Você Merece Ser Feliz escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 19
Chuva de Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Olááááááaáá flores do meu jardim! Super mega feliz com a recomendação da Rafaela Uzumaki. Muito obrigada flor pela recomendação e palavras.
Boa leitura...



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Pov Narrador

– O seu advogado quer vê-lo coronel. - Edward observou o policial entrar em seu quarto. Estava detido há três dias na sede do FBI.

Graças a alta patente ficou num quarto muito bem acomodado ao invés de uma cela fria e úmida.

Mais o que queria mesmo era sair dali. E pensar que o único telefonema que tinha direito, gastou com a besta de Emmet, pensou.

Assim que o encontrasse ia ter uma conversa seria com o irmão.

Tratou de calçar as botas porque ainda para piorar continuava com as mesmas roupas de que quando foi preso. O macacão da fabrica.

Mas isso também era outro ponto a ser discutido com a besta do irmão.

Ao passar pela porta com toda imponência que seus quase dois metros permitiam, visualizou pelo canto do olho o guarda se esquivar como se esperasse ser agredido por ele.

Tinha que confessar que não se lembrava de ter agredido os agentes como diziam as acusações que o mantiveram preso ali.

Edward além de por muito pouco quase ter matado Sam, atingiu dois agentes que tentavam separá-lo do quase finado Uley.

Estreitou os olhos encarando o guardinha de merda que ficou parado sem saber como conduzir o coronel para a sala do advogado.

– Como é que é, homem?- rosnou com sua característica voz grave e seca - Não tenho o tempo todo!- o guarda passou logo na frente para leva-lo ao seu destino.

Subiram as escadas que separavam os aposentos dos detidos de alta patente ao corredor principal. Pararam na terceira porta de aço. O guarda então abriu a porta dando passagem ao coronel do corpo de bombeiros.

Edward deu uma rápida olhada na sala onde havia uma mesa com quatro cadeiras e onde seus dois irmãos estavam sentados. Sobre a mesa, uma sacola plástica transparente onde Edward reconheceu suas roupas no seu interior.

Erick se levantou indo até o irmão para um abraço de macho, mas Edward muito mais rápido pegou a sacola acertando a cabeça de cada um dos irmãos.

– Emmet e Erick, suas duas antas, porque demoraram tanto para me tirar daqui?

– Hey a culpa não foi minha. - respondeu Erick não se importando com o humor de lascar do irmão, abraçando-o.- Emmet só me disse ontem a noite que você estava preso.

Edward fuzilou o irmão mais velho com os olhos.

– Tive que resolver outros detalhes- Emmet levantou as mãos massageando o lugar que recebeu o golpe - Como a papelada para o pedido de prisão do Uley, levar Alice para casa e claro, pedir desculpas ao Peeta por você ter quebrado a cara dos agentes dele.

– E por falar nisso, - Erick abriu sua pasta retirando papeis para Edward assinar. - esplêndida surra que deu no calhorda. Parabéns!- apertou a mão do irmão que quase sorriu. Quase.

Ainda não tinha muito humor para comemorar.

Em seu coração machucado, congelado, sentia que nunca mais iria sorrir; que nunca mais viveria sem sua Isabella.

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Durante o voo de volta, Emmet e Erick inteiraram o irmão de tudo que ocorrera nesses três dias. Sam ainda estava internado e contava agora com forte vigilância até ser transferido para Seattle. Soube que com a prisão do Uley, o meio politico estava em polvorosa, principalmente o governador Denali, que tinha não só o rabo, mas o corpo todo preso a Sam.

Alice já estava na fazenda com a mãe, mas logo viriam para a capital onde ela poderia ser atendida por psicólogos especializados em casos como o dela.

– Erick. - Edward o chamou. Estavam com o carro já chegando aos portões da fazenda Masen- Gostaria de lhe pedir um favor.

Erick olhou então para o irmão que fitava pela janela do carro o gramado verdinho, diferente da ultima vez em que estivera ali, com o chão coberto pela neve.

– Diga. - voltou a olhar a estrada. Já estava anoitecendo e apesar da chuva o dia inteiro, a noite prometia ser quente e abafada.

– Gostaria que me ajudasse a entrar com o pedido de adoção de Reneesme - Erick sorriu feliz com a decisão do irmão. Ele era muito sozinho e tudo pelo que passara, cuidar da menina seria como uma meta de vida para ele.

Ao contrário do irmão, Emmet sentado no banco de trás, murmurou algo que não foi ouvido por eles. Sentia-se feliz por Edward é claro, embora Isabella ainda estivesse viva e com toda aquela documentação falsa a respeito delas duas. É... realmente talvez fosse melhor para elas que Edward legalizasse isso, pensou. Só restava agora rezar para Isabella recobrar a memoria.

Quando entraram em casa, todos os outros irmãos e esposas estavam na sala. A mãe que desde o sequestro de Alice vivia com os olhos inchados e vermelhos, finalmente trazia um discreto, porem presente, sorriso nos lábios.

– Ah graças à Deus que todos meus filhos estão em casa agora! - Esme abraçou-os deixando Edward por ultimo, num abraço mais demorado. Ele então deu um breve aceno para todos na sala.

Emmet correu em direção da esposa. Ela tinha os pés sobre a mesinha do centro. Mesmo ainda no inicio da gravidez Rosie já estava com os pés muito inchados.

Emmet havia falado com a mãe que deixaria Edward alguns dias detido porque achava mais seguro para o próprio irmão, que tinha um gênio de lascar. Esme ficou receosa mais como o irmão prometeu que ele estaria seguro, deixou.

–Estão com fome?- perguntou acariciando o rosto do filho.

– Morrendo!- respondeu James do outro lado da sala abocanhando um petisco.

–Não seja mal educado meu filho, além do que sua barriga está cheia de salgadinhos. – ralhou Esme – Eu estava falando com seus irmãos que fizeram uma longa viagem.

–Agora que os queridinhos chegaram, a mamãe vai nos deixar de lado. – disse Antonny com a cabeça no colo da noiva, Clhoe. – Esme revirou os olhos para os faniquitos dos filhos.

– Sabem muito bem que eu sempre estou aqui, vocês é que nunca vem me ver.

– A senhora sabe que eu não posso mamãe. - respondeu Alec vindo com um prato repleto de sanduiches da cozinha - Se não vou ter que pagar multa ao time.

– Eu sei meu filho. – fez um cafuné no caçula- Você é diferente.

– Quando chegou pequeno?- perguntou Erick ao irmão mais novo enquanto sentava-se no já lotado sofá.Um apelido que não tinha nada haver com ele que embora fosse o caçula era o maior de todos ali. Emmet massageava os pés de Rosalie.

– Hoje de manhã.- respondeu tentando tirar a bandeja das mãos sedentas dos irmãos.- Hey caras, não vão comer tudo.- fez um bico com os braços bem no alto equilibrando os últimos sanduiches.

Edward assistia a tudo aquilo calado e Esme maravilhada olhava seus filhos. Parecia que todo o pesadelo havia chegado ao fim.

Ele então segurou a mão da mãe e tratou de puxá-la em direção ao primeiro lugar vago que surgiu no sofá, enquanto os irmãos se digladiavam pelos sanduiches.

– E Alice, como está?- Esme tentou sorrir mais suas mãos se tornaram tremulas o que fez Edward se chutar por tocar num assunto tão delicado quando finalmente a mãe parecia mais tranquila. Ela então o olhou com seus olhos marejados.

– Ela está descansando no quarto. Jasper está com ela. Ainda não falou...- uma lagrima escapou dos seus olhos e ela tratou logo de limpá-la para que os outros filhos não vissem - E nem eu vou força-la a falar. Quando ela estiver pronta...

–É claro mãe, ninguém irá força-la a nada. - passou braço no ombro da mãe. - O que importa é que ela está em casa aqui e segura ao nosso lado. E a minha bonequinha, como está?- tratou de mudar de assunto, pois não queria mais ver a mãe sofrendo.

–Nessie é incrível! Ela é muito esperta e ao mesmo tempo tão doce!- derreteu-se Esme. - Sabia que ela pergunta todos os dias por você? Eu não sei não Edward. Como vai fazer para explicar para ela sobre a mãe?

Um vinco de preocupação surgiu na testa de Edward. Ele queria desde o inicio contar para ela sobre Bella, mas Emmet insistira para esperar. Que ele mesmo falaria.

E agora depois de tanto tempo, talvez fosse o momento de conversar com Nessie.

– Eu falarei com ela.- disse já se levantado

–Não, espere. – a mãe o segurou - Depois do jantar, ela também está com Jasper e Alice no quarto. - Edward voltou a se acomodar ao lado dela.

– Senhora Esme, o jantar está pronto. - Maria anunciou.

– Até que enfim! -James e Alec gritaram, correndo para a sala de jantar.

– Vamos. – estendeu a mão para a mãe seguindo os famintos irmãos.

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Embora tudo o que acontecia, a noite estava sendo aparentemente agradável. Clhoe havia ido ao quarto de Rosalie para ver algumas roupinhas de bebê que ganharam. Alguns irmãos que ainda não tinham falado com Emmet, queriam saber a que ponto andava o caso Uley.

– Eu não quero nem saber Emmet! – bradou James - A surra que Edward deu nele foi muito pouco perto do que queremos fazer.

– Será que de uma vez por todas vocês poderiam deixar isso comigo! – o irmão mais velho tentava convencê-los a deixar o caso com a policia.

– Não quero vê-los metidos nisso!- Esme esbravejou pegando a bandeja com a sopa para Alice. Por algum motivo todos os irmãos se calaram ao ouvirem a voz brava da matriarca da família - E tenho dito!

Assim que saiu de vista, os irmãos começaram a discutir novamente.

– Não acredito! Simples assim. – foi a vez de Mike falar.

– Deixar que a lei se ocupe daquele pilantra? – indagou Alec - Logo depois ele vai ser solto. Já que as provas não foram suficientes.

– Não são suficientes?- Dessa vez foi Edward que perguntou e em sua voz havia verdadeira fúria.

– Ainda não está certo isso. – explicou Emmet – O advogado dele alega que as provas podem ter sido implantadas, mas isso não vai acontecer. Ele não vai conseguir fugir.

– Mas e Alice? Ela estava sendo mantida em cárcere privado na fabrica. - voltou a retrucar Edward já irritadiço.

– Ele pode alegar que um de seus funcionários fez isso – respondeu Erick com o tom profissional de advogado – Apesar do laudo constatar que houve estupro, o teste do esperma não detectou que são de Sam. Se Alice não depor, não poderemos usar nada. Até mesmo porque talvez ela estivesse vendada quando ocorreu. - lamentou o irmão - Parece que a única coisa que realmente comprovaria o envolvimento concreto de Sam, seria um tal cd que Emmet está procurando.

– Tudo o que ele fez nossa irmã passar. - Anttony andava de um lado para outro – Ele vai ter que pagar!

–Sem falar na morte de Isabella. – expressou Mike.

– A minha mãe morreu?

Todos os rostos voltaram em direção as escadas. Jasper estava já nos últimos degraus com Nessie no colo.

– Nessie...- Edward chamou indo de encontro a menina que se sacudia para que Jasper a soltasse.

–Tio Mike... seu mentiroso!- gritou com a voz trêmula. Correu em direção ao tio dando o mais forte empurrão que suas pequenas mãos permitiam.

– Renesme vem cá com o tio. - Antonny chamou. Tentou segurá-la mais os pequenos olhinhos disparavam pela sala onde todos os adultos a olhavam com verdadeira pena.

E nessa hora ela teve certeza. Sua mãe estava morta.

Emmet se sentia o pior dos homens e precisava de alguma forma consertar esse erro, pensou em seu filho gerado no ventre da esposa e de como ele não gostaria de ver o filho passar por isso. Mas por hora não teria o que fazer. Precisava continuar.

–Edward... os olhos dela caíram sobre seu herói. Ele se ajoelhou para que ficassem quase da mesma altura. Segurou suas mãozinhas delicadas e pequeninas. - Você prometeu que iria trazer minha mãe de volta – seu nariz pequenino estava muito vermelho. As lagrimas já desciam abundantes por seu rostinho. - Fala pro tio Mike que ele é mentiroso.- pediu.

Edward só se sentiu assim sem chão quando perdeu sua Bella e agora estava em igual estado. Não sabia o que fazer para consolar sua princesinha.

– A minha mãe não morreu nada!- soluçava e agora o choro era algo desesperador - Ela esta viajando! – Fala Edward... fala pra eles. -As lagrimas começaram a rolar pelo rosto da menina.

Edward então a pegou no colo se sentindo um incompetente. Queria conversar com ela sim, só que comais calma.

– Ah minha querida.- a abraçou apertado saindo da, agora silenciosa, sala.

– Não morreu..não morreu nada...- Nessie dizia entre os soluços. Edward caminhou com ela até chegar na varanda e se sentou no banco em frente da casa.

– Reneesme eu sinto muito meu amor.- tentou afastar o rosto da menina que estava enterrado em seu pescoço. - Eu queria...

– Não. Você prometeu...a minha... mamãezinha...- chorava.

Edward então parou de falar. Apenas continuou abraçado a sua garotinha esperando que ao chorar, a dor diminuísse e ela o escutasse.

Esme apareceu olhando-os pela vidraça e fez um gesto perguntando se ele queria que ela conversasse com a menina. Edward negou. Já se sentia pai da menina e teria que encontrar um jeito de falar com ela.

Alguns minutos se passaram e Edward viu que Nessie não chorava tão intensamente quanto antes. Ela então encostou a cabeça no ombro dele, soltando um suspiro longo e profundo. Aquele de que quando chora-se muito e intensamente.

A noite estava quente e sem nuvens, deixando o céu estrelado. Uma lagrima solitária rolou pelos olhos de Edward. Sabia como doía esse machucado que se abriu no peito de Nessie. O dele mesmo ainda doía muito e agora ele apenas estava tentando se acostumar a essa ferida.

Viver não seria mais possível para ele mais talvez por Nessie ele conseguisse, um dia de cada vez.

–Sabe princesa. – afastou um pouco o rosto da menina para que olhasse em seus olhos. Nessie fez um bico trêmulo e as lagrimas começaram a cair- Shhh... Nessie me escute. Sua mãe não iria querer ver você chorando assim. Olhe para mim- segurou seu rostinho. Tentou usar a voz mais suave que tinha. - Ela foi lá para o céu junto com as estrelas e sabe por que? Porque as pessoas como ela são anjos que vem a Terra nos ajudar. Ela era um anjo que veio para trazer você para mim.

–Você não precisa de mim...- soltou outro suspiro - eu nem trabalho – explicou a menina.

–É tem razão. – sorriu sem humor - mais não foi isso que eu falei. Eu preciso de alguém para eu cuidar e sua mãe veio trazer você para mim. Para que eu cuide de você e você cuide de mim.

– Eu quero minha mãe. – voltou a chorar. Mais desta vez o choro era mais contido.

– Eu sei meu amor. –queria também chorar com ela e dizer que ele também a queria ali com eles, mais isso não era mais possível – Isso quer dizer que não me quer?

–Quero você e minha mãe. - seus bracinhos enlaçaram seu pescoço.

– Eu sei meu amor e juro que se pudesse seria diferente. Mais o que posso te prometer é que essa dor vai passar. – alisou os cachinhos da menina -Isso eu prometo. Continuaram então em silencio sendo acalentado apenas com o som da noite como grilos e outros bichos da fazenda.

–Você quer ser meu pai? – Nessie quebrou o silencio perguntando de forma tão natural que o pegou de surpresa. Ele não pode conter o sorriso de tanta felicidade. - Agora não tenho mãe e preciso de um pai.

– Sim meu amor, eu fico muito feliz se me deixar ser seu pai. – encheu a filha de beijos. Esse seria o próximo passo a falar com a menina e como sempre Nessie já estava passos a frente - Está vendo aquela estrela bem brilhante? – apontou – A mais brilhante de todas?

– Sim. É a mamãe?- Edward sentiu um nó na garganta e naquela noite quente e estrelada era como se os dois fossem as únicas pessoas na fazenda.

Mesmo que já fosse um homem velho demais para que acreditar nesses contos sentia que sua Bella onde quer que estivesse, estaria olhando com os incríveis olhos azuis e um sorriso enorme, sabendo que agora ele e Nessie cuidariam um do outro.

– Sim. - beijou o cabelo dela – é a nossa Bella.

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– E ai mano, fala sério. Eu tô lindão!- Jacob exclamou rodopiando para que Edward o visse por todos os ângulos na suntuosa farda de gala.

Edward como padrinho de casamento e amigo havia ido se arrumar na casa de Jacob para dar alguns conselhos sobre a vida à dois. Não que tivesse experiência nessa área, mais afinal de contas era isso o que um padrinho fazia ou não era?

– É Jacob e se não andar logo com essa porra a noiva é que vai ter que ficar esperando!- rosnou para o amigo que já estava acostumado com o modo de homem das cavernas de Edward.

Pegou sua luva branca e colocou. Agora ele estava pronto. Calça preta e paletó branco com botões transversais e insígnias presas ao peito estufado de tanta felicidade que mal cabia em si.

Edward, como um dos oficiais, vestia-se a caráter. Sua calça e paletó grafites combinavam com a luva. As poderosas insígnias penduradas em seu peito e também nos ombros onde se lia “Equipe de Combatentes - Corpo de Bombeiros”. Ajeitou a espada presa na cintura e pela décima vez soltou um suspiro exasperado de tanto que não aguentava mais esperar o amigo se deslumbrar em frente ao espelho.

– Porra homem, de uma vez por todas, vamos logo!

Jacob sorriu dando mais uma borrifada de perfume no cangote.

– Vamos meu amigo. – sorriu empurrando Edward porta a fora. Sabia que isso tudo deveria estar sendo muito difícil para ele, embora não demonstrasse. Chegou a pedir para Leah que adiasse o casamento até que Edward se sentisse melhor. Não abria mão de ter o amigo como padrinho de seu casamento.

Quando chegaram, a igreja estava completamente lotada. Além dos familiares e amigos, estavam já a guarda de núpcias, formada por homens de sua equipe dentre outros militares.

Todos impecavelmente vestidos em suas fardas. Imponentes mas nenhum deles, nem mesmo o noivo, conseguia ser mais atraente que Edward.

Que com toda a sua imponência, dono de extrema beleza e sensualidade, arrancava suspiros das mulheres que passavam por ele.Edward aguardava de pé na porta da igreja, a chegada de sua mãe, irmã e agora, oficialmente, filha.

Elas viriam com Mike da fazenda.Alice havia pedido que continuassem por lá por mais algum tempo. A principio Edward gostou da ideia, pois assim teria tempo para arrumar o quarto de Nessie; mas agora com tudo pronto, não via a hora de ter sua pequena em casa.

Colocou o quepe sobre a cabeça e seus olhos assumiram um ar enigmático.

Assim que viu o carro de Mike encostar do outro lado da calçada e de lá viu sua garotinha num bufante vestido branco de daminha, deu um dos seus raros sorrisos tortos. Uma mulher que passava em frente a ele na hora quase caiu de cara no chão. Sendo amparada pelo companheiro que lançou um olhar de presta atenção onde pisa.

Assim que acomodou a família, Edward assumiu sua posição ao lado de Jacob. Repousou sua mão no punho da espada esperando logo a hora que acabaria a cerimonia.

Na hora da saída dos noivos, Edward encabeçou a fileira composta por 24 homens de seu batalhão, sendo distribuídos doze de cada lado ao longo do comprido corredor da igreja.

– Espadas ao alto! - ordenou sendo seguido pela guarda. Rígidos em sua postura levantaram suas espadas formando o arco onde Jacob e Leah, muito sorridentes, passaram e pela primeira vez em muito tempo, Edward permitiu sonhar de que ali seriam ele e Isabella.

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– Rose, ele logo vai chegar!- disse Alice tirando o celular das mãos da cunhada. Emmet a trouxera até o salão e saiu logo em seguida dizendo que resolveria um problema e voltaria para pegá-la. Jasper também não pode comparecer. Tinha ido numa viajem de negócios com o pai. Alice ainda não parecia àquela jovem cheia de vida que sempre fora, mas estava melhorando a cada dia. Até mesmo em alguns momentos os irmãos conseguiam fazê-la sorrir.

Ao chegarem ao salão. Edward os conduziu até a mesa onde uma plaquinha preta com escrita prateada indicava Masen e família.

O salão era bem grande tendo dois ambientes com as mesas para os convidados e pista de dança. O jardim ladeando todo o exterior. As mesas também muito bem ornamentadas eram servidas por garçons além de uma mesa na parede lateral com vários petiscos e frutas.

– Paisinho lindo, olha. – Reneesme apontou para um lugar atrás de Edward enquanto ele enfiava um docinho na boca. Nos dias seguinte à conversa que tiveram sobre a morte de Bella, a menina havia pedido para lhe chamar de pai e claro que ele só faltou morrer de orgulho.

– O quê meu bem? – perguntou limpando a boca. Ela então segurou seu rosto entre as pequenas mãozinhas e foi virando em direção ao que tanto chamava sua atenção.

Um gigantesco pula- pula e mais uma dezena de brinquedos montados do lado de fora no jardim, atraia varias crianças que corriam com os pais para o local. Havia uma equipe já preparada para atender os baixinhos. Os cuidadores usavam mascaras de diversos animais como leões, onças, girafas, borboletas dentre outros bichinhos. Uma verdadeira fauna montada bem ali.

– Por favor deixa eu ir...por favor deixa, deixa, deixa...- perguntava Nessie juntando as mãozinhas.

– Daqui a pouco. Beba pelo menos um pouco de suco. – o tempo estava muito quente e ele não queria ver sua menina desidratada. Pediu então para o garçom que passava para trazer um copo de suco.

– De novo Rose? - Alice pegou o celular e guardou na bolsa. - Eu não vou mais te devolver.

– Eu sei Alice, mas eu fico preocupada. Não consigo evitar.

– Mas deveria. Você veio para se divertir!- ralhou Alice com a cunhada. - Tem que parar com essa paranoia.

– Não se preocupe Rose.-Edward interviu ao ver a cunhada nervosa. O garçon se aproximou trazendo um suco de morango para a menina. - Emmet é chefe de policia de Seattle agora, e como cidade grande tem mais problemas para resolver.- as duas moças trocaram um olhar silencioso.

– Meninas, eu vi esse olhar. – disse Mike – O que significa? – Nessa hora uma garçonete se aproximou oferecendo champagne, o que roubou toda sua atenção – Quer saber? Vou dar uma volta.- dizendo isso sumiu atrás da moça.

Pov Edward

– O que está acontecendo?- perguntou minha mãe. Alice abaixou a cabeça na mesa levantando as mãos em sinal de paz.

– Tudo bem. Eu vou falar Esme, embora eu saiba que não vai acreditar. – Rose então começou a chorar deixando minha mãe e eu preocupados. Somente Alice soltou um bufo impaciente. – Emmet está me traindo!

Minha mãe e eu soltamos um risinho.

– Meu bem, isso é impossível. Emmet a ama. – minha mãe disse mais relaxada agora se encostando à cadeira.

– Com certeza Rose. Meu irmão lambe o chão que você pisa.- falei num tom brincalhão.

– Pronto, acabei.- Nessie bateu o copo na mesa – Agora posso ir? – fez um bico e apertou os olhinhos.

– Deixa que eu te levo! – Alice quase deu um pulo da cadeira. – Vem com a titia. – correram em direção aos brinquedos. Com certeza queria fugir dos hormônios descontrolados da cunhada.

– Ah é? Então acham que eu estou inventando? Deixa eu ver... – tirou um envelope da bolsa. – Aqui está! – mostrou-nos a fatura do cartão de credito.

– O quê meu bem? – perguntou minha mãe segurando o papel.

– Esme no ultimo mês seu filho alugou um apart hotel. Veja, aqui estão as despesas gastas que vão desde o aluguel até refeições e compras gastas nas lojas. Lojas femininas! – explicou detalhando a fatura.

– E ele não comprou para você? - perguntei o mais obvio. Talvez os hormônios da gravidez, tenham feito Rose surtar.

– Claro que não Edward. Nem para mim e nem para Alice, que eu já perguntei. – disse envergonhada - Eu mal tenho visto meu marido estas duas ultimas semanas. Ele sempre está preso aqui em Seatle e.... veja tem mais...- fungou. Minha mãe me olhou preocupada. - Aqui...gastos na farmácia! – disse como se fosse uma grande descoberta. Nós olhamos atônitos para ela. – Absorventes. Ele comprou absorventes! – olhou para minha mãe.

– Não adianta me olhar. – minha mãe balançou um dedo negando – Eu já passei dessa fase.

Acabou arrancando uma risada minha. Logo elas me lançaram um olhar de cale-se e comecei a encarar meu copo vazio.

– Mesmo assim Rose; já conversou com ele?

– Já Esme mais ele sempre foge do assunto. É evasivo, e ...- parou de falar chamando nossa atenção. Olhava para o lado dos brinquedos. – Aquele não é o Emmet?

– Sim, é ele.- minha mãe colocou os óculos para ver melhor.

– E quem é aquela loura com ele?- acabei também me virando para a mulher que chamou a atenção das duas. De longe não dava para notar nada de diferente.

A moça usava calça e blusa largas. Igual dos outros cuidadores de crianças que estavam lá. Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo. Ela estava de costas para gente e Emmet de traje social, falava algo com ela. Alice estava do outro lado ajudando Nessie num escorrega e não os viu. Emmet olhou então para elas e voltou a falar com a moça. Levou a mão ao rosto dela ajeitando a mascara. Ela então se virou de lado e vimos que sua mascara era de gata.

Isso foi a gota dágua para que Rosalie quicasse no lugar que estava.

– Eu vou lá!- Minha mãe segurou seu braço.

– Pense no seu bebê. Não se exalte.- ralhou minha mãe mas Rose já estava muito vermelha.- Ele só está conversando. Pode ser só uma amiga.

– Amiga Esme?- Rose perguntou incrédula e indignada.

Eu só olhava aquilo tudo sem entender o que elas estavam vendo demais.

– Edward, vá chamar o Emmet!- minha mãe mandou.

– Fique calma Rose, ele já está vindo. – apontei em direção a porta e Emmet vinha um pouco... afobado? – se ele realmente estivesse aprontando alguma com Rose ele ia se ver comigo.

– Meu amor, tive um contra tempo.- aproximou beijando Rose que virou o rosto.- O que foi? – sussurrou.

Ele então desviou o olhar para gente sentindo a tensão no ar.

– Que caras são essas?

– Por que demorou tanto?- indagou Rose puta da vida.

– Já disse, problemas. – desconversou. Se abaixou dando um beijo em sua barriga. – Onde está Nessie? – sentou-se ao lado da esposa fazendo carinho em suas costas.

– Alice está com ela nos brinquedos. – Não entendi o porquê da pergunta se ele havia visto as duas. Talvez quisesse distrair Rose. Quando olhei para lá, Alice falava no celular e Nessie... Onde estava?

Levantei-me num átimo a procurando e foi quando a achei. Estava no colo da moça loura, motivo da discussão com Emmet. Ela estava com Nessie no colo rodopiando e as duas sorriam muito. Na verdade, Nessie estava gargalhando como há muito não via.

– Não é Edward?- Emmet falava comigo mais não prestei atenção.

– Não é o que?- perguntei ainda de olho em Nessie.

– O julgamento do Uley, foi antecipado para amanhã a tarde. Erick não te ligou?

E ouvir aquele nome do maldito foi o suficiente para que toda minha atenção voltasse para a mesa. Minha mãe e Rose já não estavam mais lá. Deviam ter ido ao banheiro.

– Não. Erick não me ligou. – voltei-me a sentar - Então será amanhã?

– Amanhã, de tarde. – Emmet sorriu como se lembrasse de algo. Ele agora tinha os olhos em direção à moça loura e Nessie. – E ele vai ter uma grande surpresa. – afirmou e agora o seu sorriso era ainda maior.

Comecei a sentir que algo muito estranho estava acontecendo. Como se as peças do quebra cabeça não estivessem se encaixando. Qual seria a surpresa que Emmet teria para Sam Uley? Teria achado o tal cd? Sabia que tinha o tal sigilo de informações, que por causa do meu gênio, Emmet e Erick me deixaram totalmente de fora de tudo relacionado ao caso do Sam, mas porra, o que Emmet saberia?

– Pai! Pai! – Nessie correu em minha direção, chorando. Mas ela sorria ao mesmo tempo em que chorava.

– Eu vou ver Rosalie. – avisou Emmet saindo em direção aos banheiros.

– O que aconteceu Nessie? Você caiu?- perguntei já preocupado olhando seus braços e pernas- O que houve? – perguntei para Alice que vinha correndo atrás com o celular na mão.

– Não sei. – respondeu sem fôlego – Eu estava falando com Jasper quando a vi... passou igual uma flecha por mim e vim atrás.

– A minha estrela pai...a minha estrela voltou. – dizia enquanto enxugava suas lagrimas.

– Estrela? Que estrela Nessie? – a sentei em minha frente olhando para seu rostinho.

– Eu não posso falar...-sorriu e nessa hora como se pudesse ter ouvido um estalo, meu cérebro começou a trabalhar numa velocidade alarmante. As batidas do meu coração tornaram-se frenéticas.

– Fique com ela Alice. – falei já correndo em direção aos brinquedos. Ela não estava mais lá. A moça loura havia sumido. Corri em direção a saída e vi alguns carros a frente, Emmet entrar em um deles, já se afastando.

Meu carro estava na garagem do salão, no subsolo e não daria tempo. Dei um assovio alto para um taxi que passava do outro lado.

– Rápido. Vá naquela direção. – pedi ou melhor, ordenei para o senhor que me olhou de olhos arregalados, já imaginando que por eu estar de farda, deveria se tratar de algum atentado terrorista.

Bem antes de um cruzamento, consegui ver um carro parecido ao que Emmet dirigia.

Só esperava que fosse o mesmo.

Rodamos por cerca de vinte minutos até um dos bairros mais importantes de Seattle.

Próximo à delegacia.

As palavras de Rose ecoaram em minha cabeça. O seguimos até uma rua fechada, parando no quinto prédio. O taxi não pôde prosseguir. Ele entrou na garagem e ainda assim ficamos ali parados por mais quinze minutos e então o carro saiu. Estávamos parados do outro lado, mas assim que o carro passou, com o vidro um pouco abaixado, pude ver Emmet.

Bingo!

Faltava ainda algum tempo para anoitecer. O prédio parecia ser tomado por seguranças e câmeras de vigilância. Na verdade toda a rua estava assim. O que eu tentasse fazer para entrar, provavelmente as câmeras filmariam.

Era quase certo que eu estivesse louco. Isso seria impossível ! Embora uma parte minha, bem pequena quisesse acreditar no milagre. Mais e se não fosse? Talvez fosse realmente uma amante que Emmet tivesse.

Esperei mais algum tempo quando notei que o funcionário de uma loja atrás da rua estava fechando. Paguei o taxi e desci.

Caminhei até a loja e dei a volta por trás. Essas lojas teriam uma saída de incêndio e logo localizei. A porta estava trancada mais depois de alguns empurrões, arrebentou a fechadura. Quando cheguei ao terraço pude visualizar os demais prédios. Eram praticamente encostados um no outro, com apenas três andares cada, só que mais alto. Não foi difícil escalar, já que treinamos isso no quartel e antes que percebesse já estava no quinto prédio.

Com olhos atentos percebi a presença de quatro policiais a paisana do lado de fora, talvez seguranças dos prédios e sabe-se lá quanto mais teriam só do lado de dentro.

Um carrinho de limpeza enferrujado estava jogado ali. Mas para me passar por faxineiro de calça social e gravata, seria difícil. Tirei meu paletó, jogando em qualquer canto, rasguei a bainha da calça e a blusa, tirei as mangas. Assanhei os cabelos passando o gel que ficou em minhas mãos nas roupas.

Segurei o carrinho que estava cheio de agua da chuva e comecei a descer as escadas.

Nesses apart-hoteis, era um apartamento por andar. Teria que ir a todos. Assim que cheguei ao terceiro andar, havia um segurança falando ao celular.

Ele estava de costas e a principio não pareceu me notar até que cheguei próximo a porta e com o dedo levantado estava quase tocando a campainha.

– Hey, quem é você?- perguntou abaixando o celular – É novo aqui?

– Sim. – respondi tocando a campainha.

– Qual o seu nome? – perguntou mas nessa hora perdi a capacidade de falar. Uma voz muito doce falou atrás da porta.

Emmet o que esqueceu desta vez? – minha boca ficou seca, meu coração já não estava mais frenético, pelo contrario, acho que tinha parado de bater.

– Estou falando com você. Qual o seu nome? – continuou o segurança. Pela visão periférica vi que ele agora me apontava uma arma. Só que toda minha visão pertencia a pessoa que me encarava agora com a porta aberta.

– Você? – ela perguntou surpresa, num fio de voz.


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Notas finais do capítulo

E agora flores... quem será que Edinho viu? Algum palpite? Será que é a amante de Emmet? Cof..cof..cof.. Não sei não, mas acho que ninguém advinha. rsrsrsrsrs O Emmet também deu mole né gente? Ou será que fez de propósito já não aguentando ver o irmão e a sobrinha sofrerem? Afinal ele é delegado de policia, experiente e coisa e tal....
Quero deixar um enorme bjo pra rafinha uzumaki que recomendou a fic, me deixou imensamente feliz e louca de vontade de continuar a postar. Também quero agradecer pelo carinhos de todas as leitora que comentam me dando um enorme incentivo com as postagens. Muito obrigada a todas pelo enorme carinho, vocês são D++++++.
Espero que tenham curtido tanto quanto eu e por favor não me matem por acabar aqui, é pra ver se assim vocês, leitoras fantasmas aparecem, rsrsrsrs.
Um grande bjo em todas e até o próximo, fuiiiiiiii.