She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 36
There is still time


Notas iniciais do capítulo

Ooi!! Boa leitura!



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Domingo. Quase nove horas da noite. Eu estava na casa da Alice esperando ela voltar da viagem. O pai dela tinha acabado de sair pra ir buscá-la na rodoviária. Eu tinha chegado faz pouco tempo de um jogo ede hockey com meu pai. Com toda a certeza do mundo não viramos melhores amigos. Só vimos o jogo, conversamos sobre o resultado e voltamos pra casa. Devo dizer que foi um grande progresso, já que nem quase discutimos.

Ouvi o barulho da porta e olhei pra lá. Alice entrou junto com o pai dela. Cumprimentou a mãe e olhou pra mim sorrindo.

– Oi. - Ela disse.

– Oi.

– Hm... Vamos conversar lá fora? - Dei de ombros. Alice arrastou minha cadeira de rodas até a parte de trás da casa dela.

– Saíram muito? - Perguntei quando ela se sentou em um banquinho que tinha lá.

– Um pouco. Você ficou em casa?

– Só saí hoje. Fui num jogo com o meu pai.

– Fico feliz que vocês estejam se entendendo.

– É... - Fiquei batucando os dedos no braço da cadeira e ela quieta.

– Andy, me fala o que tá acontecendo. Você tá estranho. - Alice disse pouco tempo depois.

– Antes de ir você desligou na minha cara, eu fui acordado as três da manhã por um amiguinho seu, você ainda ficou brava comigo por ter ficado puto e ainda não sabe o que aconteceu?

– Desculpa, é que... Tá com ciúmes do Noah? - Ela perguntou com um sorriso de canto.

– Alice, não tenta mudar a situação. - O sorriso dela sumiu.

– Tá. Desculpa. Eu tava nervosa pra ir lá. Não sabia como agir quando visse a Emily. E... Não liga pro Noah. E ele nem é tão meu amigo assim. Ele só tava lá por causa da Emily. Na verdade, eu bebi pra não ter que ficar aguentando o mimimi dos dois. Andy, não é fácil pra mim voltar pra Toronto. Não porque eu já amei o Will. Mas sim por saber que foi lá que alguém deu a vida por mim. E não adianta me falar que a culpa não foi minha. Tá. Pode até não ter sido. Mas eu me sinto culpada sim. Ele morreu no meu lugar! Eu tava nervosa. Desculpa.

– Pra mim também não é fácil ver você voltando pra lá. Parece que eu tenho que te disputar com o fantasma dele.

– Pelo amor de Deus, Andrew! Eu to com você!

– Eu não falei nenhum absurdo. Eu sei que você ainda gosta dele. E não te culpo por isso.

– Eu amo você.

– Tá, mas não precisa mentir pra mim falando que esqueceu o Will porque eu sei que isso não aconteceu. - Ela mordeu o lábio e não falou mais nada. - Tá ficando tarde. Vou pra casa. Até amanhã. - Fui até a casa do meu pai. Ele tinha me dito que me daria uma carona pra casa.

– Por que essa cara? - Ele perguntou quando já estávamos a caminho.

– Alice acha que eu tenho cara de idiota. Só isso. Amanhã eu falo com ela.

(...)

– Eu só aceito sair com você se você parar de me encher o saco. - April disse e o Peter sorriu. Ainda não tinha batido o sinal.

– Então, se prepara, gata. Sexta as sete passo pra te pegar.

– Não me chama assim. - Ela disse fazendo uma careta. Ri.

– A gente pode conversar? - Ouvi a voz da Alice.

– Claro. - Respondi.

– Davis, a diretora tá te esperando junto com o treinador na sala dela. - Um menino do time veio me chamar. Olhei pra Alice.

– Vai lá. Depois a gente se fala. - Ela disse e eu assenti. Fui rodando as rodas até chegar na sala da diretora. Bati e ela falou pra eu entrar. Assim fiz.

– Bom dia, senhor Davis.

– E aí, Andrew? - Preciso identificar quem falou o que?

– Oi. Mandaram me chamar?

– Sim. Uma faculdade de Toronto entrou em contato com a gente. E uma de Vancouver também. Desculpa, Andrew. Mas foram as únicas. - O treinador disse.

– Melhor do que nenhuma. - Resmunguei.

– Eu separei a qualidade de cada uma das faculdades. Se tiver alguma dúvida, pode vim na minha sala. Só uma coisa. Os reitores das duas faculdades querem fazer uma entrevista com você. Me pediram o seu email e acho que o tem na sua ficha é o da sua mãe. Passei aquele. - A diretora disse.

– Sem problemas.

– Boa aula, Andrew.

– Obrigado. - Saí da sala com os papéis na mão. Sinceramente, foi melhor do que as minhas expectativas. Achei que teria que repetir o ano pra ir pra faculdade.

(...)

– Eu vou conversar com a Alice no intervalo. Então, você e a April vão ficar sozinhos. Peter, eu não to nem pedindo. Eu to implorando pra você parar de encher o saco da menina. - Faltavam poucos minutos pra bater o sinal pro intervalo.

– Só vamos conversar. Isso não é nada demais. - Revirei os olhos. Ele vai ficar cantando a menina que eu sei. O sinal tocou. Arrumei os meus materiais e a Alice já me esperava na porta da sala. Ela empurrou minha cadeira até o jardim.

– Eu não quero que você fique chateado comigo. - Ela disse.

– Tá tudo bem.

– Mesmo?

– Mesmo. - Tive que engolir que a culpa não era dela se ela ainda gosta do Will. Eu sei que ela ficaria chateada se eu falasse isso.

– Eu nunca menti pra você, Andrew. É sério. - Fiz que sim com a cabeça. - E... Agora tem outra coisa.

– O que? - Ela engoliu em seco.

– A coordenadora me disse na quinta que eu deveria me inscrever pra Harvard e pra Oxford. - Senti um bolo se formar no meu estômago.

– Você se inscreveu?

– Não. Eu queria falar com você primeiro.

– Isso também explica porque você estava estranha na sexta? - Ela fez que sim com a cabeça olhando pra baixo. - Se inscreve. - Alice olhou pra mim.

– Como?

– Se inscreve? Se você passar, seu futuro vai estar garantido. Pode ter certeza.

– E a gente?

– Eu quero o melhor pra você. Independente de qualquer coisa. - Ela começou a chorar na minha frente. - Não chora. Ai meu Deus. - Eu não sei o que fazer. - Mas por que você tá chorando?

– Eu não quero deixar você.

– E eu não quero que você deixe a sua vida pra viver a minha. Eu sei que eu me fodi por causa da perna e que eu não vou conseguir uma bolsa em uma faculdade foda, mas eu sei que você consegue.

– Alguma respondeu ao vídeo?

– Uma em Toronto e outra em Vancouver.

– Agora eu que não quero te perder, Andy. - Puxei ela pra mim, abraçando-a de lado.

– Você nunca vai me perder. - Sussurrei no seu ouvido e ela me beijou.

(...)

– Sem ser esse, o outro fim de semana, Andy. - Minha mãe falou.

– Em qual das faculdades?

– A de Vancouver. - Eu iria fazer a tal entrevista. Eu to nervoso. Não sou um nerd da vida. Nem tão inteligente quanto a Alice. Porra, ela pode ir pra Harvard! - Tá pensando em que?

– Eu e a Alice vamos pra cidades diferente depois que o ano letivo acabar.

– Sinto muito, querido. - Minha mãe começou a fazer carinho na minha cabeça.

– Se ela conseguir, ela vai pra Inglaterra. Ou pros Estados Unidos.

– Vocês podem tentar um namoro a distância. - Olhei pra ela.

– Acha que isso vai funcionar?

– Não custa tentar. E falta dois meses pra junho. Ainda tem tempo.

– É... Acha qual melhor? Vancouver ou Toronto?

– Pra mim, Toronto. Você vai estar mais perto. - Ri.

– Mãe...

– Tá, tá. Vancouver. Mas é pra fazer entrevista com as duas!

– Tá. Eu sei. - Minha mãe só me olhou de canto e eu ri de novo. - Mãe. - Chamei depois de um tempo. - Faz pipoca pra mim?

– Andrew, minha cozinha tá limpa.

– Por favor? Eu nunca te peço nada. Se fosse a April...

– Começou o drama. Já to indo. To fazendo já. - Sorri. April me olhou indignada do outro sofá.

– Você é um safado, Andrew. - Ela disse e eu ri.


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Notas finais do capítulo

Bom, comecei uma nova fic hoje. Link: http://fanfiction.com.br/historia/456822/Wake_me_Up/ E she will be loved já tá acabando. MAS vai ter a segunda temp, então... E bom, era pra eu ter postado mais cedo, porém, fim de i hate you + fic nova e aí não deu. Bye!