Acertos E Desencontros escrita por Lia Cullen


Capítulo 10
Descobertos


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, gente!
Estou sumida por aqui, mas eu não abandono a minha fic não! Boa leitura. Nos falamos nas notas finais!



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Chegamos a nossa casa rapidamente, a faculdade não ficava tão distante, era uns 10 minutos de carro e mais ou menos 30 minutos a pé. Edward estacionou o carro na garagem. Peguei meu molho de chaves e destranquei a porta, a sala estava silenciosa.

–Oláaaa?! Chegamos!- Emmett anunciou que já estávamos em casa.

–Aqui na cozinha, pessoal. - Era a voz de Jasper, ele estava lavando uns copos e alguns outros utensílios pequenos, pareciam ser do lanche que eles fizeram agora pela tarde. Nate estava em um macacão azul de bolinhas marrom, muito fofo, peguei-o rapidamente do colo de Rosalie, que já estava pronta para ir com Jasper e Alice.

Por enquanto a vida estava boa. Nate dava seu sorriso banguela para mim, Emmett foi à cozinha preparar um lanche e Edward foi cuidar do seu Clark. Segui com meu pequeno em direção ao meu quarto, muita coisa para estudar e dar atenção a ele também… A única coisa que passava em minha cabeça no momento era que estávamos nos adaptando em ter uma criança em casa, mesmo que não fosse obrigação de ninguém, nem minha, mas os laços afetivos nos ligavam pouco a pouco. Minha única preocupação era que essa felicidade e a convivência fossem destruídas por algum parente próximo a Nate reivindicando algum direito, seria uma barreira difícil de enfrentar… Nate deu um gritinho enquanto eu trocava espalhava meus livros pela cama.

− Vem estudar com a mamãe, vem pequeno!

Coloquei-o perto de mim enquanto lia algumas coisas adiantando a matéria. Tratei de expulsar as minhas angustias, por hora, e me concentrei somente em meus estudos e no bebê risonho ao meu lado.

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Seis meses depois.

Agosto. Verão. O tempo passava rápido quando se têm muitos a fazeres na vida. Nunca pensei que estudaria tanto quando planejei minha faculdade, nesse tempo todo eu me desdobrei tentando ser a melhor aluna da minha sala. Meu sonho estava se realizando, era mágico ver o que eu sempre quis, acontecer. Minhas notas sempre permaneceram altas, o que me deu uma grande oportunidade no meu curso a partir do segundo semestre. Eu fui convidada pelo meu professor a participar do grupo de pesquisa e monitoria cujo ele era o orientador, isso beneficiaria tanto o meu currículo, e também recebia mensalmente uma bolsa, ajuda de custo, para os meus projetos. Eu fiquei muito feliz com a oportunidade, chorei de emoção após receber o convite, contei a Emmett e todos da minha casa que ficaram muitos felizes com a minha conquista.

O pessoal da minha casa vinha se tornado pouco a pouco, minha família. Eu já entendia as manias de cada um, nos tínhamos cumplicidade e amizade. Ah meu pequeno Nate, ele estava uma bolinha de gordura em seus plenos sete meses, era incrível acompanhar seu crescimento. Seus olhos permaneceram verdes claros e limpos como os de Edward, seus cabelos escureceram bastante, agora eles estavam castanhos escuros. Ele já brincava e sorria para qualquer um, nesse tempo, ele era o xodó de todo mundo aqui em casa, era extremamente apegado a mim e a Edward, ele brincava muito com meu bebê, era prestativo e me ajudava em tudo, foi assim que ele se tornou meu melhor amigo.

Confidenciávamos tudo um ao outro, ele era um pouco avoado às vezes, falava pelos cotovelos e não tinha nenhuma noção de sua beleza. Todas as meninas da faculdade babavam por ele, mas ele nem ligava muito, era quase como se ele estivesse dizendo que se quisesse alguém, ele conseguiria, sem precisar de ninguém correr atrás dele. Edward era um grande companheiro, conversávamos sobre o crescimento de Nate, a faculdade e tudo que vinha na nossa cabeça, ele me ajudou muito quando eu precisava estudar para minhas provas e apresentações.

Jasper e Alice estavam um grude só, era engraçado. Ele todo sério, típico rapaz de outra época, conversando com a maluca da irmã de Edward, ela era elétrica e tem sido uma boa amiga para mim. Eles sempre estavam juntos, saiam para tomar sorvete e assistiam a filmes idiotas na nossa TV, até na hora que pedíamos para que eles fossem à padaria comprar nosso lanche da tarde, eles iam juntos como se fosse um encontro, aliás, qualquer lugar que eles iam juntos, era um encontro para eles.

Emmett e Rosalie já eram outra questão, os dois se engalfinhavam de vez em quanto, Rose tinha uma personalidade forte e Emm era teimoso. A hora do almoço quando eles eram os “escalados” para prepará-lo era sempre uma comédia, Rose sempre obrigava a Emm a deixar suas manias de bagunça de lado e fazer as coisas com organização; ele reclamava, fazia birra, mas obedecia como um cachorrinho, eu uma vez brinquei com ele que ela seria a cunhada perfeita pra mim:

(…)

Depois de mais uma guerra do almoço, onde Emmett insistia em sair sujando todas as vasilhas, enquanto Rose brigava para que ele fosse lavando aos poucos para que não acumulasse para os dois depois. Emm terminou de fazer tudo com um bico enorme e eu, que estava com Nate, comecei a rir. Rose colocou-o na linha e a cozinha estava perfeitamente arrumada 20 minutos depois de almoçarmos. Enquanto já deixava a próxima refeição de Nate já pronta, fiquei tagarelando com meu irmão:

— Sabe Emm, Rose seria a cunhada perfeita para mim, ela consegue mandar em você e você a obedece sem pestanejar!

— Rá, muito engraçada! Apesar de ela ter um corpão de deixar qualquer um maluco, uma voz doce e carinhosa, um cheiro de lavanda refrescante, um cabelo lindo que tenho vontade de passar a mão toda hora, um jeito meigo e um sorriso encantador, eu não estou disposto a amarrar minha coleira ainda.

Comecei a rir do discurso apaixonada e da cara de retardado do meu irmão, ele já estava amarrado, era só reconhecer. Eu fiquei com um pouquinho de ciúmes, mas pela felicidade do meu irmão eu fazia qualquer coisa…

(…)

Depois desse dia eles se espetavam toda hora, Rose tinha uma crise de raiva quando uma das meninas do curso do meu irmão ligavam para ele para fofocar coma a desculpa de ajudar na matéria, eles formavam um belo casal, era só preciso que eles reconhecessem.

Edward e Emmett estavam tomando conta de Nate durante o tempo que eu ficava no programa de monitoria e as reuniões do grupo de pesquisa. Todas as terças e quintas eu ficava até ás seis horas da tarde dando a monitoria para os alunos do primeiro semestre, a cada 15 dias nas sextas-feiras eu precisava me reunir com o grupo de pesquisa, até as sete da noite, para resolver nossas bibliografias para os artigos e as pesquisas de campo.

Clarck, meu colega de sala-olhos verdes e cabelos escuros, também fazia parte do grupo de pesquisa, ele tem sido um bom amigo de sala. Somente algumas vezes que ele me importuna fazendo perguntas estranhas, sobre como é minha vida, porque eu quase nunca saia para os bares com o pessoal da turma e entre outras coisas. Eu nunca permiti que ele fosse a minha casa, tinha medo de que ele descobrisse sobre Nate, eu tinha um pouco de receio por conta das minhas preocupações. Edward, Emmett e o pessoal da minha casa concordavam com isso, não trazíamos estranhos para dentro de casa, tentando deixar o pequeno mais seguro possível.

Emmett tinha conversado com seus colegas do último período sobre meu caso, mas nunca falando que era exatamente eu, sua irmã, sondando para ver quais eram a minha possibilidade de ser a mãe oficial de Nate. Seus colegas disseram que nos precisaríamos de um advogado, com toda a documentação que Nate tinha vindo, a carta de sua mãe era uma coisa esclarecedora que tínhamos.

Enfrentaríamos um longo processo para provar que tínhamos condições de cuidar dele, que eu era responsável e se a história era verídica e poderíamos utilizar o próprio serviço da faculdade, já que meu irmão era um aluno. Eu tinha medo de perdê-lo, então decidimos esperar mais um pouco para iniciar o processo, não queria toda essa interferência na minha faculdade agora, mas meu irmão já tinha a documentação toda pronta, era só entrar com a ação da adoção.

Hoje era mais um dia quente e não teríamos aula pelos próximos três dias, a faculdade precisou que passar por uma reforma na parte hidráulica e em algumas questões de acesso a deficientes físicos, normas do governo. Nos, estudantes, adoramos, três dias de descanso livre de matéria. Pude colocar meus estudos e trabalhos para a próxima semana em dia durante o fim de semana, agora era só curtir os dias de folga com a minha família.

Eram 9 da manhã, Nate já tinha tomado sua mamadeira as seis e, como estava calor, eu havia ligado o ar-condicionado, meu bebê resolveu dormir mais um pouco aproveitando o frescor que o aparelho proporcionava em nosso quarto. Nate já estava tão grande que não cabia direito em seu moisés, ele dormia mais em minha cama que tudo. Eu tinha acordado há poucos minutos e fiquei enrolando em minha cama, estava com preguiça de levantar e de acordá-lo.

Depois de enrolar mais um pouco, fui até o banheiro tomar um banho longo e relaxante, deixei Nate em volta de travesseiros, deixando a porta do banheiro aberto onde eu poderia vigiar caso ele acordasse. Vinte minutos depois eu estava pronta, meus cabelos limpos e com cheiro de pêssego do meu shampoo e mais desperta.

Nate estava acordado em minha cama, ainda sonolento, se mexia devagar olhando tudo, em seus sete meses ele já ficava sentadinho, rolava para tudo quanto é lado, começava a engatinhar e já conversava com a gente em sua linguagem.

— MA, MA, MA!

Ele percebeu que eu estava no quarto e começou a sacudir suas perninhas e me chamar em seu idioma.

— Ei bebê! Você está com saudade de mim querido?

Ele deu aquele gritinho fofo e se sacudiu mais tentando se levantar. Fui para minha cama sentando ao seu lado e comecei a conversar com ele, que adorava quando eu ou qualquer pessoa começava a falar com ele.

— Bebê, hoje amanhã e depois nos vamos ficar bem juntinhos! A mamãe vai levar você para passear no quintal e brincar com Clarck e com tio Emm.

Continuei falando e ele prestava bastante atenção, como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo. Levei-o em direção ao banheiro dando um banho rapidinho para que ele acordasse de vez da preguiça. Coloquei uma roupinha fresca, camiseta e uma bermudinha jeans, até agora Edward ainda não tinha vindo até o meu quarto ver como estávamos, o que ele fazia todos os dias, então, eu terminei de arrumar Nate e fui para o quarto dele, que era de frente para o meu.

— Vamos acordar o Edward, Nate?

Nate virou sua cabecinha procurando Edward e começou a chamá-lo de “DA, DA, DA!”. Bati a sua porta e como ele não respondeu, entrei devagar. Ele dormia sem camisa, uma perfeição em forma de homem, sua respiração era lenta, ele dormia com uma expressão calma em seu rosto, aparentando estar bem descansado. Depois de muito observar, Nate já se remexia em meu colo, coloquei-o em cima de suas costas onde ele rapidamente começou a bater nas suas costas e chamá-lo incansavelmente. Sentei-me ao lado de sua cama segurando o pequeno.

Devagar ele foi se mexendo, Nate não sossegou enquanto ele não o acordou, Edward pegou Nate rapidamente de suas costas fazendo cosquinhas nele. Era uma coisa linda de se ver sua cara amassada e seu sorriso preguiçoso em seu rosto.

— Bom dia, dorminhoco, estranhamos sua falta de visita em nosso quarto.

Eu disse a ele sorrindo quando ele parou de brincar com Nate e sorriu para mim.

— Eu achei que vocês dormiriam mais um pouco, eu ouvi o pequeno aqui chorando lá pelas seis da manha e logo parou, imaginei que ele tinha voltado a dormir.

Edward explicou calmamente ainda exibindo aquele seu sorriso espetacular e preguiçoso. Eu queria me jogar em cima dele quando ele fazia isso. Segurei meus hormônios e continuei conversando normalmente, pelo menos tentei.

— Voltamos a dormir sim, Nathan pegou no sono logo depois que mamou e só acordou agora, depois que eu tomei banho…

— Ah, sim. Nossa que cheiro bom…

Edward amava o cheio do meu shampoo, ele veio esfregando seu nariz pelo meu pescoço e meu cabelo. Ah, cara, assim não tem condições, Jesus. Meu pescoço se arrepiou inteiro e a vontade se se jogar em cima dele aumentou. Edward parou de me cheirar e sorriu para mim como se não tivesse feito nada, eu tinha um sorriso tímido em meus lábios.

— Vou levar Nate para comer alguma coisa na cozinha, esperamos você lá no quintal para brincarmos com sua bola de pelos!

Eu disse tentando ignorar minhas reações a suas ações anteriores. Ele sorriu lindamente e disse que iria se aprontar e nos encontraria lá em baixo. Segui com Nate em direção à cozinha, quando cheguei à porta de acesso à mesma, minha surpresa não foi encontrar meu irmão em um beijão com Rosalie, na porta da geladeira.

Fiquei de boca aberta e pretendendo voltar depois para não atrapalhar o momento, mas meu pequenino resolveu interromper gritando “ME, ME, ME!”, o jeito que ele chamava Emm.

— Er… Nos estávamos concertando a porta da geladeira que… que… não quis abri!

Emmett deu a pior desculpa do universo, Rose estava com o rosto vermelho, eu dei uma risadinha tentando abafar minha gargalhada.

— Tudo bem Emm, eu e Nate vamos só pegar nossa comida e deixar vocês dois terminarem de “concertar a geladeira”, fiquem à vontade!

Eu disse ironicamente, meu irmão era um grande idiota apaixonado que não sabia admitir o que queria com Rose. Ela saiu bufando furiosa pela escada e Emm foi atrás falando “Rose, pera aí!”.

Eu e Nate tomamos nosso café rapidamente, eu torradas integrais com iogurte de morango, e ele, uma maça raspadinha que ele adorava. Edward desceu em poucos minutos e nos brincamos ao redor da piscina com Clarck, o cachorro barulhento e dócil de Edward, por vários minutos. Contei a Edward sobre a cena que presenciei mais cedo na cozinha, ele riu e ficou m pouco pensativo. Já estava perto da hora do almoço, Jazz e Alice que eram os responsáveis hoje, então brincamos mais com Nate, Rose e Emm ainda estavam trancados em casa, depois eu falaria com eles.

Nate já estava sem a roupinha, só de fraudas e lotado de protetor solar, levantei com ele no colo para tentar fazer com que ele tomasse um pouquinho de água, a campainha tocou e, como estava mais próxima da porta, abri sem me lembrar de que meu bebê estava em meu colo. Abri a porta sorrindo, mas meu sorriso sumiu do meu rosto quando eu percebi quem estava tocando a campainha.

— Clarck?

Eu sentia o sangue sumir do meu rosto enquanto ele olhava abismado para o bebê em meu colo. Edward estava vindo em minha direção quando viu que eu estava ficando meio estranha.

— Bella, você tem um bebê?

Sua expressão era de puro choque, ele varreu seus olhos analisando cada dobrinha do corpo de Nate. Até que ele fixou seus olhos no braço esquerdo do meu bebê, seu rosto tornou-se outra coisa, era assustador.

—Porque ele tem esta mancha igual à minha?

Minha respiração estava acelerada, Clarck questionou-me com um olhar inquisidor, tinha uma expressão de dar medo em seu rosto, eu nunca o tinha visto assim, reparei na mancha de Nate em seu bracinho esquerdo, e fiquei em desespero. Edward já estava ao meu lado, pegou Nate do meu colo e segurou firmemente minha mão.

— O que você quer Clarck?


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Notas finais do capítulo

E ai? Surpresos? Digam-me o que acharam! Eu não postei antes pela minha faculdade que me proporcionou um bloqueio tremendo que eu não conseguia sair da primeira linha! Já comecei a trabalhar no próximo capítulo enquanto eu ainda tenho inspiração!
Mandem muitos comentários sobre o que vocês acharam e quem sabe minha inspiração fica de vez e no domingo vem um capítulo novinho?
Robeijos, boa semana para todos!



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