Brian sai da delegacia e volta para o hospital. Tudo que quer agora é ficar perto de Olivia. Estava com tanta raiva de Elliot que seria capaz de matá-lo, mas estava se controlando para não ir atrás dele. Sabia que sua prioridade no momento era Olivia e estava disposto a deixar a unidade cuidar disso.

Chegando ao hospital Haley está no quarto de Olivia com Joannie. Ele entra e Haley pula em seus braços. Ele a abraça forte e a pega no colo.

― Tio Bri, olha o que eu fiz! ― diz ela apontando o cartão em cima da cama de Olivia.

― Hum, vamos ver! ― diz ele e pega o cartão. É um pedaço de cartolina rosa escrito com letras confusas “Get better”, e cheio de desenhos de flores e borboletas. ― É lindo Haley ― diz ele, colocando-a no chão. ― Olivia vai adorar!

― Haley, já foi visitar sua irmã?! ― diz uma enfermeira entrando no quarto com uma medicação para Olivia.

― Já ― diz ela sentando-se no colo de Jo. ― Eu já cansei de ficar lá com ela. Além disso, ela comeu toda a gelatina. Aqui ainda tem.

― Ah, é?! ― diz a enfermeira. ― Que interesseira, hein. ― diz e junta a medicação ao soro de Olivia.

― Ela já comeu mais de três copos ― diz Jo. ― Vai ficar com a barriga doendo.

― Doutora, o que é isso? ― pergunta Brian, referindo-se ao medicamento.

― Ah, é um analgésico ― diz ela. ― Quando ela acordar provavelmente sentirá dor. Isso é para amenizá-la. Se ela reclamar de dor é só girar esse botão e aumentar a dose.

― Ela já está bem, então?! ― pergunta ele, esperançoso. ― Vai acordar, certo?!

― Sim ― diz ela. ― Só deve sentir um pouco de dificuldade para respirar por um tempo, por isso, não deixe com que ela tire a máscara. E chame uma das doutoras se ela sentir alguma coisa quando acordar. ― diz ela e prepara-se para deixar o quarto. ― Ah, e tente não deixá-la nervosa, ela precisa descansar.

― Okay ― diz ele. ― Thank you

― De nada ― diz a moça e sai do quarto.

Jo levanta-se e vai com Haley de volta para a ala pediátrica e Cassidy fica no quarto com Olivia. Ele se senta a beira da cama e passa a mão no cabelo dela, acaricia sua cabeça e fica ali a observando, imaginando o que seria dele se ela o deixasse. Ele começa a se lembrar do dia que fora baleado e quão preocupada ela havia ficado. Sabia agora como ela havia se sentido e sabia que não poderia nunca mais deixar nada lhe acontecer.

Passam-se algumas horas. Cassidy está sentado na cadeira ao lado do leito segurando a mão de Olivia. Acabara pegando no sono depois de alguns minutos. Olivia começa a franzir o cenho e geme bem baixinho, provavelmente sentindo-se mal. Ela aperta a mão de Cassidy que logo desperta e fica surpreso por vê-la acordando. Ele levanta-se rapidamente e fala com ela.

― Liv?! ― diz ele e se posta ao lado dela de pé, acariciando sua cabeça. Ela abre os olhos bem pouco e dirige sua mão até o oxigênio em seu nariz para tirá-lo, mas ele a impede. ― Não, não tira ― diz ele gentilmente. ― Consegue me entender? ― pergunta ele, segurando a mão dela. Ela assente com a cabeça e tenta falar. ― Não fala, não fala. Descansa um pouco, okay?! ― diz ele e continua suavemente acariciando o rosto dela. Ela fecha os olhos novamente e logo dorme e ele dá um suspiro de alívio e fica ali ao seu lado.

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DUAS SEMANAS ANTES

Olivia acordara cedo como de costume e se arrumara para ir para o trabalho. Alguns minutos depois Brian chegara em casa de seu turno no Condado do Bronx. Ele entrara em casa de fininho, percebendo que ela estava distraída na cozinha e fora para o quarto. Ela olhara em volta com o cenho franzido, mas dera de ombros.

Ao sair da cozinha deparara-se com um buquê de rosas vermelhas em cima da mesa com uma folha de papel em cima escrito “Bom dia, eu te amo”. Caminhara então até o quarto e vira os pertences de Cassidy jogados no chão e ouvira o chuveiro ligado.

― Você podia ter falado bom dia ao entrar ― disse ela abrindo a porta do banheiro e entrando para pegar o batom. ― Ou achou que eu não estava te esperando?

― Não quis te atrapalhar ― disse ele.

― Você não ia me atrapalhar, era só bom dia ― disse ela sentando-se na pia. Ele desligara o chuveiro e enrolara-se no roupão. Saíra então do Box e dera um selinho na boca dela.

― Bom dia ― disse ele.

― Bom dia ― respondeu ela. ― Como foi o turno?

― O de sempre ― disse ele. ― Fiquei naquela cabine infernal a noite toda contando quantos mosquitos eu matava. ― Ela ri.

― E você? ― perguntou ele. ― Algum caso novo?

― Sim ― disse ela. ― Aliás, eu ia até te perguntar se você conhece uns caras que nós estamos atrás. Eles trabalhavam pro Ganzel.

― Talvez ― disse ele. ― Tem os nomes deles ou fotos?

― Deixa eu dar uma olhada ― disse ela e foi até sua bolsa no quarto e pegou os arquivos. ― Aqui está ― disse. ― Os nomes são Kyle e James Brennan. ― Brian gelara e ficara nervoso.

― Liv, não mexe com esses dois, eles são loucos. ― disse ele indo até ela e mostrando bastante preocupação.

― Calma, Brian ― disse ela. ― O que tem de mais com eles?

― Eles… fizeram coisas das quais tenho até vergonha de falar que testemunhei, pois me sinto culpado por tudo… ― disse ele e sentara-se na cama secando o pescoço. Ela reparara que era algo realmente difícil para ele falar a respeito.

― Por que você estava trabalhando e não podia colocar seu disfarce em risco ― disse ela suavemente sentando-se ao seu lado com a mão em seu ombro. ― Baby, eu sinto muito. ― disse ela abraçando-o.

― Obrigado, babe ― disse ele e dera um beijo no rosto dela. ― Mas, vai por mim, você ter pego esse caso não foi coincidência. Não mexe com esses dois.