O Submundo escrita por Lis Bloom


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/393281/chapter/22

Agora, além de ser eu, Hiley e Marco, tinha também todos os monstros que estavam no bar, agora eles estavam cantando uma música que tinham inventado, para incentivar ainda mais a nossa busca pelo David.

_ Estou me sentindo mais seguro agora com todos esses monstros. – Diz Hiley sarcasticamente.

_ Chegamos. – Diz Marco fazendo com que todos parem de andar.

Olho para frente e vejo um imenso castelo vermelho, com apenas uma enorme ponte para chegar até lá, e de um lado a outro dessa ponte eu via apenas fogo espirrando de um lado a outro.

_ Vamos. – Fala Marco chamando a gente com as mãos. – Temos que atravessar.

Todo mundo não fala nada, até Hiley, ele devia estar muito nervoso para isso, começamos a andar em direção a ponte, todos os monstros tinham parado de cantar, como se estivessem com medo do que poderia ter ali dentro.

O vapor é muito quente, a minha pele começa a ficar morna, e depois quente, como seu eu estivesse me queimando, mesmo se o fogo não tivesse espirrado e mim.

Felizmente terminamos de atravessar, e o engraçado era que nada tinha acontecido com a gente, apenas o silêncio tomava conta.

Até que chegamos a um portão de mais ou menos uns três metros, todos nós paramos e Marco começa a falar:

_ A partir daqui, todos que entrarem não terá mais volta, estamos aqui por dois motivos, salvar David e nossas vidas, quem quiser desistir pode dar meia volta e ir embora.

Todos ficam parados no mesmo lugar, Marco concorda com a cabeça e se vira para o portão, ele faz alguma coisa que eu não consigo identificar e o portão começa a subir, abrindo passagem para todos nós.

Mal entramos e um monte de aberrações começa a nos atacar, Marco acena para que eu e Hiley subíssemos em direção a uma escada que eu nunca tinha visto antes.

Começo a subir rapidamente a escada que parecia não ter fim, com Hiley bem atrás de mim.

Até que nos deparamos de frente a uma porta gigante, com o arco todo trabalhado de ouro, a porta de madeira era toda desenhada por monstros, frases indecifráveis e outras coisas estranhas.

Aproximo-me e toco na maçaneta, que para minha surpresa, estava muito fria, abro-a lentamente e me deparo com David sentado em uma poltrona e do seu lado um homem muito bonito, ele era pálido, os cabelos pretos curtos, olhos vermelhos como o fogo, os lábios grossos rosados, o corpo esculpido, ele estava no trono mais alto da sala, com certeza aquele deveria ser o demônio.

Sem nem pensar corro em direção a David, e jogo os meus braços ao redor de seu pescoço, o apertando o mais forte que consigo, eu estava tão feliz por ter lhe encontrado, mas David não retribui o meu abraço, apenas fica parado, sem reação nenhuma.

Afasto-me dele e olho em seus olhos, que como o homem ao seu lado, estava extremamente vermelho.

_ David, eu estou aqui, eu vim te salvar. – Sussurro olhando para os seus olhos, a sua pele estava muito pálida, como se não tivesse comido a dias.

_ Você não devia ter vindo. – A sua voz estava muito rouca.

_ David, nós temos que sair daqui.

_ Ele não pode sair daqui. – Diz uma voz, percebo que é do homem que estava do lado de David, mas agora, está atrás de mim. – Ele tem uma profecia a cumprir.

_ Não se eu impedir. – Revido olhando ferozmente para ele.

_ Vejo que você é uma garota de opinião. – Fala ele dando uma gargalhada, me dando nojo.

_ Você não sabe o quanto.

_ E você acha mesmo que você e esse seu coleguinha froxo vão me impedir? – Pergunta ele dando um sorriso, mostrando os seus dentes perfeitamente alinhados.

_ Acho que ela não está sozinha. – Diz Marco que estava na porta, junto com um exército de monstros, todos eles com uma arma na mão.

_ Marco, quanto tempo, o que anda fazendo, tentando influenciar as pessoas para que consiga sair daqui? – Pergunta ele indo em direção a eles. – Você sabe que nunca irá conseguir fazer isso.

_ Vou, se conseguir deter você. – E assim, todos os monstros vão em direção a ele, o que foi um erro, pois todos eles ficam paralisados, como se o tempo tivesse parado.

_ O que você fez? – Pergunto saindo de perto de David e indo em direção a ele.

_ Nada que não resolva, eu estou me admirando, estou sendo muito bonzinho para o meu gosto.

_ Como se você tivesse – Falo rispidamente.

Todos os monstros voltam ao normal e começam a ir em direção do demônio, alguns morrem queimados, outros simplesmente desaparecem, então, aproveitando o meu último momento, eu pego a mão de David e saio porta a fora, no começo ele começa a resistir, mas eu junto todas as minhas forças possíveis para mantê-lo no local.

_ David, olhe para mim, nós temos que ir. – Digo levantando o seu rosto.

_ Eu não posso, ele ainda está vivo. – Pisco os olhos várias vezes, para tentar focalizar no que ele tinha dito isso significava que eu teria que matar o demônio para que ele fosse salvo?

Se era para fazer isso, então seria isso que eu iria fazer.

Viro-me novamente em direção a porta.

_ O que você vai fazer? – Pergunta David tentando me impedir.

_ Irei salvar a sua vida. – Falo soltando-me dele e indo em direção a porta.

Lá dentro está um caos, quase a metade dos monstros tinham morrido, isso fez com que eu me sentisse culpada.

_ Então quer dizer que voltou. – Diz o maldito demônio.

_ Eu te odeio. – Eu praticamente rosno para ele.

_ Todos dizem isso. – Fala ele dando uma risada.

O sangue sobre para minha cabeça e corro em sua direção, mas ele me intercepta apertando o meu pulso, como se fosse querer arrancá-lo.

_ Vai tentar fazer alguma coisa agora mocinha? – Pergunta ele dando uma gargalhada e passando a língua pelos lábios, os seus olhos estavam flamejantes.

_ Faço o que posso. – E assim, com o meu braço livre eu enfio a espada em seu peito.

A visão que eu tenho logo em seguida é horripilante. Ele começa a derreter, virando apenas um nada, todos ao meu redor começam a gritar de felicidade, então quer dizer que tinha acabado? O demônio era tão indefeso assim?

Olho em direção a porta e David está lá, olhando em minha direção, com um sorriso nos lábios, ele corre em minha direção e eu abro os braços para recebê-lo.

Abraçamos-nos como se fosse o último dia, eu sentindo cada curva de seu corpo, ele me aperta tão forte que eu começo a ficar sem ar, mas eu ignoro isso, pois o que eu mais queria nesse momento era ele.

_ David, eu te amo. – Falo com lágrimas nos olhos, ele olha para mim e me dá o melhor beijo que eu já tinha recebido na vida.

_ Eu te amo Joana, eu amo tudo em você, tudo o que você faz, muito obrigado por ter me salvado, por ter arriscado a sua vida, eu simplesmente... – Ele mal termina de falar, e vejo que ele também está chorando, o abraço novamente, passando a mão pelos seus cabelos.

_ Conseguimos, finalmente eu vou conseguir sair daqui. – Diz Marco vindo em nossa direção, com Hiley atrás dele.

_ Hiley. – Grito em sua direção. – Eu queria te dizer uma coisa.

Ele olha para mim incentivando-me a continuar.

_ Megan é apaixonada por você. – Falo no fundo Hiley era uma boa pessoa, ele olha para mim assustado e dá um sorriso.

Todos nós, não se esquecendo dos monstros é claro, nos juntamos para irmos de volta para o mundo real.

_ Foi uma boa aventura. – Diz Hiley.

_ Palavras finais de um livro? – Pergunto sorrindo para ele.

_ Ainda temos muito pela frente. – Fala ele sorrindo de volta.

Aperto forte a mão de David e então Hiley fala algumas palavras que a mãe dele tinha ensinado para voltarmos para casa.

_ É por isso que eu nunca achava a saída. – Diz Marco, fazendo todos ali rirem.

E então, tudo ao nosso redor gira nos trazendo novamente a Terra, a última coisa que eu vejo é o castelo do demônio, que eu iria guardar para sempre em minha memória.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Submundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.