As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 4
A Ida para o Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Muitos kisses de cereja pra minha amiga Lady Potter que encomendou essa super mega diva e maravilhosa capa!!! *-* Eu adorei, obrigadaaa!!!
Me deu inspiração pra postar mais um capítulo.



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Kalene ficou pasma com aquele sonho, mas não disse nada até a manhã seguinte, quando começaram a andar novamente. Enquanto andavam, a pequena Lúcia foi puxar papo com a princesa.

–Kalene, por que está tão triste? - Perguntou Lúcia.

–Ah, nada não. E pode me chamar de Kanes, se quiser. - Disse Kalene sorrindo para a menor.

–Hm, sei. Alguma coisa aconteceu, sim senhora! Pode me contar, eu sei guardar segredo. - Disse Lúcia.

–Está bem, está bem. Eu tive um sonho estranho. Mais pra um pesadelo, só que foi, ao mesmo tempo, bom. - Disse Kalene.

–Como assim, ruim e bom ao mesmo tempo? Com o que você sonhou? - Perguntou Lúcia.

–Eu sonhei com o seu irmão, Edmundo. - Ela sorriu timidamente por um instante. - Ele e eu.. bem... nós quase nos... beijamos.

–O QUÊ??? - Perguntou Lúcia, assustada.

–Ei, ei! Eu disse quase! - Rebateu Kalene.

–Hm, e o quê atrapalhou? - Perguntou Lúcia.

–Eu sei que é cruel, mas sonhei com a Feiticeira também. Ela esfaqueou o Edmundo momentos antes de eu quase beijá-lo. Então, nós estávamos em um penhasco e ela me empurrou. Eu estava caindo e antes de atingir o chão eu acordei. - Disse Kalene.

–Nossa. Que estranho! - Disse Lúcia. - Talvez seja sinal de alguma coisa.

–Será? - Espero que não. - Disse Kalene, com medo de que a Feiticeira tivesse feito alguma coisa com Edmundo.

E ela fez. Nesse exato momento, Edmundo era praticamente torturado nas masmorras de seu castelo e fora obrigado a viajar em um trenó, sem proteção alguma, morrendo de frio.

Continuaram andando até chegar ao Grande Rio.

– O Acampamento de Aslam é perto da Mesa de Pedra. - Disse o Sr. Castor. - Do outro lado do rio congelado.

–É, é sim. Mas passar por esse rio não é nada fácil. - Disse Kalene.

–O rio está congelado há 100 anos. - Disse a Sra. Castor.

–É imenso! - Disse Pedro.

–Igual ao nosso mundo. Pensou que fosse pequeno? - Disse a Sra. Castor.

–Menor. - Disse Susana com um ar irônico.

Os quatro, mais os castores, desceram a colina e continuaram a andar até o rio. O Sr. Castor os apressava, o que irritava Pedro. Ele brincou com Lúcia, dizendo que iria transformar o Sr. Castor em um chapéu, carregando a menor nas costas. Kalene não pôde deixar de rir. Até que um trenó que se aproximava ao longe os assustou. Será que era a Feiticeira?

Rapidamente correram para a floresta e se esconderam debaixo de uma pedra, esperando que o misterioso guia do trenó fosse embora.

–É melhor eu ir ver. - Disse Pedro.

–Não, eu vou. Se eu puder protegê-los da Feiticeira, eu farei. - Disse Kalene.

–Não! Não irão servir à Nárnia mortos! - Disse o Sr. Castor.

–E nem você, meu velho. - Disse a Sra. Castor, preocupada com o marido.

–Obrigado, querida. - Disse o Sr. Castor, saindo de baixo da pedra para verificar se quem estava ali era realmente a Feiticeira.

Depois de alguns minutos, o Sr. Castor os assustou colocando sua cabeça para dentro da pedra e falando:

–Saiam! Saiam! Espero que tenham sido bonzinhos, porque vocês tem visita! - Exclamou o Sr. Castor.

Pedro, Susana, Lúcia, Kalene e a Sra. Castor saíram do buraco e tiveram uma surpresa magnífica. Não era a Feiticeira, mas ninguém menos do que o Papai Noel em pessoa. Lúcia não pôde conter a expressão feliz do rosto.

–Feliz Natal, senhor. - Disse a pequena.

–Com certeza, Lúcia. Desde que vocês chegaram. - Disse o Papai Noel.

–Olha, eu aguentei muita coisa desde que cheguei aqui. Mas isso... - Disse Susana, sendo interrompida por Pedro.

–Pensamos que fosse a Feiticeira. - Disse Pedro.

–Eu sei, eu sei. Me desculpem o mau jeito, mas em minha defesa, posso dizer que dirijo um desses há mais tempo que a Feiticeira. - Disse o Papai Noel.

–Achei que não houvesse Natal em Nárnia. - Disse Susana.

–Há sim, ou melhor, havia. Eu, pessoalmente, nunca comemorei um Natal. Eu até já acreditei que o senhor não existia. - Disse Kalene.

–É verdade. Por muito tempo não houve. Mas a esperança que trouxeram, começa a enfraquecer o poder da Feiticeira. - Disse o Papai Noel. - Porém, ouso dizer que vocês vão precisar disso.

O Papai Noel retirou um grande saco de seu trenó, contendo uma coisa que deixou Lúcia ainda mais alegre.

–Presentes! - Disse Lúcia, animada.

O Papai Noel retirou do grande saco, um pequeno frasco contendo um líquido que Lúcia não conhecia e entregou a ela.

–O Suco da Flor de Fogo. Uma só gota, cura qualquer ferida. - Disse o bom velhinho, retirando um punhal em seguida. - Apesar de torcer pra que nunca use.

–Obrigada, senhor. Mas, eu seria capaz de não ter medo? - Perguntou Lúcia.

–Aposto que seria. Mas, batalhas são brigas feias. - Disse o Papai Noel.

Em seguida, ele retirou um arco com algumas flechas e o entregou a Susana.

–Susana, confie neste arco. Ele quase nunca vai errar. - Disse o Papai Noel.

–Mas não disse que, batalhas são brigas feias? - Perguntou Susana.

–Apesar de não ter problemas em se expressar, assopre isto, e aonde estiver, o auxílio virá. - Disse o Papai Noel, lhe entregando uma pequena trompa branca.

Ele se voltou para Pedro, lhe entregando uma espada e um escudo, ambos com o brasão de Aslam.

–Pedro, a hora de usar isto pode estar próxima. - Disse o Papai Noel.

–Obrigado, senhor. - Disse Pedro.

Ele, então, se voltou para Kalene, uma surpresa, pois ela achava que não iria ganhar um presente.

–Kalene. - Disse o Papai Noel, retirando do saco, uma pequena caixinha que continha um colar. - Para proteção, caso não haja mais maneiras de se defender.

Ela abriu a caixa e sorriu ao ver o amuleto. Era dourado, com uma correntinha brilhante. Continha um pingente que era o rosto exato de seu pai, Aslam.

–Sua espada. - Pediu o Papai Noel. Ela assentiu e entregou-a ao velhinho.

Alguma coisa aconteceu ali. A espada ficou maior e mais bonita, seu cabo era dourado, diferente do cabo do punhal de Lúcia e da espada de Pedro, que era vermelho. A lâmina ficou ainda mais afiada. O Papai Noel entregou a espada de volta à princesa.

–Obrigada, senhor! - Disse Kalene, sorrindo e colocando seu amuleto de proteção.

–São armas. Não brinquedos! Usem bem e com sabedoria. - Disse o Papai Noel. - Agora, eu preciso ir. O inverno está quase no fim! E tudo se acumula quando você some por 100 anos! - Disse o Papai Noel, colocando o saco de volta no trenó.

–Vida longa a Aslam! E Feliz Natal! - Disse o Papai Noel embarcando em seu trenó e indo embora. As crianças se despediram dele.

–Eu disse que ele existia! - Disse Lúcia.

–Ele disse que o inverno está quase no fim. - Disse Pedro. - Não perceberam? Chega de gelo!

Eles andaram mais um pouco até chegarem ao Grande Rio, que já estava se descongelando havia muito tempo. Eles observaram, preocupados, pensando em um jeito de atravessarem.

–Vamos atravessar, agora! - Disse Pedro.

–Os castores não fazem diques? - Perguntou Lúcia.

–Não sou tão rápido, querida. - Respondeu o Sr. Castor.

Pedro e Susana discutiram outra vez. Pedro, como sempre, dizia que Susana estava tentando bancar a esperta outra vez. Bem nessa hora, ouviram os uivos dos lobos da Feiticeira. Desceram rapidamente até a margem do rio, com o Sr. Castor se oferecendo para atravessar antes de Pedro, quebrando alguns pedaços de gelo.

–Você andou comendo fora de hora, não foi? - Perguntou a Sra. Castor.

–Ora, nunca se sabe qual vai ser a sua última refeição. Ainda mais com sua comida. - Disse o Sr. Castor.

Eles, então, tomaram coragem e atravessaram, um atrás do outro. Lúcia estava morrendo de medo e se agarrava em Pedro. Kalene, de vez em quando, afundava o pé no gelo.

–Se a mamãe soubesse disso... - Disse Susana.

–Mamãe não está aqui! - Retrucou Pedro.

Os lobos começaram a avançar cada vez mais rápido, se aproximando deles. Até que chegaram na outra margem do rio, ameaçando os castores e as crianças. O Sr. Castor tentou impedir um lobo de se aproximar e foi abocanhado por outro lobo, arrancando um grito da Sra. Castor. Pedro empunhou sua espada contra os lobos, sendo torturado psicologicamente pelo líder da alcateia. Quando o lobo líder mencionou Edmundo, Kalene rapidamente empunhou sua espada também. Susana mandou os dois abaixarem as espadas e escutar o lobo. Pedro, se vendo sem saída, mandou as meninas se segurarem nele e cravou sua espada no chão, acabando com o que restava de gelo sobre o rio.

Todos foram parar embaixo d'água. Pedro segurou firmemente sua espada, emergindo em cima de um bloco de gelo, sendo segurado por Lúcia, Susana e Kalene, que lutavam para não caírem dali.

Alcançando a margem, perceberam que Lúcia não estava ali, mas somente o seu casaco peludo. Susana se exaltou rapidamente.

–O que você fez?! - Disse, voltada para Pedro. - Lúcia! Lúcia!

–Lúcia, onde você está?! - Disse Kalene, chamando a menor.

Lúcia, de repente, apareceu perguntando por seu casaco. Pedro, Susana, Kalene e os castores sorriram aliviados.

–E eu acho que não vão mais precisar de casacos. - Disse a Sra. Castor, se referindo ao desabrochar das flores e ao derretimento do gelo.

Andaram mais um pouco, alcançando o Acampamento de Aslam, lar de Kalene durante toda a sua vida, largando seus casacos no meio do caminho. Kalene apenas retirou sua capa grossa e a levou na mão. Chegando lá, viram um acampamento repleto de tendas e centauros. Kalene já estava acostumada, mas nunca vira o acampamento sem neve.

Um centauro tocou uma trombeta, anunciando a chegada deles. Enquanto passavam no meio deles, alguns olhavam para Kalene, curvando-se e outros com um olhar de reprovação, devido ao fato dela ter fugido do acampamento. Olhavam para Susana também e ela perguntou o porquê daquilo. Lúcia respondeu que eles acharam ela engraçada. A Sra. Castor não parava de endireitar seu pêlo.

Chegaram na grande tenda, a tenda de Aslam. Orieus, o líder dos centauros, fez uma breve reverência à Kalene e depois se virou para os outros. Pedro empunhou sua espada outra vez.

–Nós viemos para ver Aslam! - Disse Pedro.

Um silêncio tomou conta do local e todos se curvaram, exceto as crianças e os castores. Kalene estava ansiosa, pois nunca havia encontrado seu pai pessoalmente.

Logo, o magnífico Leão, o verdadeiro Rei de Nárnia, Aslam, saiu de sua tenda e se revelou para todos.

–Bem vindo, Pedro, filho de Adão. Bem vindas, Susana e Lúcia, filhas de Eva. Sejam bem vindos, castores. E seja bem vinda, Kalene, minha filha. - Disse Aslam.

–Olá, pai. - Disse a garota, meio tímida.

–Mas onde está o quarto humano? - Perguntou Aslam.

–Por isso viemos, senhor. - Disse Pedro. - Precisamos de ajuda.

–Nós tivemos um problema pelo caminho. - Disse Susana.

–Nosso irmão foi capturado pela Feiticeira. - Disse Pedro.

–Capturado? Como aconteceu? - Perguntou Aslam.

–Ele... os traiu, majestade. - Disse o Sr. Castor.

–Então traiu todos nós! - Disse Orieus.

–Paz, Orieus. - Disse Aslam. - Sei que existe uma explicação.

–Foi minha culpa. Fui severo com ele. - Disse Pedro.

–Senhor, ele é nosso irmão. - Disse Lúcia.

–Eu sei, querida. Mas isso torna a traição pior ainda. - Disse Aslam.

–Pai, não há nada que possamos fazer? Inocentá-lo, talvez. A culpa não foi dele! - Disse Kalene.

–Infelizmente não, querida. Será mais difícil do que pensam. - Disse Aslam.

–Entendo. - Disse Kalene.

–Agora, descansem e comam. Sei que estão cansados da viagem. Kalene, poderia vir até aqui? Quero falar com você à sós. - Disse Aslam. A menina assentiu e entrou na tenda, sendo seguida pelo pai.


Continua


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Notas finais do capítulo

Mil desculpaaaaas por não ter colocado o seu gif, Lady Potter!!! O meu pc é um verdadeiro c* e não carregou tudo! Mas ainda sim, obrigado pela capa s2 esse capítulo é dedicado a você, flor!
Kisses!