Laís Lilás escrita por lares humbert


Capítulo 17
Inventando moda, é?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/394169/chapter/17


No dia seguinte, à noite, Bruno, que imprimira a carta no aparelho de fax do padrasto, terminou de ler as palavras de Laís com profunda irritação.

– Laís já tá inventando moda? - Perguntou Bárbara

– Essa menina nunca se aquieta! Eu não devia ter deixado ela ir…

– Vou ligar pra ela… Não pode isso! - falou, bufando, a mãe

Júlio ficou com vontade de rir, mas segurou a gargalhada e falou:

– Deixa ela. Não vai acontecer nada, eu tenho certeza. Mesmo porque nem é tão longe, não vai fazer diferença nenhuma pra quem já tá do outro lado do país. Não sejam bobos, mesmo que vocês queiram proibir, ela pode ir sem falar.

– Não é assim que funciona, Júlio! Laís mal chegou lá e já quer fazer estripulia!

– Bárbara, se você ficar cortando a liberdade dela, ela vai parar de contar o que tá fazendo, o que vai ser bem pior.

– Sim, e por causa da "liberdade", vai nos deixar todos preocupados?

– Você tá preocupada à toa, amor. - Disse, abraçando a esposa - Você é uma pessoa consciente, não aja de forma tola. Ligue pra ela e diga pra tomar cuidado, diga pra não passar dos limites.

Bruno saiu, com raiva, e, ao entrar no quarto, bateu a porta.

Atrás de si, Bárbara explodia:

– À TOA? Eu não tô ouvindo o que tô ouvindo…

– O que eu quero dizer é: esse é o tipo da coisa que é melhor dizer COMO fazer, e não SE deve fazer ou não. - Respondeu, sensatamente, o marido. - Quer saber? Deixa que EU ligo. Se você ligar, vai fazer besteira, Bá.

Bárbara deu um daqueles olhares assassinos, mas ele já estava acostumado e relevou. Eram raras as vezes em que Júlio tomava uma medida realmente enérgica, mas quando ele se decidia a cuidar de algo, nada que Bárbara fizesse iria atrapalhar.

– Volto já. - avisou o homem.



– Alô! - Laís atendera a ligação com uma voz enjoada.

– Oi, Laís, cê tá bem?

– Tô mais ou menos, resolvi ficar em casa hoje pra ver se melhoro, tô com uma dor incomodando.

A verdade é que ela não conseguira sequer levantar da cama, estava se sentindo fraca e não conseguia comer.

– E você vai mesmo assim pra poá?

– Se eu melhorar, né.. Espero que passe logo.

– Eita.. Ainda bem que fui eu quem te ligou. Sua mãe já tava surtando aqui.

– Putz.. Valeu mesmo. E tu, tá como?

– Tô tranquilo. Esse negócio de carta é invenção de quem? - perguntou, rindo.

– Minha e do Bruno. Sei lá, achei que ficaríamos mais próximos se fosse algo escrito com a minha letra e tal.

– É, seria útil se fosse enviado por sedex, né, mas fax?

– Foi o jeito. Armaria! Sedex demora muito.

– Ahhh… Ok, então. Enfim, se cuida, ok? Cê vai com quem?

– Eu vou com a Marcella. Vai ser tranquilo, com certeza. A gente tá planejando voltar domingo, mas ela disse que se eu quiser voltar antes, não tem problema.

– Certo.. Melhor a gente omitir isso. Mas, sério, toma cuidado, tá? Não vai se perder, nem se machucar e se agasalha porque ficar doente no clima daí não ajuda.

– Beleza. Ei, gostei do livro, viu!

– Que bom. Deu pra Marcella?

– Dei, dei, ela ficou mó feliz.

– Então tá.

– Beijo! E manda beijo pro Bru e diz que tô com saudade dele. Tchau

– Ok, tchau. Se cuida, hein, garota!

Os dois desligaram ao mesmo tempo. Laís se contorceu na cama. Do jeito que acordara mal, não sabia se iria aguentar sair na quinta…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Laís Lilás" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.