As Crônicas De Nárnia - A Filha De Aslam escrita por ChaniMoon


Capítulo 14
Invocação Fracassada


Notas iniciais do capítulo

Galera, esse é o último capítulo da semana... é que eu estou indo viajar de novo e não vou postar por um tempinho. Por isso hoje eu estou postando dois no mesmo dia, de novo.

Ahh, momentos Kaled nesse capítulo *-* :3 Eu quero botar uma música romântica de tema para eles. Se alguém tem alguma sugestão, eu estou aceitando :)

Espero que vocês gostem, boa leitura!



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Depois do massacre no castelo Telmarino, Kalene ficou triste e se afastou do resto do grupo. Ela subiu a construção em volta da Mesa de Pedra e ficou lá por um tempo, pensando. Claro que não demoraria para Edmundo dar falta dela e ir atrás.

–Por que está sozinha? - Perguntou Edmundo, se sentando ao lado dela.

–Eu perdi outro exército. Fui tola em achar que os derrotaríamos dessa vez. - Respondeu Kalene.

–É, mas dessa vez a culpa não foi sua. Foi das "rainhas frescas" lá embaixo, conhecidas como Pedro e Caspian. - Brincou Edmundo, fazendo a Princesa rir.

–É verdade, esses dois nunca vão se entender. Se isso acontecer vai demorar. - Disse Kalene.

–Ahá! Você riu. Isso quer dizer que não está mais zangada comigo! - Disse Edmundo apontando para ela.

–Se enganou, eu ainda estou zangada com você! - Respondeu Kalene, dando um tapinha no ombro dele.

–Quer saber? Toda vez que você disser que está zangada comigo, eu vou entender como um "eu te amo"! - Disse Edmundo.

Kalene misturou seu olhar sarcástico com o fuzilante novamente, só que dessa vez com as bochechas vermelhas.

–Você é mesmo uma peste! - Disse Kalene, quase jogando Edmundo de lá de cima.

–E você fica linda zangada, Bela Adormecida. - Disse Edmundo, beijando a testa da garota.

Houve o silêncio de novo, não aquele silêncio constrangedor, mas o silêncio preocupante.

–Não vai ser fácil. Daqui a pouco seremos massacrados por telmarinos. - Disse Kalene.

–Sou capaz de matar o exército inteiro deles se algum machucar você. - Disse Edmundo.

–Não fale assim! Lembra que ainda esta noite nós quase morremos naquela torre? - Disse Kalene, com um olhar reprovador.

–Faria outra vez, se fosse pra te manter segura. - Disse Ed.

–Eu nunca pedi pra ser protegida. Nem pra você e nem pra ninguém. Eu morreria sem pensar duas vezes pra salvar o meu povo. Eu os devia estar protegendo, não eles a mim. - Falou Kalene, cabisbaixa.

–Você está falando como uma rainha. - Disse Ed.

–Bem, tive que agir como uma por 1.300 anos, não é? Força do hábito. - Respondeu Kalene.

Os dois sentiram um leve tremor na fortaleza e acharam melhor descer para ver o que aconteceu. Lá embaixo, estavam Pedro, Susana, Lúcia, Caça-Trufas e Trumpkin.

–O que aconteceu? Que tremor foi esse? - Perguntou Kalene.

–Caspian está lá dentro. - Disse Susana.

–E está com Nikabrik. - Disse Caça-Trufas.

–Vamos lá agora! - Disse Pedro, empunhando sua espada.

Eddie e Kanes fizeram o mesmo. Lúcia e Trumpkin apanharam seus punhais e eles entraram na sala da Mesa.

–Parem! - Gritou Pedro.

Lá dentro, estavam Nikabrik, que segurava a mão de Caspian, sangrando. Uma criatura horrorosa, que parecia um lobo, só que mais feio. Uma criatura com cara de alguma ave que ninguém conseguia distinguir o que era. E a pior de todas, na frente da figura de Aslam, envolta em gelo, estava a Feiticeira Branca, ou só seu espírito. Eles estavam fazendo um ritual para trazê-la de volta a vida.

Pedro avançou na criatura com cara de ave. O lobo avançou em Kanes, mas Eddie interviu, lutando com a criatura. Kanes recuperou a espada (que havia caído no chão) e o ajudou a enfrentar o lobo, mas este a empurrou, fazendo com que ela batesse a cabeça e desmaiasse. Ed enfurecido matou o lobo com um golpe no joelho. Trumpkin avançou em Nikabrik, mas este o dominou e Lúcia correu para ajudá-lo, mas Nikabrik foi mais forte e torceu o braço da menina. Quando Nikabrik estava a ponto de matar Lúcia, Trumpkin enfiou seu punhal em Nikabrik, matando-o.

Pedro correu para tirar Caspian do transe, jogando-o para o lado. Mas ele entrou no círculo da Feiticeira e estava vulnerável.

–Fique longe dele! - Ordenou Pedro.

–Pedro, querido. Que saudade. - Disse a Feiticeira, hipnotizando Pedro. - Venha, só uma gota. Sabe que não consegue sozinho.

Pedro estava a ponto de ceder seu sangue para que ela voltasse, quando alguma coisa a perfurou bem na barriga. Era Edmundo, que havia golpeado a Feiticeira, fazendo com que todo o gelo se espatifasse.

–Eu sei. Você estava ganhando. - Disse Edmundo, se lembrando que no dia em que chegaram em Nárnia, antes de chegarem, Pedro havia se envolvido numa briga e que ele estava lá para ajudar o irmão. Contudo, Pedro apenas disse que estava ganhando em vez de agradecê-lo.

Lúcia notou Kalene desmaiada no canto e viu um pouco de sangue manchando o vestido na região da fíbula esquerda. A garota foi até a Princesa e tentou acordá-la.

–Kanes? Kanes, acorda! - Pediu Lúcia.

Aos poucos, Kalene ia abrindo os olhos e se levantando. Edmundo, mesmo chateado com Pedro e de cabeça quente, foi ao encontro da Princesa.

–Tá vendo porque eu não deixo você sozinha nas lutas? - Perguntou Edmundo, naquele mesmo tom de preocupação de Pedro, um ano atrás.

–Engraçadinho. - Disse Kalene, tentando se levantar, mas não conseguiu. - Ai!

–Tá tudo bem? Eu vi sangue! - Disse Lúcia.

Kalene levantou o vestido até o joelho e viu que sua perna estava quebrada e o osso estava quase pra fora. Ela respirou fundo, tomou coragem e CREC! Só se pôde ouvir o som dela gritando de dor depois de colocar o osso no lugar. Lúcia pegou seu elixir e ofereceu a Kalene.

–Não desperdice comigo. - Disse Kalene, em meio a dor.

–Bebe logo! - Disse Lúcia, enfiando algumas gotas na goela de Kanes à força.

Em alguns segundos, a perna dela já estava completamente normal. Eddie a abraçou como nunca a havia abraçado antes. Lúcia sentiu-se uma vela humana e saiu de perto.

–Nunca mais faça isso! - Disse Ed.

–Eu não vou. Eu prometo. - Disse Kanes.

–Consegue andar? - Perguntou Ed.

–Acho que sim. - Respondeu Kanes.

Ele a levantou e ela apoiou seu braço nele, o que mais parecia que ela estava abraçando ele. Aos poucos ela conseguia andar normal e os dois foram embora.

Pedro continuava ali, sentado, olhando para a imagem de Aslam, quase do mesmo jeito que Kalene olhava no dia anterior. Lúcia se aproximou do irmão e sentou ao lado dele.

–Tem sorte, sabia? - Disse Pedro.

–Como assim? - Perguntou Lúcia.

–De tê-lo visto. - Disse Pedro. - Eu só queria que ele tivesse me dado algum tipo de prova.

–Talvez nós é que tenhamos que dar alguma prova. - Disse Lúcia, levantando o humor do irmão.

Edmundo e Kalene se aproximaram dos dois.

–Pedro. É melhor vir logo. - Chamou Edmundo.

Os quatro se juntaram a Caspian em uma das aberturas da fortaleza, que dava para ver muita coisa ao longe. E o que eles avistaram foram os telmarinos chegando, com suas armas e catapultas. E não eram poucos.

Eles não tinham mais escolha. Já era hora de Aslam retornar. E como Lúcia era a única que tinha visto Aslam desde que eles voltaram, decidiram manda Lúcia para achá-lo. Embora Lúcia achasse que Kalene deveria ir junto, afinal Aslam era o pai dela. Pedro concordou.

–Com mil bombas! É o seu próximo grande plano? Mandar duas meninas até a parte mais escura da floresta sozinhas?! - Perguntou Trumpkin, preocupado.

–É a nossa única chance! - Disse Pedro.

–E elas não estarão sozinhas. - Disse Susana.

–Mesmo se estivéssemos, eu sei me cuidar muito bem. - Disse Kalene.

–É, nós sabemos disso, né Sra. Perna Quebrada! - Disse Edmundo, levando um tapa na cabeça de novo.

–Cala a boca, Edmundo! - Disse Kalene.

–Já não morreram muitos de nós? - Perguntou Trumpkin.

–Nikabrik era meu amigo também. - Disse Caça-Trufas, lamentando a morte de Nikabrik. - Mas perdeu a esperança. A Rainha Lúcia não, e muito menos eu.

–Por Aslam! - Disse Ripchip, empunhando sua pequena espada.

–Por Aslam! - Repetiu um urso.

–Então eu vou com você. - Disse Trumpkin.

–Não, precisamos de você aqui. - Disse Lúcia. - E além disso, Kanes e Susana estarão comigo.

–Eu ainda não acho uma boa ideia você ir. - Disse Edmundo para Kalene.

–Eu vou ficar bem, eu juro. Devia estar mais preocupado com sua irmã. - Disse Kalene.

–Temos que segurá-los até Lúcia, Kalene e Susana voltarem. - Disse Pedro.

–Com licença. - Disse Caspian. - Miraz pode ser um tirano assassino, mas como rei, está sujeito as tradições e expectativas de seus súditos. Existe uma em particular que pode nos dar algum tempo.

Caspian falava sobre uma proposta de duelo. Se Pedro desafiasse Miraz para um duelo, não perceberiam Lúcia, Kalene e Susana indo para a floresta, pois toda a atenção estaria voltada para o duelo. Pedro escreveu um pergaminho e Edmundo tomou a liberdade de ir ao acampamento telmarino para desafiar Miraz em nome do irmão. Apesar das preocupações de Kalene, ele não teve problemas lá, ou quase não teve.

Enquanto isso, na Mesa de Pedra, Lúcia, Kalene e Susana se preparavam para partir.


Continua


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Notas finais do capítulo

Hahaaa! Peguei vocês! A parte Suspian só no próximo! Gostaram da parte Kaled? Deixem reviews :)
Kisses