Alguns minutos se passaram e ele acordou finalmente. Estava vestindo só uma cueca e uma regata que vesti nele.  Agora vamos à diversão.  Soltei a boca da garota.

-Qual seu nome senhorita?

-Megan

-Mé gam, já que pediu com tanta educação, eu prometo que não vou machuca-la, não vou tocar nem tocar em sua pele. Pode me dizer o nome do seu namorado?

-Ele não é meu namorado. Ele e eu só estávamos...

-Se divertindo? Bom... Se não é seu namorado não vai se importar se ele brincar um pouco com meu garoto Sam.

Tirei o facão, cortando e cortando, e cortando, pequenos cortes, cortes que não eram fundos, cortes cortantes que gotejavam rubis com um brilho mortal. A garota se mexia e remexia na cadeira, seus olhos vazavam, vidrados no meu espetáculo de splash vermelho. O qual sedutor eram ver aquelas gotinhas...

-acho que você mentiu para mim, ora, pena que não posso lhe punir, então, irei punir a este que já está a meio caminho, mas antes, antes de estar no ponto é preciso salgar, não parece estar... No ponto, não é mesmo? Meg...  

Enterrei as mãos em um pote de sal grosso que trouxe.  Ele já estava pendurado no gancho. Dois dedos encharcados de sal e os enfiei em uma chaga aberta, abrindo mais, mais e mais. O corpo tamborilando e vibrando de ardência.  Eu sentia, sentia o gosto daquele sal, sentia a língua salgada, sentia o sabor de uma morte delirante, mesmo sem provar. Pro...pro-var, isso isso, vou só provar, apenas uma lambida e saberei o gosto, o gosto da morte.

Delicioso para meus olhos, papilas e o arrepio da pele que era o som daqueles múrmuros de dor. A orquestra da alma atormentada, banhada em licor de desgraça. Tenho que provar, sem notar eu apenas aproximei o resto e quando a estava a um palmo ela gritou.

-O QUE VAI FAZER? SEU MONSTRO! VAI DEVORA-LO? VOCÊ É UM... UM... CANIBAL, UM MONSTRO!  SOLTE-O ESCORIA NOJENTA!

Parei subitamente os lábios inferiores tremendo de arrependimento. Meus olhos secando a carne manchada de vermelho e eu apenas... Queria sentir as partículas vermelhas salgadas na boca e sentir o ápice do prazer! Mas essa cadela imunda me cortou friamente, como se atreve? Os monstros são aqueles que sujam a rua com a sua luxuria ardente que impregna os olhos dos jovens, revira o estomago dos velhos e machuca o coração dos solitários.    

-Você gosta dele?

-Sim! Eu o amo!!!

-AMA?Você o ama? Então troque sua vida pela dele, eu prometo que tratar todos os ferimentos dele, a sua frente, vamos leva-lo para casa e eu nunca mais o verei, então, vou te matar, ele estará salvo.

Ela tremeu, gemeu e respirava muito aceleradamente, abaixou a cabeça e não disse mais nada.

-Responda me! MEG!

-mate-o...

Sorri largo.

-Como queira. Meg, você gosta de relaxar?

Ela me ignorou, abaixou a cabeça e tentou parar de chorar e soluçar.

-Existe uma pratica de relaxamento chinesa, chama de acupuntura, ela relaxa os músculos a partir de estímulos na pele usando agulhas muito finas. Praticamente zero trinta e três milímetros. Se acertar nos chamados “acupontos” o individuo se sentira relaxado. Me deixe lhe mostrar, ah sim, se você se mexer, vai se ferir. 

Peguei o braço dela, o livro que arranjei de um chinês na rua que falava sobre o assunto, com arranjei, me refiro a roubar. Dei uma virada nas paginas e achei a que tinha marcado. E agulhei a pele da minha querida amiga.

Ela estava tensa, mas não reclamo de dor. Retirei a agulha rapidamente, uma gotinha vermelha caiu e pingou no chão.

-Agora... tem uma região do cérebro chamada bulbo. Ele conduz impulsos nervosos. E se eu fizer isso uma pequena perfuração nele, seu... Amigo, vai morrer.

Então tirei um barbeador da valise. Raspei o cabelo da parte aonde eu faria a incisão. Ficou bem feito até.  Fiz. Acabado, foi simples e rápido. Ela não deve ter sofrido muito. Acabei com o garoto fazer um corte na jugular.

Lavei as mãos.  Dei uma volta pela casa, fui buscar a outra maleta que deixei escondida por aqui certa vez, nas minhas espionagens, está na hora da operação.