As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 3
Corram! Os Lobos estão atrás de Nós!


Notas iniciais do capítulo

Sorry, fiquei muito tempo sem postar, mas como eu disse, quase não tenho leitores nessa fic. Lembrando que algumas falas e cenas foram alteradas para o encaixe de Kalene na história.
Coloquei uma música nesse capítulo. Ela está na trilha sonora de "Percy Jackson e o Mar de Monstros". Aqui o Link: http://www.youtube.com/watch?v=R8waQkAa_74



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/395000/chapter/3

Pedro, Susana, Lúcia, Kalene e o Sr. Castor saíram da casinha no dique atrás de Edmundo, seguindo a trilha que ele deixou com os pés. Estava muito frio, mas o importante era achar Edmundo. Kalene, por si só, não conseguiu entender o porquê dela ter sentido aquele aperto no coração quando viu que Ed não estava ali. Ela não disse nada até eles chegarem no topo da colina, onde ficava o castelo da Feiticeira Branca. Logo, avistaram um minúsculo Edmundo entrando no castelo.

–Edmundo! - Gritou Lúcia.

–Shh! Vão ouvir você! - Disse o Sr. Castor.

Logo, Pedro, tentando impedir o irmão de adentrar o castelo, tentou correr até onde ele estava, mas foi segurado pelo Sr. Castor.

–Não! - Disse o Sr. Castor.

–Me larga! - Exclamou Pedro.

–Está fazendo o que ela quer! - Disse o Sr. Castor.

–Não podemos deixá-lo entrar! - Disse Susana.

–É o nosso irmão! - Disse Lúcia.

–Por favor! Se essa Feiticeira é tão ruim quanto dizem, ele vai morrer lá dentro! - Disse Kalene.

–Ele é isca! A Feiticeira quer vocês quatro! - Disse o Sr. Castor.

–Pra quê? - Perguntou Pedro.

–Para impedir que a profecia se realize! Matá-los! - Disse o Sr. Castor.

Kalene sentiu um aperto ainda mais forte no coração. Mesmo mal conhecendo aquele garoto, ela estava realmente abalada com o fato de ele poder morrer nas mãos da Feiticeira.

Pedro e Susana começaram a discutir. Ambos, um querendo ter mais razão que o outro, até que foram interrompidos por Lúcia.

–Parem! - Gritou a menina. - Isso não vai ajudar o Edmundo!

As palavras saíram automaticamente de boca de Kalene:

–Meu pai pode...

–A princesa tem razão. Só Aslam pode ajudar seu irmão agora. - Disse o Sr. Castor.

–Então nos leve até ele. - Disse Pedro.

Ficaram olhando por mais alguns minutos, até que escutaram um barulho. Mais parecia um uivo de lobo. A Feiticeira já havia capturado Edmundo e mandado sua polícia atrás do resto dos Pevensie. Rapidamente começaram a correr de volta para a casinha no dique para alertar a Sra. Castor e fugirem. O Sr. Castor foi rapidamente entrando, sendo seguido por Pedro, Susana, Lúcia e Kalene.

–Rápido, mãe! Estão atrás de nós! - Exclamou o Sr. Castor.

–Está bem! - Disse a Sra. Castor indo para a despensa e pegando vários alimentos.

–O que ela está fazendo? - Perguntou Pedro.

–Vai me agradecer mais tarde. É uma longa viagem e o Castor fica de mau-humor quando tem fome. - Disse a Sra. Castor.

–Eu já estou! - Disse o Sr. Castor.

Continuaram a empacotar comida, até que os lobos começaram a invadir e quebrar a casinha.

–Oh, não! - Disse a Sra. Castor.

–Kalene, abra aquela janelinha ali, rápido! - Pediu o Sr. Castor.

–Está bem. - Disse Kalene, correndo para uma janelinha, que na verdade, era um alçapão que dava para um túnel.

Todos correram para dentro do túnel carregando alguma coisa (com exceção dos Castores). O Sr. Castor foi na frente e Pedro foi logo atrás iluminando o caminho.

–O Texugo e eu cavamos. Vai sair perto da toca dele. - Disse o Sr. Castor.

–Você disse que íamos sair na igreja! - Disse a Sra. Castor.

Logo em seguida, Lúcia e Kalene caíram quase ao mesmo tempo, ambas tropeçando numa raiz, tipo um galho. Kalene ralou o joelho e começou a sair sangue, mas na hora ela nem notou. (N/A: Eu sei o que vocês estão pensando, "como essa garota cai!", "parece o Jason de Heróis do Olimpo!", mas essas quedinhas são involuntárias rsrs) De repente, ouviram passos e latidos ao longe.

–Estão no túnel. - Disseram Lúcia e Kalene ao mesmo tempo.

–Rápido, por aqui! - Disse o Sr. Castor.

Continuaram até chegar no fim do túnel, infelizmente fechado.

–Devia ter trazido o mapa! - Exclamou a Sra. Castor.

–Era o mapa ou a geleia! - Rebateu o Sr. Castor.

Correram para o outro lado até chegarem na saída. Todos saíram correndo e Pedro e o Sr. Castor taparam o buraco com um barril. Lúcia tropeçou novamente, só que em pequenas estátuas que mais pareciam coelhos e esquilos. Eles olharam confusos para aquelas estátuas. O Sr. Castor se aproximou de uma que lhe era muito familiar. O seu amigo, Texugo.

–Meu melhor amigo. - Lamentou o Sr. Castor.

–Sinto muito querido. - Disse a Sra. Castor, consolando o marido.

–Não sabia que ela era assim tão má. - Disse Kalene.

–Oh, querida. Isso não é nem a metade. - Disse a Sra. Castor, virando seu rosto para a princesa.

Mais um pouco e ouviram uma voz, que para o Sr. Castor era conhecido.


–É o que acontece com quem brinca com a Feiticeira.

Logo revelou-se sendo uma raposa (N/A: Me lembra a Foxface ♥)

–Dê mais um passo, traidor! E faço você em pedaços! - Disse o Sr. Castor.

–Ei, relaxe! Eu sou um dos mocinhos. - Disse a raposa, rindo ironicamente.

–É? Pois se parece muito mais com um dos vilões! - Disse o Sr. Castor.

–Uma infeliz semelhança familiar. Mas falamos de raças depois, agora temos que ir. - Disse a raposa.

Foram ouvidos os uivos e latidos do buraco, logo destampado pelos lobos furiosos.

Todos, menos a raposa, subiram em uma árvore. Foi aonde o sangue manchou praticamente todo o tecido do vestido de Kalene que cobria desde o joelho até os pés, em uma linha quase reta. Ela sentiu um desconforto, mas não disse nada.

Logo, os lobos começaram a interrogar a raposa, machucando-a um pouco. A raposa disse aos lobos que os humanos fugiram para o norte, fazendo-os soltar o pobre animal.

Todos desceram da árvore. Kalene finalmente sentiu o joelho doer, por conta do machucado. Fizeram uma fogueira e a Sra. Castor limpou os ferimentos da raposa, enquanto Lúcia se ofereceu para limpar o machucado de Kalene.

–Nossa. Está bem feio. Dói muito? - Perguntou Lúcia, passando um pano molhado quente no joelho de Kalene.

–Não, não dói tanto. Apenas sangra muito. Obrigada por limpá-lo pra mim, Lúcia. - Disse Kalene com um sorriso.

–De nada! Afinal, somos amigas agora, não somos? - Perguntou Lúcia.

–Sim, claro que somos! - Respondeu Kalene.

Quando a Sra. Castor terminou, a raposa se despediu deles.

–Vai partir? - Perguntou Lúcia.

–Sim, minha rainha. O próprio Aslam em pessoa me enviou para reunir mais tropas. - Disse a raposa.

–Então é verdade? Meu pai voltou mesmo? - Perguntou Kalene

–Sim, alteza. Ele é exatamente como ouvimos dizer. Será um prazer ter vocês na batalha contra a Feiticeira. - Disse a raposa.

Mencionaram a profecia outra vez. Kalene ficava irritada quando ouvia falar na profecia. O fato dela saber que seu pai retornou a Nárnia apenas para guiar os Reis e Rainhas e não por ela. Assim que a raposa se foi, eles se prepararam para dormir. Durante o sono, Kalene teve um sonho.

(Play música)

Ela corria em uma densa estrada de neve, com nada a sua frente. Usava um fino vestido branco tomara-que-caia e não sentia frio algum. Corria rumo ao horizonte, com o tempo alternando entre sol e nevasca. Durante a nevasca, ela abria a boca para pegar alguns flocos de neve. Até que de repente, se formou uma neblina que rapidamente sumiu. Quando deu por si, estava no castelo da Feiticeira Branca. Ao longe, avistou Edmundo, o garoto que tanto a encantou quanto se encantou por ela. Ele usava a mesma roupa de quando se conheceram.

Ela sorriu e correu ao seu encontro. Ele a abraçou fortemente. Ela falava coisas como "você está vivo!" e "achei que nunca mais te veria". E ele, a soltando disse que jamais morreria enquanto o coração dela batesse. Eles podiam mal se conhecer, mas Kalene tinha certeza. Ela estava apaixonada por Edmundo. Quando estavam a ponto de trocarem o primeiro beijo, a Feiticeira apareceu atrás de Edmundo e perfurou-lhe a barriga com uma espada, arrancando muito sangue do moreno. Kalene teve uma primeira imagem da Feiticeira na cabeça, o que foi o suficiente para odiá-la. Edmundo desaparece na neve, junto com o castelo da Feiticeira. As duas estão em um penhasco agora. Travam uma rápida batalha, antes da Feiticeira jogar Kalene no abismo, rumo a sua morte.

Kalene acorda assustada nesse momento, suada e com lágrimas nos olhos. Volta a dormir, abalada com o sonho que tivera com a Feiticeira e Edmundo. O que ela teria feito com Edmundo?


Continua


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu achei que esse capítulo ficou muito bom. Vocês gostaram? A música era só pra dar uma emoçãozinha, sabem? Afinal, tudo fica melhor com música.
A propósito, a atriz que faz a Kalene é a Sarah Bolger. Só pra vocês terem uma noção melhor de como ela é.
*Kaled feelings* (Kaled: Kalene e Edmundo)