolenta de Emma fez Regina sorrir.

- Bom dia, Princesa – a morena esfregou os olhos preguiçosamente. Quando olhou para a Xerife, ela tinha um largo sorriso nos lábios.

- Princesa... – Emma repetiu o que ela dissera.

- E não é? – Regina acariciou seu rosto.

                Emma apenas assentiu e selou os lábios da Rainha com os seus em um beijo apaixonado. Ambas estavam nuas, cobertas por um fino lençol branco apenas da cintura para baixo, mas seus corpos colados às mantinham aquecidas. O brilho fraco do sol entrava pelas pequenas janelas.

- Acho que devemos ir – Regina sussurrou com a testa colada na de Emma.

- Estraga prazeres... – Emma murmurou fazendo a morena rir baixinho.

                Depois de mais um longo beijo, as duas mulheres levantaram-se, vestiram suas roupas e dobraram as cobertas, deixando-as exatamente como as encontraram. Quando Regina olhou para a janela, viu um pequeno vulto passar por ela, como se fosse uma... Uma fada. Seus olhos se estreitaram e ela andou lentamente até a janela, pedindo para que Emma ficasse em silêncio quando esta lhe perguntou o que estava fazendo. Um zumbido irritante com algumas falhas alcançou os ouvidos da Rainha. Ela apoiou-se no parapeito da janela e se inclinou para frente, analisando o local. Era alto. Muito alto. Ao longe, Regina pôde ver o mar por onde vieram, e mais algumas montanhas cobertas por árvores de um verde vívido. O céu estava claro, azul anil, com apenas algumas nuvens roxo-claras preenchendo alguns pontos. Seus olhos correram pelas árvores ali perto, mas nada viram.

- O que foi? – Emma sussurrou em seu ouvido enquanto olhava por sobre seu ombro.

- Eu vi algo – Regina respondeu com as sobrancelhas franzidas. – Uma fada, eu acho. Escuta isso.

                O ambiente ficou em absoluto silêncio se não fosse pelo zumbido falho – e extremamente irritante.

- São asas? – a loira perguntou.

- Sim – a outra disse. – Asas machucadas. Mas quem quer que seja não quer nossa ajuda, senão não se esconderia. Vamos descer.

- Certeza, Reggie?

- Claro – ela disse piscando para Emma que rapidamente entendeu o jogo. – Vamos embora logo, não quero mais ficar aqui.

                As duas andaram até a porta e fizeram menção de descer as escadas, mas rapidamente um pequeno corpo entrando pela janela as fez parar. Era a fada e, depois de um brilho fraco a envolver, uma bela garota surgiu em seu lugar. Ela estava sentada no chão com seu braço e asa direitos machucados. Regina correu até ela.

- Oi, eu me chamo Regina Mills – se apresentou enquanto se ajoelhava ao lado da menina. – Qual seu nome?

- Tinker... – ela começou, mas um grunhido de dor escapou de seus lábios. – Tinker Bell.

                Regina analisou a garota. Ela usava um vestido verde que cobria até pouco antes da metade de suas coxas e uma sandália sem salto prata com cordões trançados ao redor de suas pernas até os joelhos. Os cabelos longos e loiros estavam soltos e caíam por sobre seus ombros, enquanto os grandes olhos azuis pareciam assustados.

- Prazer em conhecê-la, Tinker Bell – a morena sorriu para ela e a ajudou a se levantar. – Venha, vou levar você até o colchão.

                Feito isso, os olhos da fada se encheram de lágrimas que logo escorreram por suas bochechas rosadas. Ela olhou para Emma, que logo tratou de se apresentar.

- Então, querida, o que houve? – Regina sentou-se ao seu lado e segurou sua mão. Emma ficou parada em pé ao lado das duas.

- Eu... Eu tentei salvar o garoto, mas ele... – as súbitas ondas de lágrimas impediam a garota de falar claramente. – Ele me impediu... Eu não quero que ele faça isso! Eu pedi para que ele parasse... Mas ele... Ele não me ouve!

- Ele quem? – Emma se agachou.

- Isso dói tanto... – Tinker Bell chorou baixinho.

- Aqui – Regina passou levemente sua mão sobre o braço e depois a asa da garota, fazendo com que uma fumaça roxa curasse parte dos ferimentos e aliviasse um pouco a dor. – A minha mágica é diferente aqui... Isso é o máximo que posso fazer. Me desculpe.

- Muito obrigada – a garota sorriu. – Vocês são de onde? Suas roupas são estranhas.

                Regina riu baixinho acompanhada por Emma.

- FairyTale Land – a morena respondeu, enquanto Emma disse “do mundo real” ao mesmo tempo. As duas se encararam e então os olhos da fada se arregalaram olhando para Regina.

- Você... Você é a Rainha que lançou a maldição sobre todo o Reino?

                Regina apenas assentiu, envergonhada.

- Caramba... Isso foi... Incrível! – Tinker Bell sorriu.

- Um plano bem elaborado – Emma acrescentou e a menina concordou.

- Um plano idiota e egoísta – a Rainha disse finalizando o assunto. – Tinker Bell, essa casa é sua?

- É sim – ela afagava delicadamente o braço machucado. – Eu fiquei meio assustada quando vi vocês aqui.

- Desculpe... – Emma sussurrou.

- Vocês estavam... Brigando? – a garota perguntou.

- Oi? – Regina franziu as sobrancelhas.

- É, algum tipo estranho de luta onde os oponentes tem que ficar sem roupas ou algo assim – Tinker Bell disse inocentemente fazendo Regina corar e Emma segurar o riso. – Eu fiquei preocupada, mas não quis interromper, afinal vocês não estavam machucadas, e... Eu tô confusa.

- Não estávamos brigando, querida, ér... – a Rainha estava constrangida e não sabia exatamente o que responder.

- Enfim, seja lá o que tenha acontecido com você, tem chances de acontecer de novo? – Emma tirou uma mecha de cabelo do rosto da garota, colocando-a atrás de sua orelha.

- Provavelmente – ela baixou o olhar. – Ele não vai me deixar em paz depois de eu ter me virado contra ele. E da próxima vez, será muito pior do que apenas uma asa e um braço machucados. Ele é... Terrível.

- Você falou sobre um garoto – Regina perguntou curiosa. – Como ele é?

- Ah, ele veio do mundo real também – Tinker Bell sorriu, mas logo desfez seu sorriso. – Ele estava triste quando o vi, mas estava convicto de que suas mães viriam buscá-lo. As duas. É normal no mundo de vocês duas mulheres serem capazes de gerar uma criança?

                Os olhos cheios de lágrimas da morena encontraram os de Emma que estavam brilhando de felicidade. Era de Henry que a pequena fada estava falando, e o fato de ele ter certeza de que suas mães iriam buscá-lo acendeu uma luz no coração das duas mulheres.

- Ele é o nosso filho – Regina sussurrou, seu tom de voz transbordando felicidade.

- Eu falei que iríamos encontrá-lo – Emma sorriu abraçando a morena. – Mas, Tinker Bell, esse “ele” de quem você fala... Quem é ele?

- É, eu gostaria de saber disso também – Regina a olhou com expectativa.

                Os olhos da garota lacrimejaram e sua voz tremeu.

- Seu nome é Peter Pan.  


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Notas finais do capítulo

'Cause it's not too late... It's never too late.

E aí, curtiram? Mereço reviews? haha

Kisses! ♥