The Ruller And The Killer escrita por Haunted House, Angel of Silence


Capítulo 6
Alex Turner


Notas iniciais do capítulo

Aparência Alex: Alex Turner (Artic Monkeys)



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Estava em uma sala do edifício da justiça, tendo um sofá vermelho  puído e uma mesinha de canto com uma jarra de vidro cheia d'água em cima como companhia, esperando os tributos terminarem as despedidas. Ainda não conseguia acreditar que Lily fora selecionada. Certo que no próximo ano ela deveria se voluntariar, como eu havia feito. Acontece que garota era forte, mas não o suficiente para a Arena. Ninguém era. Eu sou um dos vitoriosos menos queridos na Capital, porque não me envolvi em muitas lutas nos Jogos, mas tudo fazia parte de uma estratégia, de que adiantaria  sair matando um monte de crianças, se uma delas poderia ser a pessoa que tinha o poder de acabar com todo esse horror. Por outro lado, na turnê da vitória fui bem recebido, nenhum pai pelo menos me olhava de modo acusador. E agora minha irmã seria jogada lá dentro, provavelmente ela não voltaria, pois mesmo que o símbolo da revolução não estivesse entre os tributos, ela daria prioridade ao agente destinado a ir esse ano. E  tudo isso me deixou furioso: a bondade de Lilian, o outro agente, o futuro símbolo da revolução, a própria revolução, o 13 e principalmente a Capital. Chutei a mesinha derrubando-a e partindo a jarra ao meio. Um pacificador abriu a porta me encontrando ofegante. 

-Tem uma pessoa querendo falar com você.

-Mentores não recebem visitas. - Não corremos risco de vida. Aparentemente.

-Ela foi um pouco insistente e decidi fazer uma exceção, se o senhor concordar. 

Ele devia ser um novo recruta, nem de longe pacificadores experientes são tão educados. Imaginei que talvez meu pai ou algum amigo quisesse falar comigo. 

-Certo, pode ser.

Ele saiu e instantes depois uma mulher desconhecida, muito magra, pálida, parecendo doente usando um vestido marrom e de olhos vermelhos  e inchados tomou seu lugar.

-Senhor Turner.

-Sente-se é...

-Susan Malesk.

Ótimo, a mulher devia ser a mãe do tributo masculino, nem pensara nele até aquele momento.

-Escute, seu que é irmão da menina, Lilian. Senhor Turner, nunca lhe pediria isto mas estou apavorada. Caleb é -Ela soluçou- Meu único filho. Não posso deixar ele ir sem implorar a você que tente...-Ela começou a chorar.

Caleb era magro, pálido também e devia ter uns 13 anos, nenhuma chance de vencer. Porém me sentia culpado e egoísta por nem ter considerado-o até então. Olhando aquela mulher se humilhar para um moleque que nunca tinha visto a raiva voltou, dessa vez por mim mesmo. Queria dizer a ela que faria de tudo para que o menino saísse vivo de lá, mas não podia, não dá para ser imparcial numa hora dessas. Eu sabia que se, numa emergência, tivesse que escolher entre Lily e ele escolheria minha irmã, mas teria que tentar, no mínimo, por aquela mulher.

-Senhora, eu juro que não vou abandoná-lo na Arena. E vou treiná-lo.

Ela levantou a cabeça e me encarou. Limpou as lágrimas e estendeu a mão. 

-Obrigada. Boa sorte para sua irmã. - Ela estava sendo sincera. 

Uns minutos depois um guarda chegou e me levou a plataforma, onde encontramos os outros. Segurei a mão de Lily,e hesitantemente coloquei  a outra no ombro de Caleb, enquanto eles acenavam para as pessoas na estação e entrávamos no trem.


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