Virtual Killer escrita por Pollyana


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/39471/chapter/3

Chegamos rapidamente ao festival, os cabelos frisados pelo vento na moto.

-Busco vocês mais tarde.

Parei um estante para olhar ao redor. Não havia nada de surpreendente no local, a não ser pelo lago artificial que haviam inaugurado na praça. Barracas, brindes e aquele cheiro de comidas tpicas recém-preparadas. Claro, não esqueçamos das tradicionais luminárias japonesas coloridas. Os festivais eram sempre iguais: quem viu um, viu todos.

Era assim que eu pensava.

-Ei, Aya, acho que pode ir sozinha nas barracas, hun? É só não se afastar muito.

-Tá bom, me dá logo o dinheiro- disse estendendo a mão. Arqueei as sobrancelhas enquanto entregava, e ela correu antes que eu mudasse de ideia.

Vasculhei o lugar, buscando a lan house mais próxima. E teria entrado, se alguém não houvesse me chamado a atenção. Ele lançava uma moeda dourada no ar, como quem joga 'cara ou coroa'; o rosto tampado pelo capuz de seu casaco de marca.

Sem pensar, fui me aproximando, não me preocupava em ser notada. Só queria saber mais sobre aquela estranha moeda brilhante que girava lindamente; até hoje não sei se era hipnose ou pura falta do que fazer. Talvez os dois.

Fui chegando cada vez mais perto daquele sujeito desconhecido, fascinada pelo brilho intenso emitido. Quando...

-Sayuri, quanto tempo! - ouvi, pouco antes de quase ser derrubada no chão pelo abraço esmagador da Megume.

-Oi pra você também - respondi tomando fôlego.

-Sempre o mesmo bom humor - falou revirando os olhos - O que 'tá fazendo aqui?

-Acho que... nada. - ele já tinha ido embora. Provavelmente assustado pelo excesso de empolgação.

-Então vem comigo!

E me puxou pela multidão.

____________________________________________________________________

Acordei com os feixes de luz batendo no meu rosto. A brisa fesca da manhã circulava calmamente pelo quarto.

-Sayuri, vai se atrasar para a escola! - minha mãe gritou do primeiro andar. Nunca entendi essa estranha mania das pessoas em gritar meu nome, imagine se eu tivesse um apelido.

Corri desajeitadamente pelas escadas depois de me arrumar, quase tropeçando em um brinquedo ou outro esquecidos nos degrais.

-Eiko, você me leva!

-Mas você volta a lavar a louça.

-Vocês não podem fazer favores um ao outro pelo simples fato de serem irmãos? - minha mãe repreendeu, sorrindo de lado.

-Talvez, mas assim é mais divertido - ri.

____________________________________________________________________

Certo, delicadeza não era o meu forte. Mas também no costumava ser mal-educada, a no ser quando estava com pressa. Não queria ter acertado aquele estudante no corredor, e até pararia para ajudá-lo se tivesse tempo. Só que não tinha.

-Não olha por onde anda?- gritou. Só que eu j estava longe dali, rumo sala 2002.

Haviam 2 lugares vazios, um ao lado do outro. Suspirei de alívio ao sentar, a respiração ainda desregulada. O professor começava mais um daqueles discursos de recomeço das aulas quando foi interrompido pelo romper da porta.

-Turma, gostaria de apresentar seu mais novo integrante: -pigarreou - Ryoko Nakamura. Ele veio de NY e espero que o recebam bem.

Houve um breve saudar coletivo, abafado pela voz do professor que voltava a falar.

Prendi a respiração enquanto ele vinha em minha direção e se sentava. Tentei sorrir fracamente: é,= era o garoto do corredor.

-Er, bem-vindo, Ryoko. Me chamo Sayuri - seu olhos cairam sobre mim como flechas, ou eu que estava nervosa mesmo.

-Então você sabe algo sobre o que chamam de educação, né?- sorriu sem humor.

-Hmm, desculpe, não foi minha intenção te derrubar na escada.

-Nem ajudar a me levantar.

-Não pode só esquecer isso?

-Talvez - soou a voz do professor -, como já gostam tanto conversar entre si, queiram apresentar juntos um seminário para a próxima semana.

-Seminário? - perguntei desorientada.

-Sim, vocês e a turma acabaram de ganhar um.

Senti todos os olhares se voltando em nossa direção, fuzilando-nos com rancor."

"Puxa", pensei, "O dia começou bem".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey, estou recomeçando a escrever a fic. ^^
Fiquei muito tempo sem escrever, então espero não ter ficado tão ruim.
Merece reviews? :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Virtual Killer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.