“Um número incontável de sorrisos seus com a testa enrugada,

 A mesma de antes,

 Eu não estou voltando, e não tenho pesares

 Mesmo que eu continue te amando agora.

 Por quê? Por quê? O que está errado?

 Mesmo agora, me sinto gelando...

 Eu quero esquecer, eu quero esquecer, eu quero esquecer...

 As coisas tristes diminuirão algum dia”

“- Que assim seja, espero que façam seu trabalho – As palavras de Saga me davam forças ainda para encarar, se ele estava ao meu lado, não teria o que ter medo.”

Saga POV

Seguranças? Meus palpites eram sim tensos, mas não achava que era tão grave a ponto de segurança particular. Se algo está tão problemático a ponto de não tocar nesse assunto e nem me dar explicações, algo está errado, e muito errado.

- Etto, cadê o Shou?

- Hã? – cortado de novo – Verdade! Deve estar a chegar.

A campainha toca.

- Voila! Está aqui, agora, só falta o principal, a comida. – Abri a porta – Shou!! Entre por favor. – nos abraçamos – Que saudades heim!? Está tão mudado, deve ser a cor do cabelo, sim?

- Der, imbecil – Shou deu um soquinho no ombro – E você que num muda nunca heim? A mesma cara de sempre! Em falar a mesma cara de sempre¹, cadê o Tora-chan?
       -  Aqui Shou, que saudades! – Se encontraram correndo corresponderam um ao outro com um forte abraço. Como sempre, desde que conheço-me como gente. E os dois também.

Flashback On

Após as férias de Julho nos encontramos novamente. 2ª série.

- Ahh, ainda bem que os encontrei – Kohara deu um pulo nas costas de Shinji, porém ofegava – Estava procurando na escola inteira!

- Kasamasa-chan! Estavamos esperando você aqui. Como foi suas férias? A minha foi ótima!

- Ah, foi ótima também! E, trouxe um presente a vocês dois! – tirava uma flor de uma caixinha dourada.

- Uma rosa cor-de-rosa² ? – saiu unisonoro

- Sim! Não é bonita? – Olhavamos abobados a uma pequena flor, ainda a abrir as pétalas – E tem um cheirinho tão bom!

- Muito! – Unisonoro novamente. Nos olhávamos e caiamos em gargalhadas.

Flashback off

- Vejo que usa nosso presentinho! – Me referia a um pingente de duas rosas delicadas, cor-de-rosa, como aquela.

- Hah, não tiro nunca. – riamos e íamos em direção ao sofá – Etto, mas então... quem são esses caras? Eles estão me olhando com uma cara tão medonha!

- Ahm, são meus segu...ranças – Não gostei dessa insegurança, o que anda acontecendo?

- Segurança? Para que isso? Anda fugindo da máfia Japonesa? – Shou caia na gargalhada enquanto Tora fitava-o sério, sem expressão alguma.

- Ahm, Shou – cuchichava em seu ouvido – Não acho que você possa fazer essa brincadeira agora, isso é sério. Nem mesmo eu sei do que se trata, quando ele estiver ocupado, conto-lhe toda história.

- Ah, Okay – fitava-me sério agora

- Ahm, detalhes a parte, que tal comer uma pizza? Provavelmente andam com fome e não teria paciência de experar a comida ser feita ainda.

- Você fazendo a comida? Não quero morrer tão cedo assim.

- Você anda muito arretadinho, moleque! – dei-lhe um beliscão

- Ai! Parece minha mãe, quer dizer, nem mesmo minha mãe é assim. Em falar em mãe, Tora- chan, como anda a Sra. Amano?

Seu rosto afundava cada vez mais em suas pernas. Dei um soco no ombro de Shou

- O que eu falei agora pouco?

- Des...culpa – O chefe da segurança põe a mão no ombro de Shou -

- Por favor senhor... ?

- Kohara – Shou olhava apavorado

- Senhor Kohara, o senhorzinho Amano passa por grandes problemas familiares, gostaria que não citasse nenhuma pessoa da família ou perguntasse nada. Obrigado.

- Chefe... não tem problema. E-Eu... ainda conto tudo, prometo. – Tora se manifestou aidan com seu rosto entre as pernas.

- Se você promete, já me deixa mais aliviado, quero muito saber, quero muito ajudá-lo. – Já me deixava mais calmo.

- Ahm, Saga, que tal pedir a pizza? Eu pago!

- Nã na. Você é visita, não se encomode. Já vou pedir.

                                       ---º---º---

Após o jantar, conversávamos aleatoriamente, apenas rindo das coisas que já passamos. Tora já se soltara mais e conversava mais aliviado. Tentávamos não tocar assuntos que levassem a lembranças fortes. Assim passou a noite.

-Caramba! É quase meia noite, preciso ir para casa. Até mais para vocês. Estava com saudades desses papos descontraídos! – Shou depositou um beijo na testa de mim e de Saga – Abraços – deu duas batidas no peito e saiu pela porta.

- Estava com saudade desses papos també, e você Tora-chan? – Ele olhava sem rumo, porém com preocupações – Tora –kun?

- Ah, gomen ne. Também estava. Não acha que o Shou está mais maduro?

- Sim. Seus pais o influenciam muito. Responsabilidade está sendo o nome do meio agora. – Nós riamos descontraídos – Bem, que tal a gente ir para o quarto? Não estou com sono, mas podemos conversar, que tal? Mas antes dou tomar um banho.

- Claro, sem problemas. Vamos.

                                                        ---º--º---

Tora saia do banho apenas uma cueca, que dava jus ao apelido³. Enquanto enxugava seus úmidos cabelos, sentava na cama ao meu lado.

- É tão fanático assim por tigres?

- Hã? Ah, apenas gosto, nada de mais.

- Claro,’nada de mais’. - Torada dava socos em meu ombro

- Ai! Por a caso eu tenho cara de ‘me bate’?4

- Não, mas é divertido.

- Há coisas mais divertidas do que dar socos. – e que a briga de cócegas comece.

Quando me toquei, estava em cima do Tora, com seu corpo encaixado entre minhas pernas. E o escasso espaço que separava nossos rostos, diminuía cada vez mais, inconscientemente.Nossos olhares presos, sem escapatória, como imãs de pólos opostos.

- Etto, Tora-chan...

-Hm. Daijoubu.

Aquele escasso espaço foi totalmente ocupado por nossos lábios,nossas linguas pedindo espaço, e o mesmo sendo concedido facilmente.As caricias foram ficando mais intensas, chegando ao ponto de necessidade física do oposto. Uma noite abafada e cheia de luxuria, onde nossos corpos se uniram como um.