O Submundo escrita por Lis Bloom


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capítulo, espero que gostem!!!



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Acordo com o meu celular tocando, só poderia ser o despertador, o pego do meu criado mudo e felizmente não é o meu despertador e sim David, será que ele já tinha melhorado para estar ligando? A minha cabeça ainda estava um caos com tudo aquilo ainda.

LIGAÇÃO ON:

Joana: David, meu amor, está tudo bem com você?

David: Desculpe-me Joana, mas aqui é a Lucy.

Joana: Ah, bom dia Lucy, está tudo bem?

Lucy: Infelizmente não, eu sei que daqui a pouco você tem aula, mas você poderia vim correndo para cá, eu prometi que se acontecesse alguma coisa com David eu iria te avisar e eu sou uma mulher que cumpre promessas.

Joana: Esquece a escola, estou correndo pra aí agora.

LIGAÇÃO OFF

Olho para o relógio e vejo que ainda são cinco horas da manhã e por incrível que pareça eu estava sem nenhum pingo de sono, também, depois dessa ligação duvido que alguém estaria.

Coloco a primeira roupa que vejo pela frente, escovo os dentes, faço um horrível coque na cabeça, corro para a cozinha, pego uma maçã e saio porta a fora tentando fazer o mínimo possível de barulho, para não deixar os meus pais preocupados caso eles percebessem que eu tinha saído.

As estrelas brilhavam lá no alto, o sol ainda não tinha nascido, corro em disparada com o vento gélido batendo em meu rosto e em menos de um minuto chego à casa de David.

_ Que bom que você chegou. – Diz Lucy já abrindo a porta para mim como sempre.

_ O que está acontecendo? – Pergunto dando um abraço em Lucy.

_ David teve uma convulsão, ele não para de dizer o seu nome, tentei acalmá-lo, dizendo que você deveria estar dormindo, mas ele insiste em te ver. – Responde Lucy com lágrimas nos olhos.

Nem tento falar nada e já vou para o seu quarto, antes de abrir a porta viro-me para Lucy e digo:

_ Lucy, a senhora poderia deixar que eu ficasse a sós com ele só por um momento?

_ Tudo bem, qualquer coisa é só me chamar. – Diz ela se virando e indo em direção as já movimentadas escadas.

_ A propósito. – Continuo fazendo ela se virar novamente para mim. – A onde está Louis e Hiley?

_ Louis foi em busca de alguma coisa que possa impedir essa profecia e Hiley está em seu quarto.

_ Idiota. – Murmuro.

Entro no quarto de David e me assusto, ele está pior desde a última vez que o vi, que não faz nem 10 horas, o seu quarto está abafado devido a sua alta febre, a sua cama está toda molhada e bagunçada, como se ele estivesse se revirado na cama por horas e horas, o que eu não duvidava muito, pelo estado em que ele se encontrava.

Ando lentamente até a sua cama, fazendo esforço para não acabar me descontrolando, eu não queria que ele visse que eu estava a cada momento sofrendo ainda mais por ele, se ele soubesse poderia piorar ainda mais, e eu nem queria imaginar como seria.

Sento-me o mais delicadamente possível e começo a admirá-lo, como era possível apenas uma pessoa fazer uma reviravolta incrível na vida de outra? O que será que aconteceria se ele toma-se o trono do submundo? Será que ele se lembraria de mim ou seria uma pessoa fria, livre de sentimentos? Seria uma pessoa dócil como ele ainda era ou se tornaria amarga, arrogante? Era difícil não pensar nessas coisas, ainda mais em uma situação como essa em que ele estava prestes a se transformar em um demônio.

Espanto esses pensamentos para um canto de minha mente, teria que lidar com isso mais tarde, o mais importante agora era cuidar de David.

Passo a mão levemente em seus cabelos úmidos, admirando a sua pele, a sua boca, os seus olhos, como uma pessoa tão perfeita assim poderia se tornar o sucessor do demônio?Era tão difícil de imaginar.

Levanto-me de sua cama e vou em direção ao seu piano, sento-me em seu banquinho e começo a tocar algumas notas que eu ainda lembrava quando fazia piano, deslizo meus dedos por entre as teclas suavemente, fecho os olhos e entro na melodia da música, sentindo cada nota tocar em meu coração, eu deveria retomar as minhas aulas de piano, tinha me esquecido de como era bom a sensação de poder tocar e ouvir as notas que saiam com um simples deslizar de dedos.

_ Não sabia que você tocava piano. – Murmura a voz que eu mais queria ouvir naquele momento.

_ David. – Respondo feliz e correndo em sua direção, o abraço forte fazendo com que ele solte um gemido. – Oh me desculpe. – Digo me separando dele.

_ Não se preocupe. – Responde ele ainda com os olhos fechados. – Eu queria mesmo sentir o seu abraço. – Ele dá o seu perfeito sorriso e fica um tempo com os olhos fechados até que ele abre, levo um susto, os seus olhos estão completamente vermelhos.

_ David, os seus olhos. – Digo assustada.

_ É eu sei. – Responde ele com desdém.

_ E você não vai fazer nada? – Pergunto surpresa com a sua resposta.

_ O que eu deveria fazer?

_ Eu não sei David, você prometeu para mim que iria fazer o possível para que essa profecia não se realizasse.

_ Eu sei Joana, mas é inevitável, a cada segundo que passa eu me sinto diferente, a cada minuto que passa está mais próximo dessa profecia se realizar.

_ Deve haver alguma maneira disso tudo acabar.

_ Eu pensava a mesma coisa, ainda penso na verdade, mas aos poucos estou perdendo as esperanças.

_ David, não pode ser assim, você não deve estar falando sério. – Digo passando a mão pela sua testa e conforme a minha suspeita a sua febre estava aumentando cada vez mais.

_ Joana, apenas vamos esperar e só assim saberemos o que o futuro nos reserva.

_ Você não está parecendo o David que eu conheço, e eu odeio isso. – Respondo levantando-me abruptamente da cama.

_ Joana, espere, fique só mais um pouco comigo?

_ Eu não quero ficar com você, eu quero ficar com o David. – Respondo já abrindo a porta de seu quarto.

_ Eu sou o David. – Responde ele e percebo que tem um pouco de medo em seu tom de voz.

_ Não, você não é, o David que eu conheço estaria junto comigo fazendo o possível para acabar com essa profecia sem nunca perder as esperanças. – Dito isso, saio porta a fora sem nem ao menos saber a sua resposta.

_ Joana, está tudo bem com você? – Pergunta Lucy vindo em minha direção.

_ Não Lucy, não está tudo bem. – Respondo já abrindo a porta da sala para ir embora.

_ Você pode me dizer o que aconteceu lá em cima?

_ Dona Lucy, eu só te digo uma coisa. – Digo virando-me e olhando em seus olhos. – Eu farei de tudo, nem que eu tenha que ir ao inferno para salvar David. – Infelizmente o termo inferno era literal.

                                         __**__

Chego em casa, felizmente os meus pais ainda estavam dormindo, vou a cozinha, bebo um pouco de água e resolvo tomar um banho para tentar aliviar a tensão, não iria a escola hoje.

Coloco uma blusa confortável e um short, penteio os meus cabelos e fico sentada em minha cadeira de balanço pensando em alguma forma de mudar o infeliz destino de David.

Apenas uma pessoa seria capaz de me ajudar e infelizmente seria essa que eu teria que procurar.


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Notas finais do capítulo

Demorei um ano para conseguir achar o David e a Joana, a Joana foi a mais complicada de decidir qual se pareceria um pouco com ela, até que consegui uma imagem com as características um pouco semelhante ao que eu imagino, já o David pode não se parecer muito com o David que eu ou vocês imaginam mas eu particularmente achei ele bonito.... Aí vão as fotos da Joana e do David.

Joana: http://1.bp.blogspot.com/-3yL25rnXj7U/Tc8vWlpgnGI/AAAAAAAAAAM/ORnH9dABLY0/s1600/blog.jpg

David: http://24.media.tumblr.com/tumblr_mctk09yvsI1rt1vnyo1_500.jpg



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