Continuei berrando até a metade do caminho,quando ele se cansou e me colocou no chão

-Fracote -falei baixinho

-Tá,com você berrando o tempo todo,medrosa!

-Medrosa? -falei fingindo uma cara de indignada 

-Claro,eu até te carregaria de novo,mas não to mais afim,coloque essas perninhas curtas para trabalhar!

-Ei! -alertei -Não são tão curtas assim -falei olhando pra minhas pernas e logo sorri,é elas eram um pouquinho curtas 

-Ta bom Miss pernas longas, -falou debochado -Mas acho que elas não vão ajudar muito,o tamanho do passo que você dá são 10 passos meus -gabou-se

-Ah ta bom!

-Que?quer apostar?

Não pudi conter um sorriso

-Tudo bem,uma corrida!

Levantei a cabeça e o encarei com um sorriso

-Está sorrindo de mais,acho que isso tudo não vai acabar muito bem! -ele suspira

Isso me faz rir mais ainda

-No três! -ele se posiciona -Você vai perder feio...

-Ei,mas como eu vou saber até onde é?

-Até minha casa -ele fala revirando os olhos

Tá,estamos parecendo duas crianças,mas não me importo

-Tá mente brilhante,mas onde é sua casa?

-É só me seguir! -falou revirando os olhos 

Não respondi,só revirei os olhos 

-Você não vai precisar saber -falou saindo da posição que estava e encostando a mão nos meus ombros,não sei porque mais aquilo provocou um arrepio em mim,mas ignorei e ele voltou a posição que estava -Vai comer poeira atrás de mim.Só vai precisar me seguir!

Dou um leve empurrão em seu ombro

-Um...Dois...Três!

Ele sai em disparada na frente,porem não fico muito longe

Corremos por ruas pouco iluminadas,as ruas são ladeadas por árvores e grama e casas,porem todas as casas são longes umas das outras,dobramos para esquerda e entramos numa rua mais escura ainda.

Acelerei o máximo que consegui e percebi que ele já estava arfando,pelo menos não era só eu.

Ele desacelerou e eu o acompanhei arfando violentamente,até que ele parou de vez e colocou as mão nos joelhos e começou a arfa novamente

Eu fiz diferente me joguei na calçada ignorando a dor do asfalto em minha pele.

-Você é uma boa corredora!

-Devo ser uma retardada também! -falei colocando a mão na testa,ele começou a rir e se sentou ao meu lado pareceu hesitar por alguns segundo e se deitou ao meu lado.

-Você é diferente -ele falou sorrindo e encarando o céu estrelado 

Riu um pouco e acompanho o seu olhar

Encaro as constelações,e aponto para uma e quando vou começar a falar ele dá um tapa no meu braço fazendo abaixa-lo 

-Au,que? -falei massageando com a outra mão meu braço

-Não aponta!

-Não venha me dizer que você acha que irá nascer uma verruga,porque.. -me interrompi porque ele começou a rir -Você é mesmo maluco!

-Talvez -ele suspira

Eu sorrio,aquilo está tão bom que não quero ir em bora

-Você não me deixou leva-la até em casa -falou me surpreendendo 

-Ah,é..

-Porque?

-Nada!

-Porque? -pergunta ele de novo

-Porque queria me levar pra casa?

-Não responda a pergunta com outra,sou um cavalheiro -falou rindo e logo voltou a encarar seriamente as estrelas -Você,quero dizer,tem medo..?

-Medo? não!

-Você é sempre tão durona!

-Você -eu hesitei,não queria mesmo estragar o momento de paz -É...

-Você já namorou? -pronto,me arrepiei dos pés a cabeça e sentir meu rosto queimar

-É-É não! -fui sincera

Ele pareceu tão sem jeito igual a mim

-Não vou nem perguntar! -falei rindo,falei mais para quebrar o clima 

Ele ri

-Ta vendo as três maria?

-Onde?

Ele aproxima mais ainda o corpo do meu e pega minha mão e guia ela,apontando-a para as três maria

-To vendo!

Estou com os rosto queimando 

-Sempre foi minha favorita!

-Porque?

-Não sei,a maneira que elas se encaixam. -Ele aproxima mais o corpo do meu,deixando nossos braços colados,então ele coloca os braços cruzados atrás da cabeça,tento evitar olhar para seus braços

-Então,você é sempre assim?

-Assim? -pergunta franzindo o cenho e olhando para mim.

-É,sabe,você até que é.. -hesito -Até que não é tão chato!

-Chato? -ele ri

-É!

ele ri um pouco e eu o acompanho 

-Sabe o que é engraçado?

-Ah,não!

-Você também!

Eu riu e dou um tapa em seu braço o que faz ele ri mais ainda

-Você bate de mais! -falou rindo,fiquei um pouco sem jeito então bati nele de novo,só que muito mais leve.

-Você não viu nada seu brilhante!

-Ah,e como você conseguiu correr,nesse seu estado? -ele falou e passou a mão no meu rosto,agora foi triste,meu rosto estava em chamas e ele viu,ele riu mas não tirou a mão

-Ah,eu..Sou louca,não é mesmo?

-Sim,com certeza!

Nos rimos juntos

-Me conta..sobre..você!

-Ah não.Fale de você,se quiser

Ele fez cara de decepção 

-Não,não tenho uma vida interessante!

-Nossa,um popular falando isso!

-Pois é!

Eu sorriu e volta a encarar as estrelas

-Vamos? -ele fala se sentando 

Eu me levanto muito rápido e em seguida ele.

Voltamos a caminhar e ele está com um sorriso no rosto

-Está parecendo um bobalhão! -comento 

Ele me encara ainda com o sorriso e fecha a boca,mas suas bochechas estão altas o que indica que ainda está sorrindo 

Não me aguento e solto uma gargalhada e logo ele faz o mesmo,ótimo agora parecemos dois idiotas 

Ele segura minha mão,esse gesto me faz estremecer e corar.

-Está nervosa!

Abaixo a cabeça,ele continua a me encarar sorrindo 

Ele aperta mais ainda nossa mão

-Quer dizer que a furiosa tem sentimentos,ou cora!

Isso me fez corar mais ainda,mas por algum motivo não quero soltar sua mão 

Caminhamos um pouco mais pela rua escura até ele virar na frente de uma casa amarelo bem clarinho 

-Sua casa? -pergunto 

-O que?esperava uma mansão?

-Ah não,mas..

-Vem -ele falou tirando a mão da minha e colocando-a no meu braço e puxando-me 

Entramos na casa,não havia ninguém,pelo menos na sala,então escuto um barulho que vem provavelmente da cozinha 

-Mãe,pai?

-Querido -chega uma mulher que não devia ter mais de 35 anos abraçando-o e logo em seguida coloca as mãos em meus ombros e sorri para mim -Quem é essa linda?

-Ah,Mamãe essa é a Katherine!

-Mas que moça mais linda!-falou e me abraçou

Quando ela me soltou pude perceber que ela usava um vestido florido e um avental por cima,tinha os cabelos castanhos igual aos do filho porem caiam lisos até seus ombros,ela era linda

-Cade papai?

-Está na cozinha -Fala ela apontando para o local -Ah queria -fala se virando para mim -Quer alguma coisa?

-Ah não,obrigada -consigo falar

-Querido,leve a Kath para conhecer a casa e deixem as mochilas la em cima,depois dessam para o jantar -ela fala e deposita um beijo na cabeça do filho e sai alegremente de volta para cozinha

Sorriu para o Robert e ele retribui um pouco corado 

Ele me guia até a escada e faz sinal para que eu suba primeiro,dou uma rápida olhada para a sala,é diferente não há uma teve ou um som,só uma parede amarela com um sofá grande,uma mesa de centro e prateleiras de livro,dou uma olhada rápida por todo o andar e não encontro muitos aparelhos eletrônicos 

-Sem teve? -falo no topo da escada 

-Ah não! -ele fala e da uma olhada rápida pra trás -Somos..diferentes!

-Ah!

-Vem -ele pega novamente em meu braço e me arrasta,entramos em um comodo e percebo quando ele ascende a luz que é seu quarto.

-Então...sua mãe descobriu meu apelido!

-Não está na cara !

-É,pode ser -passo a mão sobre uma comoda de madeira,e desvio o olhar para sua cama,uma cama de casal,fiquei tentada em deitar estava com dor e cansada,

-Quer deitar?

-Ah não,obrigada!

-A não obrigada -ele imita muito ruim minha voz e me empurra com um pouco de delicadeza,só um pouco!

Ele se joga no chão e fico tentada em ver se ele se machucou,e sem querer riu 

-Porque se jogou no chão?

-Nada,só queria deitar!

-Venha! -me afasto dando espaço para ele,encaro o teto e solto meu cabelo esparramando-o pela cama,ele se deita ao meu lado e se vira para mim e do nada tira meus óculos.

-Você tem olhos lindos! -coro violentamente 

-Obrigada.

Ele sorri e encara junto comigo o teto,meus óculos estão em suas mãos.

-Então,como o garoto mais popular vive sem uma televisão? -riu um pouco 

-Normal,nunca tive!

-Nunca?

-Meus pais até deixam,mas eu nunca quis!

-Porque?

-Meu pai diz que queima os neurônios

-Você por acaso viu essa fala na quele filme,ponte para alguma coisa?

-Ah sim -ele ri um pouco -Meu pai disse que copiaram sua fala quando cheguei dizendo isso,tinha assistido esse filme na casa de um amigo!

-Então você vê televisão?

-Eu não sou um completo anti-social!

-Com certeza que não!

-Debochada! -eu riu um pouco 

-É estranho!

-O que é estranho?

-Você ser um garoto popular e ao mesmo tempo,ter...ter outra vida!

-Não é outra vida,é a minha!

-É diferente!

-Sim! -concorda 

Eu riu um pouco e tateio seus braços sem olha-lo para encontrar meus óculos,ele segura minha mão firme e fico um pouco rígida 

-Você é legal!

Coro na hora e não tiro os olhos do teto,fecho-os para tomar coragem e consigo agarrar meus óculos 

Coloco-os de volta no rosto e abro os olhos.

Ele se aproxima do meu rosto e me observa,fico parada sem reação alguma 

-Vem vamos! -ele fala e faz cocegas em minha barriga,me contorço de risos e logo me levanto.

Descemos ele na frente e eu atrás,seus pais estão sentados e conversam sorrindo.

O pai dele e um homem um pouco alto mesmo sentado,acho que um pouquinho maior que o Robert,ele tem cabelos pretos e olhos azuis 

-Então ela é mesmo linda! -ele fala olhando para mim,e coro -Katherine?

-Prazer! -ele se levanta e vem até mim e Robert,dá um beijo em minha testa e na de Robert abraçando-o.

Ele volta a se sentar e acompanho Robert até a mesa,nos sentamos e começamos a nos servir em seguida a comer

-Então querida -fala a mãe de Robert -Desculpe-me a ousadia mas o que aconteceu?

-Ah -eu falo e olho para Robert,que esta concentrado na comida -Uma briga! -falo e me sinto mal,é estranho nunca me senti assim.

-Querida,sinto muito -ela passa o olha de mim para Robert e volta novamente para mim -Mas você está bem?

-Ah sim!

-Mãe! -alerta Robert,

-E você querido,como foi a escola?

-Bati no cara que bateu nela -falou rindo,a mãe pareceu um pouco chocada mas logo voltou ao normal.

-E você querida,quero dizer,fora isso?

-Ah,normal -não quis dizer o quão ruim é

-Ta bom querida,e o seu dia? -pergunta o pai de Robert

-Maravilhoso,e o seu?

-Esplendido! 

-E blá,blá -fala Robert rindo

A mãe não se aguenta e começa a rir e o pai acompanha,vendo a cena os três rindo e parecendo felizes,sinto um aperto no coração,uma família feliz.

Quando o jantar acaba os pais de Robert se levantam na mesma hora

-Ah não -reclama Robert de alguma coisa que não intendo 

-Estamos lá nos fundo se precisar de alguma coisa querida -Fala ela olhando para mim -Olhe pelo lado bom Rob,você tem ajuda hoje 

Robert olha pra mim e sorri gentilmente 

-Não vou obriga-la -ele fala rindo

-Então que pena,vai fazer sozinho! -fala o pai rindo,seu riso e contagiando que riu junto com ele

Ele da um beijo na esposa e os dois caminham até a porta e em seguida saem 

-Então,me ajuda? -fala Robert piedoso 

-Vou pensar -falo sorrindo e pego algumas ervilhas e atiro nele,não sei bem porque fiz isso,mas quase cai no chão ao ver a cara de chocado dele quando joguei as ervilhas -Bobão! -Falo e saiu correndo até a cozinha ele vem logo atrás de mim 

-Ah,eu vou te matar! -ele fala e eu me escondo na dispensa,passaram-se 1 minuto e tudo estava silencioso então decide sair,por pura estupidez mesmo,porque assim que sai ele estava com uma mangueira de lavar pratos e sem hesitar atirou em mim,consegui me desviar por pouco,me joguei no chão fazendo a despensa fechar com um barulho.Ele aponta novamente a mangueira para mim,mas sou mais rápida e pulo em cima fazendo cair e soltando a mangueira ao meu lado,estremeço quando percebo que estou em cima dele,então afasto o pensamente enquanto ele me encara e pego a mangueira do meu lado e atiro bem na cara dele,fazendo-o sorrir e se engasgar com a água,ele fica com a cabeça toda ensopada então consegue tirar a mangueira da minha mão,coloco a mão na frente da mangueira fazendo esguichar água por todo canto inclusive nele mesmo e um pouco em mim.Ele solta a mangueira e consegue sentar me deixando em seu colo,estou com o rosto em chamas,ele me encara,não consigo ver direito por causa de algumas gotas de água em meus óculos.

Ele vagarosamente tira os óculos do meu rosto e me encara passando os dedos suavemente por minhas bochechas,ele fica tão vidrado assim com eu acho que estou,então ele pega de volta a mangueira e se deita jogando água em mim,me encharcando assim como ele,Sorriu e então me deito em cima de seu peito fazendo com que ele pare de jogar água em meu rosto.Ele esta rindo alto,estamos fazendo uma meladeira,ele então para de jogar água em mim e me levanto com cuidado.Ele volta a mim encara então com um movimento rápido me levanto e corro,ele vem logo atrás de mim arrodeio a mesa do jantar e paro pegando alguns pratos,ele esbarra em mim com tudo,dou uma risada alta e ele me olha com duvida 

-Um desafio -falo pegando 1 prato e deixando os outros na mesa,pego o pra e coloco atrás do meu corpo -Quem lavar mais,aposto que essa eu venço!

-Nunca -ele riu e pegou uma pilha de pratos eu também,ele saiu com mais do que eu e correu até a cozinha,derrubou-os sem delicadeza na pia e foi tatear o chão para achar a mangueira,eu fui mais rápida joguei sem delicadeza alguma os pratos na pia e com a própria torneira comecei a lavar os pratos,ele achou alguns segundos depois e começou a disputar espaço comigo para lavar os pratos.Então entro em uma crise de risos e caio no chão,uma parte porque estava rindo muito e outra porque o chão estava inteiramente molhado.

Ele ri tanto,e consigo dar uma rasteira nele e ele cai por cima de mim,o impacto dói um pouco mas logo ele se apoia em seus cotovelos e começa a rir me esmagando de novo

-Ahh,Socorro -grito entre gargalhadas -To sem ar,eu.. -fingo um desmaio,o que só faz ele rir mais ainda.

-Ta sei -ele fala,e começa a me cutucar,tento não me mexer,mas sinto que vou sorrir,ele começa a fazer cocegas em minha barriga,consigo me controlar pra não rir,mas o infeliz encontra meu ponto fraco,minha coxa,começo a me debater e gargalhar alto,mas ele não para,lágrimas começam a descer dos meus olhos,ele me encara com um sorriso tão largo,mas tão largo que me perco em sua fileira de dentes brancos e perfeitos,depois sigo o olhar até seus olhos e me deslumbro.

Ele me sacode,não sei porque,será que estou tão idiota olhando para ele? Ele me sacode novamente,e percebo que é isso mesmo,então trato logo de sorri 

-Gostou do meu número do fingimento da morte de olhos abertos? -minto,rindo da merda que acabei de falar.

-Está péssimo,jesus,você é uma péssima atriz sabia?

dou um tapa em seu ombro,ele está se apoiando nos cotovelos.

-Ei1 -alertou-me -se bater de novo eu caio! -falou e riu 

-Ah seu fracote,ande se levante!

-Não! -protestou e fez mas peso contra meu corpo

--Vamos,levante!

-hm..Não -e parou de se apoiar nos cotovelos jogando todo seu peso contra mim.

-Não vale -falei quase sem ar,de tanto rir e por causa do seu peso.

Ele começou a rir,mas rolou para o lado,de uma certa forma não queria que ele saísse de tão perto de mim

Com a mão jogo a água do chão em sua direção

-Isso é jogo sujo! -alertou

Eu comecei a rir alto

Ele se levantou,não pude deixar de notar a camisa colada em seu corpo,na sua barriga e no seu peitoral,não posso suspirar,não na frente dele,mas não controlo,ele parece não perceber meu suspiro.

Ele tira a camisa mostrando seu peito nu,coro e fico igual a um tomate combinando com meu cabelo.

Ele me levanta com facilidade e me joga em seus ombros ignorando meus protestos e me leva pelo que parece até um pequeno banheiro do andar de baixo que fica do lado da sala.

Me joga dentro de uma pequena banheira,sua aparência é de que já existe há muito tempo porem é conservada,então o filho da mãe liga o chuveiro me encharcando por completo dou um grito a água esta gelada,puxo seu pescoço com toda minha força pra tentar sair da banheira,mas ele só fás cair em cima de mim,molhando pelo menos ele também,dou um sorriso vitorioso.

Ainda rindo ele me entrega uma toalha,estamos na sala,ele joga uma toalha pra mim e pega uma para ele,quando congelo com a entrada dos pais dele na sala

-Robert! -Chama a mãe dele pasma.

-Ah,mãe? -ele sorri para a mulher

O pai entra logo em seguida e encara a cena colocando um braço em volta dos ombros da esposa,e então o que me surpreende mais ainda,a mulher tem uma crise de riso acompanhada pelo pai.

Todos nós estávamos rindo,quando a mãe enxugando as lágrimas de tanto rir  vai até o centro da sala e se joga no sofá o marido a acompanha

-Sabe o que me lembra? -ela pergunta ao marido

-Nós! -ela assente 

-Queridos,vão lá para cima,deixe que eu e seu pai arrumamos!

-Não precisa,quero dizer,eu posso ajudar -me manifesto

-Ah,claro que não querida,ande suba e se troque,antes que pegue um resfriado,pode pegar minhas roupas se quiser ou pode pegar as roupas do Rob!

-Tudo bem,obrigada!

Ela continua a sorri com o marido e Robert me puxa para cima.

Chegando em cima entramos em seu quarto,percebo que ele está um pouco tenso e corado,será que ficou com vergonha de mim?Bom de qualquer forma,acho que pelo fato dos pais deles terem..quero dizer..nós não estávamos fazendo nada,e isso me chateou.

Ri sozinha e afastei o pensamento.

-O que foi? -ele se aproximou mais de mim,ainda sem camisa.

-hm..nada,só estava lembrando!

-Ah -ele sorriu e se virou para seu armário,pegou um moleton e uma calça de algum pijama e me entregou 

-Se quiser,pode ir tomar banho!

-Ah,acho que vou querer, -falei sem jeito -É..onde fica o..banheiro? -falo sem jeito.

-Aqui ao lado -fala sorrindo.

-Ham..Você..me leva?

Ele de inicio ri,e depois percebe que falo sério e me encara

-Você..?

-Não,deixa pra lá,eu..

-Vem cá baixinha -ele fala rindo e me puxando pegando uma toalha seca no caminho para mim.

Chegamos a porta do banheiro,ele me solta e entrega a toalha

-Aqui,toma -ele sorri ao me entregar -Vai querer que eu fique ai pra vê se o bicho papão vem ou..?

-Idiota -fecho a porta na cara dele.

Abro levemente o chuveiro e entro de cabeça,pego um Xampu e coloco reconheço o cheiro,é o cheiro do cabelo do Robert,me delicio com o cheiro e sem querer acho que acabo exagerando na doze.

-Hmm..é.. -escuto a voz dele distante do outro lado da porta,continuo em silêncio -Que tal conversarmos?

-Comigo aqui? -responde

-Não -responde ironicamente -Com você em marte!

Eu riu baixo para que ele não possa ouvir 

-Idiota! -respondo

-Então..

-Lerdo! -resmungo 

-Porque você adora me xingar?

-É divertido!

-Tá né..Mas iai,vai dormir aqui hoje? -congelei

-Ahn,n-não sei,v-vou ir,eu acho -eu não poderia voltar para casa,com certeza não.

-Pode ficar -ele hesitou -Se quiser,é claro!

Eu não respondo,simplesmente não sai nada da minha boca

-Kath? -ele me chama,AI MEU DEUS,ele está me chamando pelo meu apelido.

-O-oi!

-Desmaiou ai? -falou brincando e riu um pouco mais alto.

Ri sem graça

-Eu não queria perguntar,mas estou curioso,porque você não queria ligar para seus pais?

-Ah,ahn é..

De repente ele não fala mais nada e então decido também não falar,termino meu banho e coloco suas roupas o cheiro dele esta impregnado e isso me vicia.

Abro a porta do banheiro e me deparo com ele catucando o chão,está sentado com as pernas cruzadas

Ele se surpreende ao olhar pra mim,não sei porque,mas é bom sentir o olhar dele sobre mim,não diria isso em um dia,mas hoje..hoje é diferente.