29, Setembro, 2015

Mãe,

Nunca vi nenhuma utilidade nessas cartas, mas Bella me convenceu que estava na hora de abandonar o passado. Ela está certa. Acho que eu deveria perdoar o papai, mas não sei se ainda consigo fazer isso de verdade. Bella ainda sofre com a falta dos pais.

Resolvi escrever para contar que estou apaixonado pela Victoria e pela nossa filha, sim eu adotei a Sara. A menina tem 8 anos e é muito linda, parece uma princesinha. O pai a abandonou quando Vic contou que estava grávida, é um canalha!

Sei que estou namorando há pouco tempo com a Vic, mas eu tenho certeza do que sinto, então não vejo motivos para adiar. Eu já sou o pai legalmente da Sara, agora só falta me tornar o marido da Victória.

Alice sugeriu que contássemos que Sara já tem meu sobrenome durante o aniversário dela, nós aceitamos e inclui na oferta o pedido de casamento que farei para minha namorada.

Adeus mamãe.

Seu filho,

James.

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Alice está enlouquecida com os preparativos do aniversário dela e está empenhada em nos enlouquecer também. Tudo por culpa do James que resolveu pedir a mão da Vic em casamento durante a festa. Sem contar que será nessa festa que Sara vai descobrir que já é filha do meu irmão.

Hoje, Alice está mais estressada que nos outros dias, pois amanhã será o grande dia. Não sei como, mas Edward conseguiu fugir dos preparativos finais e me carregou junto. Em vez de ficar ouvindo a irmã dele gritando ordens, vou passar o dia todo com meu namorado incrivelmente lindo, foi uma excelente troca.

Edward me convidou para conhecer o apartamento dele.

- Vamos Bella. Não acha absurdo eu conhecer sua casa, você conhecer a casa dos meus pais e as dos meus irmãos, mas não conhecer meu apartamento?

- Eu não sei… O que poderíamos fazer por lá? – Falei fazendo hora com a cara dele. Eu estou super curiosa para conhecer o apartamento dele.

- Nós podíamos assistir a um filme. – Sugeriu ele.

- Também podemos assistir a filmes no cinema. – Brinquei.

- Mas não tem nenhum filme legal em cartaz. – Ele fez um beicinho emburrado tão fofo. Deu-me uma vontade enorme de morder seu lábio inferior

- Tudo bem. – Concordei rindo.

- Adoro quando você ri. Seus olhos ficam brilhando, como chocolate enquanto derrete.

- Pare, você está me deixando sem graça. – Pedi ruborizando.

Ele me deu um selinho e fomos ao apartamento dele. Em vez de ver filme, eu preferia que namorássemos um pouco, afinal nós quase nunca tínhamos privacidade. Ou estávamos no CAC ou com alguém da minha família ou da dele por perto. Acho que essa vai ser a primeira oportunidade real que teremos de ficar a sós desde que começamos a namorar.

- Chegamos. Pode entrar. – Edward abriu a porta de seu apartamento.

Ele me levou em todos os cômodos para que eu conhecesse tudo. O apartamento não é muito grande, mas é o suficiente para uma ou, talvez, duas pessoas viverem confortavelmente. O lugar é arejado e os móveis são modernos, tudo de muito bom gosto.

- O que você achou? – Perguntou ele, inseguro.

- É lindo, tão aconchegante.

- Quer beber alguma coisa? – Ofereceu.

- Uma água seria ótimo. – Eu estava com um pouco de sede.

Eu o segui até a cozinha. Ele me entregou um copo com água gelada. Sorvi o líquido muito rápido e um filete de água escorreu pelo meu queixo e desceu entrando no meu decote. Percebi que Edward seguiu o caminho que o filete fez com os olhos.

Antes que eu tivesse qualquer reação, ele me agarrou e me beijou.

Nunca havia me sentido tão desejada nem sentido tanto calor com apenas um beijo. Edward me ergueu e me colocou sentada sobre a pia, sem desgrudar nossos lábios. Ele se posicionou entre minhas pernas de forma que nossas intimidades se tocaram. Mesmo através das nossas calças, senti o quanto ele estava excitado e tenho certeza que ele sentiu o quanto eu estava quente e molhada por ele.

Edward deixou uma das mãos no meu rosto e a outra ele pousou sobre minha coxa e a apertou levemente, me fazendo soltar um gemido abafado. Ele subiu a mão, vagarosamente, passando pela minha cintura e adentrando na minha blusa.

Eu não me fiz de rogada e comecei minha própria exploração pelo corpo dele. Enquanto minha mão esquerda estava apoiada no ombro dele, a direita tocava no braço dele sentindo seu bíceps bem definido.

Deslizei minha mão esquerda pelo peitoral dele e estava quase em seu abdômen, quando senti sua mão apertando meu seio sobre o sutiã. Deixei um gemido esganiçado alto demais escapar dos meus lábios.

- Desculpe. – Pediu Edward, ofegante, retirando a mão e tentando e afastar.

- Pelo que? – Perguntei, abraçando sua cintura com minhas pernas para segura-lo no lugar.

- Por eu ter ultrapassado o limite? – Ele franziu o cenho.

- Limite de quem?

- Como assim?

- Meu limite ou o seu? - Será que ele achou que eu faria como a Emily? Ou ele ainda tem medo de se relacionar sério com alguém?

- Seu, é claro. Eu não quero te forçar a fazer nada e… - Disse ele sem graça.

MEU LIMITE? Será que… não, é claro que não, se bem que talvez…

- Edward, você acha que eu sou… virgem?

- Sim, não, talvez. Você é? – Respondeu ele, confuso.

Eu acertei, ele acha mesmo que eu sou virgem.

- Edward, eu perdi minha virgindade aos 18 anos, foi com o James, por isso nós terminamos, foi muito estranho, pois o que sentíamos era amor de irmãos e não amor como o que eu sinto por você, não era amor entre um homem e uma mulher.

- Eu sei que eu sou o seu segundo namorado, mas…

- Eu nunca estive com ninguém além do James, se é que aquilo realmente conta, foi meio nojento, mas tenho certeza que com você será especial. Sabe por quê?

- Porque nos amos muito.

- Edward, eu quero você. – Falei, o beijando.