"Ele andava vagarosamente pelos longos corredores, tochas acesas iluminavam o local, a luz do dia já havia sumido... E aqui estava ele, como um bandido se escondendo de seus perseguidores, mas ele não era um reles bandido, como general do exército do rei ele tinha seu orgulho, orgulho este que foi totalmente esquecido quando ele viu a princesa pela primeira vez... A mulher que ele prometeu amar, porém ela era comprometida, com um Lord, mas ele não merecia aquela dádiva, ele não a amava realmente, o que aquele homem sentia não era nada mais do que obsessão por ela e claro por poder...”

Ele andava pelos vastos corredores de pedra daquele lugar que já foi seu lar... Com uma tocha em suas mãos ele ia iluminando o caminho, o resplendor do castelo imponente ainda se mantinha em toda sua glória, se ele se esforçasse ainda poderia ouvir o som de música que ressoavam graciosamente no castelo, o som das pessoas dançando compassadas e claro as risada que de lá emanavam, nem tudo em sua vida havia ido felicidade ma ele não poderia negar jamais que enquanto esteve ali com ela tudo que ele conseguia ver era um futuro cheio de felicidade, paz e amor...

"Andando ele chega até seu quarto, a gigantesca porta esculpida de madeira e adornada com ouro era imponente e majestosa, ele as abriu vagarosamente tentando fazer o mínimo de ruído possível, quando finalmente adentrou em seu destino ele a viu de costas para ele, com uma linda camisola de seda vermelha como o sangue cheia de rendas que lhe cobriam até os pés, uma mescla de inocência e sensualidade, seus longos cachos dourados alcançavam a sua cintura e balançavam de uma forma angelical, sua pele ali era adornada pela luz do fogo que irradiavam por todo aquele quarto... Ela era simplesmente bela e por esse mínimo instante ela era somente dele... ’’

Ele estava em frente as portas de madeira indeciso, sem saber se as abria ou não, uma parte dele lhe dizia que deveria abrir as portas e correr para seu amor, entretanto uma outra parte lhe dizia que ela nem estava ali, que tudo que ele havia passado até agora para nada servia, que ele seria condenado a viver a eternidade em sua busca, que esse deveria ser o castigo imposto a ele por ter-la deixado só por todo esses anos... Mas ele sabia que deveria encarar de uma vez todo seus demônios e parar de sofrer, ele finalmente se decide, encosta as mãos nas maçanetas da porta e com lentidão ele as abre...

‘"Grissom! O que você faz aqui?

–Eu vim lhe ver minha princesa.

Ela sorri para ele com felicidade e corre para lhe abraçar... Ele a mantém acolhida em seus braços, seu lindo rosto escondido em seu peitoral...

–Venha comigo meu amor? –Ele disse quando ela finalmente saiu de seu abraço.

–Para onde querido?

–Para longe de tudo isso, para onde o vento nos levar, nem que seja por um mínimo momento, vamos escapar de tudo isso.’’

A luz que antes era escassa invade o cômodo e então como um déjà-vu ali ele a vê, magnífica como sempre...