Ser novo é sempre ruim, agora ser novo em um colégio que você nunca esteve antes e que você não conhece ninguém é pior ainda, para piorar só se você for o novo professor gay de matemática de uma cidade pequena de Ohio como é o caso de Nicolas.

É incrível a capacidade das crianças de hoje em dia de dar medo, tudo bem que algumas dessas “crianças” são uns bons dez centímetros mais altos que ele – Maldita genética e pais baixinhos – pensava Nicolas quando passava por um jogador de futebol da escola que era no mínimo o dobro de seu tamanho e quase atropelou ele.

O caminho para a sala dos professores parecia o caminho do inferno, adolescentes se beijando, jogando garotos menores que eles nos armários, mas o que deixou Nicolas surpreso foi quando uma garota levou um slush vermelho na cara – Por que raios eu não ouvi os meus país quando eles falaram que ser professor era pedir para sofrer? Mas não, eu tenho que ser cabeça dura. Eu devia ter aceitado aquela proposta do MIT, eu devia!

Quando ele finalmente chegou na sala dos professores e viu uma mesa vazia Nicolas jogou as pastas que tinha na mão na mesa junto com sua mochila de um ombro só e sentou na cadeira.

– Primeiro dia? - Nicolas não consegui evitar o susto quando aquele homem já na casa dos 50 apareceu com uma xícara de café na mão.

– Aham – Foi tudo que ele falou encarando aquele que deve ser um outro professor de cabelos castanhos meio encaracolados.

– Me chamo Will Schuester, sou o professor de historia – falou estendendo o braço

– Nicolas Thompson – falou apertando a mão do Will – Aqui senta – falou apontando para a cadeira do lado.

– Obrigado – falou Will se sentando. – Como está indo o primeiro dia?

– Não muito bem até agora, quero dizer, eu vi uma garota levando um slush agora a pouco. – falou gesticulando para o corredor

– É assim aqui, isso acontece com as pessoas excluídas, os lusers.

– Mas ninguém faz nada?

– Eu já tentei sabe? Tinha o glee club que eu coordenava que era contituido basicamente pelos lusers, mas as pessoas pararam de ir ai eu tive que fechar o club, alem do fato de que eu estava ficando sobrecarregado- falou Will com uma careta levando o copo de café até a boca.

– A quanto tempo você fechou o Glee Club? – Falou Nicolas curioso

– Ah, já faz uns 6 anos, por que?

– Você acha que eu consigo reabrir ele?

– Permissão do diretor você consegue, só não acho que você vai conseguir pessoas que entrem.

– Onde fica a sala do diretor? – Perguntou Nicolas já ficando animado.

– Para lá – Will apontou para a porta fazendo sinal de que ele teria de virar a esquerda.

Nicolas não esperou por Will e se levantou pegando suas coisas e indo para a sala do diretor que nem um furacão.

– Quem é o fósforo que saiu correndo? Já assustou o novato com seus duendes no cabelo?

– É bom te ver de novo Sue, e fósforo? O cabelo do Nicolas nem é tão vermelho assim.

– Tanto faz Shuester. – Falou Sue se virando para pegar café.

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Nicolas estava muito animado em colocar a folha de inscrição do New Directions, ele não gostava do nome, mas até pensar em um novo ele iria ficar com esse mesmo. Na época de escola ele tinha participado do glee club e esse tinha sido um de seus clubs preferidos, estava animado de dirigir um. Pregou o papel no mural e encarou ele orgulhoso de si mesmo, até notar que o corredor estava vazio e olhar para o relógio reparando que estava atrasado para sua primeira aula.

Quando Nicolas chegou à sala e viu a zona que estava a única coisa que ele pensava era – Maldito dia que eu não ouvi meus país.