As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 19
Mais Três Tripulantes á Bordo


Notas iniciais do capítulo

Heey meus leitores! Bateu uma inspiraçãozinha agora no meio da tarde e aproveitei pra postar outro capítulo. E eu admito, eu amo o começo do terceiro filme!! Não sei porque, mas eu amo *-*

Preciso de uma ajudinha... eu queria fazer tipo, um vídeo romântico da Kanes com o Ed, e com duas músicas, representando os sentimentos de um pelo outro, como se fosse um P.O.V. Eu já tenho uma música para representar o Ed, é a “Breathless” do Shayne Ward. Agora, eu preciso de uma para a Kanes... e aconteceu que as gurias daqui me mandaram 500 sugestões! Eu tive que escolher três entre várias...

A primeira é uma sugestão da (diva, maravilhosa *-*) Sofia Veras: Rouge – Um Anjo Veio Me Falar (eu não curto muito músicas em português, mas esta até que é boa...) As outras duas foram das minhas amigas daqui mesmo (elas vão arrancar meu couro se eu mencionar que são a... JÁ PAREI LARGA ESSA FACA!!!): Kelly Clarkson – Anytime (essa tem muito a ver com os sentimentos da Kanes, é linda.) e Shania Twain – From This Moment On (pensem nessa tipo, quando a Kanes e o Ed estiverem juntos na Nárnia Verdadeira... é um sonho :3)

Boa Leitura!



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Fazem 3 anos, desde que os Pevensies voltaram para casa. Pedro foi morar com o Prof. Kirke na mansão dele. Susana foi viajar para os Estados Unidos com seus pais. Edmundo e Lúcia estavam sendo torturados, tendo que morar na casa de seus tios, onde tinham que aguentar seu insuportável primo: Eustáquio Clarêncio Mísero. Um garoto arrogante e mimado que só reclamava da vida e incomodava os primos.

Tinha dias em que Lúcia e Edmundo queriam voltar para Nárnia, somente por um tempo, só para relaxar. Ed, é claro, estava morrendo de saudades de Kalene. Ele sonhava com ela quase toda noite, e isso foi alvo das piadinhas de Eustáquio durante uma dessas noites.

–Sonhando com sua namorada imaginária de novo? - Perguntou Eustáquio.

–Se disser que ela é imaginária outra vez, eu esmago você! - Respondeu Edmundo, fazendo um soco com uma das mãos.

Eustáquio, apesar de ser arrogante, tinha um pouco de medo de Ed às vezes. E essa foi uma das vezes. No dia seguinte, depois da tentativa fracassada de Ed de se alistar no exército e de terem lido uma carta de Susana, Lúcia estava com o irmão no quarto, observando um quadro que lembrava muito Nárnia.

–Era uma vez, órfãos desocupados, que acreditavam em Nárnia e contos de livros empoeirados. - Disse Eustáquio, entrando no quarto.

Lúcia e Edmundo ignoraram Eustáquio, mas só por enquanto.

–Além de um deles acreditar que tem uma namorada imaginária feia com um nome ridículo. - Zombou Eustáquio.

–Agora você apanha, seu ordinário! - Exclamou Edmundo indo para cima dele.

Lúcia teve que segurá-lo.

–Não sabe bater?! - Perguntou Edmundo.

–A casa é minha! Entro onde eu quiser! São só convidados. - Respondeu Eustáquio.

Se Eustáquio insultasse Kalene mais uma vez, Lúcia não conseguiria conter Edmundo. Em vez disso, Eustáquio continuou a insultar os primos por acreditarem em Nárnia. Ele chegou ao ponto de chamar Lúcia e Edmundo de fardos. Foi quando Edmundo explodiu de raiva, e Lúcia não pôde segurá-lo.

Foi quando o quadro na parede de Lúcia, que continha um barco navegando no mar, começou a vazar. Literalmente vazar. Em poucos segundos, o quarto de Lúcia já teria se transformado em um oceano. O mar de Nárnia, pra ficar mais claro. Dos três, Eustáquio era quem mais surtava e gritava. Eles quase foram atropelados por um navio, que passava por ali. Para a surpresa deles, Caspian estava naquele navio.Ele e alguns de seus homens mergulharam no mar para salvá-los.

–Caspian! - Exclamou Lúcia, ao ver que quem lhe tirava do mar era Caspian. - Edmundo, é o Caspian!

–Estamos em Nárnia? - Perguntou Edmundo.

–Sim, estão em Nárnia. - Respondeu Caspian.

–Eu não quero ir! Eu quero voltar pra Inglaterra! Eu vou voltar pra Inglaterra! - Surtou Eustáquio.

No navio, Kalene se inclinou para observar o resgate e ficou muito feliz ao ver quem estava ali. Ficou tão feliz que quase se esqueceu de seu naufrágio. Quase esqueceu.

Quando Caspian subiu com Lúcia, e Lúcia viu Kalene, foi correndo abraçar a amiga. Obviamente, Kalene ficou encharcada.

–Kanes! Eu não acredito! - Disse Lúcia, eufórica.

–Lúcia! Que bom que está aqui! - Disse Kalene, quase no mesmo tom que Lúcia. - Mas espera aí, cadê o... - Ela perdeu a fala novamente.

Quando Kalene viu Edmundo, seu coração disparou mais ainda. Mesmo molhado, ele correu na direção dela e a abraçou fortemente, ensopando-a mais ainda. Quando se soltaram, não perderam tempo em matar a saudade com um beijo. Um daqueles de perder a respiração. Demorou até que os dois se separassem.

–Eu senti sua falta. - Disse Edmundo.

–Eu também senti a sua. - Disse Kalene. - Eu te amo.

–Também te amo. - Disse Edmundo.

Caspian chamou Edmundo e lhe estendeu uma toalha, fazendo com que ele se separasse de Kanes.

–É um prazer ver você! - Disse Edmundo.

–O prazer é meu. Foi mal por ter interrompido, mas vocês vão ter tempo de sobra. - Brincou Caspian, dando uma risadinha.

–Você não chamou a gente? - Perguntou Lúcia.

–Não. Não dessa vez. - Respondeu Caspian.

–Bom, mas seja qual for o caso é um prazer estar aqui. - Disse Edmundo.

Ao longe, ouviram Eustáquio gritar e viram que Ripchip estava fazendo um procedimento de respiração em Eustáquio. Kalene arregalou os olhos quando viu Eustáquio se esperneando no chão. Ela se assustou tanto que saiu de perto.

–Tira esse bicho de perto de mim! - Gritou Eustáquio, jogando Ripchip longe.

–Ripchip! - Chamou Lúcia.

–Oh, majestades! - Disse Ripchip, fazendo uma reverência.

–Oi, Ripchip! - Disse Edmundo. - É um prazer.

–O prazer é todo meu senhor, mas primeiro, o que fazer com esse intruso histérico? - Perguntou Ripchip.

–Quem é ele? - Perguntou Kalene.

–Nosso primo, Eustáquio. - Respondeu Lúcia.

–Esse rato gigantesco quase arranhou a minha cara toda! - Gritou Eustáquio.

–Eu só tentei tirar a água dos seus pulmões, rapazinho. - Retrucou Ripchip.

Eustáquio continuou surtando até desmaiar depois de ver um minotauro frente a frente. Caspian pediu que cuidassem dele e seguiu de volta até aonde estavam Edmundo, Kalene e Lúcia.

–Homens, vejam nossos náufragos. Edmundo, o Justo e Lúcia, a Destemida. - Disse Caspian. - Grandes Rei e Rainha de Nárnia.

Todos os narnianos se reverenciaram. Algum tempo depois, Lúcia e Edmundo tiveram que trocar de roupa, pois aquelas que estavam usando estavam encharcadas. Caspian sugeriu que Kalene se trocasse também, pois aqueles abraços molhados a ensoparam totalmente. Ela relutou no começo, mas aderiu às roupas masculinas, embora tenha achado que ficou muito estranha. Fez uma trança no cabelo, para dar um ar feminino naquele visual. Eustáquio se recusou a trocar de roupa.

Mais tarde, Caspian, Kalene, Edmundo e Lúcia entraram na cabine dos mapas e das armas. A primeira coisa que Lúcia viu foi o rosto de Aslam em uma das paredes.

–Aslam. - Disse Lúcia, se virando e notando o arco de Susana. - Olha! O arco da Susana com as flechas!

Caspian tirou uma caixinha do armário e entregou para Lúcia.

–Lúcia. - Chamou Caspian.

–Meu elixir de cura! E o punhal. - Disse Lúcia, fazendo a intenção de pegar os objetos. - Ah, posso?

–É claro. - Disse Caspian. - Eles são seus.

Eddie notou a espada de seu irmão ali guardada.

–A espada do Pedro. - Disse Edmundo.

–É. Cuidei dela, como prometi. - Disse Caspian, estendendo-a para Edmundo. - Pode usar, se quiser.

–Não, não, é sua. O Pedro deu pra você. - Disse Edmundo.

Kalene deu uma risadinha leve, mas foi o suficiente para que Eddie a ouvisse.

–Do que você riu? - Perguntou Edmundo.

–Você é o Justo mesmo, né? - Ironizou Kalene.

Edmundo não disse nada, apenas riu também. Ele foi chamado por Caspian novamente.

–Ei, Edmundo. Eu guardei uma coisa pra você. - Disse Caspian, lhe entregando sua lanterna.

–Obrigado! - Disse Edmundo, acendendo a lanterna para checar se ainda funcionava.

Mais tarde, Caspian chamou Drinian, um dos marinheiros e capitão do navio para explicar a Ed e Lúcia o que havia acontecido em Nárnia durante três anos. Ele pegou um dos mapas e começou a apontar para os lugares.

–Desde que se foram, os gigantes do norte se renderam de vez. Depois derrotamos os exércitos de Calormânia no grande deserto. A paz reina em toda Nárnia. - Disse Caspian.

–Paz? - Perguntou Edmundo.

–É, mas em várias dessas batalhas, eu tive que proteger a sua retaguarda, não é, Caspian? - Ironizou Kalene.

–Muito engraçado, Kanes. Muito engraçado. - Disse Caspian. - Mas isso foi em apenas três anos.

–E já encontrou uma rainha pra você nesses três anos? - Perguntou Lúcia, com um olhar suspeito.

–Não. Nenhuma se compara à sua irmã. - Respondeu Caspian. - Embora pareça que seu irmão já encontrou a dele. - Caspian riu.

–Caspian! - Disse Kalene, vermelha como um pimentão.

–Peraí, mas se não há guerras, nem ninguém em perigo, por que estamos aqui? - Perguntou Edmundo.

–É uma boa pergunta, estou me perguntando a mesma coisa. - Disse Caspian.

–Se estão aqui é por um bom motivo. - Disse Kalene. - Toda vez que eles aparecem por aqui, meu pai também aparece. Vamos perguntar se o encontrarmos.

–Kalene está certa. Mas vamos ver. - Disse Caspian.

Caspian também explicou para eles sobre a missão tão importante. Era sobre os sete fidalgos de Telmar. Lordes que eram caçados por Miraz e que tiveram que fugir para as Ilhas Solitárias. Caspian disse que eles eram os melhores amigos de seu pai. Kalene também tinha uma missão nas Ilhas Solitárias, que envolvia desaparecimento de pessoas. Depois do acidente com a rocha, ela começou a suspeitar da missão, pois foram os habitantes das Ilhas Solitárias que solicitaram a presença dela lá.

–O que fica a Leste das Ilhas Solitárias? - Perguntou Lúcia.

–Águas não mapeadas. Lugares que mal dão pra imaginar. - Respondeu Drinian. - Há contos de serpentes marinhas e bichos piores.

–Serpentes marinhas? - Perguntou Edmundo, meio intrigado com a história.

–Pois bem, capitão. Chega de suas histórias. - Disse Caspian, dando uma mordida em uma maçã.

Mais tarde, Lúcia subiu na proa do navio e encontrou Ripchip cantando uma melodia que foi feita para ele. Enquanto os dois conversavam, Kalene estava mais embaixo, observando as ondas e sentiu braços a abraçarem por trás.

–Aquilo que você disse lá dentro foi verdade? - Perguntou Edmundo.

–Qual parte? - Perguntou Kalene.

–A parte em que você teve que proteger o Caspian nas batalhas. - Respondeu Edmundo, rindo.

–É, foi verdade sim. - Respondeu Kalene, rindo também. - A maioria delas.

–Ainda tá zangada comigo? - Perguntou Edmundo.

–Eu estou sempre zangada com você! - Respondeu Kalene, com aquele olhar irônico. - E se eu descobrir que você sequer olhou pra outra garota no seu mundo, eu vou te dar uma surra!

–Que outra garota? - Perguntou Edmundo, a virando e beijando sua testa.

–Hm, acho bom hein. Porque eu recusei dois pedidos de casamento enquanto você esteve fora! - Respondeu Kalene.

–Recuse todos que não forem os meus. - Disse Edmundo, fazendo-a desanimar. - Eu disse algo errado?

–Não, é que... eu sei que você não vai ficar aqui pra sempre. Nunca nos casaremos, eu já me conformei. - Disse Kalene, cabisbaixa.

–Nunca diga nunca. Você pode estar enganada. - Disse Edmundo.

(N/A: Não sou belieber. Juro que não sou! Pra mim, a frase "Nunca diga nunca" é de uma música da banda The Fray.)

Kalene ouviu Lúcia a chamar e correu para cima da proa.

–Olhe que lindas! - Disse Lúcia, apontando para as sereias que nadavam no mar.

–São lindas mesmo! - Concordou Kalene, acenando para as sereias que acenaram de volta.

Mais tarde, Caspian desafiou Edmundo para um duelo de espadas, e acabou que os dois empataram.

–Ficou mais forte, meu amigo. - Disse Caspian.

–É, é o que parece. - Respondeu Edmundo.

Quando todos voltaram a seus postos, um tripulante ofereceu um copo d'água para Eddie, que aceitou e sentou ao lado de Kanes e Lúcia, dando um leve selinho na Princesa.

–Edmundo, será que se a gente for de barco até o fim do mundo, a gente... cai pela beirada? - Perguntou Lúcia.

–Relaxa Lúcia. A gente está muito longe de lá. - Respondeu Eddie.

Eustáquio subiu no convés e tornou a ofender os primos.

–Já vi que ainda estão falando besteira, vocês dois. - Disse Eustáquio. - Quem é você? - Perguntou para Kalene, mas Edmundo a impediu de responder.

–Ela é a garota que eu amo, e com a qual eu sonho todas as noites. Aquela que você teve a coragem de jogar na minha cara que é imaginária! - Respondeu Edmundo.

Assim que Eustáquio notou que ela era a "namorada imaginária" de Edmundo, ficou com vergonha e sentou mais afastado. Ficou com mais vergonha ainda por ter chamado ela de feia, vendo agora que estava completamente enganado.

–Me desculpe por isso. - Disse Eddie para Kanes.

–Tudo bem. Há muito tempo que eu não ligo pra ofensas. - Respondeu Kanes.

Quando Ripchip apareceu e começou a discutir com Eustáquio, que disse que era inteligente, Edmundo engasgou com a água e Lúcia começou a rir. Eustáquio começou a ofender Caspian, que esbarrou nele sem querer. E ficou ali, insultando os dois até um dos vigias avistar um pequeno pedaço de terra.

–Terra á vista! - Gritou o vigia.


Continua


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Notas finais do capítulo

Cara, esse eu suei pra escrever. Gostaram do reencontro da Kanes e do Eddie? A única coisa que tá me irritando é o Eustáquio, sinceramente. Acho que vou fazer a Kanes dar um soco nele... MWHAHAAAHAAAAA!!!!!! Agora eu vou bolar o meu plano do mal para dominar o mundo!

Kisses :3