Ela saiu do meu quarto e eu fui tomar banho, eu estava nojenta..

Tirei minhas roupas e entrei de baixo do chuveiro, me lavei, tentando tirar todo aquele pó de monstro que estava grudado na minha pele. Lavei meus cabelos e logo enxaguei, fiquei mais um tempo em baixo do chuveiro e sai, pegando minha toalha.

Me sequei e sai do banheiro ainda enrolada na toalha. Fui até meu armário e peguei uma roupa, vestindo logo em seguida.

Penteei meus cabelos, prendendo os mesmos logo em seguida. Estava pronta e aquele friozinho na barriga começou a aparecer, aquele que te deixa nervosa e com vontade de desistir, mas agora desistir era a única coisa que eu não podia fazer, teria que seguir em frente.

Desci as escadas e fui até a cozinha, me sentei na mesa ao lado de meu pai que me olhava com um olhar maroto, ele estava aprontando alguma coisa.

Minha mãe colocou as panelas na mesa e me serviu, já disse que minha mãe cozinha muito bem? Pois bem, ela cozinha maravilhosamente bem.

- Preparada para sua primeira missão? - perguntou meu pai.

Respondi a verdade.

- Não - ele riu.

- Normal, mas vai dar tudo certo.. - ele disse, me dando segurança.

Comemos em silêncio, sabíamos que íamos nos separar, que não era como uma viagem comum, que tu contava os dias para voltar, mas em uma missão, tu pode voltar em 2 dias como em 1 mês.

Terminamos de comer e minha mãe foi lavar a louça, como todos os dias.

- E a minha surpresa? Tu disse que seria depois do almoço pai... - disse manhosa para meu pai, que riu.

- Ta bom, espere aqui, eu ja volto.- assenti. Ele subiu as escadas e pelo barulho, entrou em seu quarto. 2 minutos depois ele desceu com um pano em sua mão.

- Bom, queria te dar uma coisa antes de você partir, seu "avô" me ajudou. Iria fazer um anel, mas sabia que você perderia assim como uma pulseira - rimos - Então pegamos a ideia de Thalia, fizemos um bracelete para você que se transforma em um escudo. Ele e feito com o ferro estíge (N/A é assim que se escreve?), é muito forte. Aqui está, espero que goste. - falou meu pai e me deu o paninho que estava segurando. Dentro dele estava um bracelete lindo. Ele era todo preto com alguns detalhes em dorado, que combinavam com meu colar e minha espada.

- Amei pai! Te amo! - disse e dei um abraço apertado no mesmo. Mesmo que eu não gostasse aceitaria, até porque foi Hades quem ajudou... - Mas, como funciona? - meu pai riu.

- Você aperta aqui, é simples, mas somente você pode usar, com outra pessoa ele não rá formar um escudo.. - disse meu pai. Apertei aonde ele havia dito e quase que imediatamente um escudo totalmente preto se formou.

- Adorei pai! MÃE! - gritei, para que minha mãe ouvisse e viesse até a sala..

- O que?

- Olha o que eu ganhei do pai.. - disse e mostrei o escudo.

- É lindo amor.. Mas está pronta? Já está quase na hora e você tem que passar na Casa Grande ainda para pegar o néctar e ambrosia. - assenti.

- Só vou pegar minha mochila lá em cima - subi as escadas pulando um degrau. Entrei no meu quarto e peguei a mochila em cima da cama, e como minha mãe disse, ela não pesava nada. - Estou pronta. Vamos? - meus pais assentiram e andamos juntos em direção a porta, passamos e fomos em direção a Casa Grande.

Chegando lá, pegamos o néctar e a ambrosia e fomos para a colina, onde Matheus e Duda já estavam.

- Duda! - gritei em seu ouvido, que fez a levar um susto e quase me espancar ali mesmo.

- Só não te bato porque está saindo em uma missão - ri.

- Preparado? - perguntei a Matheus, que estralava os dedos incontrolavelmente.

- Sim, mas nervoso -  o abracei de lado, esperando Quíron e Joel chegarem.

Logo Joel chegou e meus pais me deram tchau. Eles desceram a colina no mesmo tempo em que Quíron estava subindo.

- Bom crianças, vocês deverão ir para o centro de New York, e terão que procurar Beta por lá, não sabemos exatamente aonde ela se encontra. Aqui está um pouco de dinheiro mortal que vocês precisarão, e algumas dracmas, caso precisem se comunicar com o Acampamento. - peguei o dinheiro e as dracmas e guardei em minha mochila - Argos levará vocês até a rodoviária e de lá vocês terão que se virar, boa sorte crianças - Disse ele e galopou para longe. Dei mas um abraço em Duda e na companhia de Matheus e Joel, descemos a colina, nos encontrando com Argos escorado em uma vã branca com a marca de uma transportadora de morangos.

Embarcamos na vã e nos acomodamos.

A viagem foi em completo silêncio, até porque  os tantos olhos de Argos nos davam medo, que qualquer coisa que dizíamos era errado.

Quebrei aquele silêncio. Precisávamos formar um plano.

- O que vamos fazer assim que chegar no centro? - perguntei para eles.

- Teríamos que começar a procurar Beta, mas temos que marcar por onde começar. - disse Joel.

- Bom, ela saiu do internado e lógicamente teria vindo na direção do Acampamento Meio-Sangue, alguém tem um mapa ai? - perguntei a eles novamente, ninguém se mexeu, ate que Argos abriu o porta luvas e de lá tirou um mapa. - Muito obrigada Argos - ele apenas balançou a cabeça, acredito que isso seja um de nada. - Tá, em meu sonho, Beta estava em uma rua sem saída, um beco. Onde tem um beco perto do internado? - procuramos pelas ruas que ligavam o internato ao Acampamento, achando três ruas sem saída. - Alguma ideia?

- Poderíamos começar hoje com esse beco mais perto do internado e nas ruas ao redor, amanhã vamos no outro e assim por diante, em algum dia encontraremos Beta - disse Matheus.

- Todos concordam? - perguntei, o que era meio idiota, já que só tinha nós três ali.. Todos concordaram - Então está decidido, mas temos que achar um lugar para ficar primeiro.

Ficamos em silêncio novamente, esperando Argos parar na rodoviária...

Continua...

LEIAM AS NOTAS FINAIS