Uma Nova Vida Para Annabeth escrita por Tictoczinha


Capítulo 2
Castle of Glass


Notas iniciais do capítulo

Ai vou eu, espero que continuem gostando desse singelo cap :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/394111/chapter/2

Capitulo 1 (Estágio 1- Isolamento) 

Annabeth olhou para seu lado esquerdo e percebeu que Piper estava dormindo o sonho dos justos e sem culpa. Annabeth também queria poder dormir assim, ela queria dormir sem pensar em como a vida dela estava uma bosta sem Atena, afinal, já se passaram quase um ano. Matt estava na faculdade, e agora parecia que Frederick não fazia mais questão de estar em casa com a família, recentemente, contratou a mulher mais feia e chata que uma garota de 17 anos poderia imaginar.

Frida alguma-coisa, era uma espécie de governanta, mas na verdade Annabeth sabia que ela estava lá para substituir Atena, mas isso era impossível, no máximo, Frida com seu inglês carregado de sotaque Austríaco era somente uma boa governanta, a casa parecia tão arrumada quanto ficava com Atena para organizar as coisas, mas Frida era fria, e sem sentimentos. No mínimo, durante todo o tempo que ela trabalhava lá ( 10 meses) Só trocara frases com no máximo 3 palavras com Annabeth. Tudo que Anne queria era sua mãe, que a compreendia que a amava.

Era incrível aquela ligação que ela tinha com Atena, quando iam comprar roupas, ou quando ficavam horas falando de arquitetura. Atena era a mãe ideal, era, Annabeth atualmente se encontrava em estado de duvida de como se referia a mãe, se ela falava “é” ou “era”.

Annabeth olhou para outro lado, no chão, e Luke dormia lá com um colchão de campo. Ele estava sendo um amigo incrível nos últimos tempos, quase um irmão que Matt não estava sendo. Ele e Piper eram incríveis, e era por isso que os dois estavam lá, consolar o inconsolável, tentar fazer Annabeth se distrair.

Já eram 5hrs da manhã, Piper e Luke começaram a pegar no sono às 3 horas, e Annabeth não consegui pregar os olhos, principalmente nessa semana. A semana não estava sendo boa, toda a vez que dormia sonhava com Atena, e não eram sonhos bons. Nada bons. Sem contar que nessa semana Frederick Chase, o pai que não demonstrava ter filhos voltaria para casa, ele estava planejando um passeio para França com os filhos. Como se a família estivesse feliz e completa, mas a pura verdade era que por todos os cômodos da casa praticamente se encontrava fotos de Atena e seu antigo guarda roupa nem havia sido mexido. Todos esperavam a pessoa morta chegar. A pessoa morta que Annabeth matou, ela se culpava por isso e não havia nada no mundo que tiraria esse peso das suas costas. E parecia o peso do mundo.

Annabeth tentava não pensar muito na mãe, e isso estava dando certo há três semanas. Ela abandonou todas as tarefas que fazia com a mãe, desenhos arquitetônicos, roupas que dividiam... Basicamente tudo, Annabeth não pensava em fazer mais arquitetura, aquilo era um sonho dela e de Atena e sem a mãe, arquitetura não era mais a mesma coisa. Se talvez algo pudesse ajuda-la a superar tudo isso... Mas não, Annabeth só jogava cada vez mais embaixo do tapete. Principalmente quando perguntavam se estava bem. Aprendam – Pelo menos Annabeth aprendeu- Quando perguntam se você está bem na verdade ninguém quer uma resposta, porque ninguém liga, eles só a querem ouvir falar: “- Sim, eu estou bem”. E como foi obrigada a falar isso nos primeiros meses.

Annabeth

Um sol preguiçoso brotava no horizonte, e mais uma belo dia para começar, e claro agora com Frederick. Tudo estaria perfeito num mundo alternativo, não nesse pelo simples fato de meu pai me odiar, basicamente quando tudo acabou Frederick mal olhava para o meu rosto, o rosto da própria filha. Eu não reconhecia mais meu pai, o homem que eu admirava, e fingia ser quando me arrumava na frente do espelho colocando o que sobrava das camisas largas que usávamos no colégio para dentro da saia, do jeito que ele fazia com a calça na frente do espelho, um do lado do outro.

Levantei cuidadosamente para não atrapalhar o sono dos dois, Luke e Piper, e me encaminhei até a minha mesinha do computador.

O sistema operacional carregava lentamente, e sem nenhum pouco de sono esperei tudo ligar, e aos poucos o azul do meu skype apareceu. Sim, ele estava online .Um tipo de melhor amigo que toda garota gostaria de ter, assim como Luke, só que o tal Cabeça de Algas, era puramente virtual, Annabeth nunca encontraria essa pessoa, e por isso se sentia livre para falar sobre ele. Ela se sentia livre para falar sobre todo com um estranho, um estranho que não teria pena dela.

LittleSabia diz:

– Olá Cabeça de Algas

Cabeça De Algas diz:

– Já acordada?

LittleSabia diz:

– Não consegui dormir direito, e você, porque está acordado às 5hrs?

Cabeça De Algas diz:

– Sabidinha, que não é sabidinha? Lembra...? Cinco horas de fuso horário diferente. E eu já vou trabalhar, o aquário que eu te contei que visitei, aquele maneirão. Me contrataram! Cuidarei da limpeza dos aquários no verão. E você?

LitteSabia diz:

– França, meu pai quer fazer algo em família, -_- superchato!

Cabeça de Algas diz:

– De um espaço para o velho, eu sempre quis sair dos Estados Unidos e nunca pude. Aproveita a terra do amor

LittleSabia diz:

– Saiba que a terra do amor é muito chata :/

Cabeça de Algas diz:

– Você que sabe, mas não deixa de ser chique, seria interessante ver uma foto sua lá ;)

LittleSabia diz:

– Melhor não algas cerebrais, irá ter um infarto do quanto eu sou feia.

Cabeça de Algas diz:

– Olha que eu sou muito bonito! Para ser minha namorada ter que ser de Megan Fox para cima.

LittleSabia diz:

– E quem disse que eu quero ser sua namorada :P ? Vai trabalhar Cabeça de Algas, vá fazer algo melhor

Cabeça de Algas diz:

– Te vejo amanha sabidinha?

LittleSabia diz:

– Como sempre. Tchau

Cabeça de Algas diz:

– Tchau menina feia.


E essa frase de um desconhecido da internet me fez querer sorrir, talvez se o tal cabeça de algas não morasse tão longe...quem sabe? Mas no fundo aquilo era uma brincadeira, porque na realidade, eu nunca veria esse garoto na minha vida, por mais perfeito que ele fosse.


– Quem é essa garoto Anne? – Luke perguntou com as sobrancelhas juntas o deixando com uma carinha até...sexy, misturado a uma voz rouca de sono. Luke, o meu amiguinho do 6° ano estava crescendo...e embelezando, não que eu reparasse nisso, mais era claro que eu não reparava.

– Nada de mais, só um amigo – Eu disse já pulando para a cama, e me cobrindo, roubando mais da metade do cobertor de Piper.

– Ei, só eu posso ser seu amigo e ninguém mais – Ele disse fingindo falso ciúme, aquela era uma brincadeira meio antiga, quando num ano no colégio, só conversava Luke, na época meu único amigo, e quando alguém chegava para ser nosso amigo, nós meio que afugentávamos os novos “amiguinhos”, e quando alguém era só meu amigo, ou só amigo do Luke, sentíamos um quase ciúme, daí começou a nossa “brincadeira”.

– Luke, Luke, o que dizer? Sabe...- Disse colocando a mão no queixo e me virando para a “cama” que ele estava, com um rosto pensativo tentando ser o mais dramática possível– Eu acho que tenho amigos demais sabe, espero que não se importe por eu ser muito popular – Ahh... Para que falar aquilo, o massacre havia começado, Luke pulou na cama.

Num momento havia pensado que minha confortável cama tinha quebrado com o peso daquele gordo loirinho dos olhos azuis que começou a me bombardear com mãos percorrendo a minha barriga. ELE ESTAVA ME FAZENDO COCÉGAS! Meu ponto fraco, eu me debatia, e acho que acabei me debatendo sobre Piper, que involuntariamente – Pelo menos o que ela tinha contado depois do incidente– Nos empurro da cama.

Luke caiu primeiro amortecendo minha queda, Ele fez uma cara de dor quando eu caí praticamente no meio de suas pernas. Deve ter doído, ele ficou vermelho na hora, e olhou para cima como se aquilo fosse aliviar a dor.

– Hey, hey desculpa – Disse, eu não podia fazer nada. Massagear o local que eu não iria. Eu simplesmente segurei seus ombros e fiquei falando desculpas até ele se calar e olhar para os meus olhos. Seus olhos azuis cobalto me prenderam, principalmente quando ele foi se aproximando... Nós não íamos fazer aquilo certo? Não, não...Dizia minha vozinha interior, enquanto todos os meus músculos queriam novamente juntar meus lábios com os dele. O meu primeiro beijo havia sido com ele numa brincadeira não tão infantil para 11 anos, quinze minutos no paraíso, mas uma coisa eu garanto. Beijar o Luke de 11 anos, com uma boca cheia de ferro do aparelho não foi nem um pouco satisfatório.

– Luke? –Disse botando a mão em sua boca, como se esperasse uma explicação. O que eu estava fazendo? Eu interrompi um beijo perfeito. “Ok, nem tão perfeito porque não havíamos escovado os dentes ainda” Porém seria épico!

– É só eu dormir, e meus amigos já estão se pegando? Meu deus...Por que não trouxe o Sr.Piggles– Ela dizia e logo depois jogando um travesseiro em nós dois. – Odeio segurar vela – Falava uma Piper sonolenta querendo um ursinho chamado Piggles? É, foi isso mesmo...meu quase beijo épico atrapalhado pelo senhor Piggles...

Levantei-me primeiro e fui para o banheiro antes que mais alguém percebesse o vermelho escarlate presento no meu rosto, não seria legal dar explicações como “Ah, queria te beijar, porém somos amiguinhos e não é isso que amiguinhos fazem”. Fiz minha higiene matinal tentando evitar pensar no que aconteceu. Se dependesse de mim, ficaria o dia todo no banheiro para não precisar olhar com a minha maior cara de taxo para Piper, ou pior, Luke. Piper, que presenciou uma parte do ato, iria ficar me zuando eternamente...É, acho que se eu demorar mais um pouco a sair ninguém iria sentir minha falta.

Fiquei sentada em cima da tampa da privada, e não levantaria por nada. Nem por uma Frida chata batendo na porta.

– Annebeth – O jeito errado que ela chamava meu nome me irritava quando pela terceira vez ela chamou, eu abri enquanto ela falava – Telefone para você.

Estranhei, se alguém quisesse me ligar telefonaria para o meu celular, e nem havia ninguém para me ligar, se Piper Luke, os únicos que me ligam estavam aqui. Pensei na possibilidade de ser meu pai. O que Frederick iria querer agora?


– Alô? - Perguntou uma voz grossa masculina na outra linha, não era Frederick, era uma voz simplesmente desconhecida.


– Aqui é Annabeth Chase, com quem falo?

– Major Wilhelm Roberts, senhorita. Venho lhe informar péssimas notícias do Capitão Frederick Chase – Meu coração veio na mão, parecia um video de uma musica que gostava, só que a música não era nem um pouco animada.

Frida não estava mais na minha frente. Eu estava no banheiro do 2° andar sozinha, ouvindo uma notícia que somente em pensar me fazia escapar uma lágrima. Era uma possibilidade remota, mas era uma possibilidade.

– Continuo ouvindo – Disse uma voz abafada que não sei da onde saiu.

– É com grande tristeza que lhe informo que o Capitão Frederick Chase, no dia 15 de junho de 2012 faleceu em combate defendendo os ideais da gloriosa Terra do Reino Unido – O Major Roberts falava várias coisas burocráticas sobre o enterro e o translado do corpo. Respostas monossilábicas saiam da minha boca e tudo que minha cabeça conseguia pensar repetitivamente era “Seu pai está morto, Seu pai está morto”.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Éhhh, hahah eu matei Atena e Frederick (momento bellatrix lestrange) e não, ainda não sou um tio Rick, se vocês prestarem atenção na sinopse vão perceber que nem tudo está perdido! Whatever, comente e compartilhem a historia com os amigos :)