As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 18
O Naufrágio


Notas iniciais do capítulo

Hey meu povo! Aqui vai a introdução do “Peregrino da Alvorada”. Isso é antes do quadro ter inundado o quarto da Lúcia, tá? Então, os Pevensies ainda não estão nesse. Só digo que vai acontecer uma coisa ruim com a Kanes. Me baseei em Titanic, então, algumas partes podem ficar extremamente iguais.

Boa leitura!



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3 anos depois

Caspian reinou maravilhosamente em Nárnia durante três anos. Toda Nárnia já o conhecia e o respeitava. Mas ele nunca fazia um pronunciamento ou um baile, sem mencionar ou convidar Kalene. Ele sempre dava vários créditos a ela por ser a Princesa de Nárnia, e governante antes dele. Basicamente, Kalene tinha quase todos os poderes de uma rainha e era tão respeitada pelos narnianos quanto Caspian.

Um dia, 3 anos depois da partida dos Pevensies, Kalene foi solicitada para ir até as Ilhas Solitárias. Aquele era um dos poucos lugares de Nárnia que ela não conhecia direito. Só tinha ido até lá uma vez, mas já faziam muitos anos. Ela pediu um navio pequeno para ir até lá, pois iria levar apenas uma tripulação pequena de no máximo 15 ou 20 narnianos. Caspian a acompanhou até o porto.

–Tem certeza que quer ir sozinha? - Perguntou Caspian. - Eu posso ir com você, se quiser.

–Claro que não. Nárnia precisa de um governante enquanto eu estiver fora. Seu lugar é aqui. - Respondeu Kalene.

–Mas de qualquer maneira eu estou saindo em cinco dias para, você sabe, aquela missão. - Disse Caspian.

–Naquele seu navio novo, o Peregrino da Alvorada? - Perguntou Kalene.

–Isso mesmo. E a primeira parada é nas Ilhas Solitárias... - Respondeu Caspian.

–Então, nos encontraremos lá. - Disse Kalene.

Caspian a abraçou amigavelmente, mas os dois se sentiram vazios ao mesmo tempo. Enquanto abraçava Kalene, Caspian se lembrou de Susana e de como a abraçou da última vez que a viu. Kalene se lembrou de Edmundo e de como sentia falta dele. Mas ele estava no mundo dele e seria egoísta da parte dela desejar que ele voltasse só pra ficar com ela. Caspian soltou Kalene.

–Sente muita falta dela? - Perguntou Kalene, que já sabia dos sentimentos de Caspian por Susana.

–O quanto você sente falta do Edmundo? - Kalene abaixou a cabeça. - É assim que eu sinto falta dela. - Caspian abaixou a cabeça também.

–Ela também gostava de você. - Disse Kalene. - Ela me contou praticamente tudo.

–Quando? - Caspian riu. - Você andava grudada no Ed o tempo todo!

–Engraçadinho. - Rebateu Kalene.

–Vê se toma cuidado lá. - Disse Caspian. - Não quero que minha melhor amiga seja sequestrada e torturada.

–Ah, deixe de ser paranoico! Não vai acontecer nada comigo. - Disse Kalene.

Kalene terminou de embarcar a tripulação e suas coisas em seu navio, e em seguida, subiu a bordo. Ela usava outro de seus vários vestidos brancos. Este era com detalhes em preto e de mangas compridas. Uma coisa incomum, pois quase todos os vestidos de Kalene eram de alças, ou tinham mangas curtas. Os cabelos estavam presos em um coque desfiado.

http://www.firstfoo.com/celtic-wedding-dresses/classical-medieval-renaissance-elvish-wedding-dress-by-frockfollies/ (Esse é o vestido dela. Só desculpem pela imagem estar grande...)

Kalene acenou para Caspian enquanto seu navio zarpava. Quando já estava longe o suficiente para não conseguir ver nem uma pontinha do amigo, ela seguiu para perto do leme, onde dava as ordens aos tripulantes de para onde deveriam manobrar o leme e içar as velas. Era estranho ela ser a única usando saia ali, mas enquanto pudesse, ela recusaria usar roupas masculinas. E aquele vestido era muito confortável.

Ela seguiu viagem para as Ilhas Solitárias durante quatro dias. Na noite do quarto para o quinto dia, ela enfrentou uma complicação muito desagradável.

–Princesa Kalene! Nós temos um problema! - Gritou um narniano que estava na torre de vigia.

–O que aconteceu? - Perguntou Kalene, que veio correndo da cabine, mas perdeu a fala quando olhou pra frente.

O que ela viu foi uma rocha gigantesca que, mesmo ao longe, bloqueava o caminho. Já era tarde demais para virar o leme, mas isso não impediu os narnianos de tentarem mudar a direção. Foi muito tarde. A rocha praticamente esmagou a parte da frente do navio e fez um buraco em baixo, onde começou a inundar os compartimentos de controle e as cabines.

Eles não tinham botes, pois acharam que uma viagem até as Ilhas Solitárias não seria perigosa. Todos os narnianos, junto com Kalene, tentavam fazer o navio parar de afundar. Mas foi em vão. Em uma hora, o navio já estava no fundo do mar. Os narnianos e a Princesa lutavam para conseguir ficar acima da água. Tiveram que se apoiar em alguns destroços da parte quebrada do navio. Kalene congelava de frio naquela água extremamente gelada, mas não deixou que sua tripulação a visse chorar. Ela simplesmente ajudou os narnianos a ficarem acima da água quase o tempo todo, esgotando suas próprias energias. Alguns narnianos não resistiram ao frio e sucumbiram.

O dia amanheceu e Kalene, junto com os narnianos restantes, ainda estavam ali. Pensando em um jeito de saírem dali. Kalene estava desidratada e fraca. Ela mal conseguia se manter apoiada no pedaço de madeira depois daquela noite horrível. E ver aquelas pessoas morrerem daquele jeito foi demais para ela. Já tinha passado por isso na época dos telmarinos, não queria passar por isso outra vez. Mas dessa vez, a culpa era dela. Foi então que a primeira lágrima caiu do seu olho.

Então, a esperança dos narnianos brotou quando viram um navio se aproximando depressa. Kalene estava tão fraca que achou que aquilo fosse uma alucinação. Até que ela foi envolta em dois braços que lhe eram familiares.

–Kanes? Kanes acorde! - A voz de Caspian lhe chamava.

Ela abriu os olhos devagar, mas não conseguia responder a Caspian, devido a fraqueza em que ela se encontrava.

–Resgatem os outros narnianos e levem a Princesa Kalene para o navio! - Ordenou Caspian, aos homens que mergulharam com ele.

–Você vai ficar bem, Kanes. - Disse Caspian.

–Caspian? - Sussurrou Kalene, de modo que ele quase não ouviu. - Rocha. Navio. Afundou. - Ela delirava devido ao tempo que ficou à deriva.

–Descanse. Depois você me conta. - Disse Caspian, entregando Kalene para alguns de seus tripulantes, que a levaram a bordo.

Depois de resgatar os sobreviventes, Caspian e seus homens retornaram ao navio. Ele colocou Kalene, ainda um pouco úmida, na cama em sua cabine. Ela descansou durante duas horas. Quando acordou, quase não teve forças para levantar, mas era preciso. Ela saiu da cabine, procurando por Caspian, quando ele a avistou, do outro lado do navio e foi ao seu encontro.

–Kanes, ainda bem que você acordou. - Disse Caspian.

–Os narnianos. Você os resgatou? - Perguntou Kalene.

–Sim, a maioria deles. Alguns já estavam mortos. - Disse Caspian, com pesar. - Me siga, aqui não é um bom lugar pra falar disso.

Caspian a levou até a cabine onde ficavam mapas, armas normais e as armas dos Pevensies e fechou a porta.

–Por que eu faço tudo errado? - Perguntou Kalene. - Quando eu tento fazer alguma coisa, toda vez, dá errado. Só que dessa vez a culpa foi minha!

–Não fale assim, a culpa não foi sua. De acordo com os mapas, para aquela rocha estar ali, deveria ter se formado a muitos anos. Mas, navegadores nunca a viram ali. Alguém muito forte e poderoso a colocou no mar. Como um iceberg. - Disse Caspian.

–A culpa continua sendo minha. Eu coloquei aqueles narnianos no meu navio. A responsabilidade é minha! - Kalene começou a chorar. - Como vou ser rainha se nem consigo manter meu povo a salvo?

–Não chore. Também estou triste por eles, mas isso acontece. As pessoas morrem de alguma maneira um dia. - Disse Caspian, tentando consolar Kalene.

–Só o que me mantém calma é saber que eles estão em algum lugar melhor agora. - Disse Kalene.

–Exatamente. Mas agora, temos que continuar nossas missões. Afinal, você ainda tem negócios a tratar nas Ilhas Solitárias, não tem? - Perguntou Caspian.

–Tenho sim. Mas parece tão insignificante agora. - Respondeu Kalene.

–Pense no resto de Nárnia. Eles irão estar esperando a Princesa deles retornar a salvo. E não irão gostar se ela voltar deprimida. - Disse Caspian.

–Tem razão. Eu tenho que me manter forte. Por Nárnia. - Disse Kalene.

–É assim que se fala! Aslam iria se orgulhar se estivesse aqui. - Disse Caspian.

–Meu pai sempre some sem avisar ninguém. É capaz de nunca mais voltarmos a vê-lo. - Disse Kalene.

–Ou talvez sim. Além daquela missão, eu quero ir ao País de Aslam. Ele talvez pode estar lá. - Disse Caspian.

–Caspian, o País de Aslam não é para nós. Pelo menos ainda não. - Disse Kalene.

Caspian mal deu ouvidos a ela. Ele queria ver o País de Aslam por ele mesmo. E além disso, queria encontrar seu pai. Quando se trata de família, o assunto é mais delicado.

Kalene navegou com Caspian durante aquela tarde e conheceu a tripulação dele. Naquele meio, estava o ratinho Ripchip, que gostava tanto dela quanto ela dele. Ela perguntou a Caspian como ele havia chegado ali tão rápido. Ele respondeu que o Peregrino da Alvorada era o navio mais veloz de Nárnia, e que saiu um dia antes, por preocupação. Estavam conversando sobre algumas coisas, quando o vigia avistou três corpos ao mar. Kalene se inclinou para ver e seu coração, imediatamente, encheu de alegria.


Continua


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Notas finais do capítulo

Ficou dramático demais? Ou está faltando drama? Sei lá... depois de escrever esse capítulo inteiro escutando “Warrior” da Demi Lovato, foi isso o que saiu da minha cabeça rsrsrs. E pela juba de Aslam, não comecem a shippar Kalespian, porque eles são só amigos! E não dá nem pra rolar um Luspian, se não, como é que eu ia explicar aquela parte da Lilliandil?? Lispian eu deixo vocês shipparem, isso pode. Mas o eterno shipp aqui sempre será Kaled :3 :3 (ou Suspian, depende da pessoa)

Kisses :3