Meu Refugio. escrita por hollandttinson


Capítulo 17
Tão puro.


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus, eu fiquei chorosa com todos os reviews. Vocês felizes pela felicidade Peeniss *o* Me deixa muito bem lembrar que eu sou a grande culpada por essa alegria de vocês. Muito obrigada por me trazerem sorrisos lindos no rosto,viu? Um beijo.



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POV: KATNISS.

Eu nunca pensei que eu fosse ter coragem de dizer aquilo  para alguém além de Prim e mamãe. Eu nunca disse isso nem ao Gale, que  é meu melhor amigo desde sempre...  Dizer eu te amo é uma oportunidade que você  não pode desperdiçar  com qualquer um, e  eu sei que esse sempre foi o meu medo, dizer isso á alguém que não mereça. Se eu achava que Peeta merecia? Eu tenho certeza absoluta. Quando ele me  ignorou,  me tratou de má forma, eu me senti tão mal, mas não era de um jeito normal, era só mal, como se tivesse faltando algo dentro de mim, e eu  sabia que eu precisava  dele, eu preciso dele, eu não sou da mesma forma do que como sou com ele. Peeta  se mostrou uma das  minhas fontes de alegria, eu vejo, agora.

- Então a Delly está apaixonada pelo Gale? Mas que loucura! Eu  nunca imaginei algo desse tipo, juro!- Eu disse, sorrindo. Nós estávamos voltando para casa. Ele insistiu em me deixar em casa. Prim tinha ido com o Gale.Eu balancei a cabeça. Delly apaixonada pelo Gale foi a novidade do dia.

- Sh... Ela me mata se descobre que te contei, então, não diga á ela que sabe, não demonstre, nem nada, por favor!- Ele disse, unindo  ás mãos umas ás outras. Eu balancei a cabeça, ele estava mesmo preocupado com isso. Mas eu estava feliz! Isso queria dizer que Delly não gostava  de Peeta. Mas ainda era  uma grande surpresa.

- Eu nunca contaria! Mas queria ver a reação de Gale. Quer saber? Eu  vou ficar analisando todos os movimentos dela quando se tratam de Gale á partir de hoje.- Eu disse. Peeta uniu as sobrancelhas.

- Estava me perguntando se isso a incomoda... A  Delly gostar dele...

- Peeta!- Eu revirei os olhos e parei de andar. Estávamos perto do nosso beco agora. Eu fiquei de frente para  ele, de braços cruzados.- Pare com isso! Eu não sou apaixonada pelo Gale, você sabe.- Ele sorriu abertamente.

- É, eu sei. Você deixou isso bem claro lá na classe... Katniss, você não tem noção do quanto me deixou feliz te ouvir dizer o que eu sempre quis ouvir.- Eu sentia meu rosto queimar agora.- Você sabe que eu amo você.

- Eu sei.- Eu disse. Ele balançou a cabeça, sorrindo.

- Mas eu não espero que você o faça novamente. Eu sei o quanto isso é dificil para você. Pode ficar tranquila, eu não vou te cobrar isso.- Ele disse. Eu sorri.

- Eu sei,você nunca faria isso. Confio em você.

- Obrigado por isso.- Ele disse, sorrindo. Seus olhos azuis brilhavam no sol fraco que agora residia  o  distrito 12. Deviam ser os ultimos sóis antes do natal.Sua pele pálida brilhava em contraste ao pálido no céu, e seu cabelos, lisos e loiros, agora eram pálidos. Cada detalhe de seu rosto estava sendo focado, eu nunca poderia esquecer esse rosto, nem se quisesse. Sua mão pousou na minha cintura e me puxou de leve para aproximar-me. Novamente, meu rosto queimou. Ele gargalhou.

- Tá rindo do quê?- Eu perguntei, me afastando. Ele devia saber que me irritava terrivelmente quando as pessoas caçoavam de mim. Ele balançou a cabeça.

- Calma... Eu só estou rindo porque você é pura demais.

- Eu não sou tão pura assim.- Eu comentei, confusa. Ele ergueu uma sobrancelha.

- Não  é? Notou que detesta chamar a atenção, mesmo que seja a menor forma possivel? Aposto que se eu decidisse te beijar aqui, agora, você iria ficar mais vermelha do que seu proprio sangue.- Ele disse. Eu bufei, mas eu sabia que eu estava muito vermelha agora, também. Ele balançou a cabeça.- Viu?

- Ah, cala a boca, Peeta! O fato de eu ter uma porção significante de sangue no meu rosto não quer dizer que eu seja pura.- Eu disse. Ele deu de ombros.

- Então, você quer dizer que eu poderia te beijar aqui, agora, com todo mundo vendo, e você não ia se afastar?- Ele perguntou. Eu mordi meu lábio inferior. Eu bem que queria um beijo  agora, mas aqui, na frente de todos... Parecia tão errado! Quer dizer, ninguém, além de Gale, Delly e Gabreel sabe de nós dois... As pessoas comentariam,não que isso me irrite, não, só que... Ah, eu não sei, não me sentia confortável.

- Sua mãe ficaria brava se soubesse que o filhinho mais novo dela, está se agarrando com uma menina tão suja e talvez até mal educada como eu.- Foi o primeiro argumento que eu encontrei. Ele ergueu uma sobrancelha pra mim.

- Ah, com a minha mãe eu me entendo. E ela não pode mandar em mim pra sempre, né? E eu tenho o meu pai, também. Aposto que  ele não ficaria nada irritado se soubesse que eu estou beijando a menina que eu amo. Acharia que é um sinal de carinho, afeto, amor...- Ele disse, colocando a mão na minha cintura. Eu mordi  o lábio inferior. Eu vi algumas pessoas que passavam olhar para a gente. Eles não estavam acostumados á me ver com o Peeta, era sempre o Gale. Balancei a cabeça.

- Mesmo assim, eu não quero perder créditos com a sua mãe, não é? Ela já não gosta de mim e...

- Não importa o que você faça, Katniss, minha mãe não vai te detestar menos, porque ela detesta qualquer coisa que me faça bem.- Eu disse. Ele tinha razão. A mãe dele não se importava, eu sei disso pela forma que ela falou com ele ontem. Balancei a cabeça.

- Mas não vamos abusar.- Eu disse, me afastando. E então ele gargalhou.

- Pura.- Ele disse.

- Idiota!- Eu disse e ele riu de mim, balançando a cabeça. Nós voltamos á andar. Passamos direto pela padaria. A sra. Mellark estava lá. Ela me olhou de cara feia.- Acho que você tem  razão, nada que eu faça vai fazer ela me detestar menos.

- Eu não me importo, realmente.- Ele disse, dando de ombros.- Mamãe nunca foi a melhor pessoa do mundo para escolher as coisas pra mim, tendo em vista que ela só escolhe coisas ruins. Ela deve me detestar. Acredito que a maior decepção da sua vida é que eu nunca fui escolhido na colheita, sabe? Eu nunca tive a chance de ser morto.

- Peeta, não fale assim!- Eu disse. A mãe dele não podia ser tão ruim assim.

- É serio!- Balancei a cabeça.- Eu sei que as pessoas acham que deve ser incrivel ser o filho dos donos da padaria, que nós comemos todo tipo de doce e massa que quisermos, mas passamos bem longe disso! Só comemos sobras. E eu sei que o Gale acredita que eu devo ser o tipo perfeito de garoto mimado só porque não passo fome. Mas eu passo fome, como todos aqui! Não é fácil viver a vida toda apenas com pão e massa queimada, ou na pior das hipoteses, mofada. Nós podíamos pegar uma doença e ninguém se importaria. 

- E minha mãe cuidaria de você.

- Não, e nós morreríamos. Mamãe nunca iria deixar que as pessoas soubessem que seus filhos estão doentes, ou pior, nunca nos deixaria  ser cuidados por  sua mãe.

- O que ela tem contra minha familia, afinal?- Perguntei, com as sobrancelhas unidas. Peeta de de ombros e suspirou.

- Tudo começou quando ela descobriu que meu pai foi apaixonado pela sua mãe na infancia e adolescencia.

- Seu pai o quê?!- Eu estava surpresa agora. Peeta sorriu.

- Quando eu te vi pela primeira vez, na escola, meu pai apontou para você. E ele me disse que foi apaixonado pela sua mãe, mas ela preferiu um minerador de carvão, e então eu lhe perguntei "porque ela escolheria um minerador á você?" e ele me disse "porque quando ele cantam, até os pássaros param para ouvir". E então, você cantou na sala de aula, e eu sabia que tinha a mesma sina que o meu pai.

- Mas você pode ter um final feliz.- Eu disse, sorrindo. Eu não sabia  de nada disso. A paixão de Peeta e muito menos a do Sr. Mellark, que é um homem tão bom e puro. - Mas o seu pai nunca  disse á minha mãe? Eu aposto que papai não sabia disso.

- Ele nunca contou á ninguém. Mas eu deixei escapar quando eu era pequeno. Quando eu cheguei da escola, naquele dia. Eu disse á ele que a filha da mulher que ele amou era a menina mais bonita da minha classe, e que sua voz era  linda e que eu me casaria com ela. Ele me mandou correr atrás desse sonho,  e me pediu pra nunca ficar trancado á  alguém que não  amasse. De forma nenhuma.- Disse Peeta, sorrindo. Era notável o amor que ele sentia pelo pai em cada palavra.

- E a sua mãe ouviu?

- Sim. Ela me colocou de castigo aquela noite, sem comida... Foi dificil... E então, ela me disse que eu nunca casaria com uma Everdeen, nem em meus dias mais loucos. Ela me mataria se isso acontecesse.

- Eu nunca quis casar, de qualquer forma.- Eu disse, dando de ombros. Ele sorriu e balançou a cabeça.- Sua mãe deve estar muito brava por você estar andando comigo, então.

-  Está uma fera! Vive tentando me convencer de que você não é a  companhia perfeita, ideal. Ela até já chegou á citar Delly, sabe?- Então eu não sou a  unica que achava que ela e Peeta namoravam.- Mas eu sempre deixei bem claro que era apenas minha amiga. Mas ela sempre soube que eu  sentia algo por  você.

- Talvez ela ache que com o tempo você se esquecesse do seu sentimento por mim.- Eu disse. Ele deu de ombros.

- Pode ser.- Ele disse. Paramos na frente da minha casa. Prim estava lá, com Lady. Ela sorriu para a gente e acenou. Ela ainda não sabia nada de nós dois, mas eu tinha certeza que desconfiava. Sempre foi muito intuitiva.

- Mas quando vai me contar de Delly e Gale?-  Perguntei. Ele sorriu.

- Temos tempo,sim? Vamos ficar de férias agora, e tem o natal...- Ele disse. O natal pode  parecer algo bom para todos. É claro, o nascimento de Jesus Cristo e  tudo mais. Claro que comemorávamos, e  o Sr. Mellark sempre deixa as coisas na padaria mais baratas no natal, para que possamos comemorar, ele gosta de natal, isso é obvio. Eu sempre consegui trazer um peru  na ceia, e sempre me orgulhei de poder ter isso em casa. Peru, leite de cabra e pão, apenas. Era a nossa ceia de natal. Sempre foi assim. E  nos uníamos á familia de Gale. Agora eu não sei mais como será... 

- Eu sei, eu sei, mas estou curiosa.  Eu quero que as coisas se resolvam logo.- Eu  disse. Quem sabe nós não passaríamos o natal todo juntos? Eu e Peeta, Gale e Delly? Seria realmente belo! Eu estava sonhando muito.

- A pressa é inimiga da perfeição!- Ele disse e nós rimos. Ele se aproximou de mim, olhando sobre o meu ombro.- A sua irmãzinha pode saber que eu estou apaixonado por  você ou isso será constrangedor demais?

- Eu acho que a minha irmãzinha já sabe que você é apaixonado pela irmã dela. Acredito que ela também  já tenha deduzido que a irmã dela é totalmente apaixonada por um tal padeiro aí, sabe?...- Eu disse, sorrindo. Ele sorriu, colocando as mãos na minha cintura. Eu passei os braços por seu  pescoço e nos beijamos. Era tudo sempre tão suave com Peeta, tudo sempre tão romântico. Eu sentia paz ao seu lado. Paz igual, impossivel... Mas eu me sentia igualmente bem na floresta...

- O que foi?- Ele perguntou, quando eu me afastei  de repente.

- Você gostaria de me ver caçar?- Seus  olhos brilharam.

- É serio?

- Sim. Ás 15:00hrs. Na cerca.- Eu disse. Ele sorriu.

- Será uma honra, Srta. Everdeen. Nos encontramos logo mais.- Ele disse. Eu revirei os olhos.

- Bobo.

- Linda.

- Vai lá, Peeta. Sua mãe deve estar preocupada.- Eu disse, corando para o seu elogio. Eu não estava acostumada com isso. Ele gargalhou.

- Tão pura...

- Tão babaca...- Novamente eu o fiz gargalhar. Acho que ele nunca riu tanto quanto hoje. Balancei a cabeça quando ele me deu um selinho e deu meia volta.

- Você e o Peeta, hein...- Prim comentou, me fazendo cocégas e rindo de mim. Eu revirei os olhos.

- Cala a boca, Patinha!

(...)


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Me pediram um pouco de meloso menos meloso, e aí está!