A Morte, o Meu Eterno Problema escrita por LadyRose, Molko


Capítulo 2
É porque eu sabia que era inocente.




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                              «•» Não, você não faz a mínima idéia de como é a morte. E eu nem irei lhe mostrar ou dizer - terá de ver com seus próprios olhos e sentir com seu próprio corpo, um dia. E, acredite, você não vai gostar. Nunca fiz muita questão de cuidar de mim - uma vez que eu era negado pela família por não querer pertencer à você-sabe-quem.Pior do que estar morto, é estar vivo. Na verdade, ambos são ruins, mas isso não importa - o importante, mesmo, é você aprender que por mais que você tente, lute, se importe... Algumas pessoas pisam e cospem em você - e não é por isso que você deve desistir. Eu sempre, e sempre, quis o melhor, para um dos únicos seres existentes e que se importavam comigo ou sabiam de minha existência, para quem julgava amigo. Lembro-me de nosso pequeno grupo. Marotos.
Aaaaahhh... Como eu amava aquela época. Como eu amava fazer àquelas brincadeiras, muitas vezes perversas e outras vezes inocentes, com Snape! Como eu amava ser daquele grupo, muitas vezes tão unido e perfeito! Mas, acima de tudo... Puro. As únicas amizades que fiz em toda minha vida.
                              «•» Pelas barbas de Merlin, como eu sentia falta daquela época. O buraco em meu peito doía cada vez mais e mais. ...A única coisa que restara à Harry, eu fora capaz de tirar. Uma família. A chance de ter uma família.Eu me sentia podre, oco. Como um lobo-alfa de uma família respeitável e pura, mas que estava velho demais para lutar pelo bando. Me sentia.. inútil, velho, fraco demais, desajeitado demais, desatento demais. Pelas barbas de Merlin², porque é que eu deixei minhas costas desprotegidas!? Maldita seja Bellatrix. Não, espere. Eu não guardava rancor dela, nem de ninguém - na verdade sim, mas isso só me condenaria ainda mais.
                              «•» Lembro-me de uma frase muito, muito, muito bonita. São memórias turvas - depois que tive consciência de minha morte, foi até raro lembrar de algumas coisas, e eu infelizmente tive a maldita idéia de me esforçar ao máximo para lembrar de tudo novamente... Mas, valeu a pena.
Mas, àquela frase... Ela era muito bonita, muito bonita mesmo. Me dava forças para continuar, para fugir dali, para não perder as esperanças. Mas, é a única frase que eu não conseguia me lembrar quem disse, ou onde ouvi. ...E a cada dia que se passava, eu achava que a teria inventado para não sofrer mais.

- As coisas que perdemos, sempre tem uma maneira surpreendente de voltar para nós no final - Balbuciei, perplexo.

                              «•» Era isso. Eu iria voltar para meu afilhado. Não poderia deixá-lo tão só, tão cheio de dor. Era cruel demais. E ele era azarado demais. Claro, era um Potter... Perto do que eu fazia Tiago passar, isso era praticamente normal. Fui para Azkaban no lugar daquele rato imundo que traiu a todos nós - sentia-me enojado só de lembrar de Pettigrew. Mas Azkaban me foi útil. Aprendi a não ter medo da dor, e, surpreendendemente, não enlouqueci. Como? Eu sabia que era inocente. Nada, absolutamente nada, iria me deter. Afinal, eu era da família Black. Eu sou Sirius Black. O cão do inferno era um mero nada comparado a mim - e acreditem, eu sei que sou tão capaz quanto qualquer outro bruxo.

Tema do capítulo:
http://www.youtube.com/watch?v=s04vt8eorpM

 


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