London Love escrita por Gi Carlesso


Capítulo 27
O lago e Grace Thompson


Notas iniciais do capítulo

Hey, margaridas! Quanto tempo hein? Finalmente nosso querido nyah está de volta e minhas fanfics também O/ yeeeeeeeeey! Espero que gostem desse, eu escrevi no meio de uma aula no cursinho e fiquei rindo sozinha uhsuhsuh podem imaginar que todo mundo pensou que eu era louca né? :P



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A distância entre Londres e a fazenda era mínima, enquanto eu tinha a impressão de que passaríamos a manhã inteira naquele carro, logo senti o tranco do mesmo começar a diminuir a velocidade até estar totalmente parado. Henri, quem estava no banco da frente ao lado de Zack, fez um sinal para esperarmos enquanto ele descia do carro para abrir a porta na lateral da minivan. Depois de alguns segundos, finalmente ouvimos a porta se abrindo e damos de cara com uma paisagem além de bonita – pelo o que pude ver, havia um enorme campo aberto bem a nossa frente, com um lago cheio de balanços e algumas partes muito bem arborizadas. Até mesmo o ar estava diferente naquele lugar, parecia mais limpo e fácil de se respirar. Assim que coloquei meus pés na grama, inspirei o ar com toda a força para dentro de meus pulmões apenas soltando-o bem depois.

Logo, uma sensação de familiaridade tomou conta de mim. Aquilo me lembrava o Brasil.

– Acho que pensei a mesma coisa. – disse Ana descendo da minivan depois de mim. – Que saudade.

Will, Zack e Noah estavam bem ao nosso lado retirando as malas de dentro do automóvel colocando-as uma ao lado da outra. Noah sorria o tempo todo pulando no ombro de Henri e fazendo piadas sobre o cabelo de Will estar bagunçado por causa do vento. Ele parecia completamente feliz por aqueles poucos dias longe da mídia e das fãs para aproveitar ao nosso lado. Daquela forma, olhei-o de outra forma prometendo a mim mesma que sempre que estivesse triste, lembraria da alegria constante de Noah como um exemplo.

Como se lesse meus pensamentos sobre ele, Noah caminhou (lê-se saltitando) em minha direção com um enorme sorriso estampado nos lábios. Assim que parou ao meu lado, soltou um longo suspiro de satisfação enquanto observava o local em volta.

– Agradeço eternamente por meu tio não vender esse lugar. – disse ele rindo.

– Por que ele venderia? Essa fazenda é praticamente um paraíso em meio a cidades cinzentas.

– É que... bom, minha tia morreu no final do ano passado. Eles costumavam morar aqui e ela plantava flores em cada canto todos os dias. Quando ela se foi, as flores murcharam e meu tio nunca mais veio até aqui. – Noah deu de ombros. – Acho que ele não quer ver esse lugar de novo, por causa das lembranças.

– Sinto muito por ele. – murmurei enlaçando um dos braços de Noah com o meu. Por sua expressão um pouco cabisbaixa, parecia que ela realmente significava algo para a família e bem, eu sabia bem como a família poderia ser importante.

Noah deu de ombros, mas logo sorriu como quem tentava esquecer esse detalhe.

Assim que Henri e Zack terminaram de colocar as malas para fora da minivan, voltamos nossa atenção para onde um dos gêmeos levava algumas das bagagens para perto. A casa da fazenda consistia em um pequeno prédio de dois andares com aparência rústica, porém parecendo muito confortável. Havia uma espécie de varanda bem em frente à porta feita de madeira, onde no canto estavam duas cadeiras de balanço. A casa realmente lembrava-me avós, tanto que a imagem de meus avós brasileiros tão longe de mim viera em minha mente e uma vontade enorme de chorar me dominou.

Entretanto, impedindo que minha tristeza continuasse-, Will e Noah correram na direção das cadeiras de balanço sentando-se um ao lado do outro como verdadeiros velhinhos.

– Mulher, me traz café. – disse Will imitando realmente uma pessoa velha, até mesmo imitando a falsa tremedeira nas mãos e na mandíbula.

– Por que eu tenho que ser a mulher? – perguntou Noah franzindo o cenho.

– Porque eu seria um avô gato. – respondeu ele como se fosse óbvio. – Agora me trás meu café.

Noah riu por um momento quando Will voltara a atuar como velho e logo ele fez o mesmo, porém tirando sua jaqueta e colocando a mesma sobre seus joelhos como se fosse uma saia.

– Tudo bem, meu benzinho. – disse o loiro antes de mandar um beijo para o outro. – Mas depois quero ser recompensada!

Claro, com aquela “encenação” dos dois, todos nós começamos a rir, principalmente Henri quem tapou os olhos como quem não acreditava no que estava vendo. Apesar de todos estarem tendo crises de riso, Zack passou por mim e Ana abrindo caminho com as malas e só parando quando estava bem ao lado de seu irmão e Will.

– Será que vocês podem começar a crescer? – perguntou ele fingindo-se de sério. – Ninguém aqui ser uma encenação de um casal de velhinhos prestes a transar.

Obviamente começamos a rir novamente enquanto Zack batia na porta da casa. Porém, ao tentar levantar a mala de Heiley, foi impedido por Will, quem correu até ele apoiando-se totalmente no ombro do loiro.

– Seja educado com os mais velhos, querido. – disse ele novamente imitando um velhinho. – Você é bonito demais para ser mal educado!

– Já vai me trair, bem? – perguntou Noah com o rosto completamente vermelho. Os olhos já estavam marejados de tanto que ele ria.

Antes que pudéssemos continuar com as piadas, a porta da casa se abriu num rangido alto revelando finalmente a pessoa responsável pelo barulho – era uma garota de no máximo 20 anos, 1,60 metro, longos cabelos escuros e olhos castanhos parecidos com os dos gêmeos. Na verdade, suas feições realmente lembravam um pouco eles, como se a garota fosse uma gêmea perdida deles.

Quando viu Zack parado a porta, ela exibiu um sorriso largo antes de abraça-lo de forma espontânea.

– Primo, achei que não chegariam nunca! – exclamou ela revelando um pesado sotaque britânico.

Apesar de estar bem claro que a garota na verdade era prima dos gêmeos, pude notar um certo brilho enciumado nos olhos de Heiley. Mas enquanto observava os outros se juntando a mim e Ana, percebi que a mesma estava com um olhar muito parecido com o de Heiley, algo que no mesmo instante me fizera soltar um risinho baixo.

– Gente, essa é nossa prima Grace. – disse Zack ainda com um braço por sobre os ombros da garota. – Ela cuida da casa de nosso tio e vai passar o final de semana conosco.

– Espero não incomodar. – disse ela sorrindo. – Sejam bem vindos a fazenda Thompson.

Depois de algumas trocas de olhares depois do “ela vai passar o final de semana conosco”, Zack apresentou a garota para cada um de nós rapidamente para que Grace pudesse nos mostrar os quartos e cada um dos cômodos da casa. No primeiro andar, havia uma sala quadrada que dava acesso a uma cozinha grande e espaçosa, enquanto no segundo estavam os exatos três quartos relativamente grandes espalhados por um único corredor com diversas portas. Claro, houve uma certa discussão sobre como seria feita a divisão dos quartos, mas ao meu pedido, um dos quartos seriam para mim, Ana, Heiley e Grace e no outro, Henri, Zack, Noah e Will. Assim não houve mais nenhuma briga sequer, apenas piadas sobre a separação dos casais.

– Ei, margaridas, vão arrumar suas coisas e depois vamos para o lago! – berrou Will no corredor.

Mesmo com as portas fechadas, o berro dele foi muito bem ouvido por mim e pelas garotas, porém isso não impediu que Ana tomasse um susto ao ouvir a voz de Will.

– E por que o lago? – mandei de volta.

– Ele não vê a hora de tirar a camisa, Scar! – berrou Henri e pelo o que pude ouvir, ele gargalhava alto. – Olha o fogo do garoto!

– Mentiroso! – dessa vez fora Zack. – Henri está louco para mostrar o tanquinho sexy dele para as garotas!

– Acho que não, Zack! Ele não quer morrer tão cedo! – eu disse tentando soar séria, mas por causa da risada de Heiley, acabei rindo junto.

– Cara, eu não quero perder minha namorada, então deixa sua boca fechada, ok?! – ouvi Henri dizer, logo depois o som de um tapa. – Agora chega dessa conversa, porque isso está muito gay!

Depois disso houveram alguns acessos de riso, mas logo tudo se acalmou enquanto todos arrumavam suas coisas em cada quarto. Eu pelo menos não via a hora de retirar minhas roupas de dentro da mala e esquecer do mundo, não importa onde. Talvez Will tivesse razão em escolher o lago como primeiro local para a diversão, apesar do seu motivo ser tirar a camisa (risos). O lago seria um ótimo lugar para palhaçadas em grupo, algo que poderia tirar nossas cabeças dos problemas com mídia, família e estudos. Seria divertido e até romântico já que eu e Henri não precisaríamos esconder nosso relacionamento ali.

É, talvez aquele final de semana fosse um ponto positivo em minha amizade e amor com a banda The Blue.

[...]

Como se escutasse meus pensamentos, a primeira coisa que Will fez ao ver o lago foi arrancar a camisa rapidamente e se jogar sem jeito bem no centro atingindo a água com tudo. Quando emergiu, ele tinha um sorriso nos lábios, porém o mesmo desapareceu ao ver que estávamos todos ainda de roupas normais apenas o observando nadar alegremente como uma criança.

– Vocês são podres. – disse ele revirando os olhos e voltando a nadar. – Preciso arranjar amigos nov...

Interrompendo qualquer palavra que Will pudesse dizer, um corpo branco atingiu a água um pouco acima dele fazendo um estrondo alto misturado com um grito apavorado de Will. Ele e Noah sumiram por longos segundos de baixo da água antes que pudéssemos finalmente ver os dois aparecendo na margem.

– Qual a sua doença, gazela?! – berrou Will jogando uma boa quantidade de água do loiro. – Queria me afogar?!

Enquanto eu ria da briga nada séria dos dois, senti braços envolvendo minhas pernas e cintura e antes que eu pudesse protestar, estava sendo carregada a força rapidamente na direção do lago.

– HENRI, ME SOLTA!! – berrei me debatendo nos braços dele. – HENRI STEWART PRICE, ME SOLTA AGORA!

Bom, obviamente ele me soltou.

Quando nós dois atingimos a água.

Meu corpo atingiu a água com uma força além do normal, não apenas porque ele pegara um bom impulso antes de pular, mas também porque ele caiu um pouco acima de mim, algo que me fizera afundar mais rápido. Quando consegui voltar para a superfície do lago, o encarei de cara feia apontando para minhas roupas agora totalmente encharcadas.

Não sei por quanto tempo ficamos nadando simplesmente por nadar, rindo de coisas contadas por Zack e das histórias que se passaram na fazenda contadas por Grace. A garota parecia ser simpática apesar de despertar ciúmes em duas garotas do nosso grupo, ela sorria sempre como se estivesse bem alegre por nos ter ali. Algo me dizia que aquela fazenda passara por coisas bem negativas, principalmente desde a morte da mãe de Grace, por isso nossa presença parecia deixa-la mais alegre, até mais do que quando a vimos ao abrir a porta da casa.

Depois de horas no lago, eu decidi ir buscar alguma coisa para comer, já que os gêmeos reclamavam de o estômago estar roncando. Henri se ofereceu para me ajudar a cozinhar alguma coisa, pois começava a anoitecer e logo todos eles estariam morrendo de fome.

– Odeio mexer na cozinha dos outros. – resmungou ele abaixando-se para procurar por algo numa prateleira de baixo. – Nunca acho nada e parece que estou roubando.

Eu ri daquilo enquanto me distraia apenas o observando abaixado entre duas portas de um armário aberto inclinando-se para frente procurando por algum tipo de molho ou coisa parecida.

– Tecnicamente você não está roubando se no caso a dona da cozinha não impediu que você viesse aqui e nem se ofereceu para ajudar. – eu disse.

Henri finalmente encontrou o molho que queria colocando-o bem a minha frente na bancada.

– Achei uma lasanha da geladeira, será que Grace se importa?

Dei de ombros.

– Acho que não. – murmurei enquanto ia até o forno para ver se conseguia usá-lo sem colocar fogo na casa.

Claro, por um mero segundo fiquei observando a forma com que Henri se referia a Grace. Será que talvez eu devesse sentir o mesmo ciúme que até mesmo Ana sentiu? Afinal, ela tinha sentimentos por Zack, porém eu namorava Henri e deveria no mínimo sentir um pouco de ciúme. Bom, eu nunca fui exatamente a namorada mais ciumenta do mundo, ainda mais porque no último relacionamento, descobri que deveria sentir ciúmes quando fui traída bem na minha frente.

Ok, essa não é uma boa forma de começar a sentir ciúmes.

– Quer sentar lá fora enquanto a lasanha cozinha? – perguntou ele me abraçando pela cintura para me puxar para mais perto.

– E imitar um casal de velhinhos discutindo sobre café? – brinquei fazendo-o rir.

– Pode ser. – disse ele abaixando-se até seus lábios estarem na mesma altura de meu ouvido. – Mas tem a última parte sobre você ser recompensada por buscar o café.

Sem dizer nada, dei um tapa em seu ombro, coisa que fez Henri sorrir ainda mais.

– Engraçadinho.

– Sou mesmo, mas você me ama por ser engraçadinho. – disse ele cheio de si.

Nem pude sequer me mover, por Henri já havia diminuído a distância entre nossos lábios pousando-os sobre os meus. Fora um beijo lento, sem pressa alguma. Ambos pedindo por espaço apesar de estarmos em alerta para caso qualquer pessoa pudesse entrar na cozinha e nos pegar no flagra. Bom, não que um beijo pudesse ser grande coisa, mas ainda assim eu odiava o fato de alguém nos ver daquela forma. Por isso mesmo, talvez eu nunca quisesse admitir nosso relacionamento para a mídia, pois isso significaria que um beijo seria visto por milhares de pessoas. Tudo bem que nos filmes isso também aconteceria comigo, mas com Henri era diferente, afinal, havia sentimento ali.

Ele enlaçou minha cintura com seus braços com mais força, fazendo com que eu chocasse minhas costas contra o armário da cozinha. Levemente, senti que suas mãos desciam pela lateral de meu corpo até chegar na região atrás de minhas coxas e quando me dei conta, Henri deu um apertão ali.

– Vai com calma, garotão. – sussurrei numa brincadeira. – Lembre-se que quem está com fogo é o Will.

Minha piada fez com que Henri soltasse uma gargalhada baixa.

– Não é minha culpa que você me deixa louco. – sussurrou ele em resposta. Sua voz saíra de uma forma tão profunda que um arrepio se estendeu por minha nuca. – Vou precisar aprender a me controlar perto de você, Scar.

– E quem disse que eu quero você controlado?

Henri arqueou uma sobrancelha.

– Não me tente, White. – disse num tom ainda mais profundo em meu ouvido. Senti seus lábios tocando no nódulo de minha orelha e descendo até a região do pescoço, depositando um beijo longo ali. – Não sabe o que eu sou capaz de fazer.

– Ei, será que vocês dois vão demorar muito... – antes que eu pudesse sequer dizer qualquer coisa, Noah estava parado a porta da cozinha com os olhos esbugalhados. – Minha nossa, e eu achando que quem queria tirar a camisa era Will!

Logo depois, Noah começou a gargalhar histericamente enquanto andava na direção do cheiro maravilhoso que saia do forno. Henri retirou os braços que depositara ao meu redor de uma forma quase tímida, na verdade bem além de sem graça. Já eu, com certeza estava mais que vermelha.

– A lasanha já deve estar pronta. – eu disse tentando evitar uma conversa constrangedora sobre o que Noah acabara de ver. – Pode ir arrumando a mesa, por favor?

Noah me lançou um olhar cúmplice.

– Ok, Scar. – disse ele sorrindo. – Mas parem de se agarrar na cozinha. Não quero comer lasanha lembrando que ela foi feita enquanto vocês dois se atracavam ali.

E com isso, Noah saiu da cozinha.


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Notas finais do capítulo

"TANQUINHO SEXY" UHSUHSUHSUHSUHSUSH



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