O 13º Andar escrita por Pequena Sonhadora


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

HEY PEOPLE!! aqui mais um capitulo pra vocês.. Boa leitura



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POV Ane.

—Agora eu quero saber —disse — Quem é Liana?

—Sou eu

Uma garota apareceu na ultima cadeira vaga na ponta da mesa. Ela tinha cortes pelo rosto e corpo, devia ter uns 12 anos. Notei certa semelhança comigo. Seu nome me fez lembrar o meu bebê que perdi, aquele nome seria usado se fosse uma menina. O sonho de Diogo era ter uma filha comigo.

Oh céus!! Agora que notei Liana aparecera do nada ali, ela era um fantasma? Não, não eu só posso ta vendo coisas. Olhei pra meninas pra ver se estavam assustadas, apenas Déia, Mya e eu estávamos de olhos arregalados.

—Quem é você? — Ouvi Mya perguntar

—Liana, já disse — Ela respondeu me fitando

—Co-como? — Gaguejei eu só posso estar enlouquecendo

—Sou sua filha mamãe — A garotinha sorriu — Aquele monstro não podia ter feito aquilo com você

—Perdi você — Falei —com 3 meses de gestação, não pode — Lagrimas rolavam pelo meu rosto — Mas como?

—Longa história — Respondeu e levantou-se

—Onde vai? —Su perguntou levantando-se também assim como as outras eu permaneci sentada ainda assustada com tudo aquilo.

—Tenho que ir — Disse e olhou novamente pra mim — Ele não podem saber que falei com vocês

—Ele? — Perguntei quem poderia ser ele?

—Tenho que fazê-lo dormir de novo — Disse e sumiu, mas ainda pude ouvir sua voz num sussurro — Amo você mamãe

Senti um aperto no peito quando ouvi essas palavras. Aquela altura eu já chorava rios (n/a: KKKK sempre digo essa frase). Senti as meninas me abraçando e murmurando que tudo ficaria bem e que descobriríamos o que estava acontecendo.

POV Su

Quando a gente pensa que nada pode acontecer pra piorar a situação, sempre acontece. Estávamos sentadas na mesa conversando e tentando entender a confusão que se formou desde a aparição daquela garota.

—Soso — chamei e a puxei pra nos afastar das outras

—Fala — pediu

—Que confusão hein — falei mais mim do que pra ela — O que está acontecendo afinal?

—Não faço a menor idéia Su, embora tenha certeza que pode piorar — Soso tinha o olhar vago parecia estar se lembrando de alguma coisa — Tomara que não piore demais

Assenti. Eu não fazia idéia do que ela falava, entretanto ela tinha razão as coisas só pioravam a cada minuto.

—Tá tarde é melhor irmos todas dormir — Soso falou indo em direção a porta da cozinha

—É verdade — Déia concordou

Déia esteve em silencio o tempo todo. Nenhuma palavra sobre a aparição da garota, ela estava estranha até diria que era medo afinal todas ali estavam, mas com Andréia esse medo era diferente. Não sei por que eu diria isso não tinha nada contra ela muito pelo contrario eu sempre gostei muito dela mesmo  às vezes ela dando encima do Diogo quando ele ainda estava com a Ane.

—Déia — chamei ela se virou pra me olhar — você esta bem?

—Sim só estou cansada boa noite — disse e saiu da cozinha

Sentei novamente. Fiquei ali pensando em uma teoria pra tudo aquilo, o sono estava me vencendo não me deixando terminar, ou melhor, começar teoria nenhuma. Levantei e fui pro meu quarto. Eu fui a escolhida pra ficar no quarto de casal, era até legal não precisar dividir o quarto mas também era um pouco assustador. A noite barulhos estranhos rondavam o quarto, e correntes arrastavam no andar de cima, eu não sabia se as outras ouviam também, mas não queria contar e elas acharem que eu estava enlouquecendo. ‘’É talvez eu esteja mesmo’’ pensei.

Deitei na cama e nem precisei contar carneirinhos apaguei completamente.

‘’—O que faz aqui Hernandez — Ouvi a voz da Geane ela estava com medo e raiva muita raiva

—Vá embora — gritou

Eu a procurava ao redor, mas tudo que via era escuridão. Uma luz prendeu minha atenção decidi segui-la. Caminhei sem saber em que estava pisando, pareciam cacos de vidro, pregos, sei lá aquilo machucava meus pés não desisti queria saber onde Ane estava e o que acontecia.

—Não vou embora, essa criança também é minha — Um homem gritava com ela. Será que é o Diogo?  A voz está muito diferente. Caminhei mais um pouco gemendo de dor parei próxima a luz foi quando vi Ane. Ela tentava fechar a porta na cara do Hernandez que impedia.

—Vá embora — Geane estava alterada de vez enquanto colocava uma das mãos na barriga o indicava que sentia dores

—Não — o homem elevou a voz — deixe me entrar — pediu

—Não — Geane disse e se curvou sentindo dores

O tal homem que eu não vira o rosto se aproximou dela.

Tentei chegar até eles, mas não consegui me mexer. Ane gritava de dor e o homem murmurava algo pra ela eu não sabia o que era não conseguia ouvir.

—Ele é cruel não é? — Alguém disse ao meu lado olhei e vi Liana parada olhando a cena

—Por que ele não a ajuda? — Fui interrompida por um grito

—Ele não pode — respondeu Liana soluçava como se estivesse chorando, mas não tinha lagrimas. — Vai ajudá-la?

—Como? — Perguntei olhando a cena. Ane se contorcia de dores enquanto o homem senta  no sofá e fica apenas olhando.

—Você tem que impedi-lo — disse

—Aquele é o Diogo? — perguntei

—Não

—Quem é ele? — Ela não respondeu apenas pegou minha mão e caminhou comigo até a onde eles estavam.

Quando cheguei na porta fiquei surpresa com o que vi. Não era Diogo que estava ali vendo minha amiga gritar de dor e sorrir, era ele. Walter Slyke.

—Walter — falei e senti um puxão na minha mão. Olhei pra ver o que Liana queria e assustei-me quando vi um monstro no lugar dela, Soltei minha mão e tentei correr meus pés doíam muito mesmo assim tentei correr voltei pro lugar de onde eu tinha saído com Liana. Curvei o corpo tentando respirar melhor, quando voltei a minha postura ereta dei de cara com dois olhos vermelhos me encarando, estava perto demais de mim, senti seu hálito nojento bater em meu rosto e ele se aproximar mais de mim. Aquela criatura babava sangue e me olhava como se eu fosse um pedaço de carne então aconteceu. Ele veio em minha direção. ’’

Acordei assustada. Olhei o relógio 3:30 da manhã, levantei e senti meus pés doerem ao tocar o chão. Olhei pra eles e estavam normais, não tinha machucado nenhum. Caminhei até a porta do quarto e fui até a cozinha pegar um copo com água. Quando passei pela porta da cozinha, sentada a mesa com um dos porta retrato nas mãos estava Liana.

—AimeuDeus — Gritei colocando a mão na boca —O que faz aqui?

—Foi um pesadelo e tanto não é? — Perguntou sem me olhar — Descobriu alguma coisa?

—Como você sabe do...? — Parei quando vi  seu olhar ela chorava. Chorava sangue. — Foi você?

—O que?

—Foi você que me fez ter esse pesadelo? — Perguntei pegando um copo no armário. Eu sei que devia ter saído correndo ou ter desmaiado de susto com aquela garota fantasma sentada na minha mesa. E que eu não devia falar com ela e tals, mas aquela altura dos acontecimentos eu já tava fora de mim, é tanta coisa estranha acontecendo na minha vida nos últimos dias que eu não me importo mais em bater um papinho com uma garota morta.

—São minhas lembranças — Falou e se levantou

—Onde vai? — perguntei colocando o copo na pia — Por que me mostrou isso?

—Pense um pouco logo terá sua resposta — Liana respondeu e sumiu (ô mania chata de sumir sem explicar direito)

Suspirei.

Voltei pro quarto e deitei na cama fitando o teto. O que ela quis dizer? Será que eu sabia a resposta? Por que eu? Fiquei perdida em pensamentos por minutos talvez horas. Comecei a me sentir estranha e virei-me na cama de modo que ficasse de frente pro banheiro.

A luz do banheiro estava acesa.  ’’Eu não me lembro de tê-la deixado acesa’’ pensei e levantei da cama acendendo a luz. Andei lentamente até a porta do banheiro entre aberta e chamei

—Liana?

Nada. Apenas um gemido e um ruído de algo se quebrando, talvez um osso.

Abri a porta lentamente tremendo de medo. O que estivesse ali com certeza não era a garotinha. A porta abriu e foi quando eu vi. Tinha um aviso no espelho.

‘’13º Andar’’

Prendi a respiração quando senti o cheiro de sangue. Aquilo fora escrito com sangue. Olhei meu reflexo no espelho e vi um pequeno vulto atrás de mim, não consegui dizer o que era, ou quem era, pois sumiu rapidamente.  Aquele andar era o andar de cima. O andar proibido como Josh dissera naquele dia em que chegamos. Balancei a cabeça e voltei correndo pro quarto. Deitei na cama e me cobri até a cabeça. Vai me dizer que você nunca fez isso? Há-há duvido!!  Fiquei ali em silêncio tentando ouvir alguma coisa. Passaram-se minutos eu já estava sufocando embaixo das cobertas. Então aconteceu de novo. Correntes no andar de cima. Vozes. E um grito estrondoso.


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Notas finais do capítulo

Não ficou tão ruim assim ficou? Deixem reviews
please, please - mcfly hahaha lembrei dessa musica!!
Se eu conseguir terminar o proximo capitulo posto ainda hoje!! BJos
~P.S