Simplesmente Annie Cresta escrita por sami chan


Capítulo 4
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OI pessoal desculpe o atraso mas ai está.



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Capitulo 4

Faz mais ou menos uma semana que os Jogos terminaram e a situação no distrito não é boa é época de baixa pescaria e aqueles que pescavam na surdina estão sendo ´´caçados`` pelos grandes pescadores devido a disputa pelo pouco peixe.Infelizmente sou uma dessa caçadas.

—Mas sempre pesquei aqui.—esclareci ao homem que me chutava dali.

—E eu com isso?Quer dinheiro, vai trabalhar na fabrica de limpeza de peixe ou...bem você e muito bonita.

O tapa que dei em seu rosto deixou uma marca bem visível em sua bochecha.Foi bem clara sua indireta,mais clara só se dissesse para ir rodar bolsinha.

Aquilo me dava asco era nojento imaginar velhos como ele com meninas sem saída da minha idade.Mas infelizmente era frequente em tempos de fome uma amiga minha mesmo chamada Dalia teve esse fim,ela e os irmãos perderam os pais sedo e quando o dinheiro faltou até tentei ajudar mas chegou uma hora que só tinha pra mim e para minha família e para piorar o irmão dela adoeceu e ela não teve escolha.

Depois disso ela só veio me dar adeus e dizer que não seriamos mais amigas porque ela não queria que eu ficasse mal falada.

Emburrada fui vender alguns peixes que conseguira na feira o dinheiro por eles não foi muito mas era o suficiente para juntar com o pagamento do trabalho na fabrica de minha mãe e comprar comida até o final da quinzena.

Fui para casa e peguei minha menina com a vizinha.Ela estava dormindo então o coloquei no cestão que servia de cesto.

Fui arrumar sua papinha e meu almoço depois de almoçar fomos brincar na sala.

O tempo voa quando estou com Emili ela é muito esperta e fofa,não há quem resista a seus encantos.Quando olho no relógio minha mãe está atrasada em 30 minutos.Ela sempre chega tarde porque fica fazendo hora extra.Isso me preocupa ela já não é novinha e isso faz mal para ela.Mal posso esperar para conseguir trabalhar na fabrica e poder ganhar um salario fixo.

Quando minha mãe se atrasa uma hora e meia saio com Emili para procurá-la

—Ani minha filha ainda bem que te achei.Estava te procurando na praia a quase uma hora.—Dizia minha madrinha Sônia.

—Por que madrinha?—Perguntei alarmada dificilmente minha madrinha ficava tão aflita

—Sua mãe menina caiu doente na fabrica tá no hospital—disse minha madrinha.

Fiquei desesperada.Minha mãe era difícil de ficar doente e quando caia de cama era que a coisa já tava muito ruim.Antes que conseguisse raciocinar direito entreguei Emili a minha madrinha e fui correndo até o hospital que por sua vez era precário.Quando cheguei a enfermeira me fez esperar o que foi angustiante.Duas horas se passaram até que o medico viesse e com uma cara muito ruim.

—Annie...tentamos fazer o melhor que podíamos nas circunstancias em que sua mãe estava mas...ela não resistiu—completou o doutor me deixando sem chão.

Uma dor lancinante tomou conta de mim,como se um buraco fosse aberto a ferro quente em meu peito.Agarrei no jaleco do medico e comecei a gritar que ele estava mentindo,que queria roubar minha mãe,ele devia estar acostumado a esse tipo de ataque porque me abraçou enquanto tinha uma crise de choro.Quando me acalmei me afastei do medico e perguntei.

—Mas ela estava bem...nã-não tinha na-nada.—Gaguejei com a voz embargada.

—Annie ela pegou um infecção a partir de um espinho de um pexei venenoso.Ela devia ter vindo logo aqui é isso que sempre enfatizamos nas palestras da fabrica.Já fazia semanas suponho devido ao tamanho do alastramento da infecção.—explicou calmamente o medico.

Sentei no banco meia perdida.O que iria fazer agora?nunca mais iria ter os carinhos dela?Ou suas palavras?Como iria criar minha filha sem o apoio da minha mãe?

Essas perguntas giraram em minha mente até que tudo escureceu ao meu redor.Quando acordo estou em um quarto que não é o meu e assim que lembro de minha filha sai correndo atrás dela,quando sai do quarto a vejo no colo de minha madrinha e tudo o que aconteceu e cai de joelhos.

Minha madrinha me consola e eu e Emili ficamos um tempo com ela.O enterro da minha mãe é simples e insuportável. No começo até vamos mais ou menos pesco o que dá e vendo para cuidar de minha filha e de mim e também recorro as tésseras ,mas então chega o período em que minha menina precisa de vacinas que não da pra pagar com tésseras.

Estou desesperada vasculho a praia atrás de qualquer vestígio de algo para vender para poder dar as vacinas à Emili mas não encontro nada.

Em algum lugar da praia velhos nojentos e asquerosos mechem comigo falando propostas nojentas que quase me fazem vomitar.

De repente penso em um lugar que fui um fez.Umas fontes de água doce que ficavam no meio da mini floresta que temos.Vou até lá tomando cuidado pra não ser pega e para minha felicidade ela está repleta de peixes mas já tem redes pegando-os.Sei que não deveria mas estou desesperada e faço o que sempre condenei pego algo que não me pertence.

Estou terminando de desamarrar as redes quando ouço passos e alguém perguntar´´O que pensa que está fazendo``?Mas o que me assusta não é a pergunta mas quando ao me virar descubro que o dono dela é o dono dos olhos cor de mar.

O susto me faz desequilibrar e começo a cair para dentro da água e me afogar pois bato a cabeça,porém o que me faz não desmaiar é uma coisa.O grito de pavor dele.

—Annie.Nãooo.Aguenta eu to indo.—gritou Finnick desesperado.Exatamente ele.

—Ei sereiazinha você esta bem?Vou te levar para o medico.—ele diz com olhos preocupados.

—Nã-não minha minha filha pre-precisa de mim ...das vacinas...por favor —não termino a frase pois desmaio e tudo o que vejo são aqueles olhos incríveis.

POV´S. Finnick.

Olho para ela e vejo o terror em seus olhos e antes que possa dizer que não vou entregá-la aos pacificadores ela começa a cair em direção a água.

—Annie. Nãooo. Aguenta eu to indo.—grito.

Corro em sua direção e consigo impedir que se afogue.

Não sei porque estou tão preocupado com ela mas desde que fui para os jogos seu rosto é o fundo de minha mente e a pureza e alegria que passa em seus olhos me fascinam.

Sei que há algo mais ,mas não sei o que.

—Ei sereiazinha você esta bem?Vou te levar para o medico.—pergunto preocupado.E para meu alivio seus olhos se abrem.

—Nã-não minha minha filha pre-precisa de mim ...das vacinas...por favor —Ela começa a dizer mas desmaia.

Annie sempre foi admirada na escola,mesmo sem saber todos a queriam bem por sua bondade e responsabilidade com todos e em especial com a mãe e a filha adotiva.Não me surpreendo,por ela estar se arriscando pela filha.Soube de sua mãe e fiquei muito comovido com sua situação.

—Está tudo bem sereiazinha vou te levar até sua filha.—digo observando seu rosto suave e puro.

A levo para casa e a deixo silenciosa em seu quarto com um pouco de dinheiro e os peixes.

—Durma com Deus sereiazinha—A olho e vejo a bela mulher na minha frente e repenso minhas palavras—Durma com Deus linda sereia.

Então acontece roubo o primeiro beijo de Annie Cresta e o meu melhor beijo até agora.Um dia você vai saber minha sereia que você vai ser minha.


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Notas finais do capítulo

Bjs e fiquem com Deus.Comentem por favor se não como vou saber se gostaram?Se tiver mais de quatro comentários posto até amanhã a noite e se tiver oito posto dois se não tiver dois no minimo nem semana que vem provavlmente.Bjs e fiquem com Jesus Ele ama vocês.