Férias Do Instituto Gore escrita por JWHFhiiii


Capítulo 4
Inacreditável Realidade


Notas iniciais do capítulo

Eu não consigo, tenho q postar mais 1 cap rs Mas agora eu vou dar uma saidinha e mais a noite eu volto e posto mais coisa.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/394865/chapter/4

Tínhamos chegado em um hotel para turistas, feito todo de madeira, passávamos agora por um corredor cheio de portas de quartos, enquanto havia do lado os arbustos e gramas do verde que cercavam o local.

Ela ia andando na frente, eu só ia atrás sem conseguir parar de olha-la e reparar seus movimentos... Quando esse efeito iria terminar? Ou no mínimo diminuir... Até que ela parou e olhou a porta de um quarto. Annabel se virou para mim dizendo muito informalmente, como se tentasse só puxar uma conversa e quebrar a tensão, que eu mal tinha percebido que se formava, mas realmente não estavamos falando nada todo o caminho até aqui.

– Esse era o quarto que eu ia ficar. – Sorriu sem graça, parecendo perceber, depois que disse, que esse não era um bom assunto.

– A culpa é toda minha Annabel... Por minha causa você teve que mudar de quarto para um com duas camas e ainda está pagando para mim...

– Me chame de Annie. – Ela se remexeu, levantando a mão até o número na porta e o arrumando pois estava torto, só como um gesto para ter onde colocar as mãos, ela parecia nervosa... – Não há outra coisa que se fazer, além de que você salvou minha vida. É o mínimo que eu posso fazer por você.

Então ela simplesmente olhou para mim lançando seu sutil, mas completamente deslumbrante sorriso e voltou a andar.

Se eu dissesse que algum dia na minha vida eu pensei que algo semelhante a isso pudesse acontecer, com certeza seria mentira.

Se eu puder te conhecer, Annie, não acho que me importaria de perder minhas coisas quantas vezes for necessário.

Eu ainda sorria, sem acreditar demais no que acontecia... Quando ela parou em frente a uma porta e a abriu com um cartão. Parou sem entrar no apartamento para se virar para mim sorrindo e dizer:

– Você deveria descançar. Espero que eles achem suas coisas em breve.

– Obrigado.

Então ela ia entrar, mas interrompi seus passos dizendo por puro impulso de não querer que nosso tempo junto terminasse, muito menos assim:

– Espera! Posso te chamar para almoçar?

Ela me olhou intrigada, inclinou o rosto levemente, então vi seus olhos brilharem com uma diversão contida que eu amei ver.

– Você por um acaso tem dinheiro? – Me perguntou, me surpreendendo com a lógica que fugia de mim em frente a ela.

Estava começando a achar que a única coisa que eu tinha certeza de ter nesse momento na sua frente, era problema para me controlar... Eu olhei para o chão pensando sobre a inevitável realidade, dinheiro? Isso nunca tinha sido um problema e estava sendo bem na pior hora...

Ela então riu e eu nunca me vi sem graça assim como estava agora. Ela parecia eu em uma versão feminina, ela era esperta e sabia brincar...

A vi olhando para seu relógio um pouco antes de me dizer:

– Está cedo. A gente podia aproveitar esse tempo antes do almoço para sair e comprar algumas roupas para você.

– Roupas? – Olhei para baixo, vendo se tinha algo de errado com a minha.

Ela só cruzou os braços ainda sorrindo divertida para mim. Seu sorriso só aumentava e eu estava realmente gostando disso. Apesar de saber que eu ainda pareci mais perdido do que em qualquer outro momento já estive.

– Ou você pretende usar essa o tempo todo, até que a polícia ache sua mala?

Eu entendi onde ela queria chegar e eu realmente não queria tirar aquele sorriso do seu rosto, então não tinha a menor intenção de discutir. Só sorri pensando que em como eu deveria estar parecendo um completo perdido na frente dela.

Fomos andar por uma feirinha de turistas, estava um sol desgraçado e eu nem estava ligando. Porém Annabel parecia estar morrendo de calor, ainda estava com seu casaquinho branco sobre sua blusa rosa, ela corria na minha frente olhando as coisas ao redor, realmente admirada e eu estava adorando ver toda aquela energia e felicidade nela, ficavam tão bem naquela garota. Ela é um tipo de pessoa que não deveria nunca deixar de sorrir, porque seu sorriso ilumina todo o resto ao redor, não precisa de mais nada além disso.

Ela conversou com um vendendor de uma banca na calçada, eu estava parado mais atrás só agradecendo aos céus por ter encontrado alguém como ela, que eu nem sequer pude me atrever a pedir algum dia que existisse.

Eu não deveria deixar uma garota assim escapar, não é? Sei lá.

Então a vi andando na minha direção, estava com dois copos com um troço azul dentro e me ofereceu um:

– Aqui! Você deve estar com sede. – Annie exclamou para mim se aproximando. Eu ainda sorria quando eu disse que não queria.

– Desculpe. Eu... Não bebo isso.

Acenou com a cabeça e sorriu por educação ao voltar-se para frente e continuar andando procurando roupas. Ela andava bebendo um daqueles negócios e carregava o outro desconfortavelmente na mão, sem sequer saber o que fazer com ele.

Merda! O que eu falei para ela? Que eu não queria aquilo? Como eu posso ser tão idiota? Ela gastou seu dinheiro comigo e agora estava toda desconfortável sem saber o que fazer com aquele outro copo que era para mim, me senti culpado pra caramba.

Me aproximei do lado dela correndo e sorri dizendo que mudei de ideia.

– Eu vou aceitar sim. Eu realmente estou com sede. – Eu disse pegando aquele copo da sua mão e seu sorriso feliz se abriu para mim. Bem melhor assim.

Por mais que vi seu olhar torto na minha direção enquanto ela soltava o copo na minha mão, me indicava que ela percebeu o que eu estava fazendo...

Annabel continuou andando apressada até as vitrines que a interessava e eu comecei a beber aquilo, que nem pareceu ter um gosto tão ruim quanto eu imaginava. Eu beberia já que era o mínimo que eu deveria fazer considerando que ela gastou seu dinheiro com isso.

Estava tocando uma música alta em uma pracinha, ela parou para ver umas estátuas que dançavam, eu comecei a fazer um passinho do robô as imitando, nos rimos e eu a puxei para dançar.

– Não, não, não. – Ela me dizia baixinho sem querer chamar atenção, quando eu já a tinha puxado para o centro da balbúrdia.

Vi seu rosto ficar vermelho progressivamente, ele parecia que fervia enquanto ela ria e eu a achava ainda mais linda naquele momento.

– Sim, sim, sim. – Eu ria também, dizendo no mesmo tom dela.

Várias pessoas dançavam por ali enquanto alguns cercavam com palmas acompanhando o ritmo da música.

Continuei a dançar tentando fazê-la girar em torno do próprio braço, até que ela chegou a arriscar uns passinhos.

– Você é boa nisso. – Eu a incentivei quando a vi se soltar um pouco mais.

– Eu sou horrível, você não devia ter feito isso. – Ela riu, parando de dançar e se afastando finalmente. Começou só a acompanhar com palmas como a plateia ao redor e eu a acompanhei parando também.

Sorri para ela então e a puxei para fora dali.

– Não era minha intenção te deixar sem graça... – Eu disse pegando a mim, bem mais sem graça do que já fiquei perto de alguém, quando saímos do meio da confusão.

– Imagina, você foi incrível! Você trabalha com isso? Artista de rua? – Ela graciosamente puxava o cabelo para trás da orelha, parecendo tentar ajeita-lo. Tive que me controlar para não toca-la.

Eu então ri e ela riu comigo logo em seguida. Era uma risada verdadeira dessa vez e completamente despreocupada. Eu queria isso. Eu queria essa garota. Eu acho que queria mesmo era Annabel para mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será q vai conseguir?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Férias Do Instituto Gore" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.