O dia amanheceu nublado.

Assim como meu humor.

Era como se tivesse uma nuvem negra em cima da minha cabeça, igual aparece nos desenhos animados.

Levantei da cama com a menor disposição.

Tomei banho o mais lentamente possível.

Vesti a primeira roupa que avistei no guarda-roupa.

Uma blusa florida, saia braca, bota coturno marrom.

Peguei minha bolsa junto do material e desci.

Minha avó havia ido visitar uma velha amiga.

Mais do que nunca está misteriosa

Segredo, segredos e mais segredos.

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Optei por ir caminhando.

Seria melhor.

Iria admirar a paisagem.

E pensar mais com calma.

Como era primavera as flores ficavam mais lindas do que são.

E chamava atenção dos moradores da cidade.

Achava tão bonito e interessante o ciclo da vida.

Por exemplo.

As flores.

Elas nascem, crescem, desabroxam e morrem.

Assim como os humanos.

Claro que tem algumas necessidades.

Do tipo, elas precisam de cuidados.

Fico imaginando os vampiros.

Com o passar do tempo tem mais experiência e "idade".

Mas não sofrem mudanças, tipo de "envelhecer".

Podem ver as pessoas ao seu redor envelhecendo e ele não.

Ou por exemplo.

Eu não gostaria de ver pessoas queridas morrerem, enquanto estou aqui, viva.

Sem nenhuma mudança em meu corpo.

Deve ser doloroso.

Muito doloroso.

Quer dizer, pode morrer se alguém enfiar uma estaca no seu coração.

Mas fora isso, não tem nada á fazer.

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O barulho de conversas, risos, beijos.

Ou seja,

qualquer barulho me irritava.

No final do corredor vi Caroline e Elena conversando perto de seus ármarios.

E observei que estavam animadas.

Supôs que provavelmente estão planejando á próxima festa ou algo assim.

O que não me anima nenhum pouco.

É algo fútil e desnecessário.

Não que elas sejam fútil, não mesmo.

Quer dizer de vez em quando são.

Tipo, agora.

Sabe, posso até está exagerando, mas o meio mundo morrendo e elas pensando em festas, bailes ou uniforme de torcida?

É como se elas não ligassem para esse "meio" mundo.

E bem lá no íntimo ás vezes acho que não dão o mínimo de importância mesmo.

Mas a maioria do tempo tento não pensar assim.

Elas são minhas amigas, não?!

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Sentada em minha carteira e na aula "super" maravilhosa de Matemática(sintam a ironia, please).

Olhava para a parede cinza como se fosse a coisa mais interessante.

E no caso, talvez seja mesmo.

De repente me veio á mente a imagem daquele ser.

Do qual queria esquecer.

Esquecer de sua existência, de sua voz, seu corpo colado ao meu e sua boca macia.

Cheguei a seguinte conclusão:: Que definitivamente tenho de esquecer Damon Salvatore.

Mas antes disso, permito assistir novamente a imagem de nós dois se beijando.

É como um "flashback".

Seus fortes braços apertando minha cintura, sua língua dançando juntamente da minha uma dança do qual não parecia ter fim.

Meus olhos fechados, apenas contemplando e saboreando aquele único momento.

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Estava na fila da lanchonete, esperando ansiosamente a minha vez.

Sim, eu estava com fome.

Quando fico irritada, fico com fome mais rápido.

Senti uma mão no meu ombro.

XXX: Bonnie?

Me virei a constatei que era o Karl, sorrindo lindamente para mim.

Bonn: Oi Karl.

Karl: Tudo bem?

Bonn: Sim e você?

Karl: Parece meio abatida. Tem certeza que está bem?

Abatida? Será?

Quando me olhei no espelho não havia percebido nada de diferente em mim.

Mas também olhei rapidamente com pressa.

Bonn: Tenho sim. Apenas deve ser cansaço. É, deve ser.

Pareci meio indecisa, e realmente estava.

Mas quis que acreditasse que era apenas cansaço.

Apenas isso.

Karl: Espero que fique bem, logo. Porque ser não...

Porque será que ele não continuou a falar?

Fiquei curiosa.

Bonn: Porque ser não, o que?! Pode falar, Karl.

Karl: Eu quis dizer, ér... Deixa pra lá.

Bonn: Por favor, fale. Fiquei curiosa agora.

Ele respirou fundo, olhou pro lados e voltou seu olhar novamente para mim.

Percebi que estava envergonhado com o que irá falar.

Karl: Sei que nos conhecemos pouco, mas te acho uma garota legal. E gostaria de convidar você para sairmos. Não costumo fazer muito isso, mas ser não quiser tudo bem.

Sair? Tipo um encontro?

Somente esse pensamento me deixou nervosa.

Eu, Bonnie Bennett, num encontro com Karl Lyon?

Tá certo que somos amigos e tudo mais, mas isso não significa que sou cega.

Ele é um belo de um garoto.

E muitas vezes percebi os olhares da população feminina para cima dele.

Porque não?!

Faz tempo que não saio pra me diverti e o pouco que nos conhecemos sei que vai ser legal.

Assim espero!

Bonn: E onde nós vamos? Quer dizer não temos muitas opções de lugares por aqui.

Karl: Percebi. Podemos ir naquele bar que tem karaôke, sinuca.

Bonn: O Mystic Grill. Seria legal.

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