Unintentionally Yours. escrita por ElizaWest


Capítulo 3
Take My Breath Away.


Notas iniciais do capítulo

Uhul, mais um chapter! o/ Eu realmente achei meio fraquinha a cena da 'primeira vez' da Emma e da nossa Queen, mas enfim, é o que eu consegui por hoje. Espero que gostem >.< Boa leitura!


Watching every motion in this foolish lover's game. Haunted by the notion somewhere there's a love in flames...



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Creck”.

– Shh! – Snow sussurrou.

– Desculpe – David tentou se desculpar. – Mas então... Conseguiu descobrir o que Emma fazia no quarto de Regina?

– Não – a morena de cabelos curtos parecia frustrada. – Eu não faço a mínima ideia do que está acontecendo, só sei que é muito estranho. Quer dizer... Quando fui chamá-las para jantas duas noites atrás as duas estavam sozinhas perto da borda de um dos lados do navio, conversando próximas demais.

– Emma não faria nada contra nós – David disse.

– Claro que não, ela não tem motivos – Snow deu de ombros. – Não tem né?

Hook, que andava em silêncio guiando o casal, resmungou audivelmente.

–Que foi?! – Snow White se irritou.

– Primeiro: não me admiro que Emma não tenha escolhido vir com vocês nessa “expedição”. Vocês são chatos pra caramba – ele disse sem olhar para os Charmings. – Segundo: deixem a garota. Por favor, ela tem idade o suficiente para não ter que aturar os pais pegando no pé dela. O que ela faz ou deixa de fazer da vida sexual dela não é da conta de vocês.

– É da nossa conta quando se trata da Rain... – Snow começou mas se interrompeu de repente. – Espera. Vida sexual?

– Santa inocência – Hook riu alto e acelerou o passo.

* * *

Nada se fazia ouvir além do vento calmo e dos passos nas folhas secas da Ilha. Regina ainda vestia a jaqueta de Emma, uma calça negra de couro e uma camiseta também preta. Suas mãos estavam dentro dos bolsos da jaqueta que estava com o zíper fechado até cobrir o pescoço da Rainha, mas esta, por sua vez, tinha os lábios trêmulos por causa do frio. Era psicológico, é claro, afinal o vento naquela noite estava altamente suportável. Gold andava um pouco à frente, então Emma aproveitou para aproximar-se de Regina, deixando seu braço roçar no da morena apenas para mostrar a ela que estava ali. A Rainha sorriu para a loira e voltou a olhar para frente.

Gold analisava aquela situação. Olhando de soslaio conseguiu perceber os olhares que Emma e Regina lançavam uma à outra. As duas nem mesmo perceberam o sorriso malicioso que o Senhor das Trevas carregava nos lábios.

– Tá escurecendo – Emma se afastou um pouco de Regina quando viu que Gold parou para olhá-las.

– Está – ele disse olhando para o céu que estava preenchido por uma cor púrpura magnífica. As nuvens, todas de uma tonalidade mais clara, estavam se dissipando rapidamente. Logo, logo a noite tomaria conta da Ilha.

Os três concordaram em passar a noite ali mesmo, afinal todos disseram que dormiriam em algum lugar seguro da Ilha. Emma andou até uma pequena caverna e afastou algumas folhagens que cobriam a entrada. Apesar da pequena entrada e de um corredor estreito, a caverna em si era enorme, tendo tranquilamente espaço para todos os três... E mais um exército. Gold chacoalhou as mãos no ar e a partir de uma fumaça roxa fez surgir uma grande barraca negra com alguns detalhes dourados. Quando Emma e Regina esperavam por barracas, Gold deu de ombros.

– Cada um por si, queridinhas – e, depois de dizer isso, adentrou a barraca.

Os olhos de Emma estreitaram-se e ela sentiu seu rosto queimar de raiva, mas não se deixou abalar. Gold só estava sendo um completo babaca como fora na maioria das vezes em que eles conviveram.

– Nós podemos caminhar mais um pouco – Regina sugeriu. Emma virou-se para ela e sorriu, concordando.

Agora o céu tinha uma coloração um pouco diferente. As estrelas brilhavam com um vermelho forte, imersas em uma imensidão cinza escura, quase negra. Regina cruzou os braços contra o peito e sentiu o braço direito de Emma apertá-la contra a Xerife.

– Tá com frio, né? – Emma perguntou.

– Um pouco, mas eu vou sobreviver – a Rainha sorriu divertida. – Você... Não acha que Gold percebeu algo, acha?

– Não sei – a loira deu de ombros. – Espero que não, mas não vejo problemas. Por mim, eu digo. Você ainda não sabe como se sente em relação a isso?

– Você já sabe? – Regina indagou franzindo as sobrancelhas.

Emma gaguejou e então desconversou.

– Eu acho que deveríamos dormir em algum lugar longe daquele velho asqueroso.

– Ele é avô do seu filho – Regina riu.

– Não é por isso que eu preciso amá-lo – Emma disse.

– Você precisou me aturar pelo Henry – a Rainha olhava para os próprios pés enquanto andava.

– Você é diferente – a loira apertou-a mais no abraço. – Você é... Você.

Regina sorriu e se assustou quando Emma parou de repente. Ela olhou para a loira que tinha um olhar maravilhado e a boca entreaberta. Seus olhos seguiram os da Xerife e seus lábios curvaram-se em um largo sorriso. Emma estava fascinada com a tradicional casa da madeira em cima de uma grande árvore.

– Vamos lá – Regina disse e puxou a loira pela mão, correndo até chegar a arvore.

Emma subiu por primeiro, para ter certeza de que a casinha estava vazia. Fez um sinal de ok com uma das mãos e Regina subiu logo em seguida. Ao chegar ao topo, encontrou Emma ajoelhada no chão, com as mãos sobre as coxas e um sorriso bobo no rosto.

– Eu sempre sonhei em ter uma dessas – seus olhos brilhavam de excitação. A luz da lua cheia que se instalara no céu adentrava pelas janelas da casinha de madeira, revelando seu interior: uma pequena mesa com quatro cadeiras, um armário em um canto afastado e um colchão de casal com cobertores perfeitamente dobrados em cima. O forro estava decorado com algumas flores e alguns penduricalhos, como fios de barbante com pequenos pedaços de espelho amarrados a eles.

– Deve pertencer a alguém – a Rainha percebeu. – Acho que devemos ir.

– Ah, não podemos ficar? Pelo menos mais um pouquinho... – os lábios de Emma estavam curvados em um biquinho manhoso quando ela se levantou e parou de frente a Regina. Ela fez uma carinha tão fofa que a morena nem sequer tentou resistir.

– Ótimo – ela disse andando até o colchão onde se sentou e cobriu-se com um dos cobertores que estavam dobrados na ponta do mesmo. – Divirta-se, senhorita Swan.

Emma ouviu aquilo e ficou encarando a Rainha por alguns segundos, até que a mesma perguntou o porquê daquele olhar. A loira caminhou até o colchão e sentou-se de frente para Regina.

– O que foi? – a morena perguntou divertida. Emma nada respondeu, apenas aproximou seu rosto do da outra e a beijou. Regina foi pega de surpresa, mas logo deixou seu corpo relaxar e agarrou os cabelos dourados da Xerife, enquanto esta a puxou para o seu colo. Regina tinha as pernas envolvendo a cintura de Emma, seus corpos tão próximos que ela podia jurar estar sentindo os batimentos cardíacos acelerados da outra.

Seus lábios moviam-se lentamente a princípio, mas foram se torando urgentes com o passar do tempo. As mãos da Xerife acariciavam e apertavam as costas e cintura de Regina – já sem a jaqueta – por baixo da blusa, e a Rainha mordia levemente o lábio inferior de Emma, alternando entre mordidas e leves sucções. A loira deitou delicadamente sua parceira sobre o colchão, colocando-se em cima dela com os joelhos um de cada lado de seu quadril. Aos poucos peças de roupa foram jogadas nos cantos da casa de madeira até as duas estarem usando apenas suas peças íntimas. Emma usava um top preto e uma calcinha de algodão da mesma cor. Já Regina vestia um conjunto de rendas azul marinho, uma de suas cores preferidas. Emma ficou paralisada, admirando o corpo perfeito e delicioso da Rainha que sorriu discretamente, envergonhada.

Os lábios da Xerife alcançaram o pescoço da morena, mordendo e dando leves beijos na pele macia e bem cuidada de Regina. Seus beijos desceram vagarosamente até os seios da outra, então ela tirou rapidamente o sutiã da Rainha e beijou cada um de seus seios, por fim passando a língua entre eles. Regina gemeu quando sentiu os dentes de Emma roçarem-se em seu abdômen, alcançando então a tira da calcinha de rendas e logo em seguida a coxa direita da morena. Emma arrastou lentamente a calcinha de Regina por suas pernas e jogou-a em um canto qualquer. Sua língua fazia desenhos abstratos nas partes internas das coxas da Rainha, que tinha agora as pernas abertas e as mãos agarrando firmemente as bordas do colchão. A Xerife passou levemente a ponta da língua pelo centro da morena, sorrindo ao ouvi-la gemer seu nome, e então começou a sugá-la com desejo enquanto um de seus dedos entrava e saía facilmente da Rainha, que depois de algum tempo alcançou o orgasmo. Emma arrastou-se até Regina e deitou-se ao seu lado.

– Emma, isso foi... – Regina começou, mas deixou a frase por terminar. Acariciou o rosto da loira e sorriu para ela.

– Eu sei como me sinto – Emma sussurrou. Regina manteve seu sorriso, encorajando-a. Emma continuou. – Sabe quando você é criança e ganha um dos presentes que mais quis em toda a sua vida?

– Eu nunca tive isso – a Rainha falou triste.

– Eu também não – Emma disse. – Mas Henry teve, provavelmente.

Regina sorriu e assentiu, lembrando-se do brilho nos olhos de seu filho quando aconteciam situações como essa.

– Eu... – Emma pigarreou. – Eu não sabia que era isso que eu queria – ela sussurrou. – Não até te ver no estado em que você ficou. Foi totalmente inusitado e diferente pra mim, mas... Eu queria te proteger, Regina. Queria te amparar em meus braços e te fazer voltar a ser a mulher forte e determinada que você era antes daqueles idiotas desaparecerem com o Henry. Eu queria te mostrar que nós somos capazes de encontrar o nosso filho. Nós iremos encontrá-lo.

Nosso filho? – Regina perguntou.

– Nosso filho – Emma repetiu e afastou uma mecha dos cabelos negros da Rainha que haviam caído em seu rosto.

– Obrigada, Emma – a morena sorriu para a Xerife. – Obrigada pelo Henry. Obrigada por isso. E o mais importante... Obrigada por ter salvado os habitantes de Storybrooke. Pode não parecer sincero vindo da mulher que lhes jogou uma maldição, mas é.

– É claro que é – a loira concordou. – Agora vamos dormir minha Rainha. Amanhã será um longo dia.

– Dormir? – a Rainha riu alto e se colocou em cima de Emma, correndo lentamente sua mão pelo abdômen da loira até alcançar seu sexo. – Eu não acho que seja possível.


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Notas finais do capítulo

Turning and returning to some secret place inside. Watching in slow motion as you turn my way and say: take my breath away...


Mereço Reviews? haha Kisses! ♥