Gustavo escrita por Roosiwelt Silva


Capítulo 1
Rotina Dolorosa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dessa Fic. É minha primeira, então eu estou um pouco inseguro.

Atualizações semanais na segunda.

Espero Reviews e Recomendações se gostarem rsrs

BOA LEITURA!



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    Lá vou eu mais uma vez, iniciar um novo dia. Acordo de 5 da manhã para me aprontar para ir a escola. Que fica no centro da cidade, sendo que eu moro no subúrbio. Assim, para chegar a tempo na escola, tomo um banho gelado e tomo café as pressas, para não perder o ônibus, que ainda por cima vem lotado. Até aqui você já deve estar sentindo pena da minha rotina matinal, mais não para por aí.

    Chego na escola, coloco minhas coisas no lugar e saio para andar pelos corredores, não demora muito e recebo a minha primeira pancada. Isso mesmo amigos, todos os dias eu sou surrado, xingado e zombado pelos “colegas de classe”, não entendo o porquê, nem a causa, nem o que eu fiz para merecer isso, sou legal com todos. Não falo de ninguém, vivo para meus estudos e sempre quero ajudar. O cara que me bate se chama Daniel, tem 17 anos, forte, moreno e alto. Ao contrário de mim, de nome Gustavo, de 14 anos, magrinho e branco nem um pedaço de músculo aparente têm no meu corpo, o que me livra de ser uma ameaça.

    Caído no chão, tenho vontade de chorar, mais tenho que ser forte para não se passar por fraco. Lá na frente, o Daniel zomba:

-- Olha lá, o fracote caiu de novo.

    E começa a gargalhar pelo caminho. Logo após, me levanto, vou ao banheiro checar se esta tudo bem com meu rosto, a pancada que eu recebi foi forte e provocou um pouco de dor. Vejo no espelho, tudo legal, apenas um corte nos lábios mais está tudo bem. Fico pensando como seria a minha vida sem esses abusos, como um aluno normal, com amigos e sem ser vitima de abusos por parte de seus “colegas”. Envolto a esses pensamentos, escuto o sinal tocar e corro em disparada para a primeira aula do dia. Mais não com a alegria dos outros alunos, felizes, como se estivessem indo para um lugar alegre. Para mim, eu estava indo para o inferno, e me fazia demorar a chegar para tentar retardar meu sofrimento.

    Graças a Deus, passo essas primeiras três aulas sossegado, assisto as minhas aulas e vou ao refeitório lanchar, vejo os outros alunos sorrindo felizes, contando fatos da vida. Com os seus amigos ao redor só ouvindo, queria ser como eles, na hora do intervalo, sorrir com eles, ter meus amigos próximos a mim. Mais tenho que me contentar com a solidão, parece que eu vivi assim, sempre solitário, um invisível aos olhos alheios, não suportei mais estar ali e saí do refeitório, quando de repente um rapaz coloca o pé na minha frente e eu tropeço, e caiu com o prato cheio em cima de um aluno, quando levanto e olho em quem eu esbarrei, me tomo de grande pavor, tal como o Diabo fugindo da cruz. Tento falar algo, mais o medo do que estar por vir me faz apenas murmurar para a pessoa antes de sair correndo:

--De.. desculpa!

A pessoa de quem eu tive o maior pavor não era nada mais nada menos que Daniel.

   Passo as outras aulas com um medo irracional, sempre olhando para os lados e pensando comigo mesmo: “Ele vai estar esperando eu sair, o que eu faço”, “será que morrerei aqui mesmo?”, “Talvez deva correr, sou magrinho, assim ele não me alcança.” A ideia de correr parecia dar certo, então mais aliviado espero o sinal tocar, então antes de todos, bato em disparada para a saida da escola. Quando estou no ultimo corredor eis que surge Daniel e seus colegas. Paro imediatamente, começo a suar e a me tremer todo. Corro de volta, mais um de seus amigos que já estava em meu encalço consegue me apanhar e leva até Daniel. Eu, pela primeira vez fui fraco, a ponto de desesperadamente gritar:

-- Desculpe-me! Desculpe-me, não fiz por mal! Por favor, me deixe ir embora, faço tudo o que você pedir. Apenas me deixe ir!

Mais aquilo somente fazia aumentar a maldade de Daniel para comigo. Então ele ordenou a seu amigo:

-- Leve-o ao banheiro, e certifique-se de que ele não fuja.

O amigo de Daniel, que se chama Beto, e carrega ao banheiro, a essa hora todos os alunos tinham ido embora, era a política de Daniel, fazer suas maldades sem as vistas de ninguém, para dar a pouca dignidade já perdida de suas vítimas.

    Beto me leva ao banheiro, mais antes de me deixar lá, soca três vezes a minha barriga, o suficientes para me fazer gritar de dor e rolar pelo chão. Beto, vendo meu sofrimento sorri, e decide dar um pontapé na minha região sexual, o que faz aumentar a minha dor mais ainda. E me deixa, fico lá, chorando baixinho, soluçando e passando a mão nos locais machucados para ver o estrago. Só vejo lanhos vermelhos e doloridos, e pensando mais uma vez. “O que fiz, para merecer isso?”. Fico lá, já estava quase adormecendo pela dor quando eu escuto a voz do meu pesadelo, a voz de Daniel que chega com Beto e mais dois amigos. Talles e Marcelo. Ve minha situação e bate nas costas do amigo sorrindo:

-- Beto, você é maravilhoso! Agora, deixe ele com a gente e vai para casa.

Antes de sair, ele me dá uma ultima olhada, olho bem nos olhos dele. E fico surpreso, seu olhar tinha um misto de dor e tristeza. Como se estivesse pedindo perdão. E sorrateiramente, uma lagrima discreta cai de seus olhos, que rapidamente a enxuga e sai correndo dali.

    Pensando nesse episódio, me esqueço de Daniel e seus amigos, e recebo um pontapé na barriga, era Talles. Depois vem os pontapés na região sexual, era Marcelo, e por fim, Beto. Que dava chutes na minha cabeça. Não chorei, não gritei, fiquei apenas silencioso. Pensando nos olhos de piedade de Beto, e suas lagrimas, rogando o meu perdão. Levo tapas e mais tapas. Pontapés e mais pontapés. Murros e mais murros e continuo silencioso. Imediatamente paro o meu silencio ao ouvir a ordem de Daniel:

-- Tirem toda a roupa dele!

Pensando no pior, imploro a Daniel:

-- Não, tudo menos isso, te peço, Por Favor!

-- E quem disse que vamos fazer o que você está pensando? Oras, somos machos, não fazemos essas coisas! Esse será o seu castigo por ter cruzado meu caminho, por ter entrado nesta escola, por ter mais inteligência do que eu, por ter esbarrado em mim logo cedo! Esta será a ultima vez que eu vou lhe agredir, mais essa você vai carregar na sua memória até a sua morte, se não morrer hoje. Talles, traga o Preferido! E Marcelo, ande, tire as roupas dele.

    Talles vai buscar o Preferido. O Preferido é um chicote que Daniel fez, composto de lanhos de corda com pregos. Com um grande dano a quem ele agride. Talles, ao ouvir o nome, estremece e sai apressado sussurrando: “Coitado do garoto”.

Marcelo tinha acabado de tirar a roupa de Gustavo, o deixando totalmente nu. Quando Talles chega com o Preferido e dá a Daniel tremulo. Este ordena aos dois:

-- Deixe-o de bruços.

E levanda o chicote com toda a força e o mete nas costas de Gustavo, que grita de dor. Os pregos encravaram nas suas costas, e para aumentar mais a dor e o sofrimento do pobre Gustavo, ele meche os pregos, Gustavo não para de berrar e de pedir para parar, mais isso somente aumenta a maldade de Daniel e seus amigos, que vendo isto caem em uma gargalhada macabra.

E Daniel continua chicoteando o pobre garoto, que de rouco de tanto berrar, nem forças mais tem para berrar, e silencia. Somente a prova de que esta vivo é sua boca contorcendo de dor e seus olhos arregalados. Já dormente, ele perde a consciência. Somente escuta quando uma outra pessoa expulsa a tapas e murros Daniel, Talles e Marcelo, e corre desesperado para tentar acordar Gustavo. Na sua mente, Gustavo fica aliviado de ter aparecido essa pessoa. E adormece em coma...

Continua...


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Notas finais do capítulo

* Meio triste né pessoal? Mais é assim mesmo. Isso é uma realidade que a a maioria dos alunos sofrem em escolas pelo Mundo. Se você gostou dessa história e queria que algo fosse acrescentado, postem nos reviews. Que eu ficarei agradecido.
* No perídodo em que Gustavo fica de coma, nas próximas tres semanas surgirão duas historias alternativas que contará um pouco mais do personagem.
* Até a proxima pessoal!



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