Dois Mundos escrita por Iza Stank


Capítulo 12
12-Hora da verdade


Notas iniciais do capítulo

Gurizis, eu sei que tenho alguns leitores fantasmas e pá, e não sou de ficar pedindo reviews, mas assim, eu agradeceria a compreensão de vocês para com essa mísera guria que gosta de escrever. Então, por favors, se não for sacrifício, um pequeno 'gostei', ou 'ta ruim' no final, não mata ninguém né?!
bjunda



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Para falar a verdade. Eu lembrava-me muito pouco da visita de meu pai. Foi a uns nove ou dez anos, nós morávamos na mesma casa, e lembro-me de um homem forte me segurando no ar. Ele brilhava literalmente, e seu sorriso era fantástico. Eu nunca soube quem era aquele cara, e nunca achei importante perguntar. Aquele momento era meio confuso e a única lembrança que eu tive de meu pai. Antes de conhecê-lo no Olimpo.

Mas depois de ouvir a história de minha mãe, eu sentia que minha cabeça fosse derreter. Muito provavelmente porque minha cabeça estava aquecendo e brilhando. Quem me avisou foi Douglas, e rapidamente apaguei a luz.

Meus amigos pareciam um tanto transtornados como confusos. Eu ainda não havia achado a ligação de minha mãe com a guerra que estava por vir. Tinha dado um chute muito bonito quando falei que ela sabia o que era, e ela não defendeu, era gol.

Eu tentei pensar. Levando em conta aquilo, eu tecnicamente teria que ir para Hogwarts, mas não foi o caso. Eu, aparentemente, nasci sem o peso de outra parte mágica. O que era um alívio. Mas eu fiquei curiosa para saber qual era o futuro.

–Eu não sei o que seu pai viu. Ele não me disse. –Minha mãe respondeu apenas ao ver minha expressão.

–Mas essa guerra, que não podemos participar. Você também não pode. Você é uma semideusa também, filha de Atena. –Falou Roxie como se aquilo fosse uma revelação.

Minha mãe fez uma cara feia. Eu sabia que ela não gostava disso. Ela nunca tentou viver como uma semideusa, apenas aceitou o fato.

–Então você também não vai poder lutar. –Falou Douglas.

–Mas nós precisamos lutar. Uma guerra seria muito ruim. –Disse Rafaela.

–Porque não conversamos sobre isso mais tarde? Já é hora do almoço. Vocês devem estar com fome. –Minha mãe estava levantando já. Eu não poderia culpa-la. Por fora ela sempre parecia forte e determinada, mas por dentro, ela era frágil.

Douglas arrumou a mesa, então eu já sabia que depois eu teria que lavar a louça. E isso me deixava muito irritada de vez em quando, mais especificamente quando era Bruna quem me mandava fazer isso.

Depois de tudo pronto. Almoço e louça lavada. Nós tivemos outra conversa. Que não levou a ponto algum.

E quando já estava ficando tarde, Rafaela foi embora. Eu acho que a mãe dela não se importava muito se ela andava por ai com semideuses magos o dia todo. Ela já deveria estar acostumada.

Pedro foi embora logo depois de Rafaela. Eu sabia que minha mãe não deixaria ele dormir ali, até porque, ela não gostava dele. Ela tinha motivos que eu não compreendia.

Mas Roxie era um problema. Eu não sabia como ela havia chegado até ali, e nem sabia como ela voltaria para casa. Ela estava sentada no sofá, procurando por alguma coisa na televisão com o controle.

–Você quer dormir aqui? –perguntei quando percebi que já estava escuro e ela continuava ali.

–Eu pensei que você nunca fosse perguntar. –ela respondeu.

Minha mãe me olhou por cima do sofá. Eu conhecia aquele olhar, ela não queria que Roxie dormisse ali, porque ela não gostava de Roxie. Depois de um tempo, percebi que ela não gostava da maioria de meus amigos, eu acho que as únicas que minha mãe gostava, eram Juliana e Rafaela. Como disse, ela tinha motivos que eu não compreendia.

–Você pode dormir no quarto da Luiza. Ela usará o quarto de Bruna. –minha mãe falou sem pedir minha opinião.

Ela sabia que eu não me sentia confortável em entrar naquele quarto, muito menos para dormir lá.

O quarto de minha irmã era muito diferente do meu. Era uma suíte, com uma cama grande encostada na parede da porta. De baixo da janela, ficava uma mesa que sempre estava sempre cheia de coisas. Porta-retratos, cadernos, canetas papéis de chocolate. Mas agora que ela assumiu a identidade de bruxa, o quarto estava pior, mais sinistro.

Nas paredes, tinham fotos e pôsteres colados. Um era uma imagem de um leão dourado sobre um fundo vermelho. Outra era um brasão com quatro imagens diferentes. Uma faixa dourada com palavras em vermelho, pendurada sobre a janela, dizia: ‘GO POTTER’, eu não sabia o que queria dizer essa frase.

Mas o mais aterrorizante eram as fotos em movimento. Quando entrei no quarto de noite, a primeira coisa que fiz foi virar as fotos. Eu não queria aquele monte de gente que eu não conhecia, fazendo movimentos enquanto eu dormia.

Roxie ficou perfeitamente instalada no meu quarto. Douglas foi para o seu e fechou a porta, ele também não gostava do quarto de Bruna. Minha mãe subiu as escadas para o terceiro andar, onde seu quarto ocupava todo o espaço.

Eu demorei para dormir naquela noite. No outro dia, eu iria para o acampamento, e estava esperando por isso.

Quando consegui dormir, tive um sonho meio estranho. Demorei para entender que estava no acampamento. Mas eu estava nos estábulos. Um Pégaso negro estava recebendo carinho de um menino. Blackjack parecia feliz, balançando a cauda. O menino não parecia grande coisa.

Ele tinha uma estatura normal. Um pouco mais alto do que eu, e não era muito musculoso. Tinha cabelos pretos revoltados e os olhos eram verdes como o mar em certos lugares do planeta, ele tinha a pele bronzeada e usava apenas a calça do pijama.

–Pois Blackjack. Algo está acontecendo, sempre tem algo estranho acontecendo. Porque apenas uma vez, as coisas não podem ficar na paz? –ele suspirou. –Desculpe, é que estou cansado disso tudo já. Acabamos de salvar o mundo, não faz um ano. E já tem coisa ameaçando.

Ouvi um barulho ao longe, como se galhos estivessem sendo quebrados.

–Eu preciso ir, cara. Outra hora eu volto. –Prometeu Perçy e saiu correndo de volta ao acampamento.

Meu sonho mudou de repente. Agora eu estava na escola de Bruna. Com certeza era madrugada, e estava tudo silencioso. Minha irmã estava sentada em um sofá, que ficava em uma sala circular, com papel de parede vermelho e algumas poltronas aconchegantes em volta da lareira.

Bruna estava sentada ali, com o mesmo cara que eu já havia visto antes. Eles pareciam estar em uma conversa séria. Mas as roupas de Bruna não ajudavam em pensar isso. Ela vestia um short de pijama rosa-bebê, e uma blusa do mesmo pijama. Apesar de estar quente, ela usava pantufas e seus cabelos pareciam ter entrado em um motor, porque estavam muito oleosos. E conhecendo-a do jeito que conheço, eu acho que fazia pelo menos dois dias que ela não tomava banho.

O cara estava em melhores condições. Estava com uma calça de pijama azul, e sem camisa, ele não era minha primeira opção para um comercial de cuecas, porque ele era bem magricela. Seus cabelos estavam embaraçados e ele estava sentado na ponta do sofá. Segurando as pernas da folgada da minha irmã. A julgar por isso, eu poderia dizer que eles estavam namorando.

–Eu não estou gostando disso. Eu conheço aquelas pessoas. –Disse minha irmã.

–Eu sei disso. Mas isso é algo que nós não podemos mudar. –Falou John.

–Mas o ministro não pode ser tão burro e cego assim.

–Ele é. Depois que descobriu isso, ficou obcecado por eles. O cara é capaz de destruir qualquer um que tentar defende-los. –John parecia decidido.

–Mas ele não vê que as magias podem ser unidas. –Minha irmã parecia bem angustiada.

–Ele vai comandar um exército com os melhores bruxos e bruxas. Eles vão para o Egito. Não sei quando partem, e não consegui impedi-lo.

–Mas você não pode fazer algo mais? Quero dizer, você é o filho do ministro da magia. Deve ter alguma influencia. –Disse minha irmã.

Mas eu não tive tempo de raciocinar sobre aquilo. As correntezas do Duat me arrastaram de volta ao meu corpo.

Eu acordei com um alguém me sacudindo. Meu cachorro estava em cima de mim. Eu não sei quem deu permissão para ele subir na cama e dormir na minha barriga. Mas ele tentou me acordar. Cachorrinho esperto.

Eu sentei-me na cama. Toquei o arco no meu pescoço e lembrei-me dos sonhos. Consegui tirar duas conclusões: os semideuses estavam percebendo que algo estava errado, muito errado, um perigo se aproximava, e o tal ministro da magia estaria comandando um exército de bruxos para o primeiro Nomo, no Egito. Isso não era nada bom.

Depois de alguns minutos pensando sobre aquilo, eu desci as escadas.

Douglas ainda estava dormindo, portanto minha mãe e Roxie tomavam café e conversavam. Eu achei a cena um tanto quanto estranha.

Dei um bom dia rápido e comecei contado os sonhos, enquanto comia cereal (uma coisa sobre mim: eu adoro comer, mas eu adoro achocolatado de manhã. É uma tradição desde que eu era bem pequena) .

Minha mãe olhava para mim com uma profunda tristeza.

–Nós precisamos avisar Amós. O ministro não é muito certo. Principalmente depois de tudo o que aconteceu... –ela parou como se não deveria ter falado aquilo.

–O que aconteceu? –perguntei rapidamente.

Mas ela não me respondeu.

–Hoje de tarde, viajarei para a Casa do Brooklin. Deixe que eu aviso. –disse Roxie.

E pela primeira vez no dia, eu olhei para o relógio. Marcava oito horas da manhã. Porque desgraça eu acordei cedo em um fim de semana, eu não sabia.

–Como nós vamos para o acampamento, mãe? –perguntei.

–Vocês vão comigo para São Paulo, e de lá, vão para o Brooklin. Mesmo esquema da outra vez. –Ela disse.

Mais tarde, depois que tudo já estava arrumado para a viagem, nós saímos.

Chegamos em São Paulo antes do meio dia. Pegamos um táxi para o Nomo paulista. Fomos bem recebidos lá. Depois de um tempo ali, conversando, o líder do Nomo resolveu nos deixar seguir viagem.

Chegamos na Casa do Brooklin de manhã. O fuso horário nos permitia isso. Teoricamente, parece que você está voltando no tempo.

Ninguém estava esperando por nós. Freak, o grifo psicótico já havia se acostumado com o movimento do portal, então nos deixou passar. Minha mãe não havia vindo conosco, apesar de eu achar que ela quisesse.

Nós descemos para a sala, e não tinha muita gente ali. Era óbvio que todos os magos do Brooklin estavam em casa. Todos estavam na varanda, terminando o café da manhã.

Khufu, o babuíno, estava jogado no sofá assistindo algum canal de esportes. Quando ele nos viu, começou a grunhir loucamente, até que Sadie apareceu para acalma-lo.

Devo dizer que Pedro e Rafaela juntaram-se a nós no aeroporto de Porto Alegre. Nós não iriamos viajar sem eles. Então eu acho que Khufu ficou meio nervoso quando viu cinco magos um tanto quanto desconhecidos descendo as escadas.

Sadie era uma pessoa legal. No começo, ela não gostava muito de nós, mas depois ela viu que erámos legais. Com certeza ela era mandona, um pouco irritante e falava de mais, mas mesmo assim, era uma amiga legal. Uma ou duas vezes, ela e Roxie quase brigaram por motivos bestas.

Quando ela nos viu, abriu um sorriso e veio logo nos abraçando.

–Ótimo, vocês chegaram. –disse Carter lá da porta da varanda.

–Finalmente. Eu não aguentava mais meus colegas. Eles são uns chatos. –Eu falei dando um abraço neles.

Zia apareceu também. Ela não havia mudado muito, mas eu continuava com a impressão de que ela não gostava de mim. Isso era muito normal, metade da minha turma não gostava de mim, e eu também não gostava deles.

–Pessoal, nós precisamos conversar. É sério. –Eu disse cortando o clima.

Nosso grupo de elite: Eu, Douglas, Rafaela, Pedro e Roxie, seguimos os donos da casa para a biblioteca, o cômodo mais seguro da mansão.

Era uma sala circular enorme, com vários cubículos nas paredes, guardando pergaminhos. No teto, ficava um figura da deusa Nut, a deusa do céu, enquanto no chão, ficava Geb, o deus da terra.

Nós nos sentamos em volta de uma mesa. Walt e Zia também estavam ali. Eu contei tudo, desde a invasão ao colégio até meu sonho de ontem. Eles escutavam com atenção. Eu acho que eles não gostaram de saber sobre a guerra iminente.

–Amós não nos disse nada sobre isso. Porque ele esconderia algo importante de nós? –Disse Sadie revoltada.

–Ele não disse nem para mim, que sou o faraó. –Comentou Carter.

–E o que ele estava fazendo na sua casa? –perguntou Zia confusa.

–Eu acho que ele estava lá, porque minha mãe e ele estão namorando. Mas nem ela, nem ele, admitem. –Falei.

Eles não acreditaram. Sadie começou a rir e Carter ficou de queixo caído.

–Porque ele não disse? –Walt perguntou.

–Ele deve estar muito ocupado compondo musicas românticas no saxofone. –Disse Sadie se controlando.

E então eu comecei a rir da idiotice. Com isso, meus amigos também riram.

–Nós vamos ficar atentos. Muito obrigada por avisar. –Disse Sadie nos conduzindo para fora da mansão.

–Não querem almoçar conosco mesmo? –Perguntou Carter.

–Não podemos. Precisamos chegar no acampamento logo. –Respondeu Pedro por mim.

Pegamos um táxi e descemos na frente da colina. Não sei como Pedro arrumou dinheiro, mas o taxista pareceu bem feliz.

O acampamento não havia mudado muita coisa, só que tinha mais gente. Bem mais gente.

Vi Will Solace, o antigo conselheiro de meu chalé, jogando basquete, ele acenou para nós. Clóvis, um filho de Hipnos, dormia sob um árvore. Clarisse lutava com Rachel na arena. Muito normal. Mas tinha alguma coisa diferente. Pessoas diferentes. Claro que meus amigos estavam ali. Ao longe consegui identificar Nicole e Pierre conversando com duas dríades. Caroline não havia nos visto, ela estava no lago de canoagem, e Douglas saiu correndo atrás dela. Ricardo estava trovando uma filha de Afrodite azarada e vi Andrew conduzindo o treinamento de arco-e-flecha.

Eu segui direto para o chalé de Apolo. Que não havia mudado muita coisa. Subi as escadas e larguei minha mochila sobre meu beliche. Dylan estava descendo a escada quando me viu. Ele ficou surpreso e logo me deu um abraço apertado. Ficou feliz quando soube que Roxie veio junto e saiu correndo atrás dela.

Eu estava indo atrás de Pedro no chalé de Poseidon, mas parei com a cena que vi na dentro.

Pedro estava parado e na sua frente, o irmão mais velho dele, Perçy Jackson, eu ouvi muito sobre ele no acampamento. Ele era um dos maiores heróis da história, então não era de se espantar que Pedro tenha ficado chocado ao vê-lo ali.

Enquanto observava a cena, os garotos apertaram as mãos. Eles tinham quase a mesma altura, Perçy era poucos centímetros mais alto que Pedro, mas era mais magricela também. Eles não eram parecidos.

–Algum problema? –Disse uma voz atrás de mim, me dando um susto.

Eu me virei e vi uma menina loura, alta, bonita, com olhos cinzentos e uma adaga presa na cintura.

–Nenhum. –Consegui responder.

–Quem é você? Eu nunca te vi por aqui. –Ela me perguntou.

–Luiza Villares. Cheguei no ultimo inverno, que era o meu verão. Sou filha de Apolo.

–De onde você é? –Ela me perguntou.

–Porto Alegre, Brasil.

–Ah, você é a menina que ajudou a salvar o acampamento enquanto estávamos fora. Muito prazer, meu nome é Annabeth Chase, filha de Atena. –Ela disse esticando a mão.

–Espere, você estava na Grécia, não é? Destruindo os gigantes, ou algo assim. –Falei.

–Por aí. Na verdade...

–Você caiu no Tártaro. Eu vi isso no meu sonho. Você e o outro cara, Perçy Jackson. –Eu falei, e ela pareceu não gostar muito de eu ter falado aquilo.

–Annabeth! –Alguém gritou nas minhas costas.

Eu me virei e vi Pedro e Perçy abraçados, saindo do chalé.

–Você não vai acreditar. Eu tenho um irmão. E ele não é um ciclope. –Falou Perçy com um sorriso estampado na cara.

–Quíron me disse. –Ela falou apertando a mão de Pedro, que se desvencilhava do abraço. –Vocês fizeram um grande trabalho aqui. Mataram Kratos, protegeram o acampamento. Obrigada.

–Quem é Kratos? –Perguntou Perçy, e eu não acreditei no que ouvi.

–Como assim quem é Kratos? Você nunca jogou God of War? –Falei.

Perçy parecia meio confuso. Mas felizmente, Annabeth me salvou de ter que explicar.

–Venham, Quíron quer fazer uma reunião.

–Nós podemos ir? –Perguntei. Essas reuniões normalmente eram apenas para os líderes dos chalés.

–Sim, ele pediu pra chama-los. Se eu encontrasse com vocês.

Nós seguimos para a casa grande.

A reunião iria acontecer na varanda e todos os líderes dos chalés estavam ali. E também meus amigos magos disfarçados, mesmo alguns deles não sendo os líderes.

Eu acho que devia ter umas 20 pessoas ali.

Do chalé de Ares estavam Clarisse e Rachel. Elas não se pareciam fisicamente, mas tinham um gênio bem forte. Elas disputavam queda de braço na mesa.

De Hermes, Travis Stoll e Caroline. Eles tinham o mesmo sorriso maléfico, e essa era a única semelhança.

De Hefesto, Douglas e outro menino, magricela, com cabelos encaracolados e castanhos. Ele tinha um olhar maluco e não parava de mexer os longos dedos. Michelle estava sentada entre eles. Douglas conversava com eles, apesar de estar abraçado em Caroline.

De Apolo, Andrew já estava ali e eu cheguei logo depois. Nós não tínhamos semelhanças físicas. Andrew estava sentado ao lado de Rafaela. Eu sentei-me entre ele e o garoto de Hefesto.

De Zeus, Rafaela e outra menina, que eu nunca tinha visto, mas que não era parecida com a minha amiga. Ela deveria ter uns 15 anos, tinha olhos azuis como o céu e um cabelo preto espetado. Uma coroa de prata brilhava sobre o cabelo e um arco e uma aljava estavam presos nas costas.

De Hades, Roxie e seu irmão Nico, que eu havia reconhecido do porta-retratos.

Do chalé de Poseidon, Pedro e Perçy, que sentaram-se juntos em um canto.

Mas não parava por ai, Clóvis dormia em um canto. Butch estava encostado na parede. E mais dois que não reconheci estavam por ali.

Nicole, Pierre e uma menina do chalé de Afrodite, conversavam sobre algo que não entendi. Eu também nunca tinha visto aquela garota. Ela era bonita, claro, tinha duas tranças ao lado da cabeça, seu cabelo era castanho e ela parecia uma daquelas índias americanas que aparecem nos filmes de faroeste.

Andrés estava sentado, visivelmente desconfortável, ele não gostava do acampamento. E Annabeth sentou-se ao lado dele. Ela também não aprovava a presença dele ali.

A líder do chalé de Deméter estava li, mas eu não me lembrava de seu nome.

E por fim, Ricardo e Pólux finalizavam a mesa. Os dois eram filhos de Dionísio e tinham o mesmo jeito de bêbado.

Nem todos estavam sentados, mas na ponta, Quíron sentava-se em uma cadeira de rodas. Sua forma humana.

–Heróis! –Disse ele, e todo mundo ficou Quieto. –Eu sei que vocês estão curiosos do porque de estarem aqui. Mas serei breve.


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