Capítulo 6

ミッション

Missão

Temari mal sabia o que pensar daqueles dois se atracando bem a sua frente. Estava besta de como Sakura em tão pouco tempo havia conseguido o que muitas moças de Konoha passam à vida tentando: dar uns bons amassos no Sasuke.

Não queria atrapalhar nada, porque embora a médica exalasse inocência pelos poros, ambos eram bem grandinhos e sabiam bem o que estavam fazendo.

Então escorou-se na cerca esperando o momento oportuno surgir para lhes dar a notícia que veio trazer, não gostava de dar as más notícias, muito menos de atrapalhar os momentos calientes dos outros. Mas Tsunade lhe pediu que os chamassem com urgência.

Foi quando a cerca cedeu e caiu de bunda no chão, chamando a atenção dos dois e pagando de fuxiqueira que espiona os outros.

— Eu não vi nada, não se preocupem. Venho trazer o chamado de Tsunade, ela pediu pra que os dois fossem até seu gabinete o mais rápido possível. — lhes avisou e levantou-se ao sair correndo. O rosto constrangido de Sakura estranhamente a constrangia também, queria tirar aqueles dois de sua visão o quanto antes.

Apenas Sasuke mantinha-se normal, embora internamente sentisse seu corpo praguejando pelo afastamento de Sakura. Costumava terminar aquilo que dava inicio, e agora colocava-se de pé, vendo ela também se levantando do chão, com as bochechas ardendo de tão vermelhas.

— Esqueça isto, por favor. Estou muito arrependida, fui imprudente e atrevida, não costumo ser assim, não quero que pense que eu... — Sakura baixou a cabeça mexendo em suas mãos para esconder a vergonha, tentava explicar-se, sentia-se errada por ter se oferecido dessa maneira, uma moça agindo dessa forma? Inaceitável, segundo seus conceitos.

— Entre, pegue seus medicamentos, comida e armas. Não demore. — cortou-a, mostrando que de fato só estava preocupado com a urgência do chamado de Tsunade, já previa que certamente era alguma missão de nível elevado, ou não o chamaria, e detestava ser chamado! Fora que não queria perder tempo com este tipo de assunto, ainda que achasse incrível a reação de Sakura... Acaso não tinha visto que ele queria aquele beijo tanto quanto ela? De onde veio tamanha educação, doçura e constrangimento? De onde essa garota veio? O que estava fazendo aqui em Konoha?

Um lugar tão pequeno, limitado e humilde? Sasuke havia notado o quão bem instruída e delicada era; de certo teve uma excelente criação a julgar por seus modos, fora o fato de ser tão nova e já ser uma médica admirada pela hokage.

Não encontrava respostas para desvendar Sakura, uma bela ninja médica instalada nos confins de sua protegida cidade Konoha. Conhecia cada palmo daquele chão, mas nem um milímetro a respeito daquela mulher.

Assim que terminou de pegar tudo o que Sasuke havia mandado, inspirou o ar profundamente colocando a mão em seu peito. Nunca vai parar de bater dessa maneira? Perguntava-se ao sentir seu coração ainda agitado. Havia dado seu primeiro beijo, e no homem mais lindo que já vira na vida, estava feliz por isso e ao mesmo tempo culpada, sentindo-se uma indecente.

— Está pronta?— Saltou ao ouvir a voz grave de Sasuke à sua porta. Deu um rápido aceno com a cabeça, e começou a se empenhar para acompanhar o Uchiha.

Não demorou muito e chegaram ao hospital, indo até a sala de Tsunade.

— Pensei que teria de ir pessoalmente buscá-los!— disse Tsunade ao rosquear rapidamente a tampa de seu vidrinho de cachaça. Tinha o hábito de beber, mas geralmente o fazia a noite, para aliviar o estresse. Estar ingerindo álcool ainda de dia é porque a coisa estava mesmo feia. — Gostou da casinha, querida?— perguntou sorrindo para a rosada.

— Oh sim, estou muito agradecida é realmente perfeito.

— Que bom... Sei que está acostumada á algo mais luxuoso, e também é meio isolado. Mas supus que gostaria de ficar perto da natureza, até por que não tínhamos outro lugar melhor; e não se preocupe quanto ao isolamento... Lembre-se: Konoha é um lugar seguro. — disse a hokage numa espécie de cumplicidade com a jovem, o que não passou despercebido ao tino apurado de Sasuke.

— E você Sasuke? Tem feito sua parte e deixado alguns ninjas alternando vigilância em volta ao casebre de Sakura?— perguntou a ele, tomando a atenção de Sakura que não sabia estar sendo vigiada!

Sasuke apenas lançou um olhar do qual Tsunade já reconhecia como uma confirmação. O que se quer desconfiava é que ele não havia mandado ninja algum fazer a vigilância de Sakura, pois o próprio o fazia.

— Bom, como não estão muito falantes, irei direto ao ponto. Preciso que viagem em missão. Temos um tratado de paz com uma grande cidade que está sendo atacada, daremos apoio civil, uma vez que se a mesma for tomada, então teremos problema... Podem querer declarar guerra contra nossa vila. — explicou Tsunade vendo a face tranqüila e responsável de Sasuke que já estava habituado a noticias deste porte e sabia bem o que fazer. Já Sakura estava com o olhar alarmado e internamente rezava pra que o pior não viesse acontecer.

— Vamos. — disse Sasuke virando-se.

— Sasuke... Quero Sakura protegida. — disse como uma ordem irrevogável e todo este cuidado só instigaram suas desconfianças de que essa garota trouxe consigo de onde quer que tenha vindo, muito mais que uma kunai velha e dons medicinais, mas algum mistério do qual certamente descobriria.

Virou-se dando as costas a hokage, e sem precisar falar Sakura havia entendido que devia acompanhá-lo imediatamente. Pelos corredores todos os olhavam e davam passagem a ele, que andava como um furacão imponente.

Ao lado de fora já tinham ninjas apostos, só aguardando as orientações que firmemente foram dadas pelo líder da ANBU. Tratou de trocar-se antes de seguir viagem e Sakura também se adiantou em colocar suas vestes brancas de médica.

Pensou que teria de ficar por ali mesmo no hospital de Konoha quando sentiu o coração dar cambalhotas com a visão que tinha de Sasuke fardado, seu uniforme carregava o símbolo dos Uchihas e o deixava majestoso, lindo de tirar o fôlego.

Sasuke também notou o quão angelical ficava em seu modelito de médica, notou que os cumpridos cabelos agora estavam soltos e gostava da maneira como balançavam ao vento, perguntava-se como uma criatura tão delicada poderia gostar de ir pro meio de batalhas apenas para tratar as feridas podres dos atingidos?

Estavam prontos para a longa viagem que fariam. Sasuke deu a ordem da saída e assim prosseguiram de encontro aos ninjas da cidade parceira, a fim de ajudá-los contra a ameaça sob a qual estavam. O líder da ANBU seguiu com confiança na vitória certa, e Sakura seguiu com o coração na mão.