– E-er…bem…eu p-posso explicar… - Eu gaguejava enquanto eu me levantava e me vestia.Mas cara,por que sempre quando rola um clima entre eu e o Paul,aparece alguém? (Cake: Não tenho coragem de escrever um lemon u.u AINDA)

Paul, com muita raiva, vestiu a camisa e a calça enquanto eu tentava me explicar para o David o que é que estava acontecendo.Quando olhei para trás, a expressão do Paul era uma que eu nunca tinha visto antes, uma expressão de ódio.

– SIM ele estava comigo, SIM nós nos amamos e SIM... – Paul de repente deu um leve sorriso. – ele...Beija muito bem... Algum problema?

– Ah, que isso! Eu não me incomodo com esse tipo de coisa! – David deu uma risada colocando sua mochila azul no chão. – Ah, e sabia que antes eu achava que você era uma garota? Me desculpe por isso, tudo bem?

– Sem problemas! Todo mundo me diz a mesma coisa! – Os dois riam e depois começaram a se conhecer. Eu apresentei o Paul para o David e eles acabaram ficando amigos, mas eu não sei o que aconteceu, mas me incomodou um pouco pois eu fiquei um pouco excluído...ou foi ciúmes mesmo

Depois da aula, fomos ao auditório. Estava ansioso para o primeiro dia de ensaio! De fato o Paul também estava um pouco nervoso,aliás,não é todo dia que você vai se apresentar num teatro enorme.

Nós ensaiamos a peça, recebemos os roteiros e já que eu já li essa história, eu consigo saber qual é a minha vez. Descobri que os que estão planejando a peça são uns patrocinadores do colégio, por isso que deixaram o Paul ser a Julieta (e ele mesmo que pediu). Vai ter umas cenas que nós temos que nos beijar, mas nós vamos ter que fingir...mas mesmo fingindo, eu gosto da cena...pois lembra nós dois...

Depois do ensaio nós fomos juntos para casa (minha casa é ao lado da dele) mas antes nós conversamos um pouco, até que o Paul perguntou:

– Robert...Onde estão seus pais?

– Eles estão viajando, eles sempre viajam para procurar emprego. Às vezes acham e as vezes não, mas ainda estou sem resposta. Se sim, eles vão ficar uns anos lá e irão me visitar nos fins de semana. – Respondi. – E seus pais?

– M-meus pais? – Paul parou de caminhar e ficou calado por um tempo e ficou de cabeça baixa. Senti que eu não deveria ter perguntado, deve ser alguma outra coisa do passado que o afetou. – Eles...já morreram à muito tempo...eu vivo sozinho desde os 9 anos...eles morreram em um acidente de carro, eu entrei em coma por dois anos e quando eu acordei eles estavam... – Paul se silenciou por um tempo, e lágrimas caiam de seus olhos.

– P-Paul...eu sinto muito... – Lamentei-o dando um abraço, aquilo foi chocante, Paul sofreu muito durante a vida, não posso o deixar assim...ele não merece isso...ele merece uma vida boa com alguém especial,tipo eu...

– Robert...eles teriam orgulho...do que eu sou hoje? – Enxuguei as lágrimas dos olhos do Paul e dei um leve sorriso.

– Mais do que eu? Duvido! – Brinquei, fazendo ele rir...eu adoro ele rindo,é adorável...muito adorável,chega a ser doce de tão boa a risada dele...de repente, sem pensar (como sempre) dei um beijo em sua bochecha e depois, em sua boca...ficamos uns 2 minutos nos beijando ao lado de um poste e depois o Paul foi para casa.

– Ei, Paul. – Gritei antes dele entrar na casa. – Eu te amo... – Depois de eu ter falado isso (por IMPULSO! Eu ia dar TCHAU entendeu? TCHAU!)

– Mais do que eu? Duvido! - Ele corou,riu e não abriu a porta. Ele correu atrás de mim e me perguntou:

– Q-que tal você dormir aqui em casa hoje?

– C-claro! – Droga! Era para eu ter dito não! Eu não sei o que eu estou fazendo, mas eu sentia que uma coisa que eu não sei se era boa ou ruim ia acontecer...

Nós ficamos jogando videogames e assistimos um filme na TV, foi até bom para esquecer este clima entre a Tiffany e o Paul...sinto que ele estava feliz...e isso também me fazia feliz...porque eu o amo...muito...e cada dia que passa eu o amo cada vez mais...mas mesmo assim ele não confia em mim, e depois desse clima tenso com a Tiffany, ele não confia mesmo...mas eu sei que ele me ama...e que eu o amo...

– Paul, já são 23:48, vamos dormir se não nós vamos perder a aula.

– Okay... – Paul guardou os controles do videogame e guardou o jogo no DVD. – Mas nós vamos ter que tomar banho juntos porque a agua aqui só funciona até a 00:00 eu acho que é para consertar o encanamento...tudo bem?

Balancei a cabeça de baixo para cima para cima formando um “sim”. Nós entramos na banheira e ficamos nos observando...trocando sorrisos...sem dizer mais nada...

– Paul... - sussurrei,indo para perto dele. -Sabe...eu não sei se você vai aceitar,pois ainda não confia em mim mas...acho que devíamos...namorar...

Paul corou e ficou em silencio por um tempo...acho que ele não topou...bom...era isso que eu achava...até ele me beijar...me fazendo corar mais do que eu já estava...parecia perfeito demais para mim... Depois,Paul chegou um pouco mais perto,sussurrando no meu ouvido:

– Robert...eu...aceito...aceito namorar com você... - Essas palavras...foram melhor do que ouvir os números que você colocou na Mega-Sena tudo certinho,me fez o beijá-lo de novo...é tão bom sentir os lábios dele tocando os meus,como se nossas almas tocassem uma nas outras e tirasse os problemas de nossa mente...como se elas nunca estivessem existido em nossa vida.

– Robert...é melhor nós irmos dormir,certo? - Paul deu um beijo em minha bochecha e vestiu um pijama,eu fiz o mesmo mas acabei vestindo o pijama dele,o cheiro do pijama era de morango...era delicioso o cheiro.

Nós acabamos não dormindo mas sim,nós ficamos conversando,rindo e às vezes nós nos beijávamos porque era muito tentador.

– M-mas Robert...e os seus pais,vão ficar como quando descobrir que nós estamos namorando? - E mais uma vez,mais um problema chegou em minha vida...e pior que são os meus próprios pais...