A Morte, o Meu Eterno Problema escrita por LadyRose, Molko


Capítulo 1
A única razão pela qual eu nunca perdi o juízo




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(Sirius Black)
«•»Eu pude ouvir seus gritos, pude sentir sua dor, a profundidade daquele oceano de dor, e ódio... Era difícil imaginar que eu não poderia escrever mais, para ele. Era difícil imaginar que estava deixando meu sobrinho, meu afilhado, meu filho. Oh, sim. Para mim, ele era o meu filho. «•»Mais do que isso!, era mais difícil ainda imaginar aquela criaturinha meiga, e que jamais fez mal a alguém - e só pensou em fazer, quando eu me mostrei incompetente - torturar-se emocionalmente. Não ter ninguém, e passar todas as férias em um universo completamente diferente. "A única razão pela qual eu nunca perdi o juízo, é porque sabia que era inocente.", essa frase ecoava em minha mente. Eu dissera isso a ele, há um bom tempo atrás. Mas, agora, nada disso seria aplicado a mim. Afinal, eu fora morto. Os portões do inferno foram abertos, para mim. Fui pego com a guarda baixa. Um golpe digno das trevas, não? Atacar quando você está distraido, quando você baixa a guarda para saber se o único ser que é sua família está bem. Lembro-me de seus gritos, emocionados, alegres, palpitantes. Como se seu coração fosse atravessar sua garganta e implorar para ser o alvo de todas as varinhas do universo, dos melhores e mais cruéis bruxos. "Eu matei Sirius Black, eu matei Sirius Black!" «•»Eu pude proteger Harry várias e várias vezes, e ele me libertou, junto com Bicuço. Eu era livre, e sabia que a liberdade tinha um preço alto. Mas não pude proteger Harry da dor.

«•»É, eu não pude protegê-lo da dor. E, mais uma vez, me sentia inútil por isso. Eu estava despedaçado, não só fisicamente. Queria proteger o meu único pedacinho do céu e não podia. Mas, me contentava em saber que ao menos ele lembrava de mim, e soube da minha existência antes da morte. Isso era bom, não era? Ser reconhecido e lembrado por quem você sempre quis bem. Proteger quem precisava ser protegido, mesmo que isso custasse sua vida. Sua mãe deu tudo de si para àquela criaturinha sobreviver.
Sobreviver. Esse era o principal instinto humano, e animal. Todos nós evitamos pensar na morte, na dor, na tristeza. "Se sorrir, todos sorrirão também. Se chorar, todos sumirão." Sabem, a morte é algo muito relativo. Pelo menos, para mim.

"Quanto mais você experimenta, mais você quer.
...E mais exigente você fica."

«•»Por mais que eu tentasse sobreviver, escapar daquele lugar doloroso demais, calmo demais... Eu não conseguia. Era o típico sonho - ou melhor, pesadelo - em que você corre lentamente em direção ao túnel que emana uma luz pura, onde tudo é calmo e silencioso. Mas, quanto mais você corre, mais longe você fica - Aquilo servia para te fazer perder todas as esperanças.z88;Nunca procurei saber como era a morte - mas Harry certamente sobrevivera à ela e sabia muito bem como era. Mas, eu não era Harry. Ele teria um belo futuro, não teria? Meu afilhado ficaria bem, não ficaria? E esse era o mal de estar morto. Eu sequer tinha notícia alguma de quem queria bem. Eu sempre me via sentado em lugar nenhum, vagando em todos os pensamentos que já tive na vida. Você quer saber como é a morte?

Continua no próximo capitulo.
(Feito por: Letícia C.)


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Notas finais do capítulo

*Qualquer parte que não seja na versão de S.B(Sirius Black) será feita por July. Assim, a história fica menos cansativa e muda constantemente, dando imaginação e liberdade às duas autoras, e aos leitores.



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