"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. " - Confúcio

P.O.V. Vitor

– Iae Vitor! - Orelha bateu na minha mão. - Como foi a noite? - Ele me olhou malicioso.

– Foi muito fácil chegar ao objetivo. - Nós rimos.

– Perdeu a Lia dançando com o Léo. - Ele disse e eu logo mudei de expressão. - Que cara é essa Vitor?

– Essa garota é maluca. - Resmunguei. - Eu não posso nem chegar perto que ela já me da um fora agora com o Léo ela pode dançar, mas eu vou tirar isso a limpo e agora!

Fui em direção a rockeira que estava conversando com a Fatinha e a Ju bem sorridente para o meu gosto.

– Posso saber que história é essa de que você dançou com o Léo? - Eu cruzei os braços e fiquei na frente dela.

– Vitor eu não te devo satisfação.

– Eu só quero saber porque eu não posso nem chegar perto de você mas com ele você pode até dançar?!

– Isso é ciúme? - Ela riu da minha cara.

– Não, claro que não é ciúme! - Eu bufei. - E você ainda não me respondeu.

– Olha Vitor dá pra parar com esse showzinho? Eu já disse que não te devo satisfação! - Ela deu as costas.

– Você não vai me responder mesmo? - Perguntei indo atrás dela.

– Se eu me lembro bem, você aproveitou até melhor que eu a festa né?! - Ela encerrou nossa conversa.

Nossa como eu sou idiota! Estraguei tudo com a Lia só por causa da pilha que o Orelha colocou. Para com isso Vitor! Você é um pegador e o Orelha só te ajudou. - Pois é eu nem sou bipolar. - Por falar em Orelha cadê aquele nerd pra me contar essa história direito?

– Orelha diz ai como que foi essa história? - Eu perguntei nervoso.

– Relaxa cara! Eles só dançaram um pouco e ficaram sorrindo pra lá e pra cá.

– Essa garota é impossível. - Revirei os olhos e ele riu.

– Tá com ciúme pegador?

– Não gosto de dividir meus desafios. - Rebati.

– Tem certeza que ela ainda é só um desafio?

– Qual é Orelha? Ontem mesmo te dei a prova.

– Se você diz! - Ele deu de ombros. - Agora vamos pra sala.

Cheguei na sala e sentei ao lado da Lia que nem olhou na minha cara.

– Qual é? Não vai mais olhar na minha cara?

– Porque eu deveria? - Ela perguntou fria.

– Poxa Lia depois daquela noite eu pensei que éramos pelo menos amigos.

– Naquela noite nós tínhamos uma trégua que nós não temos nesse momento. - Ela disse e começou a prestar atenção em Mathias que acabou de entrar.

– Desculpe interromper. - Ele disse. - Não sei se sabem mas o Quadrante irá completar 10 anos na próxima semana e nós iremos comemorar com um baile. - Ele disse todos começaram a cochichar.

Eu escutava algumas frases como, "Será que o Vitinho vai me convidar?" "Claro que não ele vai ME convidar!" "Nós ficamos perfeitos juntos então eu acho que ele vai me convidar". MENTIRA! Eu não escutei nada disso eu só comecei a pensar em um jeito de convidar a Lia já que vai ser muito difícil, depois da merda que eu fiz.

– Parem de conversar e me escutem! O baile terá como tema Preto&Branco, ou seja damas de branco e cavalheiros de preto ou vice-versa fica a escolha do casal. Também terão que usar máscaras da mesma cor das vestes. O baile será na próxima sexta-feira, ou seja nós iremos suspender as aulas na mesma para os preparativos. Cavalheiros vocês já podem convidar suas damas, tenham uma boa aula.

– Hey Lia... - Ela me interrompeu.

– Não! - Resmungou.

– Não o quê? - Perguntei confuso.

– A resposta é não. - Ela revirou olhos.

– Mas você nem sabia se eu ia te convidar. - Eu resmunguei emburrado.

– Pra todo caso é não a resposta!

– Então vai ao baile com quem?

– Olha pra dizer a verdade eu nem sei se vou. - É bom saber que pelo menos ela não vai com nenhum marmanjo.

Mas se a Lily - É um apelido carinhoso que eu acabei de inventar, vai ser um jeito só meu de chamá-la - acha que eu vou desistir assim tão fácil ela está muito enganada! Ela ainda vai descobrir que ninguém resiste a um bad boy, ainda mais gato assim como eu.

P.O.V. Lia

– Oi Lia. - Ele sorriu pra mim e eu retribui. - Como vai?

– E tô bem e você Léo?

– Espero que não soe tão clichê, mas eu estou melhor agora. - Senti minhas bochechas queimarem e sim! Eu estava corada. - Você fica linda vermelha. - Ele riu.

– Para com isso! - Eu dei um leve tapa em seu braço e ele riu. - Tá me deixando com vergonha.

– Lia sabe eu queria saber... - Ele parecia um pouco nervoso.

– Saber? - Eu o incentivei.

– Se você quer ir aquele baile comigo sabe?

– Não ela não vai com você! E acho que estão muito próximos. Porque você não sai daqui?

– Por que ela não me respondeu! - Léo retrucou.

– Eu já dei a resposta. Agora sai daqui! - Vitor empurrou ele.

– Lia depois agente conversa, parece que o Vitor tá muito esquentadinho. - Léo disse e eu assenti.

– Qual seu problema garoto? - Eu perguntei irritada. - Para de se meter na minha vida!

– Meu problema? É aquele garoto dando em cima de você. - Eu revirei os olhos. - E que eu não suportaria te ver com ele naquele baile.

– Eu sou livre pra ir ao baile com quem eu quiser. - Rebati.

– Então vai comigo?! - Eu neguei. - O que eu tenho que fazer pra você aceitar meu convite? - Eu dei as costas.

Que bad boy ciumento! Se bem que é bom saber que ele tem ciúme de mim. Mas até que foi bom ele chegar naquela hora porque eu não sabia o que dizer ao Léo.

– Amiga o que foi aquilo? Tá disputada em?! - Jú disse.

– Pois é dois gatinhos. - Foi a vez da Fatinha e eu só revirei os olhos

– Que milagre é esse que você não tá no pescoço do Gil, dona Juliana? - Eu perguntei tentando mudar de assunto.

– Eu tenho que passar mais tempo com minhas amigas e... Não mude de assunto! - Ela resmugou.

– Vamos para um lugar mais reservado que eu e a dona Juliana temos algumas coisa pra falar. - Fatinha disse.

– Que medo. - Eu resmunguei e elas riram.

Entramos no vestiário e elas me mandaram sentar e sentaram ao meu lado.

– E então? O que querem falar?

– Então Lia eu e a Ju andamos observando a sua relação com o Vitor.

– Não temos nenhuma relação. - Eu bufei.

– Só escuta agente por favor? - Ju perguntou e eu assenti.

– Marrentinha agente viu o jeito que ele te olha e é de um jeito diferente, porque você não da uma chance a ele? - Fatinha disse e Ju assentiu.

– Talvez porque ele foi pra cama com a Kika.

– Só você não percebeu que foi pra te provocar. - Ju disse e Fatinha assentiu. - Lia da uma chance a ele pelo menos, deixa ele te levar ao baile e você vai descobrir se o que você sente é ódio ou amor!

– Que acho que é amor! - Fatinha disse rindo.

– Eu também.

– Urgh! Calem a boca! - Bufei e elas me abraçaram. - Vou pensar tá? Agora me poupem desses discurso. - Nós rimos.

Saímos e fomos para arquibancada.

– Vai falar com ele. - Fatinha sussurrou no meu ouvido. - Antes que aquele projeto de periguete convide ele. - Eu ri olhando para cena patética em minha frente.

A Kika praticamente se jogando no colo do Vitor. Caminhei em direção a eles.

– Dá licença ou PdP. - Eu disse pra Kika.

– Eu? - Ela perguntou e eu revirei os olhos.

– Tem outra PdP aqui? - Perguntei procurando.

– O que é PdP? - Ela perguntou sem entender nada.

– Projeto de Periguete. Agora sai daqui que eu quero falar com o motoqueiro encantado. - Vitor ficou só rindo da cara dela.

– Olha aqui sua... - Ela ia começando ai o Vitor interrompeu ela.

– Kika depois eu falo contigo tá? - Ela assentiu. - Eu preciso falar com a Lily. - Eu sorri vitoriosa e a PdP saiu bufando.

– Eu vou ser direta tá? - Perguntei e ele assentiu. - Você me perguntou o que tem que fazer pra me levar ai baile. Então me surpreenda com esse pedido. - Eu disse e dei as costas deixando ele com um sorriso bobo.