Meu Amor É Um Nerd escrita por rodriguesrubia


Capítulo 2
Capítulo 2 - Até que o dia não foi dos piores


Notas iniciais do capítulo

Oooi, muito obrigado, e tenha uma ótima leitura.



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Olhei para cima e vi Veh com o sue uniforme de lideres de torcida e com as duas mãos na cintura. Ela o fitava com cara de brava.

- Olha Haney, isso aqui não é assunto para garotas. Porque você não volta a treinar? - Disse Harry entre os dentes.

- Devolva a bandeja dele A-G-O-R-A Harry! - Disse ela com firmeza em sua voz.

- Vamo deixar o nerd, outro dia a gente pega ele. - Disse Harry jogando minha bandeja em cima da mesa mais próxima e saindo andando com um sorriso presunçoso.

Veh estendeu a mão para mim e me ajudou a levantar. Eu fiquei de pé na frente dela e ajeitei minhas calças Jens e peguei meu óculos o ajeitando no meu rosto. 

- Você ta bem? - Perguntou ela dando um sorriso amigável.

Eu mexi novamente no meu óculos e tentei gaguejar o mínimo possível - Si-sim. To... Bem sim. - Isso foi horrível.

- Que bom. Me desculpe pelo Harry. - Ela deu um sorriso envergonhado e eu ainda não acreditava que ela tava falando comigo.

- Não entendo porque você namora ele. Você é legal e ele é... - mordi minha língua. Eu não deveria ter falado isso.

- Brutamonte? Irritante? Metido? Ele é tudo isso, mas no fundo ele é um cara legal. - Ela sorriu. - Então se você esta bem, eu vou indo. Tchau...? - Ela me olhou e forçou os olhos, aposto que ela estava tentando se lembrar do meu nome, mas eu fui mais rápido que os pensamentos dela.

- Ed. - Sorri envergonhado. Ela respondeu com um sorriso e saiu andando. Eu mexi novamente no meus óculos e fui pegar outro hambúrguer para mim. Quando finalmente cheguei na mesa de Eric já começou com piadinhas.

- Não era você que deveria ser o cavalheiro dela? - Ele começou a rir demais e Sally deu uma risadinha baixa.

- Digamos que eu não estou muito acostumado com a idéia de ser cavalheiro. - Eu disse me sentando de frente para os dois. Eric e Sally estavam sempre juntos, de beijos e abraços e sempre deixando o mais claro possível o quanto eram felizes juntos. Eu nunca tive essa oportunidade e sinceramente eu já estava começando a pensar que minha hora de ser feliz ao lado de alguém não chegaria.

- E então? O que vocês ficaram conversando ali, vi que rolou um papinho. - Disse Sally toda entusiasmada.

- Eu disse que eu não entendia o porque do namoro dela e do Harry. E ela disse que ele pode ser um escroto, mas que no fundo ele é legal. Porém eu não acredito que essa parte legal do Harry exista. - mexi no meu óculos novamente.

- E não existe. - Falou Sally séria.

- E porque ela ainda ta com ele? - Perguntei, sabia que tinha algo aí e eu não ia parar de indagar.

- Patrick, o pai da Veh e Julius, o pai do Harry, são tipo... BFF sabe? - Ri um pouco com isso. - E sabe como é isso né... Aí os pais deles ficam na volta. A Veh me disse que até em casamento o pai dela ta pensando. - Ela fez uma cara de nojo. Até eu fiquei enojado com essa merda que o Sr. Smith quer fazer.

Depois de lanchar peguei meu rumo para sala de aula, me esforcei para prestar atenção nas aulas. Não estava mais com animo para isso. Preenchemos uns questionários e depois soltamos. Arrumei meu material e sai da aula. A escola Arleta High School tem primário, e alguns alunos do ensino médio são voluntários para cuidar desses pirralhinhos. A sala ficava no mesmo pavilhão da biblioteca e quando eu estava passando por ela vi que a porta estava aberta. Veh estava ajudando uma garotinha de no máximo 7 anos a pintar um desenho. Ela parecia feliz na volta de tantas crianças. Eu estava parado na porta olhando ela até que um garoto veio correndo até mim e gritou. “Novo voluntário!” depois dele veio um monte de criança para minha volta, porém eles estavam errados, eu só estava indo para a biblioteca. Veh viu a aglomeração na porta e olhou para saber o que estava acontecendo. Ela sorriu para mim e falou algo para a garotinha e veio até mim.

- Graças a Deus chegou alguém para me ajudar. - Disse ela sorrindo e me pegando pela mão. Realmente eu não sabia onde isso ia parar, mas eu queria descobrir. Era a segunda vez que eu segurava sua mão naquele dia e eu tenho um impressão que esse ano não vai ser dos piores.

- Olha, ali ficam os brinquedos e aqui os lápis de cor. - Disse ela apontando para cada coisa. - Daqui a 20 minutos é a hora da soneca e então a gente tem um descanso. - Ela sorriu e somente este sorriso clareou o meu dia. - Você quer brincar com eles ou ajudá-las a colorir? - Me perguntou.

- Vou brincar com eles. - Eu disse enquanto ajeitava os meus óculos e dei um sorriso. Brinquei um pouco com os garotos de carrinho e com alguns bonecos. Eles também pularam em cima de mim, me esmagaram e fizeram eu correr pela sala com alguns deles na cacunda. Veh só ria vendo eu e as crianças brincando com alguns bonecos do Star Wars. Vamos ser sinceros, isso não esta tão fora da minha realidade já que tem dias que eu passo até altas horas da madrugada jogando Lego Star Wars. 

Quando eu e Veh estávamos saindo da sala do primário rindo e relembrando as brincadeiras com as crianças, meu telefone tocou. 

- Alo mãe? - Senti a bronca vindo.

- Edward Taylor James Hoyle, onde você está? - Sim, esse é todo o meu nome. Já fui chamado de o garoto crepúsculo. Porque será né?

- É que eu virei voluntário no primário da escola. - Eu disse e minha mãe suspirou.

- Que ótimo meu filho, mas não demore muito. E da próxima vez, pelo menos me avise. - Disse mamãe preocupada e depois desligou o telefone.

- Sua mãe não sabia que você estava voluntariando? - Perguntou Veh me tirando da distração do telefone. 

- Ah, é que na verdade nem eu sabia. Eu estava passando ali e as crianças vieram correndo dizendo que eu era o novo voluntário, então eu resolvi virar o novo voluntário. - Eu disse um pouco envergonhado. 

- Você vai continuar vindo? - Perguntou ela quando chegamos ao estacionamento.

- A sim, eu adorei hoje. - Eu estava impressionado comigo mesmo por não ter gaguejado ainda.

- Ótimo. - Disse ela com um sorriso. - Nos vemos amanha? - Perguntou ela, eu confirmei com a cabeça e ela virou e andou em direção ao seu carro. Mas quando chegou ao meio do caminho ela parou e se virou. - Hey, Ed? - Gritou ela, fazendo eu me virar bruscamente.

- Sim?- Respondi

- Amanha depois da aula a gente não precisa cuidar do primário, e então eu vou para o canil ajudar. Você não quer vir? - Perguntou ela fazendo os meus olhinhos brilharem.

- Ah... Claro que sim. Adoraria. - Gaguejei um pouquinho, mas torci para ela não perceber meu nervosismo. 

- Ok. - Ela tinha um sorriso maravilhoso e enorme. Seus olhos castanhos eram brilhantes e sua pele é de um rosado tão maravilhoso. Eu sempre quis poder tocar a pele de seu rosto para saber se era tão sedosa como parece ser. Seu perfume era algo entre champanhe e morangos, e seu corpo era mais perfeito que o daquelas mulheres que concorrem a miss universo. Ela voltou o caminho para seu Hyundai e eu andei até meu Fiat.  


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Notas finais do capítulo

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