Falling Skies - Ben Mason, When Oddities Match escrita por Many Things at Once


Capítulo 2
Because we are humans


Notas iniciais do capítulo

Oi, e aqui esta mais um capitulo fresquinho recém saído do forno...
Eu queria agradecer a Saphira Potter e a Feiticeira Escarlete que me mandaram os primeiros 2 reviews da historia...
Muito obrigada meninas, e esse capitulo é dedicado a vcs...
Bjkas Marcela



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Sophomore Slump Or Comeback Of The Year (Fall Out Boy)
"Are we Growing up or just going down
Its just a matter of time
until we're all found out
Take your tears and put them on ice
'Cause I swear I'd burn this city down
just to show you the light"
Crise De Veterano Ou A Volta Do Ano (Fall Out Boy)
"Estamos crescendo ou apenas decaindo
É apenas uma questão de tempo
até que todos nós sejamos descobertos
Pegue suas lágrimas e coloque-as no gelo
Por que eu juro que eu incendiaria essa cidade
Só para lhe mostrar a luz"

Maya Stark Point Of View

Acordei com uma dor de cabeça tremenda, olhei ao redor e vi que estava em um ambiente que eu não conhecia. Eu estava em um quarto cor de rosa com bonecas Barbie por todo lado. Olhei pela janela e vi que o sol já estava se pondo. Pareceria um quarto normal se não tivesse um suporte metálico que segurava a bolsa de soro quase vazia ao meu lado e se meu outro braço não estivesse algemado na cabeceira da cama.

–Droga – xinguei baixo.

Eu havia sido pega, mas não por aliens como eu imaginei que seria um dia. Eu havia sido pega por humanos. Revistei minha memória procurando por lembranças. Eu via flashes de duas mulheres com jaleco branco injetando algo em minha perna. Procurei me lembrar antes disso, e me lembrei de tentar escapar da base, e me lembro de Machs vindo atrás de mim... E depois disso eu me lembro de levar um tiro na perna (o que foi confirmado pela dor que vinha de lá), me lembrei de alguém me pegando no colo, alguém com espinhos, alguém parecido com Grab.

“Eu tenho que sair daqui” pensei, então comecei a tentar me soltar. Me arrastei para perto da cabeceira da cama e fiz com que minha mão alcançasse meu cabelo, aonde eu guardava um grampo, para emergências como essas. Foi só então que percebi que meu cabelo estava solto e limpo, ou seja, sem sinal do grampo.

–Merda – xinguei novamente.

Foi quando uma mulher entrou pela porta, ela estava com uma bolsa de soro nova já que a minha estava quase acabando.

–Bom dia- disse ela.

–Onde eu estou? – perguntei.

–Não posso informar nossa localização exata, mas posso dizer que está na 2nd Mass e que esta segura.

Notei que ao lado de fora da porta, muitas pessoas passavam conversando, e a maioria delas seguravam armas.

–Quero falar com seu superior – Eu falei acreditando que se tratava de um comboio.

–Ele me pediu para lhe informar assim que acordasse, então acho que ele também quer falar com você – respondeu ela checando a agulha no meu braço – A propósito, sou Lourdes Delgado. Qual é o seu nome?

–Trudy West– menti.

–É bem provável que logo venham te buscar para falar com nosso líder, Trudy.

Pensei em acertá-la com minha perna boa e prender a cabeça entre os joelhos e fazê-la desmaiar para poder pegar um dos grampos do coque tão bem feito em seu cabelo. Porém eu pensei nisso tarde demais. Alguém já haviam entrado pela porta, eu não conseguiria dar conta dos dois usando apenas uma perna e meia (já que eu havia levado um tiro na outra). Percebi algo familiar no que havia entrado.

–Você se parece com meu irmão – eu disse olhando para ele

–Grab? – ele perguntou

–Como sabe? – perguntei surpresa

–Você me chamou de Grab várias vezes ontem a noite.

–Foi você que me salvou. Certo? – perguntei.

–Certo – ele respondeu.

Me sentei na cama com a ajuda do braço esquerdo (o braço do soro) e tentei levar minha mão direita até ele para agradecer, mas parei na metade já que ela estava algemada na cabeceira.

–Poderia me soltar para eu apertar sua mão? – perguntei olhando para ele.

–Dizer obrigado já está bom – respondeu ele desconfiado.

–Eu entendo, mas seria uma honra se eu pudesse apertar a mão do meu salvador.

Ele olhou para a doutora que sorriu e o encorajou a me soltar. Ele me olhou desconfiado novamente, mas logo em seguida olhou para a doutora novamente que fez um sinal de “vá em frente” com a cabeça. Então ele cedeu e veio me soltar. Olhei meu pulso solto diante da cabeceira, e estendi a mão para que ele pudesse apertar.

–Muito obrigada – eu disse apertando a mão dele- A propósito, sou Trudy West.

–Ben Mason – respondeu ele olhando diretamente para meus olhos.

Aproveitei o momento em que ele estava distraído e soltei minha mão da dele metendo um soco bem dado em seu rosto, e logo em seguida um em seu abdômen. Sem esperar que ele reagisse, usei minha mão livre para tirar a agulha do braço e aproveitei para pular nas costas de Ben, enquanto ele ainda estava caído, e pegar suas duas pistolas calibre 9. Antes que eu pudesse sair correndo a medica Lourdes me apontou uma calibre 38. Me aproximei dela sabendo que ela não atiraria. Quando cheguei a um metro e meio ela destravou a arma e disse:

–Não se aproxime se não eu atiro – ela disse com a voz trêmula.

–Você não vai atirar em mim – eu disse com certeza na voz.

–Você quer apostar? – perguntou ela com os braços magricelas tremendo diante da possibilidade de ferir alguém.

Me aproximei mais, toquei seu ombro e disse:

–Não gaste suas balas com humanos – em seguida sai correndo pela porta com uma das pistolas enfiada na parte de trás da calça e a outra na mão para caso precisasse bater em alguém.

Ben Mason Point Of View

–Para onde ela foi? –perguntei para Lourdes que segurava a arma para baixo.

Ela não respondeu.

–Para onde ela foi? – gritei.

–Para a direita – ela respondeu.

Então fui rápido em direção à porta. Entretanto, quando cheguei na porta, os tiros começaram. Me virei 180 graus e corri em direção a janela. A cena lá fora estava horrível. Pessoas corriam por todos os lados, sem falar nos Machs e aracnos por toda parte. Olhei para baixo e vi a garota acertando um aracno com uma faca.

–Evacuar – ouvi meu pai gritando através do auto falante – todos para a floresta.

Mas ela correu na direção oposta, colocou o capuz na cabeça e não hesitou antes de pular no rio.

–Corre, Lourdes – gritei para ela, e então ela pareceu sair do choque e começou a correr na mesma direção em que todos corriam.
Desci as escadas e corri para a direita passando pela lateral da horda de Machs e aracnos e pulei no rio. Avistei ela já na metade do rio (e que rio largo!). Mas eu tinha a vantagem de ser rápido e nadei na direção dela o mais rápido possível e ficando submerso por vários segundos rezando para que os aracnos e Machs não tivessem me visto.

Ela não percebeu que eu a estava seguindo. Quando ainda não conseguíamos encostar os pés no chão, eu a segurei pelo pé. Ela se virou para trás e apontou a arma bem na minha testa. Mais quando viu que era eu ela abaixou.

–Não era para você estar aqui – sussurrou ela.

–Por que os aliens te querem? – perguntei ligando os pontos. Era óbvio que eles estavam atrás dela. Primeiro vejo dois Machs atrás dela (o máximo que eu já vi foram três aracnos ou um Mach perseguindo uma pessoa), sem falar que eles não atiraram para matar. Os tiros que davam eram mais ou menos na altura da perna. E depois eles invadem nosso acampamento.

–Shhh – disse ela pedindo para eu falar baixo – aqui não é o melhor lugar para falar sobre isso. Me segue.

Continuamos nadando até chegar na margem e saímos da água. Ela continuou andando, e eu a segui, até que depois de alguns minutos andando ela achou uma caverna e entrou lá. Não era muito difícil achar cavernas naquela região.

Maya Stark Point Of View

A caverna estava do modo como eu havia deixado há alguns meses, óbvio que alguém tinha entrado lá, dava para ver que a fogueira tinha sido recentemente acesa. Mas quem quer que tenha aceso ela já estava longe. Entrei um pouco mais fundo na caverna e achei os troncos que eu havia deixado lá da ultima vez. Haviam menos, mais dava para umas 3 horas de fogo sem interrupção. Peguei o máximo de toras que pude carregar e fui em direção da fogueira recentemente acesa.

–Sabe arrumar uma fogueira? – perguntei

–Quer dizer acender? – ele respondeu

–Não. Quero dizer arrumar as toras – eu disse colocando a madeira no chão.

–Sei – ele respondeu.

–Então arrume.

–E você? – ele perguntou.

–Tenho que fazer algo mais importante. – eu falei tirando o casaco.

Abri o compartimento de zíper que ficava escondido na manga do casaco aonde tinha um canivete e um isqueiro. Peguei o isqueiro e o coloquei no espaço entre meus pés. logo em seguida abri a tampinha.

–O que está fazendo? – Ben perguntou.

–Fluído de Isqueiro pode ser útil para acender o fogo.

–Por que carrega um isqueiro no casaco?

–Protocolo de segurança – respondi.

–Então, vai me dizer quem tirou seu exoesqueleto?

–Minha mãe e o resto dos médicos da equipe

–De onde você veio?- perguntei

–Nasci em Cincinnati, mais eu não acho que seja isso que você queira saber – eu ri – vim de um comboio. Mas não posso te dizer aonde ele está.

–Quantas pessoas? – perguntou ele enquanto eu jogava um pouco do líquido na fogueira

–Mais do que o se pode contar nos dedos com certeza – respondi brincando – me desculpe, mas não posso dizer, questão de segurança.
Coloquei a tampa no isqueiro e o acendi aproximando a mão da madeira agora com material inflamável. Assim que o fogo acendeu eu disse:

–Eu preciso voltar para lá em no máximo três meses se não eles vão me dar como morta e vão mandar outro para minha missão.

–E por que esta me dizendo isso? – ele perguntou com as mãos perto do fogo.

–Eu preciso da sua ajuda.

–Do que precisa? – ele perguntou com tom de brincadeira como se estivesse me zoando.

–Preciso de armas, munição e suprimentos.

–Em primeiro não temos armas para sair distribuindo assim, sem falar que estamos precisando de suprimentos mais do que nunca. Por que acha que te daríamos isso?

–Por que somos humanos – respondi em tom de ponto final – eu não sou o inimigo, os inimigos estão aí fora procurando por nós, e eles são muito poderosos...

–Eu não disse que você era minha inimiga.

–Mas também não disse que sou amiga. Somos humanos, estamos do mesmo lado e lutando pela mesma causa, e contra o mesmo inimigo.

–Trudy, eu posso te levar para falar com meus superiores, mas não vou te ajudar a roubar a 2nd Mass.

– Ok, eu não tenho outra opção mesmo – respondi com sinceridade – a propósito, meu nome não é Trudy, é Maya Stark.

–Por que mentiu?

–Não sabia se estavam do lado dos aliens – eu disse.

–Vai me dizer por que os aliens estavam atrás de você?

–Eles estão atrás de todos nós – o que tinha um fundo de verdade.

–Eu vi dois Machs te perseguindo, quando o normal é eles usarem aracnos para esse tipo de perseguição.

Ele não parecia ter qualquer ligação com os aliens, e eu conseguia sentir que a conexão dele com a base já havia ido há muito tempo. Ele merecia saber. A verdade é que todos mereciam saber, mais como meu pai costumava dizer “A verdade não é para todos, porem sortudos são os ignorantes que não a conhecem”. Ele havia salvo a minha vida. O mínimo de gratidão que eu poderia demonstrar era contar a ele pelo menos o começo disso tudo.

–Não sei nem por onde começar - admiti.

–Que tal pelo começo?

–Eu tinha acabado de fazer 14 anos quando eles invadiram. Meu pai foi pedir abrigo na base da aeronáutica já que lá tem um abrigo nuclear. Deu certo pela primeira semana. Mais um tempo depois meus pais saíram em uma missão para pegar suprimentos e eu e meus irmãos ficamos junto com os outros. Foi quando os Machs nos acharam. Eles mataram todos só deixaram as crianças, eu e Grab. Meus outros irmãos, os gêmeos Fred e Nigel foram mortos por que não eram mais crianças. Os aliens me levaram e o tempo que eu fiquei com o arreio [N/A: É como ela chama Exoesqueleto. Como eles são de regiões diferentes eles chamam de modos diferentes] eu trabalhei com os chefões, os cabeça de peixe. Logo depois fui salva por meus pais. E minha mãe e o resto dos médicos da equipe tiraram o meu arreio. Depois de um tempo fomos tentar resgatar Grab, e conseguimos, tiramos o arreio, mas logo depois fomos atacados. Só eu, minha mãe e outras duas crianças conseguimos sobreviver. Foi então que a minha base me achou.

–Eles hoje tentam desenvolver pesquisa e tecnologia anti-alien. E me mandaram numa missão para me infiltrar no comando deles novamente. Eu usava um arreio normal, só que a dosagem da droga foi sabotada por um dos nossos aliados aracnos. E eu fiquei uns 4 meses sem nenhuma informação útil, até que eu descobri uma coisa que pode mudar o futuro dos humanos. É por isso que eles querem me pegar.

–E... que informação seria essa?


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Amaram? Odiaram?
Eu acho que fui um pouco rápido demais, mas é por que a historia de verdade começa alguns capítulos mais para frente.
E aí gostaram da Maya?
Eu coloquei o sobrenome em homenagem a casa Stark de guerra dos tronos...
Posto o próximo capitulo com 2 reviews
Bjkas Marcela



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