Our Love Story - Brittana escrita por kordeibeYo


Capítulo 10
Reality Bites Me


Notas iniciais do capítulo

Sim, você está lendo uma atualização de Our Love Story. Não, isso não é uma ilusão de ótica e eu realmente estou de volta.
Mil perdões por esse tempão todo sem nenhum capítulo ou sinal de vida, eu sei que fui uma filha da puta e que deve ter gente querendo a minha cabeça em uma bandeja mas eu juro que eu tenho uma boa justificativa: semana de provas na faculdade. Sério, eu fiquei mega atolada e foi impossivel me concentrar em algo que nao fosse relacionado ao meu curso.
Sem mais delongas, aproveitem o capítulo.
*A música que a Rachel canta na minha cabeça é Don't Rain On My Parade, mas quem quiser pode imaginar outra qualquer porque a Lea manda muito cantando qualquer porra hahahahaha



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Depois que a festa acabou e todos foram embora eu e Quinn decidimos ficar para ajudar Britt a arrumar tudo e a ver abrindo os presentes, nós fazíamos isso basicamente desde que nos conhecemos no aniversário dela porque Brittany tinha as melhores reações aos presentes que recebia, era simplesmente hilário. A Sra. Pierce participava também e já estávamos todas na sala esperando pela Brittany, eu e Quinn sentadas no sofá e ela na poltrona esperando pela filha.

“Santana, posso falar com você ali na cozinha?” Quinn perguntou enquanto me olhava com um olhar assassino e eu assenti, ela levantou do sofá e foi andando e eu a segui mordendo a língua para não rir da cara dela.

Assim que entramos ela virou de frente para mim e me encarou, abriu e fechou a boca algumas vezes fazendo uma cara ridícula e eu dei uma risada. Ela abriu a boca e me encarou com a sobrancelha levantada e depois eu senti uma coisa acertando meu rosto e virando ele pro lado. Quando voltei a olhar para frente ela estava com a mão no ainda e continuava me encarando com aquela carinha de raiva que eu ia arrancar dela rapidinho.

“Espero que você não tenha feito o que eu acho que você fez Fabray, porque se você tiver feito isso eu juro que te mato.” Eu praticamente rosnei e dei um passo na direção dela. A infeliz arrumou a postura e colocou os ombros para trás para mostrar a diferença de altura.

“Você vai me matar? Qual é Santana, você mereceu isso por ter me largado sozinha com aquela garota que por sinal ficou me seguindo a porcaria da festa toda.” Ela falou baixo para a mãe da Britt ou a propria Britt não ouvirem mas o tom de voz dela era frio e ela parecia com aquele imbecil do pai dela falando.

“Deixa de ser doente Fabray, a Berry não é assim tão ruim.”

“Ela é filha das duas pessoas que meu pai mais odeia no mundo Santana. Os pais dela são a personificação do pecado, meus pais me lembram todos os dias que eles vão para o inferno e vão levar junto com eles todos que se misturarem com a raça deles. Ela vai para o inferno, e eu não posso deixar ela me levar junto.”

“A raça deles? Você quer dizer pessoas gays? Eu pensei que estivesse ok com isso Fabray.” Dei mais um passo para frente e ela deu um para trás batendo as costas na pia da cozinha. Ela me encarou por um segundo e depois o corpo dela relaxou. Ela abriu a boca para falar alguma coisa mas eu fiz sinal para que ela não fizesse. “Você é realmente filha do seu pai não é?”

“San não foi isso que eu quis dizer. Eu fui criada para ver isso como uma coisa errada e...”

“Para com essa porra desse papo furado Quinn, você pode jogar esse seu discurso homofóbico de merda para cima dos outros mas para cima de mim não.” Ela abaixou a cabeça mas eu não estava nem ai se ela estava arrependida ou não, ela não tinha o direito de julgar Rachel ou os pais dela ou quem quer que fosse só porque os pais delas a fazem pensar assim. “Você disse que estava ok com uma relação entre eu e Brittany mas é da boca para fora porque na realidade você é uma preconceituosa de merda, exatamente como os seus pais.”

“Santana não foi da boca para fora ok? Foi de verdade, vocês duas me parecem certas mas eu não sei, os Berry não me parecem certos. É simplesmente isso ok? Como você pode dizer que eu sou homofóbica sendo que eu apanhei do meu pai por sua causa, eu lutei pela nossa amizade Santana e eu não vou deixar o fato de vocês duas se gostarem estragar ela, eu não sou assim e você sabe disso Lopez.”

“Você esta perdida Quinn, e tudo por causa do seu pai. Você não pode ouvir um cara como ele, senão você vai se tornar a mesma pessoa ignorante que ele é.” Eu dei um passo para trás e ela abaixou a cabeça.

“Eu sei disso, mas ele é meu pai Santana. O que eu deveria fazer?” A voz dela estava embolada e logo ela estaria chorando.

“Eu não sei Quinn, mas acho que se eu fosse você eu não daria tanta importância para a opinião de uma pessoa como ele. Qual é o cara te bate ao invés de te proteger.” Ela sentou em uma das cadeiras da cozinha e focou seus olhos no mármore da mesa. Sentei na cadeira em frente a dela e coloquei a minha mão sobre a dela em cima da mesa. “Os seus pais podem falar o que quiserem dos Berry e sobre a casa deles mas na minha opinião a casa do pecado, é a dos Fabray.”

Ela me encarou e as lagrimas começaram a cair, eu a abracei e ela ficou lá chorando por algum tempo, depois ela foi se acalmando aos poucos e me soltou.

“Você tem razão San, me desculpe.” Ela levantou e foi até a pia lavar o rosto, ela olhou para mim com um olhar culpado e eu acenei para ela fazer o que tinha que fazer. Eu gostava de verdade dela, e me incomodava ver a influencia que os pais dela tinham na vida dela mesmo que ela não quisesse. Até para lavar o rosto ela se preocupava se os pais dela estariam vendo que ela estava fazendo isso na cozinha e não no banheiro ou que eles descobririam que ela chorou como uma criancinha na frente de alguém. Eu odiava os Fabray por tudo que eles fizeram a Quinn e pela maneira covarde como eles mexeram e continuam mexendo com a cabeça dela.

“Me desculpe por ter te deixado sozinha com a Berry. Eu só queria tirar a Britt de perto daqueles pervertidos que atendem pelo nome de Finn Hudson e Noah Puckerman.”

Ela virou para mim e ficou me encarando por um tempo com um sorriso no rosto. “Eles são realmente ridículos, apesar do Finn ser um pouco fofo.”

“Fofo? Pelo amor de Deus Fabray, uma baleia andando sobre duas pernas e pisando em tudo é qualquer coisa menos fofo.” Nós nos olhamos e começamos a rir como umas loucas.

“Sua opinião, não vou contestar. Agora o que interessa, para onde você e Brittany foram depois que você acertou o “Puck” do Puckerman?”

“Eu vim dar o presente dela.” Quinn assentiu e ficou me olhando com aquela sobrancelha levantada e aquela cara de vadia curiosa. Eu fiquei com vergonha de contar para ela o que tinha acontecido, foi um momento meu e da Britt e também não queria trazer de volta o assunto homossexualidade porque nem eu tinha parado para pensar nisso direito. Mas ela era minha melhor amiga, amigas contam essas coisas uma para a outra. “E nós nos beijamos.”

“Uau, quem diria que você é capaz de corar?” Ela começou a rir e eu senti meu rosto esquentando mais ainda. “Só isso?”

“Eu disse que gostava dela e ela disse que gostava de mim também e o resto não te interessa sua pervertida.” Eu levantei da cadeira e virei de costas para ela e ela deu uma gargalhada alta.

“Você admitiu!” Ela falou levantando as mãos para o céu e abrindo um sorriso que eu sabia que era sincero mas que estava me envergonhando.

“Tira esse sorrisinho da cara antes que eu tire ele para você.”

Sai da cozinha e ela me seguiu dando risinhos, cantando a marcha nupcial, puxando meu cabelo e batendo palminhas. Eu revirei meus olhos umas cinquenta vezes ou mais no caminho para a sala, se arrependimento matasse eu cairia dura no chão nesse momento. Quando chegamos na sala o saco de presentes tinha sumido e a Sra. Pierce também não estava lá, eu e Quinn nos olhamos e ela virou as costas para mim e começou a subir as escadas.

Chegamos na porta do quarto de Britt e estava aberta, ela estava na cama abraçada com o unicórnio de pelúcia que ela levava para todo lado quando nós éramos crianças e que ela tinha levado para o parquinho no dia em que nos conhecemos.

“Já vi que nenhum presente vai ser aberto hoje, então acho melhor eu ia para casa.” Ela sussurrou no meu ouvido e eu assenti. Os pais dela demoraram muito para aceitar que o que aconteceu na casa deles quando tínhamos oito anos não significou nada e era só uma brincadeira de criança, foi muito difícil para que eles permitissem que nós nos aproximássemos novamente mas eles ainda não gostavam de mim e muito menos da Britt e nossas festas no pijama acabaram, Quinn não podia ficar ate mais tarde na nossa casa. Ela me deu um beijo na bochecha e saiu do quarto rindo e eu não entendi nada mas ri junto com ela.

Fui até o banheiro com minha bolsa e coloquei um pijama, fui até a cama e deitei ao lado de Brittany. Ela estava virada para mim e eu fiquei fazendo carinho na bochecha dela por um tempo até sentir o sono chegando. Puxei ela para um abraço e ela se aconchegou em mim, um cheiro de tutti-frutti invadiu minha cabeça e eu percebi que vinha da cabeça dela.

“Quinn está certa sobre nós, não tem como nós duas sermos erradas uma para a outra.” Dei um beijo na testa dela, fechei os olhos e fiquei sentindo o cheiro de chiclete até o sono me levar.

-XX-

Acordei no dia seguinte com um peso em cima da minha barriga e abri os olhos para ver o que era e me deparei com um mar de cabelos espalhados pelo meu peito, um braço jogado em cima de mim e um par de pernas entrelaçadas a minha. Isso fez eu me sentir super bem e eu dei abri um sorrido. Olhei para baixo e Brittany parecia um anjo dormindo e com um sorriso no rosto, como alguém podia sorrir até quando dormisse, eu não entendia isso. Ela começou a se mexer e a resmungar e eu fiquei parada observando ela despertar como uma boa idiota apaixonada que eu era. Ela levantou a cabeça e me olhou, o rosto dela estava todo amassado, o cabelo uma bagunça, tinha um laço marcado no rosto dela porque ela dormiu com ele pressionado no meu pijama mas ela ainda parecia a garota mais linda do mundo para mim e eu não consegui evitar o salto que meu coração deu quando os olhos dela cruzaram com os meus.

“Bom dia bela adormecida.” Eu sorri para ela e como resposta recebi um tapa na barriga.

“Você sabe que eu prefiro a Branca de Neve.” Eu assenti e ela sorriu. “Bom dia.” Ela deitou em cima de mim e me deu um selinho. “Cadê a Quinn?”

“Provavelmente na igreja.”

“Eu pensei que ela dormiria aqui.” Ela fez um biquinho e deitou a cabeça no meu ombro.

“Você sabe que ela não pode Britt, o pai dela não gosta.” Ela deu de ombros e levantou da cama. “Daqui a pouco ela aparece ai, nós temos um saco de presentes para abrir.” Apontei para o saco encostado no armário dela e ela abriu um sorriso entusiasmado.

“Vou tomar banho.” Ela saiu correndo para o banheiro e eu fiz a mesma coisa que ela, peguei minhas coisas e fui tomar banho no banheiro do corredor.

Quando sai ouvi varias vozes no andar de baixo e depois de um tempo elas sumiram, desci as escadas e pela porta de vidro vi a Sra. Pierce levando o saco de presentes para o jardim e Quinn e Rachel sentando em frente a ele.

“Santana finalmente, pensei que você fosse acabar com a água do planeta.” Quinn falou rindo assim que eu cruzei a porta.

“Bom dia para você também Glinda.” Eu, Britt e a mãe dela começamos a rir mas Quinn ficou me olhando com um bico e Rachel me olhava com aquela cara de esquilo assustado de sempre.

“Quinn não tem nada a ver com a Glinda, se você não viu Wicked então eu posso falar...”

“Berry, esqueça ok? Eu nunca vi, e realmente não quero ver Wicked.”

Me sentei ao lado da Sra. Pierce e Brittany se sentou no chão para abrir os presentes. Eu nunca prestava atenção nos presentes em si e sim nas reações dela que eram hilárias. O primeiro presente ela parece ter gostado porque ela abriu um sorriso enorme e seus olhos brilharam, dei uma olhada para ver o que era e vi um bicho estranho que era a mistura de um gato com um unicórnio e o chifre era um arco-íris. O segundo presente eu não vi o que era porque a cara de assustada que Brittany fez foi impagável e eu ri até chorar. O resto dos presentes se seguiram assim e eu fiz uma contagem, ela parecia estar gostando da maioria. A campainha tocou e a Sra. Pierce foi atender enquanto Brittany metia a mão no saco e puxava uma caixinha verde com a fita dourada e com uma etiqueta pendurada escrito Quinn Fabray.

Quinn levantou do banco e foi ajuda-la a abrir a caixa e dentro tinha uma pulseira dourada com um pingente de unicórnio pendurado e um par de brincos de fadinhas, uma amarela e a outra verde. Brittany sorriu para Quinn, pegou a pulseira e esticou o braço e quando Quinn fechou a pulseira, Brittany a puxou para um abraço.

“Você não precisava ter se incomodado Quinnie.” Britt sorriu e eu e Rachel encaramos Quinn que ficou vermelha e abaixou a cabeça.

“Não foi incomodo nenhum Britt, mas agora eu tenho que ir.” Quinn deu um beijo na bochecha da Britt e acenou para mim e para Rachel e saiu correndo pela porta dos fundos. Brittany sentou no chão e ficou observando o pingente com um sorriso no rosto e Rachel ficou observando Quinn sair correndo da residência dos Pierce.

Mais alguns presentes depois e chegou a vez do presente da Berry, era uma caixa de madeira cor-de-rosa com desenhos de notas musicais douradas e pretas feito a mão, eu não vi esse presente ontem e essa caixa é difícil de esquecer. Levantei para ajudar Brittany a abrir a caixa para não quebrar e ela sorriu para mim , quando coloquei a caixa aberta no chão Brittany pegou um embrulho de papel que tinha uma estrela dourada de pelúcia dentro.

“O nome dela é Barbra.” Rachel apontou para uma das pontas da estrela onde tinha um nome costurado em preto. “E se você fizer isso aqui...” Ela apertou uma outra ponta da estrela e uma musica começou a tocar. “Eu canto.” Ela abriu um sorriso enorme mostrando todos os dentes e parecia meio assustador para mim e a música finalmente começou e a voz dela começou a sair e era realmente boa. Brittany ficou encantada, ela olhava para a estrela com um sorriso enorme e lindo e depois para a Berry.

“Obrigada Rach, foi muito legal. É um presente incrível.”

“De nada Britt, fico feliz que tenha gostado porque foi feito sob medida. É único, assim como você.” Ela sorriu para Britt e elas duas se abraçaram e trocaram um beijo na bochecha.

Brittany sentou no chão novamente para abrir mais presentes e eu e Rachel nos sentamos ao lado dela. Ela pegou minha mão e nos olhamos enquanto Rachel olhava os presentes que já tinham sido abertos.

“Está gostando dos seus presentes?”

“Sim, mas nenhum se compara ao presente que você me deu San.” Eu assenti e ela puxou meu rosto e me deu um selinho. Eu me separei dela e olhei para a porta onde a mãe dela tinha entrado mais cedo e não a vi na cozinha e depois olhei para Rachel que estava vermelha como um tomate e mexendo na estrela Barbra. Ela começou a falar com Brittany sobre o processo de criação do presente e tudo mais e eu olhei para trás mais uma vez e vi a mãe da Britt na cozinha conversando com alguém que estava sentado de costas para nos duas, ela andou até a porta e viu que eu estava olhando e fez sinal para eu ir até lá.

“Sua mãe esta me chamando Britt, já volto.” Dei um beijo na testa dela e me levantei, antes que eu chegasse na cozinha a pessoa com quem a Sra. Pierce estava conversando levantou da cadeira e virou para a porta e eu vi minha abuela parada no meio da cozinha dos Pierce com uma expressão nada boa no rosto.

“Eu vim te buscar.” Ela falou em um tom que significa que não vai haver discussão.

“Ok, eu só vou me despedir da Britt.” Me virei para voltar para o quintal mas ela segurou meu braço.

“Nós estamos indo embora Santana. Agora.” Ela soltou meu braço e começou a andar levando minha mochila em uma mão. Eu e a Sra. Pierce nos olhamos e ela estava com a mesma careta engraçada que Brittany fazia quando alguma coisa a confundia ou a encomodava.

Segui minha abuela até a porta e a mãe de Brittany foi atrás de nós, ela me deu um abraço antes de eu sair e eu pedi a ela para dar tchau as meninas por mim.

Minha abuela estava de carro, o que era estranho já que ela só usava o carro para ir ao mercado ou fazer viagens para outras cidades. Entrei no banco do passageiro e o carro deu partida, olhei pelo retrovisor e a Sra. Pierce ainda estava em pé na porta com uma cara estranha.

Dez minutos se passaram e nada foi falado até que minha abuela parou em um sinal vermelho e me encarou de um jeito duro que fez eu me perguntar o que eu tinha feito de errado mas a resposta era nada.

“O que aconteceu abuela?”

“Eu vou te contar o que aconteceu Santana e vou te contar até o que vai acontecer, então é melhor você prestar atenção.” Ela olhou para frente novamente e o sinal tinha ficado verde, o carro voltou a andar e ela começou a falar. “Hoje eu fui a Igreja como eu faço a todos os domingos desde que eu tenho 10 anos de idade, cheguei lá e me sentei no terceiro banco ao lado dos Fabray e começamos a conversar sobre coisas normais até que os Berry entraram na igreja junto com a filha deles e sentaram no banco a nossa frente. Agora você imagine a surpresa e o constrangimento de Russel e Judy quando aquela menina Rachel virou para trás e cumprimentou a jovem Quinn e perguntou se ela se divertiu na noite anterior, no aniversario da Brittany. Ele ficou furioso por saber que a filha dele estava andando com aquele tipo de gente e eu fiquei agradecendo a Deus em silencio por minha neta não se relacionar com os Berry, até que ele me contou um fato curioso que aconteceu a alguns anos atrás. “ O carro parou e eu vi que estávamos na porta da minha casa, virei para sair mas a porta ainda estava trancada. “Aquela menina Brittany já esta contaminada por eles, ela já virou uma pecadora e ela esta tentando te levar junto Santana. Imagine só o meu desgosto quando Russel me contou que ela te beijou e o pior é que seus pais e aquela mundana da mãe dela sabiam mas não fizeram absolutamente nada. Isso foi o que aconteceu, agora eu vou te contar o que vai acontecer. Você tem duas opções aqui Santana, ou você repensa as suas amizades e se afasta desses pecadores e esquece qualquer sentimento e qualquer coisa que exista entre você e aquela garota e nós seguimos como sempre fomos, uma família feliz e orgulhosamente católica ou você continua vivendo o pecado com aquela menina e esqueça que é uma Lopez porque se seu pai é um idiota que vai ficar de braços cruzado vendo a filha dele se tornar uma pecadora nojenta, eu sinto muito por ele mas enquanto eu for viva você não vai ser entendeu? Você não vai virar as costas para sua família, para a Igreja e para nossos valores. Essas são suas opções Santana, pense com cuidado porque eu não sou seus pais e se você escolher esse caminho você pode ter certeza que vai ser uma neta sem avó, porque você vai morrer para mim Santana. Agora é melhor você ir para casa, pense um pouco no que é prioridade para você.” Eu sai do carro e ela deu partida nele, parei para pensar em tudo que ela tinha falado e não consegui controlar minhas lagrimas. Eu sentia vontade de morrer, a pessoa que eu idolatrei minha vida inteira acabou de me renegar sem nem ao menos saber o que tinha acontecido comigo.

“Hija, que te pasó?” Ouvi a voz da minha mãe mas não tive coragem de levantar a cabeça.

“Meu pai está em casa?” Minha voz falhou e meu corpo começou a tremer pelos soluços do choro.

“Não Santie, vamos entrar cariño.” Ela me abraçou, me levou para dentro e me sentou no sofá. “O que aconteceu Santana?”

Eu levantei a cabeça e a encarei, ela estava com os olhos arregalados e parecia não saber o que fazer afinal de contas eu nunca tinha chorado assim na frente de ninguém.

“Eu e Brittany nos beijamos.” Eu falei tão baixo que não sei se ela ouviu mas imagino que sim já que ela me abraçou e começou a me sacudir de um lado para o outro como se estivesse me ninando.

“Qual o problema querida? O que aconteceu?”

“Abuela descobriu sobre aquele beijo de quando éramos crianças por causa de Russel Fabray e ela disse que eu tenho que escolher entre a nossa família e a Britt.” Mais um soluço e minha mãe me apertou com mais força. “Eu não posso fazer isso madre, ela é minha melhor amiga mas eu nunca viraria as costas para nossa família.”

“Eu sei que não querida, você não precisa escolher.”

Levantei minha cabeça e olhei nos olhos da minha mãe, ela também estava chorando agora.

“Eu sinto muito madre, eu não queria decepcionar vocês...”

“Santana, você não é uma decepção querida. Não me importa se você quer estar com a Brittany ou não, só o que eu quero é nunca mais te ver assim novamente.”

Ela enxugou as lagrimas dela e depois as minhas. “E o que eu faço? O que eu falo para minha abuela?”

“Diga que escolheu um lado, vamos mentir.” Ela falou com a voz baixa e um sorriso no rosto. “Vai ser o nosso segredinho.”

“E o meu pai? Não vamos contar para ele? Porque ele pode abrir a boca e estragar tudo.”

“Eu vou conversar com ele Santie.” Ela me abraçou mais uma vez e eu deite a cabeça no ombro dela, minha mãe devia ser a pessoa idolatrada porque não existia ninguém que merecesse mais isso que ela. “Agora vá tomar um banho, seu dia parece ter sido cansativo. E por favor, não deixe isso estragar seu final de semana.” Ela piscou para mim e eu assenti, peguei minha mochila e fui para o quarto.

Tomei um banho e me deitei na cama, refleti um pouco sobre tudo que tinha acontecido no final de semana e apesar de estar apaixonada por Brittany e meu coração pular só de pensar nela eu não poderia fazer isso, ficar com ela seria terrivelmente errado e minha abuela nunca me perdoaria. Eu ia mentir para ela sim, mas porque eu queria continuar amiga da Britt e não ia desistir dela tão fácil mas eu não ia começar nada agora. Seria tão complicado que só ia estragar tudo, e também não seria certo com a Brittany e com a Quinn que teria que conviver com isso e seria ainda mais complicado para os Fabray aceitarem.

A minha decisão estava tomada, eu e Brittany voltaríamos a ser só amigas mas essa ideia me machucava, apertava meu coração porque tudo que eu queria era poder abraça-la e beija-la quando eu quisesse. Ela era minha melhor amiga desde que eu tinha quatro anos, eu descobri o que era amar com ela, acho que eu sou apaixonada por ela desde sempre e agora que eu finalmente percebi tudo e tive coragem de admitir e descobri que o sentimento é totalmente recíproco, eu não posso seguir em frente com ele pelo bem da minha família.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que é muita cara de pau pedir review depois de umas tres semanas sem postar (ou mais, eu não estou contando hahaha) mas eu realmente queria saber o que acharam desse capitulo porque eu adorei escreve-lo e acho que ele é importante para a historia. Entao, sl deem suas opiniões!

O proximo capitulo provavelmente sai amanha, ou ao longo da semana, então até breve (:



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