Jogos Vorazes - 71º Edição escrita por GS Mange


Capítulo 13
A Arena parte 3: O inesperado acontece


Notas iniciais do capítulo

É impossível ficar escondido por muito tempo. Perigos espreitam por todos os lados. Conforme os dias vão passando, mas difícil é se manter são, com todos as coisas que acontecem na Arena. As dádivas vão ficando cada vez menos frequentes, visto que quanto menos competidores, mais caras elas são. quanto mais se aproximam do final, mais aterrador é para os competidores e as alianças começam a se desfazer.



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Anise segue na frente e entra num prédio de pedras antigas, algumas colunas colossais e arbustos ao redor. Há uma cratera enorme na frente. É profunda, pode-se notar, porque há alguns carros dentro. Contornamos a fenda e entramos.

Centro Financeiro– Lê Colton, na fachada o prédio – isto é um banco.

Está completamente arrasado por dentro. Houve um incêndio lá, visto que o que outrora era branco agora está destruído pelas chamas. É luxuoso. Tudo com detalhes em branco e dourado. Quadros e cadeiras mais antigas do que a própria Panem, quem sabe.

– as portas estão emperradas – diz Anise – elas não estão girando.

– venha Florian – diz Colton – me ajude a empurrar esta aqui. – nós fazemos algum esforço, mas conseguimos girar a porta. Do outro lado estão portões de ferro enormes. Grossos e redondos. Todos escancarados.

– pelo menos há muita coisa pra queimar – digo pisando em montantes de notas verdes.

– está ótimo – diz Colton sorrindo – ficamos aqui.

– não passaremos frio – diz Anise.

– pelo menos não por hoje – concluo – vou fazer uma fogueira, mas não poderemos ficar neste local, a fumaça vai nos matar.

– tudo bem – diz Colton – este é o maior cofre – se o queimarmos, ele irá aquecer todos os outros.

– os dutos – exclama Anise – a fumaça pode sair. Pode trazer alguém para cá.

– é um risco que teremos de correr – digo – ou teremos de fechar um dos cofres para manter o calor do nosso corpo no ambiente. Mas poderemos estar mortos pela manhã, visto que alguém do lado de fora poderá nos surpreender.

– estaremos mortos de qualquer forma – diz Colton – pelo menos não vamos morrer de frio. Pode acender a fogueira.

Depois que eu a acendo, parto mais algumas fatias do pão que ganhei. Estou com sede. Com muita sede. Mas Colton e eu decidimos que vamos evitar beber água o máximo possível. Anise é visivelmente a mais fraca de nós e, parece que ele gosta muito dela para resolver abandoná-la ao relento.

Perco-me em meu próprio devaneio sem fim e caio no sono. Dormi a noite inteira. Quando abro os olhos, vejo Anise sentada na porta do cofre. Colton também deve estar cansado.

– alguma morte na noite anterior – pergunto a ela.

– sim – responde – só uma. Fora isso, está tudo na mais perfeita calma.

– quem morreu?

– não vi. Quando ouvi o canhão fiquei com medo e não fui lá. Um pouco depois disso o hino tocou, mas não por muito tempo. Fora isso, está tudo na mais perfeita calma.

Não gosto disso. É claro que os carreiristas tem um plano ardiloso. Olho para Colton que ainda está dormindo e penso em como ter colocado meu sentimento no lugar da razão na hora de escolher meus aliados está me custando caro. Não estou dizendo que eles não servem para nada. Não é isso. Mas eles me atrasam, aumentam meu fardo. Estamos andando em círculos, vagando pela arena sem rumo ou meta, esperando para sermos mortos. Ou de frio, ou de fome, pelos carreiristas talvez ou até mesmo pelos bestantes.

– não há nenhuma chance de isso tudo ser um pesadelo na é?!

– infelizmente não – respondo olhando para as fundações do prédio em ruínas – se eu fosse você me preocuparia com algo muito mais terrível do que isso.

– o que pode ser pior do que esta Arena? – responde, apontando para o nosso redor, sem acreditar que possa haver algo pior.

– o que ela pode nos obrigar a fazer: matarmos uns aos outros – digo com pesar, olhando para baixo, mexendo em algumas pedras. Neste momento ela fica estarrecida. Como se não acreditasse no que acabara de ouvir. – você ainda não parou para pensar nisso? É terrível não é?

– é realmente terrível – responde – e as chances disso acontecer são grandes?

– são sim – respondo – estamos nos escondendo há três dias. Exilados. Se todos se matarem e restar apenas nós... – hesito – ou teremos de entrar num consenso sobre quem deve sobreviver ou nos mataremos não muito diferente daqueles animais que estão nos caçando agora.

– o que você sugere? – pergunta ela

– sugiro que nos separamos e rápido.

– não! – grita Colton – nós não vamos nos matar. Vai dar tudo certo.

– nem você mesmo consegue se convencer disso – infiro – quem dirá a mim.

– olha – diz Anise apontando para um paraquedas pequeno que cai na porta de ferro do cofre. Ela abre e vemos que é um caldo... Frio.

– isto é para mim – diz Colton – mas podem ficar, o gosto não é muito bom.

– do que é feito? - pergunta Anise

– de legumes – responde – era para ser quente, mas não há muitas formas de se aquecer as coisas lá no 12, sem ser no inverno. Lenha costuma ser muito cara por lá.

– tome um pouco disto aqui Florian – ela me empurra uma colherada daquele troço frio e horroroso – se sente melhor?

– eca! – digo – é nojento! E não estou doente. Faça bom proveito.

– essa pode ser sua ultima refeição – diz Colton – sei que é ruim, mas dizem que faz bem, vai te manter forte.

– essa gororoba vai é me fazer vomitar todo o pão que comi. Tire isso de perto de mim. O gosto é horrível. – nem pra lhes mandar uma comida descente.

Anise come um pouco, mas depois de um tempo acaba se convencendo de que aquele caldo é mesmo intragável. Colton e eu vamos ver se pegamos alguns ratos e outras coisas que deem pra comer, enquanto ela fica lá no banco.

Nós não nos afastamos muito, andamos uns dois quarteirões no máximo. Pegamos três ratos e cinco lagartos pequenos, que nunca vi na vida. Voltamos mais ou menos quarenta minutos depois, a julgar pela posição do sol são nove horas da manhã, ou pouco mais do que isso.

– você tem razão – diz Colton

– como assim?

– sobre aquilo que você disso sobre andarmos em voltas. Somos uma espécie de nômades da cidade. – ambos rimos sobre isso.

– mais cedo ou mais tarde vamos nos deparar com os carreiristas. Isso é fato!

– então tomara que seja mais tarde. Fico preocupado com a An.

– por quê?

– ela não merece isto aqui sabe?! É demais para ela.

– é demais para nós também Ton. Ninguém, nem mesmo os carreiristas, merecem isso aqui.

Ele ri – você nunca me chamou assim. An me chama assim há algum tempo, mas não você.

– é – hesito – me desculpe. Estou tentando ser forte.

– e você é Florian. É o mais forte entre nós. Você com certeza irá chegar até os oito finalistas. Talvez até vença esta coisa toda.

– você está enganado – respondo furioso. É evidente que isso não pode acontecer. Até Daisy poderá me matar com facilidade – só estou aqui com vocês porque quero protegê-los até quando der.

– é exatamente o que estou tentando fazer com a An.

Nós voltamos para o banco, mas quando entramos no cofre, Anise já não estava mais lá. É quando ouvimos um estouro de canhão. Anise - penso. Deixo cair tudo quanto está em minhas mãos e começo a correr disparado. Colton me segue e, logo começa a gritar, eu corro para perto dele e tapo sua boca.

– está maluco – digo – quer nos matar ou encontrar a Na? Ela não poderá cair em seus braços se estiver morto!

– não eu... – ele me olha, assimilando as palavras que eu disse – esquece, só quero encontrá-la viva.

– então fique de boca fechada.

– meninos?! – uma voz confusa atrás de nós no chama a atenção.

– Anise! – Colton e eu dizemos juntos.

– o que foi? Pergunta ela – só sai para encontrar um pouco de água. Daí ouvi o canhão e voltei. Pensei em vocês.

Saímos correndo para perto dela – avise – diz Colton – não faça mais isso. Ficamos preocupados.

– é – digo – Colton mais do que eu. Saiu desesperado te gritando.

– eu estou bem – ela responde rindo – é sério. Não precisam se preocupar comigo!

– tudo bem – diz ele – mas, por favor, não faça isso de novo. Quase me matou do coração.

– isso ai é bem verdade – digo rindo, passando minha mão direita sobre meus lábios e olhando de um lado para o outro do chão. – a propósito, vamos ao que interessa. Água. Você encontrou água?

– lamento – responde abatida – nada além de poeira e escombros.

– tudo bem – diz Colton – a gente sai pra procurar água depois de comer alguma coisa.

Já estou há algum tempo sem beber água. Meus lábios estão rachados. Desde que entramos na arena bebi água pouquíssimas vezes e já estamos aqui há três dias.

Nós entramos e comemos a última parcela do pão que ganhei de Grover. Será que Daisy também ganhou pão de Rose? Será que ela ganhou algo mais do que pão? Tanto faz. Não me interessa muito ficar pensando naquela lá, enquanto estou sofrendo de desidratação.

Colton e Anise assam os três ratos que pegamos e acabam deixando os lagartos passarem do ponto. Enquanto isso confiro nossos mantimentos. Nossa água está bem pouca. E não temos mais nada para comer além do que pegamos hoje. Estamos todos mais magros. Devo ter pedido alguns preciosos quilos com toda essa dieta frugal. E pensar que há pouco menos de uma semana atrás eu estava no auge da minha forma física, saudável e bem disposto. Guardamos tudo para mais tarde e fechamos o cofre para que a fumaça não saia. Entramos nos outros cofres e recolhemos um montante de dinheiro que estão espalhados por toda a parte. Vai ser ótimo para manter a fogueira acesa durante as noites que aqui são bem frias.

Depois que me certifico de que esta tudo em perfeita ordem, nós nos preparamos para sair. Anise está terminando de limpar os cortes de Colton, que estão bem melhores. Já deve ser uma hora da tarde. Mas estou confuso. Talvez até o tempo e o clima os idealizadores dos jogos devem manipular.

Seguimos em direção a uma rua estreita cheia de carros tombados. Parece um longo corredor de tijolinhos vermelhos com escadas enferrujadas. Logo entramos numa parte muito destruída da Arena. As paredes estão fortemente pichadas, carros batidos nas paredes, o asfalto está tomados por fissuras. Postes caídos ou tortos. Fumaça saindo de muitos prédios e até do chão, outdoors caídos. Então ouvimos um grito horrível, seguido de um estouro de canhão.

– mais um – diz Anise.

Ficamos aflitos, afinal já é a segunda morte de hoje. Colton e eu não nos pronunciamos apenas seguimos em frente. Os prédios são todos iguais. Como se fosse conjuntos habitacionais.

– meu Deus – diz Anise.

– o que foi – pergunta Colton

– é isso aqui.

– o que? – pergunto – o que tem esse lugar?

– é como lá em casa – responde ela – moramos em vilas assim lá no 9.

Seguimos andando, é quando vemos um aerodeslizador aparecer do nada sobre nossas cabeças, tão silencioso, tão grande. Uma porta na parte de baixo se abre e a mesma onde de força que me manteve preso e imóvel quando entrei num desses para vir para cá puxou o corpo de uma menina.

Colton a reconhece. É a menina do 12, parceira dele.

– você quer falar um pouco sobre isso? – pergunta Anise

– não – responde – tudo bem, era pra ser assim não é?!

– não podemos ficar aqui – digo num impulso. Minha ficha caiu – não estamos sozinhos.

– o que? – pergunta ela – quem mais está aqui?

– não sei – respondo – mas está. Primeiro o grito e logo depois o canhão. Agora o aerodeslizador levando o corpo.

– então quem... – deduz Colton, mas eu o interrompo.

– exato... – respondo – quem matou sua parceira ainda está por perto. Talvez nos espreitando.

– temos que procurar abrigo rápido – diz Anise

– não – infere Colton – temos que matá-lo. Do contrário será ele quem irá nos matar.

– vamos – digo olhando para os lados – vamos sair logo daqui antes que ele aparece e nos pegue de surpresa. Pode ser um carreirista.

É neste momento que ele aparece gritando e correndo atrás de Anise. Colton rapidamente atira com seu arco mais erra. O tributo continua correndo, se aproximando cada vez mais. Anise corre para trás de mim e Colton tenta atirar novamente, mas em vão. Eu arremesso uma de minhas facas, que acerta sua perna esquerda. Ele diminui o passo e Colton finalmente consegue acertá-lo no ombro direito e depois na barriga. O tributo cai no chão ainda vivo e Colton atira novamente. Na cabeça desta vez. Finalmente o canhão estoura. Eu suspiro e todos nós relaxamos.

– ele é do distrito 10 – diz Colton – seu nome é Damon.

– a parceira dele morreu no primeiro dia – diz Anise.

– vamos – digo – deixe-o ai. O aerodeslizador deve estar a caminho. Entramos em um dos prédios. São pequenos. Todos com quatro andares. Uma pequena escada na porta. Todos eles um do lado do outro. Há uma escada de madeira que dá para o segundo, terceiro e quarto piso. Eu e Colton empurramos uma estante velha e pesada para a porta, a fim de obstruir a passagem de quem quer que seja.

Algumas janelas já estão lacradas, mas a maioria delas são pequenas demais para que alguém robusto possa transpassa-las. Subimos as escadas e verificamos todos os cômodos. É obvio que não dispomos de energia elétrica, mas temos água nos encanamentos. A casa está reviradas, mas há algumas poltronas e cobertores. Dispomos até de tapetes. Bebemos muita água. Comemos os lagartos. Estão péssimos, mas deixamos os ratos para depois. Não sabemos se vamos ganhar mais dádivas como o meu pão ou até mesmo aquela gororoba nojenta que o Colton recebeu. O dia está passando, logo vai anoitecer, já são quase seis horas agora e estamos todos sentados olhando um para o outro. Anise vai verificar se os chuveiros funcionam.

– dá pra tomar banho – diz ela contente – a água é fria naturalmente, mas é o melhor que conseguimos até agora. Nossas roupas estão nojentas, mas é tudo o que temos. Ela vai tomar banho primeiro. Demora aproximadamente uns 30 minutos até sair novamente enxugando os cabelos. Colton entra no banheiro logo depois. Então Anise e eu ouvimos um barulho no andar de baixo, o primeiro ou o segundo já que estamos no terceiro andar.

Pego uma das espadas que temos e ela pega o arco e algumas flechas. Descemos a escada cuidadosamente. Vou à frente e ela me dá cobertura. É quando vejo quem é.

– Laureen! – digo sem acreditar. Mas mantenho minha espada empunhada para ela.

– oi Florian – diz ela sutilmente, me lançando um sorriso, como se tivesse achado algo que procurava.

– o que você quer aqui – pergunta Anise de forma ríspida – Anda Florian. O que você está esperando. Ela está desarmada. Mate-a.

– o que? – pergunto embasbacado com tamanha beleza. Seus olhos verdes acinzentados se encontram diretamente com os meus. Ela está realmente desarmada, soa quase simplória.

– ataca ela logo – grita Anise – ou atiro eu mesma!

– não! – digo, compreendendo a gravidade da situação. Ou ela corre perigo, ou somos nós o alvo – espera!

– o que? – diz Anise sem entender – você ficou louco? Todo esse papo de proteção e agora isso? Ela é uma carreirista! Uma assassina!

– olhe pra você An – digo virando-me para ela – olhe o que tem nas mãos... Uma arma. E está apontando para outra pessoa agora. Você realmente acha que somos diferentes dela?

– você... – ela hesita – está me comparando a ela? Ela irá nos matar!

– não – diz Laureen – não vou. Vim para ajudar!

– conta outra – Anise debocha – você é uma... Uma... Ah, deixa pra lá. Quando ela nos trair Florian, não lamente.

Eu continuo apontando a espada para ela e pergunto:

– como você conseguiu entrar aqui? Pela porta é que não foi!

– é – responde – tinha algo impedindo. Tentei empurrar, mas não consegui. Então passei por uma janelinha. Acabei me machucando. – ela levanta sua blusa azul acinzentada de manga comprida e me mostra os hematomas roxos.

– o que você quer conosco?

– vim me encontra com você Florian. Estou te seguindo desde cedo.

– ta vendo – diz Anise. Havia me esquecido que ela ainda estava lá – ela quer te matar. Faça logo Florian, antes que seja tarde demais.

– Anise, por favor, quer ficar quieta?! Continue Laureen!

– não quero fazer mal a ninguém. Só quero conversar com você.

– tudo bem – digo – podemos conversar, mas antes preciso me certificar que você não está mentindo. – descemos então até o primeiro piso e vejo que de fato ela esta sozinha. A janela esta aberta e algumas caixas estão espalhadas no chão. Ela esbarrou nelas. Foi esse o barulho que ouvimos. Abaixo a espada e tampo a janela com uma portinha de madeira que encontrei no chão.

– vejo – diz ela – trouxe comida. E roupas também. Lá na cornucópia tem bastante coisa.

Subimos para a sala novamente. Ela se senta numa poltrona frente a mim e me entrega sua mochila. Está cheia de comida. Barras de cereais, frutas, água. E roupas. São blusas, casacos e calças e algumas armas. O suficiente para todos nós.

– achei que ia querer que eu trouxesse para seus amigos também.

– obrigado – digo, ainda sem entendê-la – porque você fez isso? Se arriscou tanto para me ajudar?

– porque era o certo a ser feito – responde, olhando para baixo.

– o que você disse aos outros carreiristas?

– não disse. E por favor, não me chame assim.

– me desculpe. Laureen – digo, retomando a conversa. - É que velhos hábitos...

Ela ri – eu sei, eu sei... Nunca morrem!

– é – devolvo o sorriso. - Então... Como veio parar aqui?

– deixei o acampamento antes de o dia raiar. Peguei o que julguei necessário e comecei a andar. Mas a Arena é grande. E vocês estavam quase no limite dela. Foi quando vi a garota perambulando sozinha. Lembrei que ela estava com você durante o treinamento. Ela podia ter morrido sabia?!

– é eu sei – ficamos loucos quando achamos que ela havia morrido.

– eu vi – diz ela – principalmente o garoto.

– é – eu rio – acho que eles se gostam.

É quando Anise entra na sala e Colton aparece logo depois dela, secando o cabelo com uma cortina.

– você?! – diz ele, perplexo.


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