Annabeth estava acordada olhando para o teto branco de seu quarto, sem precisar acordar às 7 horas, ela não tinha nada há fazer nas férias de verão, ela ficava quase sempre solitária. Luke, seu melhor amigo, viajava para a França quase todo o verão com os pais, Piper tinha ido a um acampamento doido de bandeirantes. Resumindo, as férias de verão não eram tão legais como ela sempre planejava. Mas hoje ela esperava coisas melhores, hoje Annabeth esperava sair com a melhor amiga, Atena, sua mãe.

Atena era sempre muito ocupada, dando suas palestras em faculdades e suas aulas. Ela era uma arquiteta muito boa na visão de Annabeth, a inspiração dele em pessoa. Atena era uma das melhores mães do mundo que se poderia ter. Principalmente quando seu pai não era muito presente. Ela era quase uma Pãe(Mãe+Pai)

Annabeth tinha um maravilhoso pai, mas não o mais presente de todos, principalmente por ser militar. Frederick Chase, um Tenente da RAF ( Royal Air force), viva viajando pelo mundo, às vezes, ela ficava até cinco meses sem ver o pai. Principalmente nesses tempos quando ele estava de campanha no Afeganistão. Malditos terroristas, Annabeth odiava todos eles que roubavam seu pai, porque era por causa deles que ela não vivia com o pai diariamente. Principalmente nesse dia dos pais.

Um dia dos pais sem Frederick seria terrível. E Atena resolveu tentar tampar esse buraco. Levar Annabeth para uma exposição na cidade que estava havendo sobre segunda guerra mundial, assunto preferido de Frederick, Atena tentaria a qualquer custo fazer a filha não sentir a falta do pai naquele dia 15, dia dos pais no Reino Unido.

Atena planejara tudo, para Annabeth e Matthew (Matt), faria um grande almoço de domingo para os dois, com muito Peru ao molho de laranja e com uma deliciosa torta Suíça que somente ela sabia fazer, uma velhíssima receita de família, que por sinal, era da Baviera.

                               III

Annabeth levantou, escovou os dentes e colocou uma roupa bem fresquinha para aquele dia ensolarado de verão e saiu, foi para a cozinha, afinal, aquele era o único motivo de Annabeth ter se levantado, a fome, e se não tivesse trocado de roupa ou escovado os dentes, Atena não a deixaria comer nada, e teria que voltar de onde estivesse para fazer todo o processo diário de higiene.

Ela desceu as escadas rapidamente, ela não queria demorar muito. Queria ir à cozinha, pegar um pote de geleia e muitas torradas, e um copo de leite puro. Esse seria o café da manhã de Annabeth, ou melhor,Brunch. Já eram quase 11hrs. E muitas coisas para fazer ainda, tipo ficar vendo as fotos de Luke na França que ele postou numa rede social qualquer, e jogar no PC. Nada melhor para fazer em um dia dos pais ein?

Quando ela ia subindo encontrou a porta do quarto do irmão aberta, Matt, estava lá no telefone com a namorada. Conversando varias coisas animadamente com Reyna. “- Como ele podia estar feliz sem passar o dia dos pais com papai?” Annabeth se perguntou. Será que Frederick não era importante para ele? Ela achou melhor deixar o assunto irmão de lado e foi para o quarto. Primeiro ela entrou no Facebook, olhou as primeiras atualizações, e depois entrou no perfil de Luke – Durante todo o processo elacasualmente passava geleia de morango na torada com o dedo, uma coisa não tão recomendada a se fazer, era nojento, mas para a preguiçosa Annabeth não – “-Até que Luke não está feio” Ela reparou como se pela primeira vez percebesse que seu melhor amigo não era feio. Pelo o contrário, Luke era super gato, mas Annabeth não admitiria isso nunca, nem em pensamentos, só de pensar nisso ela sentia suas bochechas corarem.Mas por que diabos ela estava pensando em Luke agora? Idiotice, claro que somente era por causa da foto.

Enquanto saía o mais rápido possível do facebook para fugir de Luke ela entrou no youtube e ficou vendo vídeos de desenho e arquitetura, especialmente grega, ela não entendia como aquelas civilizações faziam aqueles lindos templos e cidades. Annabeth lembra um dia quando devia ter 10 anos quando estava assistindo o canal History quando passou uma reportagem de construções antigas, ela lembra que assistiu meia hora de documentário falando que falava sobre Ets e Gregos. Que os Ets tinha feitotudas aquelas construções. Na época Annabeth tinha ficado tão impressionada que pensou que era verdade. Mas quando ela contou aquilo para mãe, a mãe riu tanto que Annabeth lembra ainda quando Atena falava entre risos que ETs não existiam, e que tudo aqui ela feito por humanos.

                    III

Aquele almoço tinha sido memorável, Annabeth não se lembra de ter provado comida melhor que aquela que a mãe haviafeito, umas horas depois de muito youtube, Annabeth desceu e descobriu que a mãe que ela não havia achado na hora do “brunch” foi ao mercado da vizinhança, um mercado não muito grande e nem pequeno.

- Mãe, está torta está uma delicia, papai adoraria – Eu disse cortando um grande pedaço e colocando no meu pratinho notando um meio sorriso de Atena, acho que já estava repetindo, mas como era em casa não havia problemas. Só Matt.

- Garota você vai explodir de gorda – Ele disse enquanto amostrava um pequeno pedaço que ele havia pegado – Está vendo isso? É desse tamanho que se pega a torta, se não só você come.

- Cala a boca Matt, você quer que eu pegue pedaços pequenos para de noite ter bastante e acabar com tudo!  - Falei quase perdendo a vontade de comer. Não gostava quando me chamavam de gorda, eu não era gorda. Mas eu havia de confessar que nesse semestre havia ganhado uns quilos amais.

- Matt, deixe sua irmã em paz – Falou por fim Atena recolhendo parte da mesa, colocando na geladeira o resto da torta.

- Tudo é o Matt, Matt, Matt – Falou meu irmão se levantando e indo ajudar Atena a colocar os talheres e pratos para lavar.

- Que bom Matt, se tudo é você lave hoje a louça – Falei enquanto me levantava e ia para a sala, assistiria House, nãoassistia uma das minhas séries favoritas fazia tempo mas hoje não me impediria, nada a não ser...

- Matt não vai fazer nada Annabeth, você que vai lavar. Hoje você não fez nada minha filha, nem ao menos seu quarto arrumou! – Disse uma voz doce vindo da cozinha – Venha, Venha, e me ajude!

- Ah House... – Falei desligando a TV que acabara de ligar.

Levantei e caminhei até nossa cozinha. Matt sorria vitorioso, como se sua vida fosse me atormentar, e isso que ele era mais velho que eu. Ano que vem, ele entraria para a faculdade, e viveria integramente nos campus, engenharia aeronáutica. Matt compartilhava da mesma paixão por voar com papai.  E eu ficaria livre dele, acho que sentiria falta. Falta de pega-lo se agarrando com Reyna e contar para Mamãe, ou de perturba-lo.

Matt subiu e eu fiquei lavando a louça enquanto minha mãe secava.

- Anne? O que você acha que ir comigo e seu irmão para aquela exposição de guerra? – Ela perguntou enquanto eu terminava de lavar os últimos talheres.

- Eu não sei mãe, talvez seria legal, mas sem o papai é sem graça não acha? Ele que gosta dessas coisas, nós só vamos por causa dele... – Geralmente quando Frederick estava em casa, sempre arrumava algo cultura para fazer em família, mas nem sempre todos iam, às vezes Matt preferia ficar em casa. O que fazia Annabeth pensar que ele não tinha cultura, nem um poucode cultura.

- Podemos falar para ele quando chegar e ele vai ficar louco por não poder ter ido- Disse minha mãe com um sorriso vitorioso. Eu nunca tinha parado para pensar mas será que ela sentia tanta falta como eu sentia dele? Principalmente dessa vez. Já faziam 2meses desta vez. Uma coisa Annabeth sabia, ela não queria se casar com ninguém do exercito como o pai.

- Eu adoraria – Falou Annabeth terminando de lavar a louça. E pegando um pano de prato não muito novo para secar as mãos.

- Ótimo, às 16hrs – Falou Atena saindo da cozinha e subindo ao quarto. Detalhe eram 15hrs.

                                 III

Toda aquela exposição havia sido maravilhosa, haviamveteranos de verdade lá. Todos britânicos, alguns falaram de batalhas, Athena e Annabeth viram tudo, metralhadoras, bandeiras nazistas, fotos e até uniformes que foram usados de verdade. Frederick adoraria tudo aquilo, Annabeth tinha certeza,e por esse motivo tirou várias fotos. E o mais engraçado era que, A família materna que era da Baviera havia lutado pela o Nacional Socialismo, enquanto a família do pai defendia as vontades da família real.

Mas a hora de voltar havia se aproximado, a exposição já estava fechando.

Annabeth já tinha 16 anos, e estava aprendendo a dirigir, e já dirigia bem. Mais um mês e tiraria sua carteira, ela já havia combinado com os pais de até ganhar um carro. Ela não tinha ainda ideia de qual, mas só de ter o próprio carro e já ficaria feliz.

Atena se culpava por não ter visto nenhuma vez a filha dirigir, e geralmente era isso que os pais faziam, eles ensinavam os filhos a dirigir. Mas como sua infeliz agenda não a deixa curtir um tempo com a filha ela pensou, “- Por que não deixar Annabeth conduzir o carro até em casa?” O caminho era pequeno, a estrada boa, e não chovia. Estava decidido, Annabeth dirigiria dessa vez.

E assim foi, Annabeth assumiu o lado do motorista e ia dirigindo o carro de Atena, um BMW X1, o som ia tocando musica em som ambiente. Talvez um cantora belga ao microfone, Riverside, Atena não gostava de musicas muito agitadas, e como o carro era dela, Atena que havia deixado naquela estação de rádio e não seria Annabeth que mudaria de estação

Nesse momento passávamos por cima de um rio, Não selembravam do nome. Quando uma pancada muito forte atingia a parte traseira do carro. Não havia sido nada demais, as duas estavam com cinto e os dois airbags dianteiros armaram, graças a deus que ninguém estava na parte de trás. A primeira a se pronunciar acaba sendo Atena.

- Minha filha você esta bem?- O carro com o impacto da batida havia passado para a outra pista, Annabeth estava levando uma mão para a ferida na cabeça. Uma luz branca vinha em direção aonde o carro batido estava. A luz vinha rápido demais, até que Annabeth percebeu que aquilo era um caminhão, tarde demais, ela simplesmente não conseguiu fazer nada, ela era impotente contra tudo aquilo, e em um piscar de olhos Annabeth não estava mais na ponte, Annabeth não estava mais acordada.

Enquanto um carro prata estava no fundo de um rio, o motorista do caminhão sai do carro mais que preocupado. O homem, que devia ter batido na parte traseira que estava visivelmente alcoolizado e ligando para o socorro. O caminhoneiro de aproximadamente 46 anos pula no rio para procurar pelas vitimas.

Atena estava acordada ainda, mas seu sinto não a deixava sair, ela já havia soltado o de Annabeth, mas a filha não demonstrava lucidez, esse era o destino delas? Da filha tão inteligente? Morrer nas férias de verão? Atena não sabia o quefazer, seu cinto não soltava, e o ar já estava acabando, ela conseguia sentir o pulmão queimar, quando um homem apareceu, nem pestanejar ela apontou para Annabeth como um dos seus últimos pedidos.

O homem quebrou o vidro do carro, e puxou Annabeth de lá.

Atena estava morrendo, e todas as reações humanas começavam a aparecer, a redução do oxigênio já afetava sua lucidez, ela sabia que nesse momento, o seu pulmão se enchia de agua, e os glóbulos vermelhos eram destruídos coma agua que invadia a corrente sanguínea. E o potássio presente nas células vaza para o plasma sanguíneo, e aos poucos o coração para. E Em todo esse processo Atena só queria estar com a família.