Dois Mundos escrita por Iza Stank


Capítulo 13
13-A guerra proibida.




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Todos os campistas se olharam nervosos. Alguns não se conheciam, e eu não os conhecia também. A menina de Afrodite que conversava com Nicole e Pierre se chamava Piper, e quase teve um ataque cardíaco quando viu Pedro.

O meio-irmão de Douglas chamava-se Leo. Ele aparentemente também tinha o poder de produzir fogo.

-Quero dar as boas vindas oficiais aos que chegaram hoje! Mas o assunto que trago aqui, não é dos melhores. –Quíron parecia nervoso.

-Uma guerra se aproxima. –Eu falei sem pensar. Todos da mesa murmuravam e olharam para mim. Até Rachel, que eu não havia visto, apareceu.

-Nós sempre estamos em uma guerra. –Resmungou Ricardo.

Clarisse pareceu ofendida.

-Mas guerra é bom. Ensinamos os fracotes...

-Não Clarisse! Nós não vamos participar dessa guerra. –Cortou Quíron. Eu me perguntava como ele soube. – A guerra que acontecerá em breve, vai confrontar duas forças, tão poderosas quanto os semideuses, e que se vocês lutarem, só vai ocasionar mais mortes e destruição.

Todos em volta da mesa pareciam confusos. Inclusive os magos disfarçados.

-Quais são as forças? –Perguntou Piper. –Gaia foi derrotada, Cronos está no Tártaro, os romanos estão em paz conosco. Quem poderá ser?

-Eu acho que um pequeno grupo sentado nessa mesa sabe. -Quíron mandou uma indireta um tanto quanto direta para nós.

Caroline e Michelle discutiam por olhares, decidindo se falariam. Mas foi Roxie que falou.

-Casa da Vida e Bruxos. Magia contra magia.

Annabeth parecia ter sido atropelada.

-Casa da Vida? Eu já ouvi falar sobre isso. Alguma coisa relacionada com o Egito, certo?

-Se ela não sabe, então estamos perdidos. –Ouvi Andrew sussurrando ao ouvido de Rafaela.

Pedro evocou o cajado do Duat, o que aumentou a tensão na mesa. Os campistas olharam atônitos para o cajado de marfim com uma cabeça de falcão entalhada na ponta.

Pedro olhou-nos encorajando para fazermos os mesmo.

Eu me concentrei e coloquei minha mão no Duat, agarrei o cabo do meu próprio cajado e retirei-o. Um pedaço de madeira, com um metro e meio de altura, entalhado de hieróglifos, surgiu na minha mão.

Em seguida, todos os magos fizeram o mesmo. Os semideuses ficaram boquiabertos, sem saber o que fazer.

Pedro evocou o símbolo da Casa da Vida sobre a mesa, o que só fez a confusão aumentar.

-Espiões? –Rosnou Clarisse puxando a espada para o pescoço da irmã.

-Não somos espiões. Somos semideuses como vocês. Só que a nossa parte mortal, é descendente dos faraós. O que nos torna aptos para a magia. –Explicou Michelle calmamente.

-O que nos torna, os semideuses mais poderosos do mundo. –Disse Rachel triunfante.

O silêncio caiu sobre a mesa.

-Mas como isso funciona? –Perguntou Pólux.

-Cada um, deve escolher qual caminho seguir. O caminho dos deuses foi reaberto. Única maneira de salvar o mundo do Caos. –Disse Ricardo.

-Caminho dos deuses? Nós já não somos filhos dos deuses? –Perguntou Leo.

-Cara, os deuses egípcios não se misturavam com os mortais. Só quando algum mortal era escolhido para ser seu hospedeiro ou o Olho  do deus. E nós temos mais facilidade, porque já possuímos sangue mágico. –Explicou Andrés, seu sotaque espanhol era muito forte.

-Nunca ouvi falar em deuses egípcios. Alguém pode dar um exemplo? –Perguntou Piper, visivelmente confusa.

Annabeth suspirou, pareceu que finalmente ela entendia.

-Hórus, o deus da guerra. Ìsis, deusa da magia. Rá, deus sol. Estou certa? –Ela perguntou-me.

Eu assenti.

-O Egito foi muito grande e duradouro. Até que foi dominado pelos romanos, mas mesmo assim, continua com uma grande influência nos dias de hoje. –Explicou Douglas.

-Mas nós não deveríamos ser inimigos? –Perguntou Perçy, se distanciando do cajado de Pedro.

-Possivelmente, mas creio que não. O importante agora não é os gregos ou egípcios, e sim a guerra que ocorrerá. –Interrompeu Quíron.

-Verdade, quem são os bruxos? –Perguntou Travis.

Eu não estava a fim de responder, mas Pedro me encorajou do outro lado da mesa. Eu expliquei sobre o Hogwarts e os bruxos que estudavam lá. Falei sobre minha mãe e sua super magia. E por fim, falei da guerra entre os dois mundos.

Quando terminei, o silêncio era constrangedor. Alguns estavam boquiabertos com a história, outros pareciam não acreditar.

-Então não vamos para a guerra. Porque sabemos disso então? –Perguntou Clarisse.

Quíron olhou-me sério.

-Nós não poderíamos achar que essa guerra era nossa. Esse foi o motivo da reunião. Um esclarecimento de tudo. Estava ficando muito perigoso para vocês, esconder esse segredo por mais tempo aqui dentro do acampamento.

-Você nos chamou aqui só para isso? –Perguntou Douglas.

Quíron assentiu.

-Essas habilidades poderão ser úteis em uma guerra futura. Mas agora, vocês estão liberados.

Depois de um pequeno momento, os campistas começaram a levantar-se e tomar seus rumos.

A tarde foi ocupada. Treinos e mais treinos. Durante um intervalo e outro, conseguia conversar com alguém. Quando tudo acabou, eu fiquei com o resto do tempo livre. Pensei em dar uma volta pelo acampamento, mas algo chamou minha atenção.

Quando estava saindo do chalé, de banho tomado e alimentada, vi Douglas entrando na floresta. Reconheci apenas o seu tênis, mas eu tinha certeza que era ele. Segui-o.

Meu primo caminhava rápido, mas consegui seguir sem fazer barulho. Depois de alguns minutos, o sol começou a pôr-se. Comecei a ficar preocupada. Então ele parou em uma clareira. Eu nunca tinha visto aquele lugar, mesmo depois de três capturas a bandeira.

-Estou aqui. O que você quer? –Ele disse, e aparentemente falava sozinho.

-Acalme-se filho de Hefesto. Eu estou aqui para ajudar. –Disse uma voz na borda da clareira, parecia uma mulher.

-Ajudar em que?

-Garoto, vocês não entendem que devem entrar nessa guerra? Isso irá acabar destruindo o mundo. Esses dois mundos mágicos, bruxos e magos, só serão apartados por aqueles que enxergarem os dois lados. –Disse a voz, então eu vi. Na borda oposta da clareira, uma mulher alta e confiante, sentada em uma pedra, com longos cabelos pretos, presos em uma trança. Uma pele de cabra estava suspensa em suas costas.

-Mas eu não tenho os dois lados. Eu sou apenas um mago semideus. Não sou um bruxo. –Falou meu primo, e pude sentir medo em sua voz.

A mulher riu.

-Eu não teria vindo até aqui e chamado você por nada. É claro que você é um bruxo. Posso sentir a magia em seu sangue.

Meu primo não se mexia.

-Claro que não é tão poderoso como poderia ser. Os três lados mágicos que estão dentro de você, encobriram um ao outro todos esses anos.

-Mas minha mãe não era bruxa. –Disse ele.

-Não. –Concordou ela. –Mas existem aqueles que nasceram trouxas, mas com a magia assim mesmo. Da mesma forma que existem aqueles que nasceram para serem bruxos, mas sem a magia.

-Então o que devo fazer?

-Vá a luta. Vá para Hogwarts. Aprenda a usar suas habilidades. Vire um grande mago e salve o mundo. –Respondeu ela.

-Eu estou sozinho? Quero dizer, apenas eu de mago, bruxo e semideus? –Perguntou meu primo, e agora ele parecia prestes a desmaiar.

-Isso é o que veremos. Talvez sim, talvez não. Mas só descobrirá durante sua jornada. Mas se você quer uma dica, leve seus amigos mais próximos com você. Aqueles que mais lhe importam e que poderão ajudar-lhe mais.

-Quem? E como vou ir? –Perguntou Douglas.

-Você deverá escolher com quem ir. Mas escolha apenas dois. E como você vai, hoje, á meia noite, uma chave de portal vai lhe aguardar na praia. –Um trovão ribombou pelo céu. –Agora eu preciso ir. Eu confiarei em você, Douglas.

-Espere, eu não sei seu nome, e nem quem você é.

-Me chame de Hera, ou para você, pode ser Juno também. –E a mulher desapareceu em um raio dourado.

Eu não sei quem estava mais chocado, Douglas ou eu. Eu fiquei ali parada tempo de mais, e quando vi, meu primo já estava voltando. E se eu não o seguisse, ficaria perdida, na floresta, cercada por monstros.

Quando voltamos ao acampamento, já estava escuro, e com sorte, não era a hora do jantar.

Entrei correndo no meu chalé, ainda com aquelas palavras na minha cabeça. Eu não podia imaginar que Douglas era um bruxo, e que ele partiria essa noite.

-Ei, aonde você vai? Está na hora do jantar. –Disse Will parando-me na escada.

-Desculpe-me. –Eu recuei, e então percebi que todo o chalé estava em fila, esperando para sair. E entrei na fila.

Dylan estava na minha frente, ele olhou para mim e deu uma piscadinha. Reparei que ele usava uma conta nova no colar de couro. Era uma espécie de moeda, pequena de ouro puro, que brilhava.

-Que bonita essa sua moeda. –Eu disse, tentando puxar assunto.

-Obrigado, Roxie quem me deu. Você sabia que ela consegue achar pedras preciosas no chão? –Ele disse sorridente.

-Não sabia. Ela nunca me disse isso. –Antes que eu pudesse continuar, a fila começou a andar.

O jantar como sempre, estava delicioso. De longe, eu vi Pedro se entendendo com o irmão, eles pareciam bem felizes juntos. Conversavam e trocavam histórias. Vi Rafaela na sua mesa. Ela não parecia muito feliz, a sua irmã, Thalia Grace, a filha de Zeus que virará uma Caçadora de Ártemis, estava ali, elas pareciam conversar também, apesar de eu não conseguir entender o que se passava.

Todos os outros conversavam e comiam felizes. Era bom estar em casa, mesmo estar ali por pouco tempo, eu já me sentia assim, com uma família grande. O que não deixava de ser.

-Lú, eu preciso falar com você depois. –Disse Douglas no meu ouvido. Ele estava sentado quase atrás de mim, o que possibilitou.

Eu virei-me e vi um brilho diferente no seu olhar, algo misterioso.

-Claro. Sem problemas. –Respondi.

Depois do jantar, eu o encontrei sentado na beira da fonte, na frente dos chalés. Ele e Pedro conversavam ali.

-Você queria falar comigo? –Perguntei, apesar de já suspeitar o que era.

-Sim, por favor, sente-se. Eu já estava conversando com ele. Pedro topou a ideia. Só falta você. –Ele disse.

Eu sentei-me e Douglas começou a explicar o encontro na floresta, tadinho, mal sabia ele, que eu ouvi tudo.

-Ela disse que eu teria que escolher duas pessoas. As mais importantes para mim. Eu já escolhi o Pedro, e ele aceitou, agora só falta você aceitar. –Ele disse.

Eu não demorei em acreditar no que ouvia, ele estava convidando-me para ir a Hogwarts com ele. Eu não sabia se eu podia ir, mas era uma honra.

-Claro que vou com você. Mas achei que fosse convidar a Caroline. Sei lá né, vocês são namorados. –Eu disse.

-Pois é, mas não sei se ela aceitaria. Além do mais, nós já trabalhamos juntos, e deu certo, não me sinto confortável e chamar mais ninguém, nem a Rafaela, nem a Roxie. Vocês são meus melhores amigos. –Explicou ele.

-Então nos vemos a meia noite, na praia? –Disse Pedro.

Douglas assentiu.

-Eu vou arrumar minhas coisas antes que alguém me pergunte. –E ele saiu andando para o chalé.

Ficamos apenas eu e Pedro ali, numa bela noite de verão americano. Ao longe, eu podia ver a fogueira e ouvir alguns monstros na floresta. Os outros campistas não estavam incomodando. Alguns de meus irmãos jogavam basquete, alguns filhos de Hermes jogavam vôlei, ninguém jogava futebol, que tristeza. Os filhos de Afrodite estavam do outro lado da praça, conversando na porta do chalé.

-Ansioso? –Perguntei.

Ele me abraçou. Nossa, eu adorava aquele abraço.

-Não muito. Estando com vocês, posso enfrentar qualquer missão, desde derrotar um vilão do vídeo game, até fugir do acampamento de noite, para evitar uma guerra mágica. –Ele riu, e não pude deixar de rir também.

-Você gostou do seu irmão? –Perguntei.

-Sim. Ele é bem legal, passou por muita coisa, é como o herói daqui. –Ele disse enquanto observávamos Perçy e Annabeth sentados na frente do chalé de Poseidon.

-Eles parecem legais. –Eu disse.

-Passaram por muita coisa juntos. Tem uma história muito legal.

-Eu imagino, assim como nós vamos ter a nossa. Certo? –Eu falei.

-Eu acho que pode dar certo. Já estamos juntos a mais de três meses. –Ele me beijou.

-Claro. Mas agora nós temos uma missão super secreta para ir. Precisamos nos preparar. –Eu disse levantando-me. Pedro puxou-me a me deu outro beijo.

-Vejo você daqui a pouco então.

E entrei correndo no chalé.

Por sorte, eu não havia tirado minhas roupas da mochila. Então só coloquei tudo no Duat. Reabasteci meu estoque de Néctar e Ambrosia, apesar de eu nunca precisar. Cura instantânea é um dos meus muitos talentos.

Ninguém estava no chalé, para meu alivio, então eu desci e fiquei na sala. A televisão pegava muito bem, mas não passava muitas coisas que me interessavam. Até que fui surpreendida por Rafaela.

-Com licença?

-Entre. –Falei ajeitando-me no sofá.

-Eu vi você entrando na floresta hoje. Algum problema?

-Não. Nenhum. –Eu estava tentando não parecer nervosa, mas eu acho que ela percebeu.

-Você está escondendo algo. Eu te conheço. O que aconteceu? –Ela começou a pressionar.

Eu estava pensando se contava ou não. Eu contava tudo para ela, mas não tinha certeza se poderia falar aquilo. Eu sabia que ela ficaria chateada se não contasse.

-Desculpe, mas eu não posso falar. –Respondi balançando a cabeça.

-Por quê?

-Porque eu não tenho certeza do que vai acontecer.

-O que é para acontecer? –Ela perguntou.

-Não sei bem. Eu preciso que você fique aqui, e cuide do acampamento. Só isso. –Respondi.

-Então você vai sair. Aonde vai?

-Eu não vou fazer nada de mais, mas não posso contar.

-Quíron sabe? Foi ele que ordenou essa missão?

Eu queria mentir, mas também não queria falar a verdade.

-Não, ele não sabe. Mas estamos fazendo isso por todos nós.

Ela fez uma cara de susto.

-Você vai entrar em contato com a sua irmã, não é? Para ver se ela consegue mudar o curso da guerra. –Às vezes eu esquecia como ela era esperta.

-Por ai. –Eu já olhava para o relógio, estava ansiosa para sair dali.

-Você vai fazer besteira. Eu te conheço. Pedro e Douglas vão com você pelo menos.

-Na verdade, eu que vou com eles. –Eu disse.

-Por favor, tome cuidado. –Ela me abraçou.

-Eu vou salvar todo mundo. –Eu ri. Ela riu também.

Douglas parou na porta.

-Oi, você está ocupada? –Ele perguntou me lançando um olhar de advertência.

Eu abracei Rafa de novo e me despedi baixinho. Ela havia crescido muito desde o ultimo verão, agora estava quase na minha altura e estava maior, mas continuava a mesma.

-A gente se vê. Cuidem-se. –Ela disse saindo do chalé.

Douglas deu um ‘oi’ rápido para ela e entrou na sala.

-Você falou para ela? –Ele perguntou-me incrédulo.

-Não, mais ou menos, ela descobriu parte, mas eu não disse tudo.

Ele pareceu entender em parte.

-Ela não vai contar? –Ele levantou a sobrancelha.

Eu ri.

-Não. Como se você não conhecesse ela. A Rafa é uma pessoa extremamente confiável.

Dylan entrou no chalé abraçado em Roxie. Era engraçado ver aqueles dois. Nós já deveríamos ter saído dali, mas agora era complicado, levantaria muita suspeita sair assim.

-Estamos interrompendo alguma coisa? –Perguntou Roxie.

Eu e meu primo nos entreolhamos.

-Não, nós já estávamos de saída. Tchau gente. –Falei saindo pela porta antes que ela fizesse mais perguntas.

Já eram onze horas da noite. Nós fomos caminhar pelo acampamento, para não levantar suspeitas. Andamos por toda a extensão, passamos pela parede de escalada, pela casa grande, pelo lago. Os campistas estavam por todos os lados. Pelo jeito, aproveitavam bastante o fim de semana.

Eu vi Nicole conversando com Piper, perto da Arena. Pierre estava trovando alguma filha de Atena perto do refeitório. De longe enxerguei os cabelos louros de Rachel, lutando com algum de seus irmãos. Tudo pareceu normal, ninguém nos notou indo em direção à praia.

Quando chegamos na praia, Pedro estava deitado nas dunas, contemplando o céu. Ele estava perfeito com uma camiseta regata branca e uma bermuda jeans. Ele não nos viu chegar, pois estava ouvindo música no iPod. Eu cheguei bem perto dele retirei os fones.

-Vocês demoraram. –Disse ele levantando e tirando a areia do corpo.

-Pois é, tivemos que despistar alguns campistas. –Eu disse.

-Vamos? Aonde está a tal chave de portal? –Perguntou Douglas impaciente.

Eu não via nada de diferente na praia, talvez apenas, uma concha solitária, quase no mar. A concha tinha um fraco brilho azul.

Eu achei estranho, mas caminhei em direção à concha, os meninos me seguiram.

-Ela está ai desde que cheguei. –Disse Pedro vendo onde eu estava indo.

-Mas ela já estava brilhando? –Desafiei-o.

-Brilhando? Ela não está bri...-Pedro interrompeu-se ao ver que eu tinha razão.

Nós nos colocamos em volta da concha. Nós tínhamos que toca-la ao mesmo tempo, mas tinha que ser na meia noite em ponto, se não, nos perderíamos.

Enquanto chegava perto da hora marcada, a luz aumentava de intensidade.

-Um minuto. –Disse Douglas consultando o relógio.

Preparei-me. Pedro segurou minha mão esquerda, me senti mais segura com ele ali. Douglas abraçou-me.

-Vamos? Dez segundos. –Informou Douglas.

Antes de tocar na chave, ouvi um grito ao fundo. Alguém chamava meu nome. Caroline apareceu nas dunas no momento exato em que nós tocamos na chave, e evaporamos dali.

A ultima imagem que tive do acampamento, foi uma Caroline assustada, gritando ‘DOUGLASSS” e correndo para nós.


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