Parei de correr e alcancei meu celular em meu bolso. Liguei para Lucian algumas vezes até ouvir sua voz.

-Lucian, onde está? -Perguntei ofegante, pois, estava correndo a alguns minutos.

-Estou chegando, vá na frente por favor. Lhe encontrarei no caminho. - e ouvi a chamada sendo encerrada.

Comecei a andar calmamente depois daquilo. Entrei em alguns devaneios ao me lembrar da briga recente com minha mãe, e de como fui tola ao agir feito uma criança de 6 anos por causa de uma simples e boba festa.

- Quando eu voltar, vou pedir desculpas... Com certeza. - Murmurei para mim mesma até trombar com um corpo um pouco malhado e alto, comparado ao meu tamanho. Por impulso fui para traz e olhei para o que eu havia trombado. Era um menino com uma aparência um tanto quanto forte, com cabelos negros e pele clara, tão clara quanto a lua que estava naquela noite. Como se... Como se fosse um vampiro saindo para caçar seu alimento.

-Me desculpe, não estava olhando para onde andava- abaixei na tentativa de ajudá-lo a se levantar.

-Está tudo bem. - aceitou minha mão e se apoiou nela ao se levantar. Ele me olhou com olhos verdes penetrantes, parecia até um felino. - Também não prestava atenção enquanto andava. Você está bem?

-Estou, obrigada. - e Voltei a andar antes que ele voltasse a chamar minha atenção.

-Está indo para a Festa da Renné?

-Renné? Eu não sei, apenas estou indo na frente até meu amigo se encontrar comigo.

-Quem é seu amigo? - Disse ao se aproximar de mim.

- Lucian Castiel. Acho que você não o conhece.

-Lucian? Sou amigo dele. - Estendeu a mão a mim - Prazer, Peter Faust.

-Luce Clare. - Apertei sua mão, e hesitei ao sentir seu calor.

-Clare?!...- Ele me olhou incrédulo.

-Sim...- O olhei com uma leve suspeita.

- Se não se importar, gostaria de acompanha-la madame. - Sorri e assenti para começarmos a andar.

 Andamos por alguns minutos até chegarmos a uma casa com copos de plástico espalhados pelo gramado da frente. Uma típica festa de adolescentes. Olhei envolta da festa até achar o rosto conhecido de Lucian. Acenei a ele, o que fez com que ele viesse em minha direção sorrindo.

-Demoraram para Chegar. Não sabia que viria com Peter, Aliás, não sabia que vocês já se conheciam.

-Nos conhecemos no caminho. Nada que deva lhe preocupar "papai”. - Sorri ao ver sua cara de espanto. - Como está a festa?

-Está normal. Mas acho que essa agitação não combina comigo.

-Então porque me chamou para vir se não combinava com você?

-Por nada... é que apenas pensei que você poderia me acompanhar para mim não ficar sozinho aqui.

-Não ia ficar sozinho. Peter está aqui. - O olhei duvidosamente.

- Eu não sabia que ele viria. Mais você já está aqui, então vamos aproveitar.

 Como já estava lá, não havia mais nada o que podia fazer para questiona-lo. Peguei um copo e fui até a mesa onde havia vários tipos de comida. Até alguns que eu nunca havia visto na vida. Vi Peter se aproximar de Mim e virei para o lado para que pudesse pegar algo.

- Porque está aqui sozinha? - Disse, pegando um bolinho.

- Não gosto de coisas barulhentas.

- Eu também não. Vim apenas porque Lucian havia me pedido isso. - O olhei confusa.

- Mas lembro-me dele ter dito que pensava que você não viria.

-Bom, no princípio eu não queria vir. Mas pensei que ele ficaria sozinho e senti meio que... pena. -Sorriu ao olhar para mim, o que me fez soltar uma risada.

- Entendo. Bem, eu na verdade, não estou muito em clima para festas... Acabei de discutir com minha mãe, e por um motivo fútil. E agora estou me sentindo péssima por isso. Sinto como se tivesse feito uma escolha errada deixando-a sozinha.

-Não se culpe tanto. Tenho certeza de que ela ficará bem. É apenas uma Birra entre mãe e filha. -  segurou meu braço me arrastando para o centro da pista de dança. - Venha, dance comigo para esquecer seus problemas. - e Sorriu.

Dançamos por uns 30 minutos até a música acabar e as pessoas irem para a mesa de comida.

Me separei de Peter e fui Dar uma caminhada fora da casa para respirar um pouco de ar puro. Quando dei por mim, já estava fora há vinte minutos. Voltei correndo na esperança de ninguém ter sentido minha falta. Mais ao chegar de volta na casa, senti como se minha mente tivesse parado.