Our Love Story - Brittana escrita por kordeibeYo


Capítulo 7
Nós odiamos Russel Fabray


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novo para a galera, e esse nem demorou tanto!!
Antes de mais nada quero agradecer aos reviews e aos leitores fantasmas por acompanharem a fic. Eu sei que todo mundo quer ver o romance delas fluindo logo e isso vai comecar a acontecer, só que tinham algumas coisas que eu queria explicar assim como queria introduzir a amizade com a Quinn realmente.

PS: Acho que o Nyah esta ficando maluco, por algum motivo o numero de leitores de algumas fics minhas diminuiram oO
PS²: Nao sei se alguem já leu minha outra fic Trying To Fix a Broken Heart mas se já tiver lido vai reconhecer uma das cenas que eu coloquei aqui hahahaha

Boa leitura ;)



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Santana e Brittany estavam entrando andando de mãos dadas pelas ruas de NY depois de almoçarem quando deram de cara com Russel Fabray. O homem as reconheceu e fez questão de ir até elas para perturbar e ofende-las por conta do casamento das duas e Santana baixou todo o Lima Hights em cima dele chamando atenção de algumas pessoas que estavam na rua. Russel perdeu tudo depois que a mãe de Quinn descobriu que ele a estava traindo mas ele manteve sua intolerância e foi morar na Big Apple só para perturbar a vida da filha mais nova.

“San, tenta tirar esse homem da cabeça vai.” Brittany pediu fazendo carinho no braço da esposa enquanto entravam no prédio do consultório da latina aonde encontrariam Quinn e Rachel.

Santana bufou e se soltou da esposa. “Eu não consigo Britt, quem esse homem acha que é para vir falar para nós duas que somos pecadoras e vamos para o inferno? Quem ele acha que é para se meter na nossa vida e na dos nossos filhos, ele é um doente e eu não aguento mais esse homem rondando a gente.”

“Amor eu sei que isso tudo te incomoda mas não tem muita coisa que nós possamos fazer.”

“Mas ele nem é da família Brittany, ele não pode simplesmente se meter na vida dos outros assim.” Santana levantou o tom de voz e chamou atenção da recepcionista e do casal que estava sentado na sala de espera.

“O que aconteceu Santana?” Quinn perguntou enquanto fazia carinho na cabeça de Rachel.

“Seu pai aconteceu Q.” A latina respondeu bufando e Quinn levantou da cadeira com um pulo.

“Como assim?” Quinn ficou tensa e fechou os punhos na mesma hora.

“Ele acabou de nos abordar na rua Quinn.” Brittany respondeu suavemente tentando acalmar os ânimos de Santana e Quinn. Rachel levantou e parou na frente de Quinn passando os braços pela cintura da loira mais alta.

“O que ele falou Britt?” Rachel perguntou com calma enquanto Quinn mantinha os olhos fechados e seu corpo tremia levemente, Rachel apertou a cintura da esposa e deu um beijo no pescoço dela.

Brittany olhou para Santana e a latina estava bebendo água com a recepcionista ao seu lado sem prestar atenção no que estava acontecendo. Rachel estava preocupada encarando a loira mais alta e apertando a cintura de Quinn com força.

“Brittany, o que aquele infeliz disse?” Quinn finalmente abriu os olhos e virou para encarar a amiga.

“Ele nos chamou de pecadoras, disse que iríamos para o inferno e que tinha pena dos nossos filhos por viverem em uma casa regada de promiscuidade e sem valores.” Santana respondeu pela esposa e Quinn virou para encara-la.

“O que você fez?”

“Gritei com ele. O que mais eu poderia fazer Quinn? Dar na cara dele?” Santana levantou a voz e abriu os braços na direção de Quinn.

“Seria uma boa ideia Santana, você tinha que ter colocado aquele merda no lugar.” Quinn levantou a voz também e andou para longe de Rachel.

“Eu queria Quinn mas eu tenho uma família e eu não vou parar na cadeira por causa daquele ser humano de merda que você teve a infelicidade de um dia chamar de pai.”

“Santana está certa Quinn.” Rachel foi para perto da loira mais uma vez e ela se deixou abraçar pela esposa. “Ele quer exatamente isso, que nós nos desestabilizemos. Ele quer nos atingir de qualquer forma e já que ele não pode ficar a 1 km de distancia da gente, ele usa pessoas que amamos para isso.” Quinn olhou para baixo e ela concordou com o que Rachel disse.

“Desculpe por gritar San.”

“Tudo bem Fabray, eu entendo.” Santana sorriu e Brittany arranhou a garganta. Santana olhou para ela e a loira apontou para Quinn. “Desculpe por ter gritado também.”

Brittany acenou com a cabeça e foi para perto da esposa dando um abraço nela. Quinn e Rachel sorriram para ela e voltaram a se abraçar.

“Não estou com muita cabeça para nada disso hoje Q.”

“Tudo bem Santana.” Quinn deu de ombros.

“Nem pensar que você vai deixar de fazer alguma coisa por causa desse homem Santana. Nem pensar.” Rachel se soltou de Quinn e cruzou os braços enquanto encarava Santana com uma cara séria.

“Rachel está certa amor, vamos fazer o que viemos aqui fazer.” Brittany puxou a mão da esposa até elas estarem na porta da sala da morena. Santana deu de ombros e abriu a porta permitindo a entrada das duas amigas.

“Vamos começar logo com isso então.” Santana sentou na cadeira em frente ao divã onde ela normalmente costumava passar seus dias.

Quinn apontou a câmera para ela e sentou no diva ao lado de Rachel. Brittany puxou a cadeira que estava em frente a mesa da esposa e sentou ao lado dela e deitou a cabeça no ombro da morena.

-XX-

Assim que as aulas começaram eu recebi a boa noticia de que Quinn entraria no McKinley então nós estudaríamos juntas. Eu tinha achado ela muito legal e minha avó estava colocando certa pressão para que eu fosse amiga dela.

“Aonde vocês costumam sentar para almoçar?” Quinn perguntou assim que entramos no refeitório. Dei uma olhada e vi Artie conversando com um menino moreno e eles olharam para mim na mesma hora e ele sorriu para mim.

“Nós poderíamos sentar com ele?” Brittany perguntou com uma voz triste e eu dei de ombros. Depois que ele sofreu o acidente nós continuamos do lado dele mas as coisas começaram a ficar estranhas quando Finn reclamou que nunca fazíamos nada legal e Artie se sentiu culpado e se afastou da gente. Brittany ficou chateada e chorava quase sempre, eu e Noah ficamos chateados também mas levamos numa boa mas eu parei de andar com Finn, só falava com ele por causa do Noah e olhe lá.

“De quem ela está falando?” Quinn olhava para a mesa de Artie e depois olhou para mim.

“Um menino que era nosso amigo a alguns anos, nada demais Quinn.”

“Ok.” Ela deu de ombros e fomos andando até uma mesa vazia, depois de algum tempo algumas das meninas mais velhas sentaram-se à mesa.

“San, sabe quem vai estudar conosco quando o High School começar?” Britt perguntou e eu levantei a cabeça para ela.

“Não, quem?”

“Rachel.” Ela disse animada e eu revirei os olhos. Brittany ainda era amiga da filha dos Berry e ia de vez em quando na casa dela, e eu continuava não gostando nem um pouco dela.

“Quem é Rachel?” Quinn perguntou parecendo irritada e eu dei um sorriso de desculpas para ela, devia ser muito chato ficar de fora das conversas.

“É uma amiga da Britt.” Eu respondi seca e voltei minha atenção para o filé de frango no meu prato.

“E você adora ela né?” Quinn perguntou rindo e eu olhei séria para ela, o que fez ela rir mais ainda.

“Eu não tenho motivos para gostar dela, ela sempre é uma mitida comigo e minha avó não gosta dela...”

“Eu não gosto muito da sua avo San.” Britt me interrompeu com um olhar culpado e eu a encarei surpresa.

“Porque você não gosta da minha avó Britt?”

“Ela falou mal do meu pai para minha mãe quando eles se separaram, e os Berry me contaram que ela tentou os expulsar do bairro só porque eles eram casados, isso não foi legal.”

“Britt, ela...” Eu comecei a defender minha abuela mas fui interrompida por Quinn que segurou meu braço e me olhou confusa.

“Os Berry? São o casal gay certo?”

“Sim, eles são.” Brittany respondeu a pergunta enquanto brincava com a comida mostrando que estava entediada.

“Você conhece eles Britt?” Quinn arregalou os olhos e fez uma careta tão bizarra que eu tive que rir.

“Sim, eu conheço. Porque?”

“Meus pais me falaram sobre eles e eles são pecadores Brittany.” Quinn falava baixo e Brittany a olhava confusa.

“Do que você esta falando?”

“Da Bíblia.” Quinn respondeu como se fosse óbvio e Brittany continuou confusa.

“Desculpa Quinn mas eu realmente não estou entendendo o que você quer dizer. Eu não conheço a bíblia.” Quinn arregalou os olhos mais uma vez parecendo ofendida e eu lembrei o que minha avó tinha dito sobre os Fabray, que eles eram extremamente religiosos e que a companhia da filha mais nova deles seria bom para me ensinar algumas coisas importantes que minha mãe não fazia.

“Como assim você não conhece a Bíblia?” A voz de Quinn saiu mais fina do que o normal e ela ainda estava com cara de espanto. Brittany se encolheu na cadeira e aquilo tudo estava começando e me irritar.

“Os pais dela não são religiosos Fabray.” Eu respondei e Quinn olhou para mim sem acreditar.

“E você anda com ela?”

“Sim eu ando.” Respondi extremamente irritada e antes que ela continuasse a falar eu continuei. “E eu não gosto que falem da Brittany como se ela não estivesse aqui, não é legal. E se você quiser ser minha amiga, ótimo, mas vai ter que ser amiga dela também porque eu e Britt estamos juntas e não vamos nos separar.”

Brittany sorriu para mim e eu sorri de volta para ela e Quinn me encarava com uma cara estranha.

“Meus pais me matariam se soubessem que eu estou andando com alguém sem princípios...”

“Ei, ela tem princípios ok? Ela é uma pessoa incrível, de uma chance de verdade dela te mostrar isso. Só porque ela não é religiosa isso não quer dizer que ela não seja boa o suficiente para ser sua amiga garota.” Eu levantei a voz e Quinn fechou a cara para mim, olhou em volta e me olhou de volta com o sobrancelha arqueada.

“Não grite comigo Lopez.”

“Não faça por merecer então. Olha só, seus pais são super religiosos como a minha avó é e eu entendo isso mas você pode ser amiga de quem você quiser e não é só porque eles vivem de acordo com a Bíblia que nós devíamos fazer a mesma coisa.”

Ela olhou para baixo e deixou os ombros caírem, eu sabia que tinha tocado em um ponto importante porque ela nunca desobedecia os pais e isso era algo que eu tinha percebido no dia em que a conheci e ela não entrou na piscina por medo de tomar uma bronca.

“Mas eu não posso andar com a filha dos Berry. Ela é a filha do pecado.” Ela falou baixinho ainda olhando para baixo.

“Você não TEM QUE andar com ninguém Quinn, você vai ser amiga de quem você quiser. A decisão é sua, e só para você saber os Berry são super legais e o que eles dois tem é tudo menos um pecado Quinn.”

“Quinn nós podemos ser amigas. Eu vou ser legal, eu prometo.” Brittany pegou a mão dela e fez um biquinho, eu bati meu cotovelo contra o de Quinn sorrindo e ela assentiu.

Depois disso o dia passou normalmente e Quinn e Brittany acabaram descobrindo muitas coisas em comum. No final do dia ela me procurou para pedir desculpas pelo que tinha feito e eu dei de ombros, e ela disse que eu estava certa afinal: Brittany era mesmo incrível.

-XX-

“Santana, é bom te ver.” Judy Fabray me recebeu na sua casa com o mesmo sorriso de sempre e eu dei um sorriso tímido para ela. “Quinn e Brittany estão no quarto.” Eu agradeci e subi para o quarto de Quinn. Depois de quatro meses que Quinn tinha se mudado para Lima, nós desenvolvemos nossa amizade e vivíamos uma na casa da outra. Minha mãe tinha se encantado com o jeito super educado de Quinn. Nós quase não ficávamos na casa dos Fabray porque os pais dela me davam arrepios, a mãe era educada e tudo mais só que parecia que tudo que ela fazia era falso e o pai dela era a personificação do medo. Ele era alto, musculoso e tinha um tom de voz super alto e ele era a única pessoa que me dava arrepios. O jeito como ele falava com a Quinn me assustava e eu tinha escutado ele brigando com a Sra. Fabray uma vez, e não queria repetir a experiência.

“Cheguei.” Entrei no quarto sem bater e as duas meninas loiras sentadas no chão olharam pra mim. Brittany levantou e veio me dar um abraço e Quinn só deu um oi de longe mesmo. “O que vocês estavam fazendo de bom?”

“Vendo desenho.” Quinn respondeu apontando para a televisão e estava passando Hey Arnold.

“Vamos brincar de casinha?” Brittany pediu levantando do chão e ficando na frente da televisão. Quinn jogou uma almofada nela e ela desviou da almofada como se não fosse nada, a almofada foi parar em cima da escrivaninha e derrubou um monte de coisas no chão.

“Eu odeio quando você faz isso.” Quinn levantou do chão brava e foi catar o que tinha caído antes da mãe dela ver a bagunça.

“Desculpe Quinnie. Vamos brincar de casinha ou não?” Eu e Quinn nos olhamos e ela balançou a cabeça negativamente enquanto eu ria. Britt tinha visto um filme com a mãe dele onde uma mulher traia o marido todo dia quando ele saia para trabalhar e ela achou isso legal então decidiu copiar e transformou isso em uma brincadeira. Nós brincávamos sempre na minha casa e na dela mas na de Quinn, eu sabia que ela não ia querer porque se os pais dela vissem eles matariam a gente.

“Britt nós não podemos brincar disso aqui.”

“Por favor Quinnie.” Brittany fez um biquinho para Quinn e depois de alguns segundo ela deu de ombros sorrindo. “Obrigada Quinn.”

“Eu vou ser o amante.” Subi na cama com o dedo no alto e sorrindo.

“Eu sou a esposa.” Quinn e Brittany falaram juntas e depois olharam para mim.

“Você decide San.” Brittany olhou para mim sorrindo e Quinn me encarou com a mão na cintura e a sobrancelha arqueada.

“Brittany é a esposa.” Eu sorri para Brittany e ela começou a pular e bater palmas pelo quarto enquanto Quinn me encarava com raiva e eu dei um sorrisinho para ela.

“Da próxima vez, EU vou ser a esposa.” Quinn disse com raiva.

“Vamos começar. Vai pro banheiro San.” Brittany apontou para a porta e eu entrei no banheiro do quarto. As duas levantaram da cama juntas enquanto Brittany fingia fazer um café, Quinn sentou na mesa e pegou alguma coisa para ler, fez algumas perguntas para Britt sobre os ‘filhos’ e depois saiu dizendo que ia trabalhar. Aquilo devia ser o que Quinn considerava um marido porque era assim que o pai dela era, até a cara de desinteresse dela quando deu um beijo na bochecha da Britt foi igual a do pai dela.

Ela passou por mim e deu um tapa na minha cabeça, olhei para ela com a testa franzida e ela riu.

“Isso foi por ter me feito ser o marido.” Ela abriu um sorriso maior e deu outro tapa na minha cabeça. “E isso é por você estar ficando com a minha esposa.” Ela sentou no chão do banheiro e eu sai de lá indo em direção ao quarto.

Brittany estava encostada na escrivaninha de costas e eu tapei seus olhos. Ela sorriu e falou meu nome.

“Como você sabia que era eu?”

“Eu conheço seu cheiro San.” Ela sorriu e eu sorri de volta.

“Aonde está a Quinn?” Me joguei no sofá e fiquei olhando para ela. Nós combinamos que não trocaríamos nossos nomes na brincadeira.

“Foi trabalhar.” Ela sentou na cama e ficou me olhando.

“Isso é bom, finalmente tenho você um pouquinho para mim.” Sorri para ela e liguei a televisao. Ela deitou no meu ombro e ficamos vendo TV abraçadas. Depois de um tempo ela dormiu e eu tinha esquecido totalmente que estávamos brincando e que Quinn estava sozinha no banheiro.

“Brittany.” Quinn gritou parada na porta do banheiro e Britt deu um pulo da cama. Ela olhou para Quinn confusa e eu sussurrei no ouvido dela que ainda estávamos brincando e que tínhamos sido pegas.

“Essa não San. No filme o marido mata a mulher e o amante no final.” Ela falou com os olhos arregalados e eu sorri.

“Relaxa Britt-Britt, eu vou te proteger.” Sorri para ela e levantei da cama para ficar de frente para Quinn.

“O que está acontecendo aqui?” Quinn esbravejou e eu dei uma risada para ela.

“O que parece gênio?”

“Eu vou matar você Lopez.” Quinn veio para cima de mim com a escova de dentes na mão e eu entendi que aquilo deveria ser algum tipo de arma dentro da brincadeira, sorri e me esquivei dela que acabou tropeçando e caindo no chão.

“Você teve sua chance, agora é minha vez.” Peguei a escova de dentes e fui para cima dela. Ela rolou para o lado no chão e levantou rápido, eu fui para cima dela mas ela conseguiu me empurrar.

“Vai San.” Brittany estava em pé na cama e pulava feito uma louca. Quinn olhou para ela incrédula e colocou as duas mãos na cintura.

“Você me trai e ainda por cima torce para ela me matar? Quem é você afinal?”

“Eu sou a Brittany ué.” Ela respondeu sorrindo como se fosse obvio e eu comecei a rir. Quinn ainda encarava ela e eu aproveitei o momento de distração para atacar. Quinn virou para mim na hora e se esquivou mas a escova de dentes/faca passou pelo braço dela e ela soltou um grito falso.

“Eu desisto, pode ficar com ela mas não me mate.” Eu sorri e passei a escova de dentes em cima da barriga dela, ela se jogou no chão e se encolheu.

Eu fui ate a cama e dei a mão para Brittany descer, ela se jogou no meu pescoço e eu a girei pelo quarto. Quinn levantou do chão e se sentou na cama, eu coloquei Brittany no chão enquanto ela ainda gargalhava.

“Minha heroína.” Ela falou e puxou meu rosto. E foi ai que eu dei meu primeiro beijo. Eu pensei que ela fosse me dar um beijo na bochecha como era normal entre todas nós mas na verdade ela colou a boca dela na minha. Eu segurei a o rosto dela e nossos lábios ficaram juntos por mais alguns segundos. Foi rápido mas foi legal demais, a boca dela era quente e eu meu estomago deu um pulo.

Nos soltamos sorrindo e viramos para encarar Quinn mas ela não estava sozinha. O pai dela estava parado na porta do quarto com o rosto retorcido de raiva e Quinn estava vermelha.

Quinn balançou a cabeça para nós duas e virou para ficar de frente para o pai, ela não o encarou e sim ficou de cabeça baixa. Brittany apertava a minha mão porque ela não gostava do pai da Quinn mas ela não sabia o que a Bíblia dizia sobre duas meninas se beijando, ela não sabia o que ia acontecer com Quinn mas eu sabia.

“Quinn, despeça-se das suas amigas e depois venha até o escritório.” A voz dele ele falou em um tom de voz alto como sempre mas parecia controlado, virou as costas e saiu do quarto.

Quinn abaixou a cabeça e seu corpo começou a tremer. Brittany soltou minha mão e foi andando até ela mas eu a parei no meio do caminho. Quinn ia dar um ataque e de jeito nenhum que Brittany seria a vitima.

“Quinn.” Eu coloquei minha mão no ombro dela e ela virou para olhar pra mim. Ela parecia com raiva e eu entendia o motivo.

“Porque vocês fizeram isso Santana?” Ela perguntou alto e eu olhei para baixo envergonhada. Brittany chegou perto de nós duas sem entender e Quinn olhou para ela com raiva. “Eu sei que você não entende o porque disso ser errado Britt, mas isso não diminui o fato de que foi. Pelo amor de Deus, isso é nojento.” Quinn gritou enquanto apontava para nós duas e eu olhei para ela séria enquanto Brittany abaixava a cabeça.

“Eu realmente não entendo porque é errado Quinn. Você e a San são minhas melhores amigas e nós estávamos brincando.”

“Eu não quero brigar com vocês, mas depois disso meu pai nunca mais vai me querer perto de vocês duas na vida.”

“Lembra-se do que eu te falei no seu primeiro dia de escola?” Perguntei e ela assentiu. “Você não tem que pensar como eles Quinn, você não tem que viver a Bíblia só porque seus pais acham que você deve, e quem escolhe suas amizades é você.”

“Você não entende Santana.”

“Tem razão, eu não entendo.” Ela abaixou a cabeça ainda chorando e eu a abracei, ela tentou fugir no inicio mas depois se deixou levar e encostou a cabeça no meu ombro. “Mas você é minha amiga, e eu não abandono os meus amigos. Me desculpe por isso Quinnie, de verdade.”

Ela balançou a cabeça e limpou o rosto. “Tudo bem mas acho melhor vocês irem. Ele vai surtar totalmente agora e eu não quero que vocês presenciem.”

Eu assenti e a segui para fora do quarto com Brittany atrás de mim, quando chegamos no primeiro andar escutamos o pai de Quinn gritando dentro de algum cômodo e todas nós estremecemos. Quinn abriu a porta para mim e nós duas saímos, Brittany a abraçou e pediu desculpas e ela fez um sinal de que estava tudo bem mas eu sabia que não estava.

“Vai ficar tudo bem Quinnie.”

“Espero que sim Sant.” Ela deu um sorriso para mim e fechou a porta de casa. Eu e Brittany fomos andando até a casa dela e de lá eu liguei para os meus pais virem me buscar.

“San?”

“Sim Britt.”

“Você achou nojento?” Ela perguntou meio receosa e eu sorri para ela.

“Não Britt, achei super legal. E você?” Ela sorriu para mim, se inclinou para frente e colocou os lábios em cima dos meus de novo.

“Eu achei que foi incrível Sant.”

-XX-

“Madre, posso te perguntar uma coisa?” Não fazia muito tempo que eu tinha chegado em casa mas eu não tinha conseguido ficar sozinha com minha mãe ainda.

“Claro que sim San.” Minha mãe fechou o livro que estava lendo e olhou para mim.

“O que você acha do Sr. Fabray?” Assim que a pergunta saiu eu me arrependi dela. Minha mãe franziu a testa e me encarou preocupada.

“Porque você esta perguntando isso Santana? Ele fez alguma coisa de ruim com você ou com a Brittany?” Sim. Eu queria falar para minha mãe que sim mas na verdade ele não tinha feito nada demais.

“Não, eu só acho ele meio assustador.” Minha mãe se tranquilizou um pouco mas continuou me olhando de um jeito engraçado.

“San você não tem que...” Minha mãe foi interrompida pela entrada repentina do meu pai na sala, ele estava segurando o telefone na mão e parecia perdido.

“O que houve Juan?” Minha mãe levantou do sofá preocupada e meu pai olhou para mim antes de olhar para ela. “Quem era no telefone Juan?” Minha mãe perguntou e meu pai finalmente a encarou. Eu já tinha alguma ideia do que poderia ter acontecido e estava começando a ficar com medo do que meu pai faria comigo.

“Russel Fabray.”

“E o que ele queria?” Minha mãe perguntou e olhou para mim. “Santana, você está tremendo hija.” Ela veio ate mim e me abraçou. Meu pai se sentou ao meu lado e colocou a mão no meu joelho.

“Tem algo que você queira nos contar Sant?”

“Você já sabe.” Eu respondi baixinho para ele e ele apertou meu joelho.

“Mas sua mãe não.”

“O que eu não sei?” Minha mãe agora parecia desesperada.

“Conte para ela.” Meu pai parecia calmo e passou a mão no meu cabelo.

“Nós estávamos brincando de casinha no quarto da Quinn e no final da brincadeira, Brittany me deu um beijo.” Eu falei baixo e fiquei encarando meu joelhos. Meu pai continuou mexendo na minha cabeça e minha mãe levantou do sofá.

“E o Russel viu o que aconteceu. Por isso você veio perguntar sobre ele? Ele fez alguma coisa, ou falou alguma coisa ruim para você ou para Brittany?”

“Não mãe.”

“Tem certeza Santana?” Meu pai perguntou e parecia preocupado. “Eu conheço Russel Fabray e sei que ele é bem nervoso.”

“Ele não fez nada. Ele falou para Quinn se despedir da gente e depois ir encontrar com ele no escritório.” Meu pai relaxou no sofá e me puxou para perto dele.

“Porque você estava tremendo querida?” Ele perguntou e eu o encarei, ele parecia tranquilo e não bravo como eu pensei que ele ia ficar.

“Quando nós saímos eu ouvi ele gritando com alguém, provavelmente a mãe da Quinn e eu fiquei com medo. Medo do que ele faria com a Quinn e de vocês ficarem com raiva como ele.”

“San, nós nunca faríamos nada com você querida. Você e Brittany são duas crianças que são muito amigas e deram um selinho. Não é grande coisa, nós não somos religiosos como Russel e Judy são e mesmo se nós fossemos, você é minha filha e fazer algo contra você está totalmente fora de questão. Você entendeu querida?” Meu pai olhava nos meus olhos e eu assenti. “Eu nunca vou fazer nada contra você. Nunca.” Ele me abraçou e eu fiquei deitada no colo dele até adormecer.

-XX-

No dia seguinte acordei com minha mãe me dando um beijo na testa e puxando o cobertor de cima de mim.

“Está na hora da escola San.” Ela saiu do quarto deixando a porta aberta e eu levantei para me arrumar.

Desci para tomar café e meu pai disse que me levaria até a escola ao invés de me deixar na casa de Brittany para eu ir com ela. Olhei para ele preocupada e ele e minha mãe sorriram.

“Relaxe querida, nós não estamos tentando te afastar da Brittany. Eu só quero passar um tempo com você, e é só por hoje. Eu prometo.” Meu pai falou sorrindo e eu assenti.

Comi o sanduiche que minha mãe tinha preparado rápido e fui pegar minha mochila, quando voltei a cozinha meus pai estava abraçando minha mãe pelas costas enquanto dava um beijo no pescoço dela. Sorri para os dois e lembrei da cena entre Quinn e Brittany no dia anterior, aquilo que eu estava vendo era uma coisa bem diferente do que Quinn via todo dia. Pensar me Quinn me deixou preocupada pelo que o pai dela possa ter falado para ela, o que ele possa ter feito porque apesar de fingir não me importar, eu me importava com a amizade de Quinn e não queria perde-la.

Meus pais se despediram e meu pai me pegou na escola para me levar ate o carro. Eu comecei a rir e reclamei com ele dizendo que não era mais uma criança mas ele deu de ombros e disse que para ele eu seria sempre uma criança.

Cheguei na escola e Brittany estava parada ao lado do meu armário me esperando, ela parecia preocupada e podia ser uma besteira ou não.

“Hey Britt-Britt.” Chamei de longe e ela sorriu para mim. Abriu meu armário para pegar alguns livros e quando fechei Brittany estava com a testa franzida de novo.

“O que aconteceu?”

“Estou preocupada com a Quinn.” Eu concordei com ela e a puxei para irmos para a sala.

“Eu também estou.” Admiti e ela entrelaçou o dedinho no meu. “Mas não se preocupe Britt, daqui a pouco ela estará aqui e tudo vai se resolver.

Sorri para ela e entramos na sala juntas. Brittany foi colocado junto com Quinn esse ano porque ela era super inteligente e poderia ajuda-la e elas se sentavam na primeira carteira da fileira enquanto eu sentava na ultima com Noah. Isso era a única coisa boa desse mapa de sala, pelo menos eu estava perto de um amigo e tinha alguém para conversar. Não era a mesma coisa que Brittany, mas pelo menos era melhor que Finn.

Não tinha ninguém na sala ainda mas Brittany já estava sentada no seu lugar e eu no meu. Observei Artie entrar na sala empurrando sua cadeira de rodas e dei um sorriso para ele. Depois de algumas pessoas  Finn e Noah entrando juntos, rindo de alguma coisa e quase morri do coração quando vi meu parceiro de aulas. Noah tinha cortado o cabelo e agora exibia orgulhosamente um corte de cabelo ridículo, ele estava careca nas laterais e só tinha cabelo no meio da cabeça. Brittany riu dele quando viu e ele deu de ombros e continuou andando com aquele sorriso ridículo na cara.

“O que é isso Noah?”

“Por favor San, agora eu prefiro que me chame de Puck.” Ele sorria feito um idiota enquanto Finn se sentava no seu lugar que infelizmente era ao lado do nosso. “E isso é um moicano, eu vi um cara na televisão e achei irado.” Ele passou a mão no cabelo e fez um biquinho ridículo. Eu comecei a rir da cara dele e ele se sentou ao meu lado.

“Parece que tem um bicho morto na sua cabeça.”

“Ah qual é Santana, ficou irado tá?” Ele finalmente parou de sorrir e agora me encarava contrariado.

“Se você esta dizendo Noah.” Dei de ombros e virei para frente para ver se Quinn estava na sala.

“Puck. Eu não quero mais que me chamem de Noah.”

“E porque isso agora?”

“Meu sobrenome é o único vinculo que eu tenho com meu pai Santana. Você não entenderia.” Ele olhou para frente irritado e encostou a cabeça na parede atrás de nós dois.

“É, eu tenho escutado muito isso ultimamente.” Falei para mim mesma e continuei encarando a porta da sala mas Quinn não passou por ela nos dois primeiros tempos.

-XX-

Quando o terceiro horário estava terminando alguém bateu na porta da sala e o professor teve que parar a aula para verificar. Quando ele abriu a porta eu vi o diretor parado do lado de fora e ao lado dele estavam Quinn e sua mãe. Nós duas trocamos olhares na mesma hora e ela não parecia nada bem. O professor entrou na sala e falou alguma coisa com Brittany, ela assentiu e pegou suas coisas indo se sentar no lugar ao lado de Jacob Ben Israel e Quinn entrou na sala e sentou em seu lugar habitual ao lado de uma ruiva que ocupou o lugar de Brittany.

Não entendi nada do que estava acontecendo mas como a aula tinha acabado, o professor saiu da sala sem explicar nada para ninguém. Eu fui até a mesa da Brittany falar com ela mas ela não me deixou falar só me puxou até a mesa de Quinn.

“Hey Quinnie.” Chamei e ela continuou olhando para baixo.

“Quinn, está tudo bem?” Britt perguntou preocupada e Quinn continuou de cabeça baixa. Eu fui ate a porta e dei um verificada no corredor antes de voltar e sentar ao lado de Quinn.

“Sua mãe e o diretor já foram. Porque você chegou atrasada? O que esta acontecendo Quinn?”

“Eu não posso falar com vocês Santana, eu queria que as coisas fossem diferentes.” Ela começou a chorar e Brittany passou as mãos pelas costas dela. “Eu tentei falar com ele, eu tentei San mas ele não me ouviu...” Um soluço saiu da boca dela e ela deitou a cabeça no meu ombro enquanto chorava.

“Quinn, eu estou aqui. Shiiii vai ficar tudo bem.” Eu a abracei e Brittany continuava fazendo carinho nas costas dela.

Quinn se afastou de mim e levantou os olhos para me olhar pela primeira vez naquele dia e eu vi que tinha algo de realmente errado com ela. O lábio inferior estava um pouco mais inchado que o normal e ela tinha um curativo embaixo da sobrancelha.

“Ele te bateu não foi?” Não era segredo que o pai de Quinn era agressivo, eu imaginava que ele já tinha batido nela algumas vezes pelo medo que ela sentia dele mas não imaginava que ele bateria no rosto dela.

Ela assentiu e voltou a chorar. Brittany se afastou de nós duas e sentou-se na sua mesa ao lado de Jacob.

“Eu nem sei o que dizer Quinn.” Eu passei a mão pelo braço dela e ela olhou para mim.

“Minha mãe vai tentar conversar com ele, convencê-lo a mudar de ideia.”

Eu olhei para ela por um tempo e me senti mal por ter que esperar o pai dela mudar de ideia.

“Enquanto isso nós podemos ser amigas escondido.” Ela olhou para mim sem acreditar no que eu estava falando e eu sorri para ela. Depois de alguns segundo ela sorriu de volta e eu a abracei.

Levantei a cabeça e fiz um sinal para Brittany se juntar a nós e ela veio sem entender nada.

“Britt, o que aconteceu não foi culpa de vocês ok? Desculpe por gritar ontem e eu não vou deixar que nada me afaste de vocês. Nós vamos ser amigas, nem que a gente precise se esconder para isso.” Quinn disse levantando e abraçando Brittany.

Brittany saiu do abraço de Quinn e sorriu para ela, eu levantei da mesa e fiquei ao lado das duas e Brittany nos puxou para um abraço.

“Desculpa interromper, mas será que a Trindade Profana poderia me deixar dar aula?” A voz atrás de nós nos fez sairmos do abraço coletivo e vimos a professora de matemática sorrindo em nossa direção. Ela era uma velhinha que parecia brava mas era legal na verdade. Eu e Britt rimos e Quinn corou.

“Sim, desculpa professora.” Ela se sentou e a professora riu e foi até a mesa sentar para fazer a chamada.

Brittany foi para seu lugar e eu virei para ir para o meu mas antes disso voltei para o lado de Quinn.

“Desculpe falar isso, mas eu odeio seu pai.”

Ela riu e me encarou.

“Você não é a única San. Eu também odeio Russel Fabray.”

Sorri para Quinn e voltei para meu lugar onde Noah me encarava divertido. Sorri para ele e passei a mão pelo seu moicano, ele riu e me abraçou.

Eu sabia que eu amava Brittany a muito tempo mas naquele momento eu me dei conta de que amava Noah Puckerman e Quinn Fabray também. E é claro, que eu odiava Russel Fabray.


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Notas finais do capítulo

Surgimento da Trindade Profana, todos odiando o Russel, transição de Noah para Puck e primeiro beijo Brittana. Eu sei que não é o que todo mundo estava esperando mais já é alguma coisa.
Sobre a cena da brincadeira delas, foi uma experiencia pessoal que eu vivi e citei em uma outra fic minha e achei legal por aqui tb hahahahahah
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Até o próximo capítulo.



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