Anne percorreu seus olhos pela a cabana a procura de um pedaço de pano que poderia ajudar no ferimento. A dor era apenas psicológica,sabia que quando saísse do Animus não teria ferimento nenhum em seu ombro.

– Aqui! - a voz rouca e trêmula de Desmond a chamou a atenção para sua frente

O mesmo tinha a mão estendida para ela e tinha um pedaço de pano azul,ela olhou para os olhos do moreno e notou que estava vermelho.

– Obrigada! - sorriu e pegou o pano de sua mão

– Você vai sair do Animus? - Desmond perguntou se sentando no chão empoeirado

– Acho que sim! - respondeu ela olhando o ferimento.

– Hum - murmurou - Será que vou ter que enfrentar eles?

– Sim! - confirmou Anne - Desmond,eu acho que você deveria descobrir isso agora!

– Como?Minerva nos deixou e tudo que eu sei é que os meus antepassados estão me querendo morto! - falou o moreno sério. Desmond estremeceu com a lembrança de Altair preste a matá-lo e matar Anne.

– Eu vou cuidar disso! - ela se levantou e caminhou até a mesa onde tinha as lâminas ocultas e voltou até ele - Deveria usar elas!

Ele olhou para as lâminas em sua frente e as pegou,colocando em seguida.

– E você como vai se defender? - perguntou preocupado. Ela tinha nada,estava desprotegida de assassinos armados até os dentes com espadas, armas e outros.

– Eu me viro! - sorriu amigável - Fique aqui,eu irei dar um jeito com as minhas armas e outra tenho minhas unhas!

Desmond gargalhou da posse de fortona que Anne fez. Seus olhos foram a garota que ia em direção a porta envelhecida que se encontrava fechada,desejou impedir ela de se arriscar mas não poderia,Anne já tinha 19 anos e sabia o que estava fazendo e também ela iria matar ele se entrasse na sua frente.

– Só tome cuidado! - ele disse olhando para ela

– Pode deixar! - sorriu e aproximou da porta a abrindo.

O vento foi a primeira coisa que sentiu quando ela passou pela a porta,ela olhou para o céu. O azul claro,como só se pode ver perto do oceano. O azul da água que reflete de volta para o céu, iluminando a cor, e caramba, perto tornando de tirar o fôlego. A cor que ela pudesse olhar para todo o dia, e nunca se cansaria de ver. Mas seu momento de paz terminou no momento em que ouviu o alongamento de uma corda do arco,ela mergulhou para o chão e viu a flecha cravada na enorme árvore. Seus olhos foram ao assassino sentado em um grande carvalho,sua respiração falhou por causa do tamanho susto ao reconhecer Connor Kenway arrumando seu arco.

Rapidamente se levantou e começou a correr sem rumo,sempre olhando para trás,e tomou outro susto ao notar que a paisagem havia mudado. Anne entrou em uma antiga ruína. Tudo ao redor dela eram paredes de pedra cobertas de musgo e hera. Estruturas desintegradas estava em montes ao redor dela. Ela andou apressada até uma abertura, onde uma estátua de Ezio estava. Com os trajes de Assassino,o italiano tinha os braços na frente do peito e ambas as lâminas a mostra.

– Cadê ele? - rosnou Connor atrás dela

Anne se virou e caiu no chão no mesmo momento ao sentir os braços fortes do Kenway em sua cintura a derrubando. Os dois estava caídos perto da estátua de Ezio,Anne sentiu as mãos geladas de Connor em seu pescoço com apenas um objetivo,enforcar ela. Mas havia um sorriso estranho no rosto do Mohawk, ele subiu sua mão direita e tocou levemente os lábios dela.

– Me deixe! - falou ela assustada com o toque

– Não adianta fugir! - o nativo falou calmo

Se assustou mais ainda ao sentir a boca quente dele encostar na sua,iniciando um beijo. Anne socava o peitoral do Mohawk, mas desistiu assim que começou a corresponder o beijo quente dele. As mãos ásperas de Connor deslizou para dentro do blusão que Anne usava,gemeu contra os lábios dele por causa do choque causado entre a mão gelada dele a sua pele quente. As mãos dela foram ao pescoço dele o puxando mais. Anne necessitava do beijo dele e dos toques dele,mas a culpa a atingiu ao se lembrar de Desmond. Uma parte de seu consciente dizia que estava errada,mas já a outra gritava loucamente para continuar a beijar o ancestral de Miles.

Sem pensar duas vezes, pegou a pistola da cintura dele e apontou para o meio da testa do Mohawk,que parou o beijo rapidamente,Anne o empurrou para o lado mas continuava a apontar a arma para ele.

– Não pensaria duas vezes antes de puxar o gatilho! - ela falou seriamente

– Não teria coragem! - falou Connor - Anda me de isso e acabamos com tudo!

A mão de Anne tremia,mas não podia deixar Connor escapar fácil,se escapasse iria atrás de Desmond e o mataria.

– E o que te faz pensar isso? - a voz de Desmond chamou a atenção que estava atrás do Connor.

Anne ficou surpresa,Desmond chutou o pilar que estava a frente de Connor. O pilar desmoronou e levou com ele Connor. Anne começou a tossir assim que a poeira se levantou.

– Vamos! - Desmond segurou o pulso dela forte.

Ela o seguiu,estavam indo para a abertura da ruína mas foram impedidos por um vulto.

– ELA VEM COMIGO! - Connor gritou furioso que estava na frente dos dois.

– ENTÃO VAMOS TER QUE LUTAR,CONNOR! - gritou Desmond para o Nativo.

Connor avançou em Desmond,fazendo-o cair sobre o pilar que havia derrubado. Sem muito esforço,Connor jogou Desmond de lado e virou sua lâmina oculta na sua mão,usando-a como uma faca. Ele pulou em direção do moreno,mas Desmond rolou para o lado na hora certa. A lâmina de Connor esfaqueou uma estrutura fraca. Connor se esforçou para puxar a lâmina,e Desmond tentou atacar o Mohawk. Connor bateu a bota no queixo de Desmond assim que viu ele se aproximar,mandando-o em uma parede podre que se desintegrou com o impacto.

– DESMOND! - gritou Anne

Anne tentou correr até ele,mas alguém a puxou pela a cintura,fazendo-a encarar os olhos castanhos. Ela voltou a olhar Desmond que agora limpava a poeira de seu capuz e roupa. Correu em direção de Connor e o derrubando no chão,pronto para mata-lo. Ou pelo menos ele achava que iria matar,quando foi agarrado por trás. Haytham Kenway,o pai de Connor,segurava seu pulso. Desmond bateu a parte de trás de sua cabeça no rosto de Haytham,atordoando o Templário que levou a sua mão ao nariz. Miles liberou sua lâmina e a enfiou na garganta de Haytham,levando as mãos ao lugar atingindo com a tentativa de parar o sangramento.

Anne colocou as mãos rapidamente em sua boca ao ver Haytham tossir sangue,olhou para Desmond que lutava com Connor. O grito de dor do Mohawk ecou o lugar,e viu que Desmond havia enfiado a lâmina a baixo de seu braço. Ela viu que Desmond aproximou a lâmina da garganta do nativo e fechou os olhos.

Os únicos barulhos que ecoava aquele lugar eram das respirações dos dois jovens.